mediante plebiscito da população interessada; d) Lei Ordinária Estadual criando especificamente determinado município; 2.0 – Vedações Constitucionais de Natureza Federativa ���� Art. 19 CF - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II – recusar fé aos documentos públicos; III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. a) Cultos e Igrejas - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencionando, embaraçando-os ou manter com eles ou seus representantes relações de independência ou aliança, ressalvada na forma da lei a colaboração de interesse público; b) Recusar fé aos documentos públicos – uma vez os documentos reconhecidos e atribuídos a fé, eles recebem a fé publica. A fé publica é a característica atribuída ao documento emitido por autoridade publica ou reconhecido como verdadeiro e dotasse de presunção de veracidade. c) Criar distinções entre os brasileiros – é impossível para União, Estado e Municípios criar distinção entre os brasileiros; é o principio da isonomia federativa (não pode tratar essas pessoas sem os mesmos critérios); d) Criar preferências entre si – é proibido aos Estados, municípios, União e Distrito Federal criar preferências entre si; DIREITO CONSTITUCIONAL II 6 pedro.ferencz@live.com 2) COMPETÊNCIAS 2.1- Conceito – são as faculdades juridicamente atribuídas a uma entidade órgão ou agente do poder público para emitir decisões; competência são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades administrativas para realização de suas funções; - José Afonso da Silva - 2.2 - Princípios básicos para a distribuição de competências - ���� Predominância do interesse - ENTE FEDERATIVO INTERESSE União Geral Estados Regional Municípios Local Distrito Federal Regional e Local * Exceção – art. 22, XVII - XVII – organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes; 2.3- Critérios - a) Reserva de campos específicos de competência legislativa e administrativa - União – União tem poderes enumerados; Estados – Poderes remanescentes; Municípios – na sua competência super-restrita também tem poderes enumerados; DF – poderes enumerados e remanescentes; b) Possibilidade de delegação – há uma competência exclusiva: diz que essa atribuição não pode ser delegada; e há uma competência privativa: pode haver a delegação; a competência comum: idêntica visualização da técnica legislativa; e competência concorrente: art. 24. Art. 22: Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. DIREITO CONSTITUCIONAL II 7 pedro.ferencz@live.com c) Áreas comuns de atuação administrativa paralela (art. 23.) - d) Atuação legislativa concorrente - 1- Repartição em Matéria Legislativa 1.1 – Competência Privativa – art. 22 * Delegação de competência da União para os Estados – art. 22 – Somente poderá acontecer da União para os Estados, por meio de Lei Complementar; ���� Requisitos para a delegação: a) Formal – existência de Lei Complementar devidamente aprovada pelo Congresso Nacional, por meio de maioria absoluta; b) Material – somente poderá ser delegado um ponto específico dentro de uma das matérias descritas nos Incisos do art. 22, pois está delegação não se reveste de generalidade, mas sim de particularização de questões específicas; c) Implícito – é a impossibilidade de, por meio da delegação, instituir qualquer tipo de privilégio entre os Estados; 1.2 – Competência concorrente – 24 CF - - Cumulativa – sempre que inexistir limites prévios para o exercício da competência, por parte de um ente, ou a União ou o Estado membro; - Não cumulativa – estabelece a repartição vertical, pois dentro de um mesmo campo material, reserva-se o nível superior ao ente Federativo (União), que fixa as regras gerais, deixando para o Estado Membro a complementação; * Competência Suplementar - Complementar – depende sempre de previa Lei Federal a ser especificada pelos Estados Membros e Distrito Federal; - Supletiva – aparecera em virtude da inércia da União, quando então os Estados e o Distrito Federal, temporariamente adquiriram competência plena; DIREITO CONSTITUCIONAL II 8 pedro.ferencz@live.com 1.2.1 – Regras definidoras de competência concorrente – a) A União possui competência direcionada apenas pra edição de normas gerais, sendo deflagrante inconstitucionalidade aquilo que extrapolar; b) A competência do Estado Membro ou Distrito Federal refere-se a normas específicas, detalhes minúcias (competência suplementar). Assim, uma vez editadas as normas gerais, as normas Estaduais deverão ser particularizantes, no sentido de adaptação de princípios, bases e particularidades regionais (competência complementar); c) No rol do art. 24 não há possibilidade de delegação de competência entre União, Estados e Distritos Federais; d) O rol do art. 24 é taxativo (``numerus clausus``) logo não haverá possibilidade de exercício de competência concorrente para outras matérias que não estejam previstas no art. 24; e) A inércia da União em regulamentar as matérias do art. 24 não impedem ao Estado Membro a regulamentação da disciplina constitucional; art. 24 parágrafo segundo; f) Essa competência plena é temporária; art. 24, parágrafo terceiro; g) Superveniência de Lei Federal sobre as normais gerais suspende a eficácia da Lei Estadual no que lhe for contrário; 3) HIERARQUIA DAS LEIS -> Escrita, Analítica, Programática, Rígida; 1.1 – Classificação A) CF – B) Emenda Constitucional – reflexo do Poder Constituinte derivado, capaz de alterar a Constituição Federal; - Votação: Câmara dos Deputados, Senado Federal; três quintos dos membros da casa; C) D) Lei Complementar – somente pode prever situações de escritas pela própria Constituição; DIREITO CONSTITUCIONAL II 9 pedro.ferencz@live.com E) Lei Ordinária – não há hierarquia entre Lei Complementar e Ordinária. O que existe é um critério de especialidade, do qual se extrai que Lei Complementar pode tratar de assuntos relegados a Lei Ordinária, mas a Lei Ordinária não pode tratar de assuntos reservados a Lei Complementar; F) Tratados Internacionais – são criações decorrentes de acordos entre os Estados e devem passar por referendo congressual e ratificação para entrar no Ordenamento Jurídico; G) Medida Provisória – editada pelo Presidente da Republica seguindo critérios de relevância e urgência, são submetidas a votação pelo Congresso. Não podem ser aprovadas por decurso de prazo e nem produz efeitos em caso de rejeição. É exclusiva do Presidente da Republica; ela só vai ter validade até virar Lei; H) Lei Delegada – foi permitida pelo Congresso Nacional; tem previsão no art. 68 da CF; é elaborada pelo Presidente a partir de delegação especifica do congresso, mas tem restrição de matérias; I) Decreto Legislativo – é de competência exclusiva do Congresso Nacional sem a necessidade de sanção (aprovação/reforço) presidencial. J) Resolução – é um ato legislativo de conteúdo concreto e efeitos internos. Elas também não passam pela promulgação e também não passam pelo controle de constitucionalidade. K) Decreto – são atos administrativos de competência dos chefes do Poder