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RESUMÃO Direito PROCESSUAL CIVIL 1° e 2° semestre

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Resumo de Processo Civil 1° Semestre
Noções Gerais:
Definição de Direito Processual: Conjunto de normas que regulam a atuação do Estado na resolução do conflito de interesses (lead), aplicando a norma geral e abstrata ao caso concreto, em substituição das partes, gerando, com isso, a paz social. 
O inicio do direito processual se dá através da Constituição Federal (Carta Maior), especificamente do Código de Processo Civil (CPC). 
	
LIDE: Conflito de interesses qualificados por uma pretensão resistida. Trata-se do núcleo essencial de um processo judicial civil, o qual visa, em última instância resolver a Lide (conflito) apresentada perante o juízo, ou seja, dois ou mais indivíduos possuem objetivos diferentes, dos quais não podem ser atendidos ou sequer entrar em consenso. 
O processo é a medida utilizada para que o Estado possa resolver a Lide, ou seja, e a reunião de provas de ato sobe determinado conflito; é a forma que o cidadão tem para provocar a justiça, onde será julgado como conflito material e imaterial, posteriormente será analisado e por fim, solucionado. 
Modos de Eliminação dos Conflitos (LIDE):
Existem três métodos previstos para a solução da Lide: Autocomposição, Autotutela e heterocomposição. 
AUTOCOMPOSIÇÃO: Ocorre quando um dos indivíduos, ou ambos, abrem mão do seu interesse por inteiro ou de parte dele, sem que haja intervenção de terceiros, ou seja, as partes resolvem o conflito por si.A autocomposição pode ocorrer de três formas:
Desistência: consiste na renúncia à pretensão, ou seja, o conflito só é resolvido por desistência total ou parcial de um objetivo. (as duas partes abrem mão do objetivo, renunciam a causa,é “tudo ou nada”).
Submissão: consiste na renúncia a resistência oferecida à pretensão, ou seja, uma das partes se submete total ou parcialmente ao objetivo da outra parte.(é quando uma parte abandona suas razões, porque a outra parte usa algum tipo de argumento muito forte, a vontade de uma das partes sobrai).
Transação: consiste em concessões recíprocas, ou seja, ambos cedem em alguns aspectos até chegarem á um consenso. (É um meio democrático de resolver um problema, sem perdedores ou ganhadores).
OBS:Todas essas soluções têm em comum a circunstância de serem parciais, no sentido de que dependem da vontade e da atividade de uma ou de ambas as partes envolvidas.
AUTOTUTELA(ou autodefesa): É o método mais primitivo de solução de conflitos, nascida com o homem na disputa dos bens necessários à sua sobrevivência, representando a prevalência do mais forte sobre o mais frágil, ou seja, é o mecanismo de solução em que uma das partes faz valer o seu direito pelo uso da força. Modernamente, fazer justiça com as próprias mãos, em regra, é inaceitável, a autotutela é proibida, vedada. Contudo, existem algumas poucas exceções, nas quais podemos “agir” sozinhos, defendendo nossos direitos: 
Exceção: O individuo pode utilizar-se de força quando esta for proporcional e imediata, e apenas se cometida em legítima defesa ou defesa de terceiros. A força utilizada deve ser a necessária para repelir a agressão, não ultrapassando o limite da violência. (utilizada essencialmente em defesa de posse e propriedade)
HETEROCOMPOSIÇÃO: É necessário um terceiro sujeito, integro, correto e imparcial, para acompanhar a resolução dos conflitos. O Estado, por sua vez, realiza esta função com total imparcialidade, formalidade legal e investido de um poder que será imperativo e impositivo para ambas as partes, sendo assim, os participantes do processo entregam o caso a terceiros e sujeitam-se a resolução interpretada pelo mesmo. A heterocomposição pode ocorrer de três formas:
Mediação: A mediação é mais uma opção alternativa de resolução imparcial, o mediador é um profissional competente na arte da comunicação e escolhido livremente pelas partes conflitantes. Ele terá a função de intermediar uma conversa, um diálogo aberto entre os conflitantes, com muita habilidade e tato, no intuito de realizar um acordo satisfatório para ambas as partes, ou seja, ambos em conjunto com o mediador escolhido, constroem a melhor solução para o conflito. 
Arbitragem:é uma forma ágil, descomplicada e eficiente para resolver os conflitos. O arbitro é qualquer pessoa considerada capaz e de confiança das partes, que é designada pelos mesmos para resolver a lead. A decisão arbitral tem força de sentença judicial e não admite recurso.
OBS: O arbitro é considerado capaz se atender as especificações do código civil, sendo que as partes precisam ser maiores e capazes e o direito discutido tem que admitir a transação. 
Processo – Jurisdição: É a solução do conflito de interesses por meio de autuação do poder judiciário, onde as partes se sujeitam a resolução e interpretação de um poder estatal.
Lei Processual no tempo e no espaço (Principio da Territorialidade)
A norma jurídica e a norma processual tem eficácia limitada no espaço e no tempo, sendo assim, aplica-se apenas dentro de dado território e por um certo período de tempo, ou seja, a lei é vigente se estiver enquadrada no tempo e no espaço. 
Eficácia da norma processual no ESPAÇO: O critério que regula a eficácia espacial das normas de processo é o da territorialidade, que impõe sempre a aplicação das Leis do Foro, geralmente estipuladas por ordem politica ou por outra ordem prática. A territorialidade da aplicação da lei processual é expressa pelo art. 10 do CPC, assim transcrito: “a jurisdição civil, contenciosa e voluntaria, é exercida pelos juízes em todo território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece”, ou seja, as leis processuais devem ser aplicadas de acordo com o CPC e o CC brasileiros, independente da nacionalidade em questão. 
Eficácia da norma processual no TEMPO: Como as normas jurídicas em geral, as normas processuais são limitadas também no tempo, respeitando as regras que compõem o direito processual intertemporal, ou seja, a lei começa a vigorar, em todo o país, 45 dias depois de publicada; se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, o prazo começará a correr da nova publicação (Salvo disposição em contrário).
A eficácia da norma processual no tempo possui três sistemas diferentes de aplicação de resolução de problemas:
Teoria do Isolamento do Ato Processual: Significa que os atos processuais são realizados durante o curso norma do processo, e na medida em que uma norma processual nova é inserida no ordenamento jurídico, esta só será aplicada (no caso de processos pendentes) para os atos que ainda serão realizados. Para essa teoria, a lei nova não alcança os efeitos produzidos em atos já realizados até aquela fase do processo, pré-existente à nova norma. Os processos cujo inicio forem vigentes a uma nova legislação, por esta serão regulados. 
	
Teoria da Unidade do Processo: Ocorre quando, apesar de se desdobrar em uma série de atos diversos, o processo apresenta tal unidade que somente poderia ser regulado por uma única lei, sendo ela nova ou velha; ou seja, se o processo inicia-se baseado em uma determinada norma, deve utiliza-la como padrão até o término do processo. 
Teoria das Fases do Processo: Teoria que distingue as fases processuais autônomas em postulatória, saneadora, instrutória, decisória, recursal e executiva; onde cada uma é disciplinada de forma diferente. 
Fontes Do Direito Processual:
	Onde o direito processual busca base para resolver conflitos e problemas, ou seja, elementos que auxiliam na resolução da Lead. Existem 6 tipos de fontes: 
Lei: A pessoa competente resolve a Lead de acordo com a interpretação da lei, utilizando – se de Normas como o Código de Processo Civil, Código de Processo Penal, entre outros. 
Analogia: Ocorre diante da inexistência de uma norma especifica para a resolução de determinado caso, o juiz busca pontos de semelhança para a solução de um caso concreto, utilizando-se de uma analogia.
Costumes: O uso de costumes é utilizado na falta de disposiçõeslegais e contratuais para a resolução da Lead. O costume é a vontade social decorrente da uma prática reiterada, de certo hábito, de seu exercício,o costume não se promulga, é criado, formado no curso do tempo.
Princípios Gerais do Direito: Os princípios podem ser definidos como a base, o fundamento, a origem, a razão fundamental sobre a qual se discorre sobre qualquer matéria. Trata-se de proposições mais abstratas que dão razão ou servem de base e fundamento ao Direito, ou seja, são atos presumidamente praticados de boa fé.
Doutrina: Constitui se constitui em valioso subsídio para análise do Direito, funciona como argumento de autoridade no sentido de conhecimento do tema, ou seja, caso não haja possibilidade de resolver o conflito através da legislação, é possível utilizar-se da análise do conhecimento reconhecido por doutrina, visto que é reconhecido por sua eficácia.
Jurisprudência: Análise de acordo com um conjunto de decisões, ou seja, é a posição de um determinado tribunal com relação a uma questão da disciplina do direito em vista de julgamentos já reiterados. 	
OBS: julgado: Resultado/Decisão referente a causa sobre uma pessoa apenas, sobre determinada questão do direito
SÚMULA: A exteriorização do pensamento do tribunal em relação a determinada questão. A questão é analisada repetidamente, formando a jurisprudência. Caso o tribunal queira, ele cria a súmula, uma faculdade do tribunal, exteriorizando seu posicionamento. Caso haja mudança no pensamento, deve-se modificar a súmula, por esse motivo ela é facultativa. 
SÚMULA VINCULANTE: (art. 103 a) somente pode ser exteriorizada pelo STF, desde que seja feita por meio do seu plenário (reserva do plenário, ou seja, a súmula só pode ser feita em julgamento plenário, onde serão
Interpretação da Lei Processual:
Quando diz-se interpretar a lei, significa extrair o verdadeiro sentido da Lei/Norma.
Gramatical: O interprete retira o verdadeiro sentido da norma da estrutura gramatical, respeitando suas limitações e regras. A interpretação gramatical permite desvendar o significado da norma, enfrentando dificuldades léxicas e de relações entre as palavras. 
Histórico: Busca a interpretação através da análise histórica do Processo Legislativo, por meio da evolução histórica. A interpretação históricaassemelha-se à busca da vontade do legislador. Recorrendo aos precedentes normativos e aos trabalhos preparatórios, que antecedem a aprovação da lei, tenta encontrar o significado das palavras no contexto de criação da norma. É utilizada para não prejudicar o autor em determinados casos em que há necessidade de retroagir no processo. 
Teleológico: A interpretação teleológica busca os fins da norma legal e os valores que serão concretizados pela norma, ou sejam procura-se a razão pela qual ela foi criada, buscando atender a vontade do legislador, visando um objetivo. 
Sistemático: AInterpretação sistemática, por sua vez, analisa normas jurídicas entre si. Pressupondo que o ordenamento é um todo unitário, sem incompatibilidades, permite escolher o significado da norma que seja coerente com o conjunto, enfatizando que devem ser evitadas as contradições com normas superiores e com os princípios gerais do direito, ou seja, não pode-se interpretar um artigo ou disposição legal de forma isolada, pois é preciso avalia-la, estuda-la, buscando assim, seu verdadeiro sentido de acordo com o conjunto de normas em que este está inserido, o sistema normativo.
Competência para legislar sobre matéria de processo:
A Constituição Federa estabelece no Art. 21 competências diferentes para legislar sobre processo e procedimento.
Competência para legislar sobre matéria de PROCESSO: Compete privativamente à União legislar sobre matéria de processo, para assim, garantir a isonomia. Esta que pode ser delegada aos Estados, mediante lei complementar. 
Competência para legislar sobre matéria de PROCEDIMENTO:Compete à União e ao Estado legislar sobre matéria de procedimento, visto que é preciso preservar a cultura da região, e consequentemente, adequar o procedimento a esses valores.
Garantias constitucionais do processo:
As Garantias  Constitucionais Gerais são as próprias técnicas da organização dos poderes públicos.
Principio da Isonomia: "Todos são iguais perante a lei." (CF, art. 5º, caput). A igualdade perante a lei é premissa para a afirmação da igualdade perante o juiz. As partes devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões, entretanto, na prática essa igualdade não conduz a um tratamento justo, por isso foi necessária uma igualdade substancial/proporcional.						Essa igualdade proporcional significa, em suma, tratamento igual aos substancialmente iguais e desigual aos desiguais, ou seja, é através de um tratamento desigual que se faz a possibilidade de um tratamento igual, visto que, por exemplo, não pode-se tratar uma pessoa jurídica da mesma forma que se trata uma pessoa física, ou até mesmo julgar uma ação individual do mesmo modo que se julga uma ação referente à Órgãos Públicos ou a Fazenda, que protegem um bem comum. 
Principio da Instabilidade do Poder Jurídico: Garantia do direito de ação ou do acesso de justiça destinada ao legislador, que indica que o Poder Judiciário, órgão incumbido de oferecer a jurisdição, garanta que qualquer lesão ou ameaça de lesão será excluída da apreciação do poder judiciário, ou seja, a qualquer momento, que houver ameaça ou violação de qualquer direito, o Poder Judiciário poderá ser chamado a intervir, cabendo a ele a competência para a decisão final, no intuito de evitar que a vitima sofra a lesão para posteriormente tomar a providência.
Principio do Devido Processo Legal: Essa garantia afirma que nenhum cidadão será privado de seus bens e direitos, como vida, igualdade, liberdade e propriedade, sem o devido processo legal; garantindo assim, todos os meios e recursos existentes, ou seja, consiste no direito do cidadão de não ser privado da liberdade e de seus bens, sem a garantia que supõe a tramitação de um processo desenvolvido na forma da lei. Servem não só aos interesses das partes, como direitos públicos subjetivos (ou poderes e faculdades processuais) destas, mas que configuram, antes de tudo, a salvaguarda do próprio processo, objetivamente considerado, como fator legitimo do exercício da jurisdição. 					O devido processo legal configura dupla proteção ao indivíduo, atuando tanto no âmbito material de proteção ao direito de liberdade e propriedade quanto no âmbito formal, ao assegurar-lhe paridade total de condições com o Estado-persecutor e plenitude de defesa, ou seja, o individuo não pode ser privado de um bem por meio de um procedimento, pois esse tipo de privação sem a observação das garantias é infraconstitucional.
Principio do Juiz Natural: A finalidade da garantia do juiz natural esta em impedir a formação de tribunais de exceção; órgãos jurisdicionais criados posteriormente ao fato e com a finalidade de apreciá-lo, ou seja, assegurar que ninguém seja privado do julgamento por juiz independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais, proibindo a Constituição Federal a estipular esses tribunais de exceção, ou seja, a sua existência já ocorre pré-existente ao fato, pois é necessário manter o ideal de imparcialidade e isonomia.								Acrescenta-se que essa garantia proíbe a criação pelo Estado de órgão com poder decisão final que não estejam definidos na Constituição. Dessa forma, é evitado o uso do poder judiciário para perseguições políticas, etc.
Ampla Defesa: A ampla defesa é destinada às partes, independente do fato, sendo assim, se refere ao réu e ao preterido, ou seja, é a possibilidade de produzir provas com relação aos fatos elevados, de produzir evidência em meio á um processo legal. Esta deve abranger a defesa técnica, ou seja, o defensor deve estar devidamente habilitado, e a defesa efetiva, ou seja, a garantia e a efetividade de participaçãoda defesa em todos os momentos do processo. É necessário que as partes estejam cientes de que foram citadas no processo e em que momento isto ocorreu. Em alguns casos, a ampla defesa autoriza até mesmo o ingresso de provas favoráveis à defesa, obtidas por meios ilícitos, desde que devidamente justificada por estado de necessidade.
Cerceamento de Defesa: Quando a garantia não é disponibilizada, ou seja, não é fornecido o direito das partes de expor as provas, visto que, o individuo pode perder a causa.
Contraditório: A garantia constitucional do contraditório visa que as partes tenham o direito de reagir, de se contrapor (fazer-se ouvir). Para que se tenha respeitada a referida garantia, não se faz necessário que existe a reação, eis que está é eventual e facultativa, não uma obrigação. O essencial é que não falte a informação da qual se tem como consequência a possibilidade de reação. Sendo assim, quando uma das partes alega alguma coisa, há de ser ouvida também a outra, dando-lhe oportunidade de resposta. Ele supõe o conhecimento dos atos processuais pelo acusado e o seu direito de resposta ou de reação.
Duplo Grau de Jurisdição: Esse princípio prevê a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo juiz de primeiro grau, que corresponde à denominada jurisdição inferior, garantindo, assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos da jurisdição superior, ou de segundo grau, justificando a possibilidade de a decisão de primeiro grau ser injusta ou errada, por isso a necessidade de se permitir a sua reforma em grau de recurso, ou seja, o duplo grau de jurisdição garante a todos os cidadãos jurisdicionados a reanálise de seu processo, administrativo ou judicial, geralmente por uma instância superior. A finalidade é evitar a arbitrariedade, visto que existem tribunais compostos por desembargadores ou ministros que possuem maior experiência.
O duplo grau de jurisdição não é uma garantia expressa na Constituição Federal
OBS:Em alguns casos, quando a competência originária já cabe à instância máxima, o duplo grau propriamente dito fica impossibilitado, mas ocorre ao menos o exame por um órgão colegiado (grupo de pessoas), como é o caso das decisões do Supremo Tribunal Federal – Exemplo: Ao mensalão, julgado pelo STF, caberá recurso onde o processo será julgado por outro relator. 
Dever de fundamentação/motivação das decisões: É conhecido o motivo de determinada resolução, é a fundamentação ou a explicação do que acarretou o parecer do juiz, visto que, é necessário justificar que não há influência sobre alguma das partes inclusas no processo, viabilizando a vinculação do juiz à prova, o conhecimento das razões com vistas a um recurso adequado. Mostra, ainda, a motivação, que o resultado da lide não foi sorte, não é fruto do acaso, permitindo que os tribunais superiores reconheçam erros nas sentenças; ou seja, essa garantia assegura a todo e qualquer cidadão em processo, o conhecimento das razões que justificam tal decisão. 
Exceção: Decisão deferida elo Conselho de Sentença em júri popular, pois é a resposta dos jurados com a absolvição ou condenação do réu, sendo assim,despacho não exige fundamentação.
Publicidade dos atos processuais: A presença do público nas audiências e a possibilidade do exame dos autos por qualquer pessoa representam o mais seguro instrumento de fiscalização popular sobre a obra dos magistrados, promotores públicos e advogados, ou seja, em regra todo processo é público, porém existe exceção para aquelas ações que correm em segredo de justiça. Exceção: São aqueles processos que correm em segredo de justiça, ou seja, somente as partes e seus procuradores podem ter acesso. Uma causa que ocorre em segredo de justiça, se coloca nossa condição por que:
Preserva a identidade das partes (constrangimento).
Ações que versem interesse de incapaz (ação de alimentação interdição, etc.).
Ações de Estado (separação, divórcio, anulação de casamento).
Quando houver interesse público determinado pelo poder judiciário (exceto os processos determinados com sigilosos, mas que podem ser acessados por terceiros juridicamente interessados).
Proibição da Prova obtida por meio ilícito: Podem ser considerados como provas todos os meios utilizados pelas partes para demonstrar as suas alegações em juízo, em consequência disso, à prova produzida com a violação de normas constitucionais é aplicável à teoria das provas ilícitas. As provas que violam normas infraconstitucionais de direito processual estão, por sua vez, sujeitas à teoria das nulidades, ou seja, é aquela obtida de forma desrespeitosa às garantias constitucionais. Existem 3 teorias referentes a licitude das provas:
Teoria Obstativa: A teoria obstativa pode ser entendida como aquela que considera inadmissível a prova obtida por meio ilícito, em qualquer caso, pouco importando a relevância do direito em debate, ou seja, deve ser sempre rejeitada, reputando-se assim não apenas a afronta ao direito positivo, mas também aos princípios gerais do direito. Os defensores da teoria obstativa sustentam, conforme Francisco das Chagas Lima Filho, que “a prova obtida por meios ilícitos deve ser banida do processo, por mais altos e relevantes que possam se apresentar os fatos apurados, visto que, influencia diretamente no resultado, e o direito não deve proteger alguém que tenha infringido preceito legal para obter qualquer prova, com prejuízo alheio.	
Teoria Permissiva: Segundo a teoria permissiva, a prova obtida ilicitamente deve sempre ser reconhecida no ordenamento jurídico como válida e eficaz. Em todos os casos, deve prevalecer o interesse da Justiça no descobrimento da verdade, sendo que a ilicitude na obtenção da prova não deve ter o condão de retirá-la o valor que possui como elemento útil para formar o convencimento do Julgador. Significa dizer que o infrator será penalizado pela violação praticada, mas o teor do elemento probatório deverá contribuir para a formação da convicção do magistrado.
Teoria Intermediária: Entre a teoria obstativa e a teoria permissiva, surgiu à intermediária, a qual não defende nenhum dos dois extremos, ou seja, nem se deve aceitar todas as provas ilícitas, nem proibir qualquer prova pelo fato de ser ilícita, deve haver uma análise de proporcionalidade de bens jurídicos, verificando quais direitos são invioláveis, para determinar se há possibilidade de ofender um direito através da prova ilícita se o outro direito for de maior importância para o indivíduo, para que ocorra a prestação de uma tutela mais justa e eficaz.										Exceção: Só não é possível violar o direito à vida. 
Razoável duração do processo: É a garantia pela qual o Estado assumiu o dever de resolver a Lead em prazo razoável, ou seja, sem delação indevida. Esses esforços acontecem na adoção de leis, regulamentos, práticas que visem reduzir o tempo de tramitação de processos, como por exemplo, simplificar regulamentos, diminuir burocracias, dar prioridade a certos processos. Para verificação de violação da garantia, a doutrina utiliza-se da análise de três critérios cumulativos; a complexidade da causa, atuação das partes e de seus procuradores e atuação do órgão estadual, em respectiva a ordem. 
É analisada a complexidade da causa.
É analisada a atuação das partes, ou seja, como as partes reagiram durante o período do processo, se houve intuito das partes para que o processo exceda o tempo de julgamento, etc.
É analisada a atuação do órgão estatal, ou seja, como o poder judiciárioresponsável pelo julgamento daquele processo agiu durante o período em que a causa estava em andamento; e em caso de interferência especifica do Estado, a parte pode entrar com uma ação contra o referido Poder Judiciário. 
Distribuição Imediata de Processo: Esse princípio garante a distribuição imediata dos processos em todos os graus de jurisdição. Visa-se, com esse preceito, propiciar a imediata definição do juiz para apreciação e analise da lide submetida ao Judiciário, ou seja, no intuito queo processo seja distribuído em tempo hábil ao responsável e assim que o ocorrer, e o processo deve ser julgado em tempo razoável. Essa garantia foi implantada, pois era comum a prática de não distribuir imediatamente a ação ou o recurso. O pedido ficava submetido a uma espécie de "fila de espera", aguardando a definição do órgão jurisdicional que iria apreciá-lo.
Atividade Ininterrupta: Essa garantia adota a expressa previsão de que a atividade jurisdicional será ininterrupta, vedando-se férias coletivas nos juízos e tribunais, ou seja, não é disponibilizado o período de “férias forenses” em Junho/ Julho e Dezembro/Janeiro, como ocorria antes da emenda constitucional referida. A medida, certamente, tem por intuito evitar o acumulo de ações na atividade desenvolvida pelo Judiciário, em especial por parte dos órgãos de segundo grau.
OBS: Não confundir o termo “férias forenses” com feriados forenses, visto queneste último o fórum abre apenas para causas urgentes. 
Proporcionalidade: É um método utilizado para resolver a colisão de princípios jurídicos, sendo estes entendidos como valores, bens, interesses. Tal princípio surge a partir da ideia de razoabilidade e diz respeito a um sistema de valoração, na medida em que para se garantir um direito, muitas vezes é preciso restringir o outro, no qual se conclua que o direito juridicamente protegido por determinada norma apresenta conteúdo valorativamente superior ao restringido, ou seja, é o espessamento dos bens e direitos para no caso concreto privilegiar aquela interpretação que garanta a salva guarda do direito de maior importância. Sendo assim, um direito pode ser afastado em detrimento do outro, por exemplo, com relação à prioridade da vida, por exemplo.
Assistência Jurídica integral e gratuita: Para o acesso à ordem jurídica, O Estado disponibiliza os institutos da “justiça gratuita”, como atividade de assistência aos jurisdicionados que não dispõem de recursos financeiros ou condições materiais aptas a salvaguardar seus direitos, ou seja, trata-se de todo aquele que comprovar que sua situação econômica não lhe permite pagar honorários advocatícios e despesas processuais, sem prejuízo de seu próprio sustento e o de sua família. Foi o método que o Estado encontrou para que os necessitados financeiramente recorram aos seus direitos. Esses indivíduos devem evocar a assistência jurídica por meio de Declaração de Carência e solicitando os serviços a: 
Defensoria Pública
Convênio = PGE (procuradoria geral do Estado) + OAB
Advogado proposto á ajudar, combinando os termos com o cliente. 
Jurisdição:
Jurisdição é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e, com isso, resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. 
Poder de Decisão: É o poder de resolver as questões submetidas ao poder judiciário e determinar o cumprimento das decisões, ou seja, significa que o Estado-juiz, através da provocação do interessado, em derradeira análise, afirma a existência ou a inexistência de uma vontade concreta da lei.
Poder de Coerção: Poder de obrigar as partes ao cumprimento das suas decisões, que é o direito de fazer-se respeitar e de reprimir as ofensas feitas ao magistrado no exercício de suas funções.O órgão jurisdicional pode requisitar a força policial para vencer qualquer resistência ilegal à execução de seus atos.
Poder de Documentação: Qualquer suporte físico capaz de materializar um ato transeunte, ou seja, passageiro. É aquele que resulta da necessidade de documentar, de modo a fazer fé, de tudo que ocorre perante os órgãos judiciais ou sob sua ordem, visto que a documentação se faz necessária para que na posteridade se possa verificar o que foi praticado durante a tramitação do processo.
Princípios que regem a Jurisdição:
Principio da Inércia: Significa que o Poder Judiciário só age mediante provocação da parte interessada. Logo, só haverá jurisdição se houver ação. Tal princípio também delimita a atuação do juiz dentro de cada processo, visto que o pronunciamento judicial deverá se ater aos limites do pedido.
 Principio da Investidura: Significa que a jurisdição somente será exercida por quem tenha sido regularmente investido na atividade jurisdicional (juízes, desembargadores ou ministros).						Segundo o artigo 93 da Constituição Federal de 1988, a investidura dos juízes de primeiro grau se dará por concurso de provas e títulos, ou seja, concurso público ou por quinto constitucional.					A investidura é pressuposto processual de existência do processo, logo, os atos processuais praticados por pessoas não investidas legitimamente na judicatura serão declarados inexistentes ou nulos de pleno direito.
Principio da Indelegabilidade:Significa que a atividade jurisdicional não pode ser delegada a outro Poder que não o Judiciário, ou seja, existe a impossibilidade de transferir a terceiros o exercício da jurisdição, visto que, esta é uma atribuição especifica do Estado. Da mesma forma, não pode um juiz delegar suas atribuições a terceira pessoa, visto que não exerce a função jurisdicional em nome próprio, e muito menos por um direito próprio, mas age em nome do Estado. 
Principio da aderência do território: A jurisdição como manifestação da soberania estatal, deverá ser exercida nos limites do território nacional, ou seja, a aderência ao território significa dizer que o juiz só poderá exercer a atribuição recebida do Estado dentro das fronteiras territoriais do Órgão Jurisdicional ao qual ele está vinculado, estabelecendo assim limitações territoriais à autoridade dos juízes.
Como há vários juízes dentro do território nacional, cada um deve atuar noseu território delimitado, ou seja, na sua circunscrição territorial. Quanto aos tribunais superiores, eles têm jurisdição sobre todo o território nacional. Já os tribunais estaduais têm jurisdição em toda a área do Estado em que estiverem localizados.
Se houver necessidade de um juiz praticar algum ato processual fora da sua jurisdição, deverá solicitar a cooperação de outros magistrados através de carta precatória (dentro do território nacional) ou rogatória (cumprimento no exterior).
Principio da Unidade: A jurisdição é um atributo da soberania estatal, como tal, é UMA (no sentido de única) e indivisível. Em cada Estado há somente uma soberania, da mesma forma, haverá também uma única jurisdição, ou seja, a jurisdição deve ser exercida da mesma forma em todo o território nacional. 
Principio da Inevitabilidade: A jurisdição é inevitável. As partes, quando não conseguem resolver seus conflitos extrajudicialmente, podem recorrer ao Poder Judiciário, ou seja, não se pode recusar ou evitar os efeitos da jurisdição, visto que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo uma emanação da soberania estatal, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto, obrigando aos indivíduos que aceitem o resultado do processo. 
Principio da Indeclinabilidade: Não se pode declinar, rejeitar ou recusar o exercício da jurisdição, ou seja, o Estado não pode deixar de julgar a lide. Desta forma, a Lei Maior garante o acesso ao Poder Judiciários a todos aqueles que tiverem seu direito violado ou ameaçado, não sendo possível o Estado-Juiz eximir-se de prover a tutela jurisdicional àqueles que o procurem para pedir uma solução baseada em uma pretensão amparada pelo direito.
Divisão da Jurisdição:
A justiça pode ser comum e especial.
A justiça especial é especializada e compreende: 	
Militar, 
Eleitoral 
Trabalhista.
A justiça comum abrange: 
Federal. 
Estadual.
Distrital.
PROCESSO CIVIL 2° semestre
 
PEDIDO (OBJETO)
 Se classifica em pedido imediato e pedido mediato.
Pedido Imediato
É a providência jurisdicional. O que nós queremos que o juiz faça por nós?
        Declaração
        Condenação
        Constituir ou desconstituir
 
Pedido Mediato
Bem da vida, uma espécie de “predicado” dosujeito (pedido imediato)
 
Importante: Toda atividade do juiz será determinada pelo pedido do autor, por isso o pedido é essencial e terá de contar com as duas formas de pedido, tanto imediato quanto mediato.
 
Exemplo: Requer que vossa excelência que seja condenado (imediato) ao cumprimento da obrigação do contrato celebrado (mediato)
 
 
 
Ultra petita é a sentença que vai além do pedido, isto é, concede algo a mais, quantitativamente, do que foi pretendido.
 
Extra petita No direito processual civil brasileiro, as decisões são aquelas que o juiz toma concedendo ao autor coisa diversa da que foi requerida em sua petição inicial.
 
Citra petita - do latim: citra (aquém de) + petita (pedido)A sentença que deixa de apreciar pedido expressamente formulado, ou que deixa de examinar questão de vital importância para a parte. É também denominada infra petita
IMPORTANTE: Não pediu, não leva! Então é necessário pedir bem e pedir direito sendo o resultado fundamentado no pedido e não na causa de pedir.
 
 
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
O judiciário se organiza em justiça especial e em justiça comum.
A justiça especial são: Justiça Militar, Eleitoral e Trabalhista.
A justiça comum é formada pela Justiça Federal e Justiça Estadual.
 
 
        Não existe justiça municipal, os assuntos que ocorrerão serão destinados a justiça estadual.
 
 
 
HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA JUDICIÁRIO 
1° Instância é composta por um juiz monocrático (ou juiz singular).
2° Instância são julgados por um juízo colegiado com 3 a 5 ministros
3° Instância são as superposições, que são os tribunais superiores.
 
Hierarquia do Sistema Judiciário Especial
 
1° Instância – chamado de juízo do trabalho (ou militar ou eleitoral) que são juízes trabalhistas ou juízes do trabalho (ou militares ou eleitorais), que atuam na vara do trabalho (ou militar ou eleitoral)
 
2° Instância – é o TRT (Tribunal Regional do Trabalho), TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e a TRM (Tribunal Regional Militar)
Superposição – TSE ( Tribunal Superior Eleitoral) TST (Tribunal Superior do Trabalho) TSM (Tribunal Superior Militar)
 
 
A Justiça Comum - Federal
 
1° instância são formados por juízes federais que atuam nas varas federais (civil ou criminal).
2° instância é o TRF – Tribunal Regional Federal – sendo o STJ (Superior Tribunal de Justiça) a sua Superposição.
 
A Justiça Comum – Estadual
 
1° Instância é formada por juízes de direito que atuam nas varas estaduais (civil, criminal, família, falência, consumidor, registros públicos...). Os juízes da vara da fazenda pública são formados também por juízes de direito, mas versam sobre o negócio público, seja de estados ou municípios.
 
2° Instância é o TJ – Tribunal de Justiça, com o grupo colegiado de desembargadores.
Obs: é possível enviar a demanda direito para a segunda instância, por exemplo, se o processo for contra o governador.
 
A Superposição é o STJ composto por ministros.
 
Os juízes para exercerem com autonomia gozam de garantias dadas pela Constituição não importando que área atue ou seu grau de hierarquia, basta ser um juiz togado, que são:
 
Garantias dos Magistrados
Constituição Federal de 1988
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
 
 
Vitalicidade: Não pode perder o cargo durante sua vida, salvo se por sentença com trânsito em julgado, invalidez, compulsória ou interesse público. 
Se difere a estabilidade do funcionário público porque além do trânsito em julgado, o funcionário pode ser demitido por procedimento administrativo, coisa que na magistratura não ocorre.
 
Inamovibilidade: O juiz não pode ser movido de onde ele está contra a sua vontade, nem mesmo para ser promovido.
 
Irredutibilidade de subsídios: Seu salário não pode ser reduzido.
 
Essas garantias também são conferidas aos membros no ministério público (procurador geral da república e promotores), além do TCU – Tribunal de Contas da União.
Sendo que nenhum deles pode exercer outra função que não seja a de magistério (professor).
 
O Poder Judiciário é composto também por órgão NÃO JURISDICIONAL, que são:
CNJ: Conselho Nacional de Justiça
 
Onde tudo e todos no judiciário se submetem. É composto por 15 membros: 9 magistrados (sendo 1 do STF e outro do STJ), 2 do Ministério Público, 2 advogados e 2 cidadãos (1 indicado pela câmara e outro pelo senado) sendo responsável por estipular metas aos juízes, receber reclamações, analisar denúncias. É o órgão não jurisdicional que coloca ordem na casa.
 
Ouvidorias Jurídicas: Responsáveis por ouvir reclamações referentes ao poder judiciário (imposição do CNJ).
 
Escolas (seja magistratura, da Agu e etc...)
Condições da ação – recapitulando – É a legitimidade das partes e o interesse de agir (também chamado de interesse processual)
Art. 17 do Novo CPC.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
 
E se não tiver?
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, delitispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
 
LEGITIMIDADE
A legitimidade das partes para agir, promover uma ação, em latim “lagitimatio ad causum”, deve ser averiguada. As partes precisam estar nesse processo? Se sim, então qual é a relação jurídica MATERIAL?
Exemplo: Divórcio: Marido e Mulher + Casamento.
Despejo: Locador e locatário + locação
Paternidade: Homem e criança + suposição de “pai”.
 
Ou seja, a validade do processo de da com a relação material.
A legitimidade ativa no processo civil é ordinária, ou seja, quem pleiteia a ação deve estar buscando um DIREITO PRÓPRIO em CAUSA PRÓPRIA.
Exemplo: Em uma ação de pensão alimentícia para o filho menor, a parte ativa, por ser absolutamente incapaz, será representada pela sua mãe que será responsável por participar da ação, entretanto a ação não deixou de pertencer ao filho, este, polo ativo da ação.
A REGRA: LEGITIMIDAÇÃO É ORDINÁRIA, onde a parte vai em juízo em nome próprio, por um direito próprio – o titular do direito que possui legitimidade.
Excepcionalmente: legitimidade extraordinária.
É a possibilidade de alguém ir a juízo em nome PRÓPRIO, mas para defender um DIREITO ALHEIO. Para isso é necessário uma autorização expressa pelas vias legais.
Ex: ação popular, onde o interesse público pode ser defendido e proposto por qualquer cidadão, onde ele abre uma ação em nome próprio para resguardar o direito da comunidade.
ExII: O ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente) diz expressamente em lei que o Ministério Público pode pleitear o direito do incapaz em relação à alimentos.
EXIII: O sindicato promove ação em prol de seus trabalhadores.
 
INTERESSE DE AGIR
É quando há conjugação do binômio (necessidade ou adequação + utilidade) onde para saber se o autor tem interesse de agir é necessária a pergunta: Para se ter o que se quer, precisa acionar o judiciário?
Divórcio não precisa, uma vez que o casamento já legitima ao cônjuge 50% do patrimônio.
União Estável precisa, uma vez que se faz necessária a averiguação da junção deles.
 
Se a pergunta for respondida afirmativamente, passamos para a segunda pergunta: A ação proposta é a ação adequada/útil ao interesse de agir?
Uma mãe, possuidora de um imóvel e locadora de seu filho, permitiu ao mesmo deixar de pagar aluguel até arrumar um emprego, meses depois, ele convida sua namorada para morarem juntos. A mãe, que não gostou nada, ingressa uma ação de despejo por falta de pagamento; entretanto, a ação de despejo, se da em meio ao contrato de locação, contrato este anulado no momento que a mãe cedeu o imóvel ao filho, que gerou um contrato de comodato; e, neste caso, a ação necessária seria de reintegração de posse.
Ação
Ação Concreta: Existência do bem material. 
Ação Abstrata: Direito de provocação à atividade jurisdicional. 
Ação Eclética: Provoca o estado, exerço minha pretensão, e mostrar as condições da ação. (Adotada no Brasil) ** Ação nada mais é que a “pretensão” ** 
2) Tipos de ação segundo. O provimento de mérito requerido pelo autor Conhecimento Cautelar Execução a) Ação do Conhecimento: (Ação de cognição) O Juiz busca exaurir todos os meios possíveis para conhecer o fato e transforma-lo em direito, Busca uma sentença de mérito. (quem tem razão). A Ação do conhecimento é divindade em três teses pela doutrina.
a)Condenatória: reconhecer a existência do direito e aplicar a sansão. Declaratória: expurgar a crise de certeza. Declarar a existência ou inexistência de ralação jurídica / Autensiadade ou falsidade de um documento. Constitutiva: Criar, modificar ou extinguir a relação jurídica. 
b) Ação Execução: Só há ação de Execução se houver titulo executivo, onde ele traz em si a presunção de existência da obrigação. Não busca sentença de mérito. 
c) Ação Cautelar: Prevenir, assegurar que o resultado da ação principal seja alcançado (conhecimento ou execução).
CARÊNCIA DA AÇÃO
É quando o autor é carecedor da ação por haver ausência de condições da ação.
O juiz, averiguando a carência da ação, extingue a ação sem resolução do mérito.
Art. 17 do Novo CPC.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 18.  Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Parágrafo único.  Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.
Art. 19.  O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
 
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código
IMPORTANTE: As condições da ação são matérias de ordem pública e isso significa que podem ser identificadas de ofício do juiz a qualquer tempo e a qualquer grau de jurisdição.
 A professora informou que há a possiblidade de haver mais de um autor na ação e chamamos de LITISCONSÓRCIO ATIVO, e mais de um réu, LITISCONSÓRCIO PASSIVO.
 Réu incerto: É possível citar um réu contendo apenas o endereço, sem as devidas qualificações. Exemplo: ação de reintegração de posse, onde há a qualificação ignorada dos réus, sabendo apenas o local onde moram.
O autor pode dar as características físicas também.
Há a forma contrária:
Você sabe as qualificações (nome, cpf, profissão e etc...) mas não sabe o endereço. Também poderá ingressão uma ação sem saber o endereço, pois o réu será citado por edital.
 Então você poderá dar andamento numa ação sem a qualificação ou sem o endereço.
Condição da ação 
1) Noção Geral: Requisitos impresendíveis para que o juiz possa examinar o mérito do processo, ou seja, afirmar a quem pertence o direito discutindo, resolvendo a LIDE.
 2) Condições.
 a) Legitimidade para a causa (“ad causan” ): Nada mais é do que a pertinência subjetiva da LIDE (relação sujeito e Objeto). É a possibilidade de o direito discutido em juízo dizer respeito a as partes que ocupam os polos da relação processual.
 b) Possibilidade jurídica do pedido: Segundo tal condição da ação só é possível postular em juízo direito que não tenha expressa vedação legal, valendo ressaltar que a vedação poderá se encontrar tanto no pedido quanto na causa de pedido. 
c) Interesse Processual (ou de agir): Impresendibilidade da intervenção do estado para resolução da LIDE. A Intervenção deve ser o único meio para solução do conflito (necessidade) e a forma pelo qual se pretende a atuação do estado deve ser adequada ao fim almejado.
Elementos da ação
Os elementos da ação podem ser objetivos ou subjetivos. Eles serão responsáveis para a individualização de cada ação. Esses elementos têm como finalidade, além da individualização da ação, evitar decisões contraditórias sobre a mesma lide.
Os elementos da ação são três:
1°Elemento da ação Partes
As partes de um processo é autor e réu. São eles que participam na relaçãojurídica processual. A relação processual é triangular. Nessa relação as partes levam ao juiz as petições e esse toma as decisões. 
As partes, em cada processo, podem ser somente um sujeito, ou podem ser vários. Quando é mais de um ocorre o litisconsórcio, ou seja, pluralidade de partes.
2° elemento da ação: CAUSA DE PEDIR – ou “causa petendi”
 
É quando nós narramos o motivo de se pedir: A narração dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
Dentro de uma petição inicial, depois da introdução: Excelentíssimo Senhor Doutor... Vem as qualificações e etc... Logo em seguida há a seção deFATOS ( deverá estar em letras garrafais e centralizado) onde são descritos o ocorrido, o dia fatídico e o seu acontecimento (obviamente se tratando do dano causado, o fato jurídico)
 
Fundamentos jurídicos: Consequências jurídicas dos fatos narrados.
Ex: Divórcio, indenização, nulidade do contrato e etc...
 
Exemplos:
 Fato:  Simone é casada com João, mas João a traiu.
Fundamentos jurídicos: divórcio
 
Fato: Ação de despejo por falta de pagamento
Fundamentos jurídicos: ação de despejo
 
Causa de Pedir Remota ou Fática:
 
Essa será a discrição do fato que deu origem a lide.
 
Causa de pedir remota: praticar contrato com um absolutamente incapaz
Causa de Pedir Próxima ou Jurídica:
 
É o próprio direito. Após a discrição fática e feita aplicação do direito, a retirada da norma do abstrato para o concreto, substanciando o pedido do autor.
 
Causa de pedir próxima: nulidade contratual
 
Você precisa narrar os fatos de forma detalhada por adotar a teoria da substanciação (se chama teoria da individuação, na europa), OU SEJA, seus fatos precisam contem substancia.
Depois da seção de FATOS, há a SEÇÃO “DO DIREITO” (letras garrafais e centralizado) onde você fundamentará juridicamente (mas não é obrigado a fundamentação legal onde você coloca leis, jurisprudências ou doutrinas, sendo assim facultativo ((mas é bom colocar)))
 
3° ELEMENTO DA AÇÃO – O PEDIDO (também conhecido como OBJETO) O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
Doutrinariamente o pedido é divido em dois:
Pedido Imediato: É o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional.
Pedido Mediato: É o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido.
Na ausência de qualquer elemento da ação, caracteriza a extinção do direito de processo, sem solução do mérito. Mas, o autor ainda mantém o direito de ação
Ao analisar esses 3 elementos você poderá descobrir se há:
litispendência: fenômeno que ocorre quando estão em tramitação duas ou mais ações idênticas (mesma partes, causa de pedir e pedido). Nesse caso mantem-se a primeira proposta e os demais são extintos sem a resolução do mérito.
Coisa julgada: Mesma coisa que a litispendência, mas nesse caso já houve uma sentença, com resolução do mérito e sem possibilidade de recurso. As demais ações serão extintas sem a resolução do mérito.
CLASSIFICAÇÕES DA AÇÃO – NO ÂMBITO CIVIL
As ações no processo civil se classificam em: Ação de Conhecimento e Ação de Execução.
1°Ação de Conhecimento:
São cabíveis sempre que houver uma “crise de certeza” (então cabível de provas). Se há ou não uma obrigação e etc., para isso é necessário ingressar uma ação para saber se é realmente aquela coisa ou não.
Ação de conhecimento meramente declaratória: Toda ação de conhecimento é uma ação declaratória, onde sempre precisaremos que o juiz declare alguma coisa, mas nesse caso, solicitamos ao judiciário apenas uma declaração.
Ação de conhecimento CONDENATÓRIA – Ocorre quando, além da declaração, a gente pleiteia uma condenação (pagar, integrar fazer, não fazer e etc...)
Ação de conhecimento Constitutiva (ou desconstitutiva) – além da declaração você pede ao juiz que ele crie ou extinga uma relação jurídica.
2° Ação de Execução:
Quando há uma crise na satisfação do seu direito.
Exemplo: Se alguém me der um cheque sem fundos eu não posso executar a auto tutela e sair coletando os bens de quem me deve, eu preciso acionar o judiciário para que ele peça que executem o cheque e só assim eles tomam os bens para que me paguem.
Conexão
A Conexão é a forma de fixação da competência jurisdicional e consiste no vinculo que se estabelece entre duas ou mais infrações penais, de onde decorre a necessidade de se efetuar a reunião de processos para um julgamento conjunto.
CPC - Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973 Institui o Código de Processo Civil . Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir.
 
Ou seja, ocorre quando duas ou mais ações houverem a mesma identidade – ou da causa de pedir, ou do pedido – desprezando as partes.
Exemplo: Cai um avião e as famílias ingressa em uma ação montando uma cooperativa, cada uma em seu respectivo estado, outros, ingressam a ação de forma particular.
Visando o Princípio de aproveitamento de atos processuais – gera economia processual e segurança jurídica- se reúnem os processos frente aomesmo juízo ( o primeiro que foi demanda a ação). Este juiz será conhecido como juiz prevento.
 
         gera economia processual: Em vez de contratar vários peritos para o mesmo caso, se contrata apenas um, entre outros exemplos.
         segurança jurídica: O mesmo juiz – juiz prevento- dará a mesma sentença a todos os casos, minguando pedidos subjetivos e trazendo mais justiça a todos e evitando decisões contraditórias
 
Para ocorrer a conexão os processos, além de ter a mesma causa de pedir ou o mesmo pedido, precisam estar mais ou menos na mesma fase da ação, não se pode, por exemplo, reunir uma ação que já está em fase de sentença com uma que acabou de ingressar a ação, isto aqui está de acordo com o princípio da razoável duração do processo.
 
Distribuição por Dependência:
Art. 57. O opoente deduzirá o seu pedido, observando os requisitos exigidos para a propositura da ação (arts. 282 e 283). Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa dos seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único. Se o processo principal correr à revelia do réu, este será citado na forma estabelecida no Título V, Capítulo IV, Seção III, deste Livro.
         É QUANDO na DISTRIBUIÇÃO da ação você destina diretamente para o juiz prevento, sem ter ido antes para outra vara (porque estamos na fase da distribuição)
CONEXÃO
 
É sinônimo de relação, nexo, de forma que, somente resta configurada quando houver algum liame entre uma e outra infração penal.
A conexão, então, nada mais representa do que um liame entre dois fatos tipificados como crime (e neste diapasão, a existência de duas ou mais infrações é essencial à existência da conexão) ou, em alguns casos, também entre dois ou mais agentes maiores de dezoito anos.
 
Disposição:
CONEXÃO INTERSUBJETIVA - Inciso I.
CONEXÃO OBJETIVA - Inciso II.
CONEXÃO INSTRUMENTAL OU PROBATÓRIA - Inciso III. Art. 76/CPP -
A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
CONEXÃO SE SE DIVIDE EM:
CONEXÃO INTERSUBJETIVA –é aquela que obrigatoriamente tem mais de um crime e mais de uma pessoa (inciso I, art. 76). E se se subdivideem:
CONEXÃO INTERSUBJETIVA POR SIMULTANEIDADE – é aquela que ocorre vários crimes simultaneamente. Exemplo furto por várias pessoas ao caminhão tombado da Skol. Outro exemplo: Black Blocs num protesto na Av. Paulista, os manifestantes, sem prévio acordo se houver prévio acordo, caracteriza conexão intersubjetiva por concurso, começam a depredar lojas, pontos de ônibus e telefones públicos.
CONEXÃO INTERSUBJETIVA POR CONCURSO (CONCURSAL) – é aquela que várias pessoas cometem vários crimes, havendo vínculo subjetivo sobre elas ainda que os crimes seja praticado em locais diversos.
CONEXÃO INTERSUBJETIVA POR RECIPROCIDADE – é aquela que o processo é único, mais as partes são vitimas e réus ao mesmo tempo. Exemplo rixa. (Vias de fatos – resulta lesão leve e lesões corporais – lesões graves).
CONEXÃO OBJETIVA –ocorre quando um crime é praticado para garantir a impunidade, facilitação ou assegurar outro, neste caso recomenda-se que o processo seja único (inciso II, art. 76). Exemplo: fuga com tiroteio.
CONEXÃO OBJETIVA TELEOLÓGICA - nada mais é do que aquela na qual o agente pratica um crime visando a prática de um segundo. Exemplo: homicídio do segurança para o fim de se sequestrar o seu patrão.
CONEXÃO OBJETIVA CONSEQUENCIAL OU SEQUENCIAL - pode ser vista como aquela na qual o agente de um primeiro crime pratica um segundo crime como forma de assegurar a vantagem antes obtida. Exemplo: matar comparsa de roubo para ficar com todo o produto do crime patrimonial, garantir que o primeiro crime permaneça oculto. Ocultar o cadáver para que o homicídio não seja descoberto. Matar testemunha para que não deponha contrariamente em processo, cuja acusação seja de um crime anterior de roubo
CONEXÃO INSTRUMENTAL - se refere a existência de dois ou mais crimes, sendo que um destes, para que exista, necessariamente dependerá da prova da existência do outro. Quando a prova de um crime influi em outro. (inciso III, art. 76).
Exemplo 1: para que alguém seja condenado pelo crime de receptação, necessariamente, dever-se-á realizar a prova da existência do crime anterior. Por isso, muitos chamam o crime de receptação de crime parasitário ou acessório.Exemplo 2: Ocorre quando a prova de um crime interfere na prova de outro crime, por exemplo, o agente furta o automóvel em um município e este mesmo veículo é entregue em outro município, configurando o crime de receptação, assim neste caso temos dois crimes e que também serão reunidos em um único processo.
CONEXÃO E CONTINÊNCIA
 
Não é critério de fixação de competência, mas sim de modificação de competência. Ocorre quando há fatores indicam que os processos devem ser julgados por um único JUÍZO, para evitar julgamentos colidentes e para prezar pelo Principio da Celeridade e Economia Processual.
CONTINÊNCIA
CONTINÊNCIA
 
Ocorre quando várias pessoas concorrem para um crime.
 
(inciso III, art. 76)
.Ocorre quando um fato criminoso contém outros, o que impõe que o julgamento de todos seja realizado em
 
conjunto.É uma espécie de conexão que determina a reunião de processos para seu julgamento em conjunto, evitando decisões contraditórias. No processo civil, “dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma , por ser mais amplo, abrange o das outras”, sendo preceitua o Código de Processo Civil, em seu artigo 104:
 
CPC - Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973
Institui o Código de Processo Civil .
Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.
O
 
pedido englobado
 
será conhecido como
 
pedido contido
O
 
pedido englobador
 
será conhecido com
 
pedido continente
 
OBS: Note-se que na CONEXÃO, o agente comete 2 ou mais infrações mediante várias ações, já na CONTINÊNCIA em ocorrendo 2 ou mais infrações elas se dão por uma única ação, seja pelo concurso formal, seja por erro na execução.
Divide-se em duas:
CONTINÊNCIA SUBJETIVA –Várias pessoas concorrem para a pratica do mesmo crime.
Exemplo 1: detentores de Foro Prerrogativo de Função. Exemplo 2: em um mesmo local, por exemplo, vários torcedores cometem crimes dentro de um estádio de futebol, exemplo, um pratica roubo, outro lesão corporal, etc., nestes casos é possível que os crimes sejam julgados em um único processo.
CONTINÊNCIA OBJETIVA –A pluralidade de infração em unidade de conduta.
Exemplo 1: concurso formal de crimes. Ocorre no concurso formal de crimes, que ocorre quando o agente pratica uma conduta dando ensejo a vários resultados, ex: jogou veneno na panela de comida que será servida, assim, com uma conduta pode gerar várias mortes, assim não há necessidade de um processo para cada morte, com isso a continência é exercida para que tudo corra num único processo.
Exemplo 2: Outro caso de continência é contido na aberratio ictus, que é quando o sujeito durante uma conduta erra na sua execução e acaba atingindo mais pessoas, exemplo, quer matar o vizinho e acaba matando além do vizinho, uma pessoa que passava pelo caminho, ou seja, uma conduta duas mortes. Art. 77/CPP - A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal. Art. 80/CPP - Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação. Art. 82/CPP - Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas.
EFEITOS DA CONEXÃO
O processo e julgamento único; um dos juízos exerce força atrativa, devendo avocar os processos que corram perante os outros juízos, salvo se já estiver com sentença definitiva, não é necessário trânsito em julgado, súmula 235 do STJ.
Quem tem força atrativa - crime do júri e crime comum, a força atrativa é do tribunal do júri, salvo em relação a crimes militares e eleitorais.
Impõe que o processo e julgamento seja único, um JUÍZO exerce força atrativa sobre os demais devendo chamar os processos com JUÍZO “não competente”. (*não que não seja competente, é por causa da atração pelo juiz que começou a julgar).
Processo e julgamentos únicos (celeridade e economia processual); um juízo exercerá força atrativa em relação ao outro. Não determinam a competência, mas sim a alteram.
REGRAS DA CONEXÃO
· Roubo em São Paulo e venda da res em Santos - prevalece a competência do crime mais grave.
Se os crimes forem de igual gravidade, prevalece o local onde foi praticado o maior número de infrações.
Se a gravidade e o número de delitos for igual à competência será determinada pela prevenção.
No concurso entre a jurisdição comum e a especial prevalece à jurisdição especial.
Quem tem força atrativa com relação às Comarcas - Art. 78 do CPP.
Art. 78/CPP - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz.
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48).
§ 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente:
a) proibição de frequentar determinados lugares;
b) proibição de ausentar-seda comarca onde reside, sem autorização do juiz;
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
Qual o critério de reunião de processo no caso do crime continuado?
Nenhum dos visto acima, é a prevenção, não se encaixa em nenhuma das hipóteses. Assim, o juiz que praticou o primeiro ato decisório.
SEPARAÇÃO DE PROCESSOS
Em quais hipóteses que, em mesmo havendo conexão e continência terá que separa os processos?
a) no concurso entre a justiça comum e a militar a separação é obrigatória, sob pena de nulidade absoluta.
b) concurso entre a justiça comum e o juizado da criança e do adolescente.
c) doença mental superveniente em relação a um dos acusados (suspensão do processo para o doente e prosseguimento para os demais).
D) artigo 366 do CPP, um dos acusados citado por edital não comparece e nem constitui advogado (o processo ficará suspenso em relação a ele, prosseguindo para os demais).
	
Exemplos: 
Exemplo: Simone comprou um carro por financiamento – 36 meses -, mas ela deixou de pagar e teve a majoração de suas parcelas por conta de multas de atrasos, mas de forma exorbitante. Simone promoveu uma ação contra a Seguradora alegando que no contrato há uma cláusula abusiva e que não consegue pagar as prestações, então pede a nulidade da cláusula.
Não sabia Simone que a Seguradora também ingressou uma ação, a dela na 2° VC e a deles na 15°. Entretanto, o pedidos deles era referente a rescisão contratual e a reintegração do veículo.
Estamos então diante da Continência: Mesmas partes, ações distintas, uma causa de pedir diferente da outra.
Como ocorre então?	
O Pedido da seguradora, por ser mais abrangente (o contrato é maior que a cláusula, sendo a cláusula inserida no contrato) é consideradocontinente, e a da Simone contida. Entretanto, há ressalvas quanto a sua continência:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
 
Logo, se a ação continente tivesse sido proposta primeiro, a ação contida seria extinta, sem resolução do mérito.
Se a ação contida fosse proposta primeiro, então as ações seriam reunidas.
 
 
A professora informou que há a possibilidade de haver mais de um autor na ação e chamamos de LITISCONSÓRCIO ATIVO, e mais de um réu, LITISCONSÓRCIO PASSIVO. 
LITISCONSÓRCIO
1. Conceito
É possível se estabelecer o conceito de Listisconsórcio através de uma acepção simplória e sintética. Sendo assim, tal definição é figurada pela reunião de duas ou mais pessoas no polo Ativo (autores) ou Passivo (acionados). Portanto não há a necessidade de se estender acerca da conceituação de tal diploma. É de se ressaltar também que o Litisconsórcio se funda nos princípios da Economia Processual e da Harmonização dos Julgados.
“... Reunião de duas ou mais pessoas assumindo, simultaneamente, a posição de autor ou de réu” (DIDIER, Freddie. Curso de Direito Processual Civil, página 333).
2. Classificação
O Litisconsórcio pode ser classificado quanto às partes- se dividindo em Ativo, Passivo e Misto-, quanto ao momento em que se estabelece- Inicial e Incidental-, quanto a obrigatoriedade- Facultativo, Necessário- e quanto a Uniformidade da Decisão- Simples e Unitário.
2.1 Quanto às partes
Quando houver dois ou mais Litisconsortes na parte ativa o Litisconsórcio será Ativo, se os mesmo estiverem na parte passiva o Litisconsórcio será Passivo, se ocorrer incidência desses em ambas as partes, o Litisconsórcio será Misto.
2.2 Quanto ao momento de ocorrência
Litisconsórcio Inicial é considerado como sendo aquele cujo sua formação se dá no momento em que se forma o Processo.
Já o Litisconsórcio Incidental representa aquele que surge no decorrer do Processo, este deve ser considerado como uma exceção, visto que representa um evento que causa confusão no andamento processual.
O Litisconsórcio Incidental ou Ulterior pode surgir por 3 (três) razões: 1) Por motivo de uma Intervenção de Terceiros- seja por um chamamento ao processo ou denunciação a lide; 2) Por meio de uma Sucessão Processual- terceiro chamado que está obrigado desde o início da ação; 3) Conexão- reunião de processos para serem julgados simultaneamente, visto que existe uma relação de dependência entre eles.
2.3 Quanto a obrigatoriedade
2.3.1 Litisconsórcio Necessário
Existe no Litisconsórcio Necessário uma presunção de obrigatoriedade legal, representa a indispensabilidade da integração de todos os litisconsortes no polo passivo- pela natureza unitária da relação jurídica com o bem discutido ou por determinação legal-, independendo de acordo entre as partes. Existem doutrinas que adotam a existência de litisconsórcio necessário do polo ativo, porém se tal hipótese for admitida estará configurada uma espécie de “autor impelido” a ser um litisconsorte, o que não é admitido no nosso sistema jurídico.
“... Não é admissível no nosso sistema jurídico que alguém seja obrigado a litigar, como autor, em demanda judicial”. (DIDIER, Freddie. Curso de Direito Processual Civil, página 337).
A eficácia da sentença irá depender da citação de todos os litisconsortes necessários, tendo como consequência o não surtir dos efeitos nem para os que participaram tão pouco para os que não foram citados, portanto não participaram.
O Art. 47, do CPC, faz uma relação entre o Litisconsórcio Necessário e o Unitário, estando o primeiro diretamente ligado à incidência do segundo, porém não exclusivamente- há a hipótese de Litisconsórcio Unitário Facultativo-, ressalvado os casos em que houver prévia determinação legal da necessariedade.
Há a hipótese de Litisconsórcio Necessário Simples, quando este decorrer de determinação legal, nesse caso estabelecendo-se uma relação entre Litisconsórcio Necessário e Litisconsórcio Simples.
2.3.2 Litisconsório Facultativo
A noção de Litisconsórcio Facultativo se funda na formação ou não do litisconsórcio, dependendo da vontade dos litigantes. Portanto, o litisconsórcio se fará facultativo quando o litisconsórcio não for necessário.
2.4 Quanto a uniformidade da decisão
2.4.1 Litisconsórcio simples
No Litisconsórcio Simples a decisão tomada pelo juiz será dada de maneira diferente para cada um dos litisconsortes, independente de esta ter sido dada em um mesmo processo.
Cada um dos Litisconsortes é tratado de forma diferente, o que beneficiar um não beneficiará o outro, também não prejudicará o outro o que for prejudicial a algum litisconsorte.
 2.4.2 Litisconsórcio Unitário
Ocorre o Litisconsórcio Unitário, quando a decisão do juiz só puder ser dada uniformemente, ou seja, igualmente para todos os litisconsortes.
Apesar de haver semelhança com o Litisconsórcio Necessário, o Unitário nem sempre será necessário, pois há casos em que o mesmo direito ou bem seja revindicado por várias pessoas em ações diferentes, porém ambas terão a mesma sentença.
“... Como por exemplo no caso de condôminos que reivindicam a mesma coisa, que mesmo agindo separadamente terão a mesma sentença."(O Litisonsórcio. RESSEL, Sandra).
O Litisconsórcio Unitário Facultativo ocorre quando a ação deveria ser proposta por um Listisconsórcio Ativo, porém dá-se legitimação ordinária ou extraordinária à propositura individual da ação.
A motivação de tal ocorrência se dá: 1) porque o Direito de propositura da ação do autor individual não pode ser condicionado à participação dos outros co-legitimados a serem litisconsortes ativos; 2) A demanda foi proposta sem a presença de todos os co-legitimados, nesse caso o Magistrado não poderá obrigar os ausentes a entrar no processo, pois- como já foi visto anteriormente-, tal hipótese é vedada no nosso Ordenamento.
Existe entendimento doutrinário atual que se posiciona da seguinte forma: o Litisconsórcio quando Passivo, é também Necessário, porém quando Ativo, será Facultativo.
Apesar de não poder obrigar os co-legitimados a fazerem partedo processo o Magistrado deverá determinar a intimação daqueles que supostamente teriam o mesmo direito do autor da ação- que estariam submetidos à coisa julgada-, com a finalidade de cientificar ao litisconsorte unitário a cerca da litigância existente para que ele possa tomar a posição que lhe convir, por exemplo, intervir no processo por meio da assistência litisconsorcial. Tal medida colocaria os esfeitos da coisa julgada diretamente relacionados a esse suposto co-legitimado, litisconsorte unitário.
3. A coisa julgada material
Dar-se-á como conceito de coisa julgada material como qualidade inerente à sentença, que, por possuir efeito declaratório, torna indiscutível posteriormente a matéria da qual foi objeto da declaração em nova ação. Tornando-se imutável a decisão dada pelo juiz, a qual se constitui como “lei no caso concreto”, estabelecendo uma espécie de proteção contra quaisquer tentativas de modificação dos efeitos para futuras relações jurídicas estabelecidas pelas partes atingidas pelos efeitos da coisa julgada material.
Há diversas correntes que tratam de modo diferente a transferência dos efeitos da C. J. Material, porém a mais adequada, de acordo com o meu entendimento, é a que diz não haver a possibilidade de uma extensão subjetiva dos efeitos da coisa julgada material a terceiros, em nenhuma hipótese, sendo os efeitos operantes apenas inter partis. Tal posição se fundamenta no Art. 472 co CPC.
“A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros.” (Art. 472,Código de Processo Civil, 1973).
4. Prazos
Jurisdição
  é inerte, de modo que o Estado somente poderá exercer essa função se for provocado. Essa provocação se dá através da propositura de uma 
 
AÇÃO
. Com a propositura da ação, o Estado precisa de um instrumento que lhe permita 
exercer a função jurisdicional, 
tal instrumento é o 
PROCESSO
.
 
 
 
 
 
 
 Em se tratando de prazos, eles serão contados da seguinte forma: 1) Prazo Simples: a contagem se dará normalmente, pois só há um advogado em um dos polos- onde ocorrer o litisconsórcio; 2) Prazo em Dobro: o prazo será contado em dobro se caso houver mais de um advogado diferente em um dos polos- em que existir litisconsórcio.
Jurisdição
 
A JURISDIÇÃO é inerte, de modo que o Estado somente poderá exercer essa função se for provocado. Essa provocação se dá através da propositura de uma AÇÃO. Com a propositura da ação, o Estado precisa de um instrumento que lhe permita exercer a função jurisdicional, tal instrumento é o PROCESSO. 
  
  
1. Da Jurisdição: 
  1.1. Conceito: é uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em disputa para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça. 
  
Nas palavras de Antônio Cláudio da Costa Machado: "Jurisdição é o poder do Estado de solucionar ou dirimir conflitos de interesses com vista à pacificação da sociedade". 
  
Muito esclarecedora é a explicação de Fredie Didier: "Jurisdição  é a função atribuída a um terceiro imparcial de realizar o Direito de modo imperativo e criativo, reconhecendo/efetivando/protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas, em decisão insuscetível de controle externo e com aptidão para tornar-se indiscutível". 
 
  
1.2. Principais Características da Jurisdição: 
  
a) Substitutividade: ao exercer a jurisdição, o Estado substitui a vontade das partes e determina a solução do problema apresentado. De acordo com Chiovenda: "Exercendo a jurisdição, o Estado substitui, com uma atividade sua, as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito trazido à apreciação". 
  
b) Lide: a jurisdição pressupõe a existência de um conflito de interesses que será levado à apreciação do Judiciário. 
  
c) Inércia: a jurisdição é inerte, o Estado só poderá exercer a função jurisdicional se provocado. 
O art. 2º do CPC dispõe o seguinte: "Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou interessado a requerer, nos casos e formas legais". 
  
d) Definitividade: Somente os atos jurisdicionais são suscetíveis de se tornarem imutáveis. Só uma decisão judicial pode tornar-se indiscutível e imutável pela coisa julgada material. 
  
e) Imperatividade: A decisão do juiz tem força de lei entre as partes. 
  
# Importante - Fredie Didier elenca mais uma característica para a jurisdição, a criatividade: "a função jurisdicional é criativa: cria-se a norma jurídica do caso concreto, bem como se cria, muita vez, a própria regra abstrata que deve regular o caso concreto". 
  
  
1.3. Princípios Inerentes à Jurisdição: 
  
a) Princípio da Investidura: a jurisdição só deve ser exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz. 
  
b) Princípio da Aderência ao Território: os juízes só têm autoridade nos limites territorias do seu Estado, ou seja, nos limites do território de sua jurisdição. 
  
c) Princípio da Indelegabilidade: o exercício da função jurisdicional não pode ser delegado. 
  
d) Princípio da Inevitabilidade: as partes devem submeter-se à decisão do órgão jurisdicional. 
A partir do momento em que provocaram o exercício da função jurisdicional do Estado, a situação de ambas as partes perante o Estado-Juiz é de sujeição. 
  
e) Inafastabilidade da Apreciação pelo Judiciário: prescreve o inciso XXXV, art. 5º da CF: "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito".  
  
f) Juiz Natural: ninguém será processado, senão pela autoridade competente (art. 5º, LIII da CF/88). Não haverá juízo ou Tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII da CF/88). 
  
  
1.4. Jurisdição Contenciosa e Voluntária: 
  
a) Jurisdição Contensiosa (ou, jurisdição propriamente dita): se dá quando há um conflito de interesses levado à apreciação do Estado-Juiz. 
  
b) Jurisdição Voluntária (ou, jurisdição integrativa): é uma atividade estatal de integração e fiscalização. Muito embora não haja conflito de interesses, o Estado-Juiz  deve intervir exercendo uma atividade meramente homologatória, verificando se houve a observância das normas jurídicas na realização do ato jurídico, para que seus efeitos jurídicos sejam alcançados. 
Hipóteses exemplificativas de jurisdição voluntária: homologação de divórcio consensual (após emenda 66/10), abertura de testamento e codicilo, herança jacente, declaração e divisão de bens do ausente, curatela dos interditos. 
Importante: fazer a leitura dos arts. 1.103 a 1.210 do CPC. 
  
# Para facilitar os estudos - Quadro comparativo entre jurisdição contenciosa e voluntária:  
  
	Jurisdição Contenciosa 
	 Jurisdição Voluntária 
	 
Inicia-se mediante provocação. 
	 
Inicia-se mediante provocação 
	 
Existência de lide. 
	 
Acordo de vontades. 
	 
A jurisdição atua resolvendo o litígio (substitutividade). 
	 
A jurisdição integra o negócio jurídico para lhe dar validade. 
	 
Existência de partes. 
	 
Existência de interessados. 
	 
A decisão faz coisa julgada. 
	 
A decisão não faz coisa julgada (art. 1.111, CPC). 
  
Busca-se uma tutela cognitiva, Processo
Conceito
Aspecto objetivo
Instrumento para o exercício da atividade jurisdicional ou ainda, um complexo de atos coordenados com a finalidade de aplicar a lei à lide.
Aspecto subjetivo
Relação jurídica entre autor, juiz e réu, atribuindo-lhes poderes, direitos, deveres, sujeições e ônus, voltados à finalidade de alcançar um pronunciamento jurisdicional.
Tipos de processo
para que o juiz diga o direito
Execução
Processo em que a pretensão não é mais ao acertamento do direito, mas a sua satisfação.
Cautelares
Procura uma tutela protetiva, de resguardo do dinheiro que está em perigo, pela demora do processo.
Diferença entre processo e procedimento

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