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RESUMO CONSTITUCIONAL II

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DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
1 
pedro.ferencz@live.com 
1. Organização do Estado (União, Estados, DF, Municípios e Territórios); 
2. Competências (Exclusiva, Privativa, Concorrente, Comum, Supletiva...); 
3. Hierarquia das normas. 
4. Intervenção (Federal e Estadual) 
5. Organização dos Poderes (Poder Legislativo, Congresso Nacional, 
Câmara dos Deputados e toda a composição do PL dos Estados, 
Territórios, DF e Municípios...); 
 
1) ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
1.1 – Capital Federal 
 - 1 Constituição de 1892 - 
 - Art. 32 CF – vedações – veda para Brasília ter municípios; 
impossibilidade constitucional de se criar municípios vinculados ao Distrito 
Federal; 
 - Civitas e polis – Brasília é uma cidade e um Estado ao mesmo tempo; 
uma mistura entre cidade e Estado; 
 - Competências – Brasília tem a mesma competência de Estado e 
Município; Ex: pagam IPTU para o Estado de Brasília, e os impostos federais 
para Brasília a Federal do Brasil; 
 - Lei Orgânica – vai ter regras do Poder Judiciário e regras 
administrativas do Estado; 
1.2 – Principio da indissolubilidade do vínculo federativo – não teria lógica 
se pudesse dissolver esse vinculo que criou da União; não há como se romper; 
 - Art. 1 CF - 
 - Art. 34, I, CF - 
 - Inexiste secessão – secessão é divisão/separação; não existe 
separação dos Estados membros com a União, e qualquer tentativa de 
secessão vai ser reprimida com intervenção Federal; Intervenção seria mandar 
o exército reprimir; 
1.3 – União 
• Princípios constitucionais sensíveis – são previstos no Art. 34, VII, 
CF; e sua inobservância pelos Estados membros, no exercício de suas 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
2 
pedro.ferencz@live.com 
competências legislativas, administrativas ou tributárias, pode acarretar 
intervenção na autonomia política; 
 a) Forma Republicana, Sistema Representativo, Regime 
Democrático; manutenção da forma do Governo Brasileiro; 
 b) Direitos da pessoa humana; envolve os direitos e garantias 
constitucionais; 
 c) Autonomia municipal; 
 d) Prestação de contas da administração Pública direta e indireta; 
 e) Aplicação do mínimo exigido da Receita resultante de impostos 
Estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do Ensino e nas ações e serviços públicos e saúde; 
 
• Princípios federais extensíveis – são normas comuns a União, 
Estados, municípios e Distrito Federal, obrigatórias no seu poder de 
organização; Ex: art. 1, Inciso I a V; art. 3, Inciso I a IV; Art. 4, Inciso I a 
X; Art. 2; Art. 5, Inciso I, II, III, VI, VIII, IX, XI, XII, XX, XXII, XXIII, XXXVI, 
LIV, LVII; Art. 6 á art. 11; Art. 933, Inciso I á XI; Art. 95, Inciso I, II, III; 
• Princípios constitucionais estabelecidos – estão espalhados pela CF, 
e são responsáveis pela Organização da Federação, estabelecendo 
preceitos centrais de auto-organização de observância obrigatória aos 
Estados-membros; 
 -> Normas de competência – Ex: Art. 23; Art. 24; Art. 25; Art. 27, 
parágrafo terceiro; Art. 75; Art. 96, Inciso I, a-f; Art. 96, Inciso II, a-d; Art. 96, 
Inciso III; Art. 98, I e II; Art. 125, parágrafo quarto; Art. 144, parágrafo quarto, 
quinto e sexto; Art. 145, Inciso I, II e III; Art. 155, Inciso I, a-b-c-e, Inciso II; 
 -> Normas de pré-ordenação –Art. 27; Art. 28; Art. 37, Inciso I á 
XXI, e parágrafo primeiro á parágrafo sexto; Art. 39 a 41; Art. 42, parágrafo 
primeiro á parágrafo onze; Art. 75; Art. 95, I, II e III, e seu parágrafo; Art. 235, I 
á XI; 
1.4 – Estado 
 - PE - governador 
 - PL - Assistente Legislativo 
 - PJ – TJ 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
3 
pedro.ferencz@live.com 
1.5 – Regiões Metropolitanas, Microrregiões e aglomerações urbanas 
previsto no Art. 25, parágrafo terceiro da CF; a criação dessas regiões é 
sempre feita por Lei complementar; metropolitanas: são conjuntos de 
municípios limítrofes, com certa continuidade urbana, que se reúnem em torno 
de um município polo, ou município mãe; Microrregiões: também constituídas 
por municípios limítrofes, que apresentam características homogêneas e 
problemas em comum, mas que não estão ligados por certa continuidade 
urbana; Aglomerações urbanas: são áreas urbanas de municípios limítrofes 
sem um polo e sem sede. Caracterizam-se pela grande densidade demográfica 
e continuidade urbana. 
 
 -> Requisitos Constitucionais - 
 a) Lei complementar Estadual – criada pela Assembleia 
Legislativa Estadual; 
 b) Tratar se de um conjunto de municípios limítrofes - 
 c) Possuir mesma finalidade, organização, planejamento e 
execução de funções públicas - 
 d) Interesse comum - 
 -> STF – julgou a ADIN 1849, entendendo que é impossível acrescentar 
novos requisitos para Regiões Metropolitanas, Microrregiões e Aglomerações 
urbanas; 
1.6- Municípios 
 - Art. 1º; 18º; 29º; 30º e 34º, VII, ‘’c’’ da CF - 
 - Autonomia – três critérios de autonomia: política: auto-organização 
para a escolha dos seus vereadores; autonomia administrativa: os prefeitos vão 
poder organizar a cidade, criando secretarias, modificando secretarias, porque 
o município é independente administrativamente; autonomia financeira: essa 
autonomia é limitada por uma lei orçamentária municipal, dizendo onde vai 
gastar, pra que vai gastar e porque vai gastar. Possui essa autonomia porque 
as arrecadações vêm dos impostos; 
 -> Lei Orgânica Municipal – elas seguem o espelho da Constituição 
Estadual e Federal; 
 - Votação em dois turnos – intervalo – votação para a criação 
das leis orgânicas – cada município faz sua própria votação para criação ou 
readaptação da sua Lei Orgânica; são duas oportunidades para a discussão 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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pedro.ferencz@live.com 
dessa Lei Orgânica, precisando ter um intervalo mínimo entre essas 
discussões, para conseguir discutir bem essa discussão; 
 - 2/3 dos membros – é preciso que em cada votação essa Lei 
seja aprovada por dois terços na Câmara de Vereadores; 
 - Competência – competência política (eleição de prefeitos e 
vereadores); Autogestão financeira e administrativa; e a técnica legislativa: 
como serão votadas essas leis, coro de votação, limite de competência dessas 
leis; 
1.7- Territórios 
são estritamente vinculados a União; 
 - União - 
 - Atos Disposições Constitucionais Transitórias - 
 Amapá, Roraima e Fernando de Noronha – 
 
1.8- Formação dos Estados - 
 -> art. 18, parágrafo 3, CF - 
 - Requisitos: 
 a) Consulta prévias, as populações diretamente interessadas 
por meio de plebiscito – art. 4 da Lei 9709 de 1998; 
 b) Oitiva das respectivas assembleias legislativas dos 
Estados interessados – é meramente opinativa, não é de caráter vinculativo; 
 c) Lei complementar Federal especifica aprovando a fusão, 
desmembramento e subdivisão dos Estados; 
 ���� Formas: 
• Fusão – é quando se reúnem dois ou mais Estados para a criação de 
um novo; perdem a identidade autônoma anterior que eles tinham; 
• Desmembramento – ocorre na divisão de um ou mais partes do Estado 
membro, sem a perda da identidade do entre primitivo; 
• Subdivisão – criação desses Estados em vários novos Estados 
membros com a perda de identidade do Estado anterior que se existia; 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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1.9 - Formação de Municípios – 
Essa formação foi trazida na Emenda Constitucional 15 de 1996; 
ADIN 262-7 de 1990 – essa ADIN trás que para os municípios devemos 
adaptar essas mesmas formas de formação de municípios e mais: 
 a) Lei Complementar Federal, estabelecendo genericamente o período 
possível para criação, fusão ou desmembramento de municípios; 
 b) Lei Ordinária Federal estabelecendo critérios genéricos exigíveis, tais 
como estudo de viabilidade municipal; 
 c) Consulta prévia,mediante plebiscito da população interessada; 
 d) Lei Ordinária Estadual criando especificamente determinado 
município; 
 
2.0 – Vedações Constitucionais de Natureza Federativa 
 ���� Art. 19 CF - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público; 
II – recusar fé aos documentos públicos; 
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 a) Cultos e Igrejas - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, 
subvencionando, embaraçando-os ou manter com eles ou seus representantes 
relações de independência ou aliança, ressalvada na forma da lei a 
colaboração de interesse público; 
 b) Recusar fé aos documentos públicos – uma vez os documentos 
reconhecidos e atribuídos a fé, eles recebem a fé publica. A fé publica é a 
característica atribuída ao documento emitido por autoridade publica ou 
reconhecido como verdadeiro e dotasse de presunção de veracidade. 
 c) Criar distinções entre os brasileiros – é impossível para União, 
Estado e Municípios criar distinção entre os brasileiros; é o principio da 
isonomia federativa (não pode tratar essas pessoas sem os mesmos critérios); 
 d) Criar preferências entre si – é proibido aos Estados, municípios, 
União e Distrito Federal criar preferências entre si; 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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2) COMPETÊNCIAS 
2.1- Conceito – são as faculdades juridicamente atribuídas a uma entidade 
órgão ou agente do poder público para emitir decisões; competência são as 
diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades 
administrativas para realização de suas funções; 
 - José Afonso da Silva - 
2.2 - Princípios básicos para a distribuição de competências - 
 ���� Predominância do interesse - 
ENTE FEDERATIVO INTERESSE 
União Geral 
Estados Regional 
Municípios Local 
Distrito Federal Regional e Local 
 
* Exceção – art. 22, XVII - XVII – organização judiciária, do Ministério Público e da 
Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização 
administrativa destes; 
 
2.3- Critérios - 
 a) Reserva de campos específicos de competência legislativa e 
administrativa - 
 União – União tem poderes enumerados; 
 Estados – Poderes remanescentes; 
 Municípios – na sua competência super-restrita também tem poderes 
enumerados; 
 DF – poderes enumerados e remanescentes; 
 
 b) Possibilidade de delegação – há uma competência exclusiva: diz 
que essa atribuição não pode ser delegada; e há uma competência privativa: 
pode haver a delegação; a competência comum: idêntica visualização da 
técnica legislativa; e competência concorrente: art. 24. 
Art. 22: Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a 
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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 c) Áreas comuns de atuação administrativa paralela (art. 23.) - 
 d) Atuação legislativa concorrente - 
 
 1- Repartição em Matéria Legislativa 
 
1.1 – Competência Privativa – art. 22 
 * Delegação de competência da União para os Estados – art. 22 – 
Somente poderá acontecer da União para os Estados, por meio de Lei 
Complementar; 
 ���� Requisitos para a delegação: 
 a) Formal – existência de Lei Complementar devidamente 
aprovada pelo Congresso Nacional, por meio de maioria absoluta; 
 b) Material – somente poderá ser delegado um ponto específico 
dentro de uma das matérias descritas nos Incisos do art. 22, pois está 
delegação não se reveste de generalidade, mas sim de particularização de 
questões específicas; 
 c) Implícito – é a impossibilidade de, por meio da delegação, 
instituir qualquer tipo de privilégio entre os Estados; 
 
1.2 – Competência concorrente – 24 CF - 
 - Cumulativa – sempre que inexistir limites prévios para o exercício da 
competência, por parte de um ente, ou a União ou o Estado membro; 
 - Não cumulativa – estabelece a repartição vertical, pois dentro de um 
mesmo campo material, reserva-se o nível superior ao ente Federativo (União), 
que fixa as regras gerais, deixando para o Estado Membro a complementação; 
 
 * Competência Suplementar 
 - Complementar – depende sempre de previa Lei Federal a ser 
especificada pelos Estados Membros e Distrito Federal; 
 - Supletiva – aparecera em virtude da inércia da União, quando 
então os Estados e o Distrito Federal, temporariamente adquiriram 
competência plena; 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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1.2.1 – Regras definidoras de competência concorrente – 
 a) A União possui competência direcionada apenas pra edição de 
normas gerais, sendo deflagrante inconstitucionalidade aquilo que extrapolar; 
 b) A competência do Estado Membro ou Distrito Federal refere-se 
a normas específicas, detalhes minúcias (competência suplementar). Assim, 
uma vez editadas as normas gerais, as normas Estaduais deverão ser 
particularizantes, no sentido de adaptação de princípios, bases e 
particularidades regionais (competência complementar); 
 c) No rol do art. 24 não há possibilidade de delegação de 
competência entre União, Estados e Distritos Federais; 
 d) O rol do art. 24 é taxativo (``numerus clausus``) logo não 
haverá possibilidade de exercício de competência concorrente para outras 
matérias que não estejam previstas no art. 24; 
 e) A inércia da União em regulamentar as matérias do art. 24 não 
impedem ao Estado Membro a regulamentação da disciplina constitucional; art. 
24 parágrafo segundo; 
 f) Essa competência plena é temporária; art. 24, parágrafo 
terceiro; 
 g) Superveniência de Lei Federal sobre as normais gerais 
suspende a eficácia da Lei Estadual no que lhe for contrário; 
 
3) HIERARQUIA DAS LEIS 
 
-> Escrita, Analítica, Programática, Rígida; 
 1.1 – Classificação 
A) CF – 
B) Emenda Constitucional – reflexo do Poder Constituinte derivado, capaz de 
alterar a Constituição Federal; 
 - Votação: Câmara dos Deputados, Senado Federal; três quintos dos 
membros da casa; 
C) 
D) Lei Complementar – somente pode prever situações de escritas pela 
própria Constituição; 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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pedro.ferencz@live.com 
E) Lei Ordinária – não há hierarquia entre Lei Complementar e Ordinária. O 
que existe é um critério de especialidade, do qual se extrai que Lei 
Complementar pode tratar de assuntos relegados a Lei Ordinária, mas a Lei 
Ordinária não pode tratar de assuntos reservados a Lei Complementar; 
F) Tratados Internacionais – são criações decorrentes de acordos entre os 
Estados e devem passar por referendo congressual e ratificação para entrar no 
Ordenamento Jurídico; 
G) Medida Provisória – editada pelo Presidente da Republica seguindo 
critérios de relevância e urgência, são submetidas a votação pelo Congresso. 
Não podem ser aprovadas por decurso de prazo e nem produz efeitos em caso 
de rejeição. É exclusiva do Presidente da Republica; ela só vai ter validade até 
virar Lei; 
H) Lei Delegada – foi permitida pelo Congresso Nacional; tem previsão no art. 
68 da CF; é elaborada pelo Presidente a partir de delegação especifica do 
congresso, mas tem restrição de matérias; 
I) Decreto Legislativo – é de competência exclusiva do Congresso Nacional 
sem a necessidade de sanção (aprovação/reforço) presidencial. 
J) Resolução – é um ato legislativo de conteúdo concreto e efeitos internos. 
Elas também não passam pela promulgação e também não passam pelo 
controle de constitucionalidade. 
K) Decreto – são atos administrativos de competência dos chefes do PoderExecutivo (Prefeito, Presidente da Republica e Governador). Ele alcança um 
caráter de explicação e complementação da norma. Os chefes utilizam esse 
decreto para fazer nomeações e exonerações na maioria das vezes nos cargos 
em comissão (cargo que não é por concurso – cargo provisório). 
L) Decreto – lei – é um decreto emanado pelo Poder Executivo e não pelo 
Poder Legislativo, mas tem força de Lei. É iniciativa do chefe do Poder 
Executivo. 
M) Portaria – é um documento de Ato Administrativo de qualquer autoridade 
publica, que contem instruções a cerca da aplicação de leis ou regulamentos, 
recomendações em caráter geral, nomeações, exonerações, punições, que 
regulamentem a organização do serviço publico. 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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pedro.ferencz@live.com 
 1.2 CONTROLES 
1.2.1 Controle CONSTITUCIONALIDADE 
 - ADIN 
 - ADC 
 - AIO (ação de inconstitucionalidade por omissão) 
 
1.2.2 Controle de LEGALIDADE – controle de hierarquia nas leis. Ex.: Lei 
Estadual deve estar de acordo com a Lei Federal; Lei Federal > Lei Estadual > 
Lei Municipal. 
 
1.2.3 Controle CONVENCIONALIDADE - Foi criado pelo artigo 5 parágrafo 
terceiro, chamado assim pelo doutrinador Valério Mazzuoli, que propõe que as 
Leis Infraconstitucionais devem passar pelo controle dos tratados de direitos 
humanos, aprovados pelo status de Emenda Constitucional; 
 
1.2.4 Controle de SUPRALEGALIDADE – por esse controle os Tratados de 
direito comum serão hierarquicamente superiores a Lei Complementar e a Lei 
Ordinária. 
 
 ------- CF 
 ------------- EC/ TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS 
 ----------------- TRATADOS DE DIREITOS COMUNS 
 ----------------------- LO/LC 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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5) ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
 
• Separação das funções – limitação do Poder e garantias; 
 
- Rosseau 
- Locke 
- Montesquieu (P. Legislativo; P. Judiciário; P. Executivo) 
 
- Rev. Francesa (Declaração dos Direitos do Homem) 
 
- Estado Democrático 
 Finalidade da manutenção do Estado democrático de direito e 
preservar direitos individuais; 
 
- Atualmente: 
P. Executivo (presidente República) 
P. Legislativo (presidente Congresso Nacional) 
P. Judiciário (presidente STF) 
 
- Canotilho 
Critério de lealdade e institucional 
“consiste que os diversos órgãos do poder devem COOPERAR na 
medida necessária para permitir o funcionamento do sistema com o 
mínimo de atrito possível.” 
“determina que os titulares dos órgãos do poder devem se 
RESPEITAR MUTUAMENTE e renunciar a pratica de guerrilha 
institucional, de abuso de poder, de retalhação gratuita ou de 
desconsideração grosseira”. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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� FUNÇÕS ESTATAIS, IMUNIDADES E GARANTIAS EM FACE DO 
PRINCIPIO DA IGUALDADE; 
 
• Para cada um dos poderes se atribui Funções TÍPICAS e ATÍPICAS; 
 
• Teoria dos Sistemas de Freios e Contrapesos; 
Estabelecer igualdade entre os poderes 
 
• Imunidades: 
Ex.: P. Legislativo = não responder por atos praticados enquanto 
 
• Garantias: 
Ex.: Vitaliciedade para juízes 
 
� FUNÇÕES ESTATAIS: PODER LEGISLATIVO, EXECUTIVO, 
JUDICIÁRIO E MINISTÉRIO PÚBLICO; 
 
Pela leitura do direito constitucional moderno, apesar de manter-
se na tradicional linha de tripartição de poderes, entendeu por bem separar as 
funções estatais dentro de um mecanismo de controle reciproco, chamada de 
“freios e contrapesos” (checks and balances); 
 
PODER LEGISLATIVO 
• Funções: 
TÍPICA = legislar e fiscalizar (art. 70 C.F.) 
ATÍPICA = administrar e julgar 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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CONGRESSO NACIONAL: 
• Órgão máximo do P. Legislativo; 
• Estrutura BICAMERAL 
 
Câmara dos Deputados = representantes do povo 
Senado Federal = representante Estados; 
 
• É composto (2013) = 81 Senadores; e 513 Deputados 
 
• O Congresso Nacional reúne anualmente de 15 de fevereiro a 30 de 
junho; e de 1 de agosto a 15 de dezembro; � Sessão Legislativa 
 
� Sessões Extraordinárias: 
 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na 
Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto 
a 22 de dezembro. 
 
§ 6o A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-
á: 
 
I – pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação 
de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de 
autorização para a decretação de estado de sítio e para o 
compromisso e a posse do Presidente e do Vice‑Presidente da 
República; 
 
II – pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da 
maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência 
ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste 
inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das 
Casas do Congresso Nacional. 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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pedro.ferencz@live.com 
I = deriva da convocação do presidente do Senado em caso de: 
Decretação de estado de defesa 
Decretação de intervenção 
Decretação de estado de sitio 
Compromisso e posse do vice e do presidente 
 
II = prevê urgência e interesse público relevante; 
 
 
- MESA: 
 
• Composição: 
 
Presidente do senado; 
1º vice da câmara; 
2º vice do senado; 
1º secretário da câmara; 
2º secretario do senado; 
3º secretário da câmara; 
4º secretario do senado; 
 
-REUNIÃO CONJUNTA: 
 
a) Inaugurar sessão legislativa; 
 
b) Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns as 
casas; 
 
c) Receber o compromisso do presidente e vice; 
 
d) Conhecer do veto e sobre ele deliberar 
 
 
ESTRUTURA 
 
A) CÂMARA DOS DEPUTADOS 
 
• Composta por representantes do povo; 
513 membros 
 
• Estrutura UNICAMERAL 
 
• Mandato de 4 anos, passiveis de reeleição 
 
• Critério proporcional: 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no 
Distrito Federal. 
 
§ 1o O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e 
pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, 
proporcionalmente à população, procedendo‑se aos ajustes necessários, no 
ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas Unidades da Federação 
tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 
 
 
 
Requisitos: 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 
§ 3o São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I – a nacionalidade brasileira; 
II – o pleno exercício dos direitos políticos; 
III – o alistamento eleitoral; 
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V – a filiação partidária; 
VI – a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice‑Presidente da República e 
Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice‑Governador de Estado e do Distrito 
Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice‑Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
 
Competência: 
 
Das Atribuições do Congresso Nacional 
 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da 
República, não exigida esta para o especificado nos artigos 49, 51 e 52, dispor 
sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: 
... 
 
Competência exclusiva: 
 
Da Câmara dos Deputados 
 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
...DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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B) SENADO FEDERAL 
 
81 membros 
 
• Caráter proporcional 
• Eleição critério majoritário (mais votados) 
 
Mandato 8 anos 
 
Requisitos: 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 
§ 3o São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I – a nacionalidade brasileira; 
II – o pleno exercício dos direitos políticos; 
III – o alistamento eleitoral; 
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V – a filiação partidária; 
VI – a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice‑Presidente da República e 
Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice‑Governador de Estado e do Distrito 
Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice‑Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
Competência: 
 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
... 
 
 
 
C) PODER LEGISLATIVO ESTADUAL: 
 
• Estrutura UNICAMERAL 
 
Números: 
 
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao 
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o 
número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados 
Federais acima de doze. 
 
 
• Eleição critério majoritário; 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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D) PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL: 
 
• Estrutura UNICAMERAL 
 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o 
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da 
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes 
preceitos: 
 
IV – para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite 
máximo de: 
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; 
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) 
habitantes e de até 30.000 (trinta mil) 
habitantes; 
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) 
habitantes e de até 50.000 (cinquenta 
mil) habitantes; 
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) 
habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; 
... 
 
E) PODER LEGISLATIVO DISTRITAL 
 
• Deputados distritais 
 
 
 
F) PODER LEGISLATIVO DOS TERRITORIOS 
 
 
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos 
Territórios. 
 
§ 3o Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do 
Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários 
de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores 
públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e 
sua competência deliberativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 
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COMISSÕES PARLAMENTARES 
 
a) Comissão Temática (razão da matéria) 
 
b) Comissão Temporária ou Especial 
 
c) Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) 
 
d) Comissão Mista 
 
e) Comissão Representativa 
 
 
• Conceito: 
 
“são organismos constituídos em cada câmara, compostos por numero restritos 
de membros, encarregados de examinar e estudar preposições legislativas e 
apresentar pareceres.” (José Afonso da Silva) 
 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as 
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que 
resultar sua criação.

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