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DIREITO CONSTITUCIONAL II 1 pedro.ferencz@live.com 1. Organização do Estado (União, Estados, DF, Municípios e Territórios); 2. Competências (Exclusiva, Privativa, Concorrente, Comum, Supletiva...); 3. Hierarquia das normas. 4. Intervenção (Federal e Estadual) 5. Organização dos Poderes (Poder Legislativo, Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e toda a composição do PL dos Estados, Territórios, DF e Municípios...); 1) ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 1.1 – Capital Federal - 1 Constituição de 1892 - - Art. 32 CF – vedações – veda para Brasília ter municípios; impossibilidade constitucional de se criar municípios vinculados ao Distrito Federal; - Civitas e polis – Brasília é uma cidade e um Estado ao mesmo tempo; uma mistura entre cidade e Estado; - Competências – Brasília tem a mesma competência de Estado e Município; Ex: pagam IPTU para o Estado de Brasília, e os impostos federais para Brasília a Federal do Brasil; - Lei Orgânica – vai ter regras do Poder Judiciário e regras administrativas do Estado; 1.2 – Principio da indissolubilidade do vínculo federativo – não teria lógica se pudesse dissolver esse vinculo que criou da União; não há como se romper; - Art. 1 CF - - Art. 34, I, CF - - Inexiste secessão – secessão é divisão/separação; não existe separação dos Estados membros com a União, e qualquer tentativa de secessão vai ser reprimida com intervenção Federal; Intervenção seria mandar o exército reprimir; 1.3 – União • Princípios constitucionais sensíveis – são previstos no Art. 34, VII, CF; e sua inobservância pelos Estados membros, no exercício de suas DIREITO CONSTITUCIONAL II 2 pedro.ferencz@live.com competências legislativas, administrativas ou tributárias, pode acarretar intervenção na autonomia política; a) Forma Republicana, Sistema Representativo, Regime Democrático; manutenção da forma do Governo Brasileiro; b) Direitos da pessoa humana; envolve os direitos e garantias constitucionais; c) Autonomia municipal; d) Prestação de contas da administração Pública direta e indireta; e) Aplicação do mínimo exigido da Receita resultante de impostos Estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do Ensino e nas ações e serviços públicos e saúde; • Princípios federais extensíveis – são normas comuns a União, Estados, municípios e Distrito Federal, obrigatórias no seu poder de organização; Ex: art. 1, Inciso I a V; art. 3, Inciso I a IV; Art. 4, Inciso I a X; Art. 2; Art. 5, Inciso I, II, III, VI, VIII, IX, XI, XII, XX, XXII, XXIII, XXXVI, LIV, LVII; Art. 6 á art. 11; Art. 933, Inciso I á XI; Art. 95, Inciso I, II, III; • Princípios constitucionais estabelecidos – estão espalhados pela CF, e são responsáveis pela Organização da Federação, estabelecendo preceitos centrais de auto-organização de observância obrigatória aos Estados-membros; -> Normas de competência – Ex: Art. 23; Art. 24; Art. 25; Art. 27, parágrafo terceiro; Art. 75; Art. 96, Inciso I, a-f; Art. 96, Inciso II, a-d; Art. 96, Inciso III; Art. 98, I e II; Art. 125, parágrafo quarto; Art. 144, parágrafo quarto, quinto e sexto; Art. 145, Inciso I, II e III; Art. 155, Inciso I, a-b-c-e, Inciso II; -> Normas de pré-ordenação –Art. 27; Art. 28; Art. 37, Inciso I á XXI, e parágrafo primeiro á parágrafo sexto; Art. 39 a 41; Art. 42, parágrafo primeiro á parágrafo onze; Art. 75; Art. 95, I, II e III, e seu parágrafo; Art. 235, I á XI; 1.4 – Estado - PE - governador - PL - Assistente Legislativo - PJ – TJ DIREITO CONSTITUCIONAL II 3 pedro.ferencz@live.com 1.5 – Regiões Metropolitanas, Microrregiões e aglomerações urbanas previsto no Art. 25, parágrafo terceiro da CF; a criação dessas regiões é sempre feita por Lei complementar; metropolitanas: são conjuntos de municípios limítrofes, com certa continuidade urbana, que se reúnem em torno de um município polo, ou município mãe; Microrregiões: também constituídas por municípios limítrofes, que apresentam características homogêneas e problemas em comum, mas que não estão ligados por certa continuidade urbana; Aglomerações urbanas: são áreas urbanas de municípios limítrofes sem um polo e sem sede. Caracterizam-se pela grande densidade demográfica e continuidade urbana. -> Requisitos Constitucionais - a) Lei complementar Estadual – criada pela Assembleia Legislativa Estadual; b) Tratar se de um conjunto de municípios limítrofes - c) Possuir mesma finalidade, organização, planejamento e execução de funções públicas - d) Interesse comum - -> STF – julgou a ADIN 1849, entendendo que é impossível acrescentar novos requisitos para Regiões Metropolitanas, Microrregiões e Aglomerações urbanas; 1.6- Municípios - Art. 1º; 18º; 29º; 30º e 34º, VII, ‘’c’’ da CF - - Autonomia – três critérios de autonomia: política: auto-organização para a escolha dos seus vereadores; autonomia administrativa: os prefeitos vão poder organizar a cidade, criando secretarias, modificando secretarias, porque o município é independente administrativamente; autonomia financeira: essa autonomia é limitada por uma lei orçamentária municipal, dizendo onde vai gastar, pra que vai gastar e porque vai gastar. Possui essa autonomia porque as arrecadações vêm dos impostos; -> Lei Orgânica Municipal – elas seguem o espelho da Constituição Estadual e Federal; - Votação em dois turnos – intervalo – votação para a criação das leis orgânicas – cada município faz sua própria votação para criação ou readaptação da sua Lei Orgânica; são duas oportunidades para a discussão DIREITO CONSTITUCIONAL II 4 pedro.ferencz@live.com dessa Lei Orgânica, precisando ter um intervalo mínimo entre essas discussões, para conseguir discutir bem essa discussão; - 2/3 dos membros – é preciso que em cada votação essa Lei seja aprovada por dois terços na Câmara de Vereadores; - Competência – competência política (eleição de prefeitos e vereadores); Autogestão financeira e administrativa; e a técnica legislativa: como serão votadas essas leis, coro de votação, limite de competência dessas leis; 1.7- Territórios são estritamente vinculados a União; - União - - Atos Disposições Constitucionais Transitórias - Amapá, Roraima e Fernando de Noronha – 1.8- Formação dos Estados - -> art. 18, parágrafo 3, CF - - Requisitos: a) Consulta prévias, as populações diretamente interessadas por meio de plebiscito – art. 4 da Lei 9709 de 1998; b) Oitiva das respectivas assembleias legislativas dos Estados interessados – é meramente opinativa, não é de caráter vinculativo; c) Lei complementar Federal especifica aprovando a fusão, desmembramento e subdivisão dos Estados; ���� Formas: • Fusão – é quando se reúnem dois ou mais Estados para a criação de um novo; perdem a identidade autônoma anterior que eles tinham; • Desmembramento – ocorre na divisão de um ou mais partes do Estado membro, sem a perda da identidade do entre primitivo; • Subdivisão – criação desses Estados em vários novos Estados membros com a perda de identidade do Estado anterior que se existia; DIREITO CONSTITUCIONAL II 5 pedro.ferencz@live.com 1.9 - Formação de Municípios – Essa formação foi trazida na Emenda Constitucional 15 de 1996; ADIN 262-7 de 1990 – essa ADIN trás que para os municípios devemos adaptar essas mesmas formas de formação de municípios e mais: a) Lei Complementar Federal, estabelecendo genericamente o período possível para criação, fusão ou desmembramento de municípios; b) Lei Ordinária Federal estabelecendo critérios genéricos exigíveis, tais como estudo de viabilidade municipal; c) Consulta prévia,mediante plebiscito da população interessada; d) Lei Ordinária Estadual criando especificamente determinado município; 2.0 – Vedações Constitucionais de Natureza Federativa ���� Art. 19 CF - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II – recusar fé aos documentos públicos; III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. a) Cultos e Igrejas - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencionando, embaraçando-os ou manter com eles ou seus representantes relações de independência ou aliança, ressalvada na forma da lei a colaboração de interesse público; b) Recusar fé aos documentos públicos – uma vez os documentos reconhecidos e atribuídos a fé, eles recebem a fé publica. A fé publica é a característica atribuída ao documento emitido por autoridade publica ou reconhecido como verdadeiro e dotasse de presunção de veracidade. c) Criar distinções entre os brasileiros – é impossível para União, Estado e Municípios criar distinção entre os brasileiros; é o principio da isonomia federativa (não pode tratar essas pessoas sem os mesmos critérios); d) Criar preferências entre si – é proibido aos Estados, municípios, União e Distrito Federal criar preferências entre si; DIREITO CONSTITUCIONAL II 6 pedro.ferencz@live.com 2) COMPETÊNCIAS 2.1- Conceito – são as faculdades juridicamente atribuídas a uma entidade órgão ou agente do poder público para emitir decisões; competência são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades administrativas para realização de suas funções; - José Afonso da Silva - 2.2 - Princípios básicos para a distribuição de competências - ���� Predominância do interesse - ENTE FEDERATIVO INTERESSE União Geral Estados Regional Municípios Local Distrito Federal Regional e Local * Exceção – art. 22, XVII - XVII – organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes; 2.3- Critérios - a) Reserva de campos específicos de competência legislativa e administrativa - União – União tem poderes enumerados; Estados – Poderes remanescentes; Municípios – na sua competência super-restrita também tem poderes enumerados; DF – poderes enumerados e remanescentes; b) Possibilidade de delegação – há uma competência exclusiva: diz que essa atribuição não pode ser delegada; e há uma competência privativa: pode haver a delegação; a competência comum: idêntica visualização da técnica legislativa; e competência concorrente: art. 24. Art. 22: Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. DIREITO CONSTITUCIONAL II 7 pedro.ferencz@live.com c) Áreas comuns de atuação administrativa paralela (art. 23.) - d) Atuação legislativa concorrente - 1- Repartição em Matéria Legislativa 1.1 – Competência Privativa – art. 22 * Delegação de competência da União para os Estados – art. 22 – Somente poderá acontecer da União para os Estados, por meio de Lei Complementar; ���� Requisitos para a delegação: a) Formal – existência de Lei Complementar devidamente aprovada pelo Congresso Nacional, por meio de maioria absoluta; b) Material – somente poderá ser delegado um ponto específico dentro de uma das matérias descritas nos Incisos do art. 22, pois está delegação não se reveste de generalidade, mas sim de particularização de questões específicas; c) Implícito – é a impossibilidade de, por meio da delegação, instituir qualquer tipo de privilégio entre os Estados; 1.2 – Competência concorrente – 24 CF - - Cumulativa – sempre que inexistir limites prévios para o exercício da competência, por parte de um ente, ou a União ou o Estado membro; - Não cumulativa – estabelece a repartição vertical, pois dentro de um mesmo campo material, reserva-se o nível superior ao ente Federativo (União), que fixa as regras gerais, deixando para o Estado Membro a complementação; * Competência Suplementar - Complementar – depende sempre de previa Lei Federal a ser especificada pelos Estados Membros e Distrito Federal; - Supletiva – aparecera em virtude da inércia da União, quando então os Estados e o Distrito Federal, temporariamente adquiriram competência plena; DIREITO CONSTITUCIONAL II 8 pedro.ferencz@live.com 1.2.1 – Regras definidoras de competência concorrente – a) A União possui competência direcionada apenas pra edição de normas gerais, sendo deflagrante inconstitucionalidade aquilo que extrapolar; b) A competência do Estado Membro ou Distrito Federal refere-se a normas específicas, detalhes minúcias (competência suplementar). Assim, uma vez editadas as normas gerais, as normas Estaduais deverão ser particularizantes, no sentido de adaptação de princípios, bases e particularidades regionais (competência complementar); c) No rol do art. 24 não há possibilidade de delegação de competência entre União, Estados e Distritos Federais; d) O rol do art. 24 é taxativo (``numerus clausus``) logo não haverá possibilidade de exercício de competência concorrente para outras matérias que não estejam previstas no art. 24; e) A inércia da União em regulamentar as matérias do art. 24 não impedem ao Estado Membro a regulamentação da disciplina constitucional; art. 24 parágrafo segundo; f) Essa competência plena é temporária; art. 24, parágrafo terceiro; g) Superveniência de Lei Federal sobre as normais gerais suspende a eficácia da Lei Estadual no que lhe for contrário; 3) HIERARQUIA DAS LEIS -> Escrita, Analítica, Programática, Rígida; 1.1 – Classificação A) CF – B) Emenda Constitucional – reflexo do Poder Constituinte derivado, capaz de alterar a Constituição Federal; - Votação: Câmara dos Deputados, Senado Federal; três quintos dos membros da casa; C) D) Lei Complementar – somente pode prever situações de escritas pela própria Constituição; DIREITO CONSTITUCIONAL II 9 pedro.ferencz@live.com E) Lei Ordinária – não há hierarquia entre Lei Complementar e Ordinária. O que existe é um critério de especialidade, do qual se extrai que Lei Complementar pode tratar de assuntos relegados a Lei Ordinária, mas a Lei Ordinária não pode tratar de assuntos reservados a Lei Complementar; F) Tratados Internacionais – são criações decorrentes de acordos entre os Estados e devem passar por referendo congressual e ratificação para entrar no Ordenamento Jurídico; G) Medida Provisória – editada pelo Presidente da Republica seguindo critérios de relevância e urgência, são submetidas a votação pelo Congresso. Não podem ser aprovadas por decurso de prazo e nem produz efeitos em caso de rejeição. É exclusiva do Presidente da Republica; ela só vai ter validade até virar Lei; H) Lei Delegada – foi permitida pelo Congresso Nacional; tem previsão no art. 68 da CF; é elaborada pelo Presidente a partir de delegação especifica do congresso, mas tem restrição de matérias; I) Decreto Legislativo – é de competência exclusiva do Congresso Nacional sem a necessidade de sanção (aprovação/reforço) presidencial. J) Resolução – é um ato legislativo de conteúdo concreto e efeitos internos. Elas também não passam pela promulgação e também não passam pelo controle de constitucionalidade. K) Decreto – são atos administrativos de competência dos chefes do PoderExecutivo (Prefeito, Presidente da Republica e Governador). Ele alcança um caráter de explicação e complementação da norma. Os chefes utilizam esse decreto para fazer nomeações e exonerações na maioria das vezes nos cargos em comissão (cargo que não é por concurso – cargo provisório). L) Decreto – lei – é um decreto emanado pelo Poder Executivo e não pelo Poder Legislativo, mas tem força de Lei. É iniciativa do chefe do Poder Executivo. M) Portaria – é um documento de Ato Administrativo de qualquer autoridade publica, que contem instruções a cerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações em caráter geral, nomeações, exonerações, punições, que regulamentem a organização do serviço publico. DIREITO CONSTITUCIONAL II 10 pedro.ferencz@live.com 1.2 CONTROLES 1.2.1 Controle CONSTITUCIONALIDADE - ADIN - ADC - AIO (ação de inconstitucionalidade por omissão) 1.2.2 Controle de LEGALIDADE – controle de hierarquia nas leis. Ex.: Lei Estadual deve estar de acordo com a Lei Federal; Lei Federal > Lei Estadual > Lei Municipal. 1.2.3 Controle CONVENCIONALIDADE - Foi criado pelo artigo 5 parágrafo terceiro, chamado assim pelo doutrinador Valério Mazzuoli, que propõe que as Leis Infraconstitucionais devem passar pelo controle dos tratados de direitos humanos, aprovados pelo status de Emenda Constitucional; 1.2.4 Controle de SUPRALEGALIDADE – por esse controle os Tratados de direito comum serão hierarquicamente superiores a Lei Complementar e a Lei Ordinária. ------- CF ------------- EC/ TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS ----------------- TRATADOS DE DIREITOS COMUNS ----------------------- LO/LC DIREITO CONSTITUCIONAL II 11 pedro.ferencz@live.com 5) ORGANIZAÇÃO DOS PODERES • Separação das funções – limitação do Poder e garantias; - Rosseau - Locke - Montesquieu (P. Legislativo; P. Judiciário; P. Executivo) - Rev. Francesa (Declaração dos Direitos do Homem) - Estado Democrático Finalidade da manutenção do Estado democrático de direito e preservar direitos individuais; - Atualmente: P. Executivo (presidente República) P. Legislativo (presidente Congresso Nacional) P. Judiciário (presidente STF) - Canotilho Critério de lealdade e institucional “consiste que os diversos órgãos do poder devem COOPERAR na medida necessária para permitir o funcionamento do sistema com o mínimo de atrito possível.” “determina que os titulares dos órgãos do poder devem se RESPEITAR MUTUAMENTE e renunciar a pratica de guerrilha institucional, de abuso de poder, de retalhação gratuita ou de desconsideração grosseira”. DIREITO CONSTITUCIONAL II 12 pedro.ferencz@live.com � FUNÇÕS ESTATAIS, IMUNIDADES E GARANTIAS EM FACE DO PRINCIPIO DA IGUALDADE; • Para cada um dos poderes se atribui Funções TÍPICAS e ATÍPICAS; • Teoria dos Sistemas de Freios e Contrapesos; Estabelecer igualdade entre os poderes • Imunidades: Ex.: P. Legislativo = não responder por atos praticados enquanto • Garantias: Ex.: Vitaliciedade para juízes � FUNÇÕES ESTATAIS: PODER LEGISLATIVO, EXECUTIVO, JUDICIÁRIO E MINISTÉRIO PÚBLICO; Pela leitura do direito constitucional moderno, apesar de manter- se na tradicional linha de tripartição de poderes, entendeu por bem separar as funções estatais dentro de um mecanismo de controle reciproco, chamada de “freios e contrapesos” (checks and balances); PODER LEGISLATIVO • Funções: TÍPICA = legislar e fiscalizar (art. 70 C.F.) ATÍPICA = administrar e julgar DIREITO CONSTITUCIONAL II 13 pedro.ferencz@live.com CONGRESSO NACIONAL: • Órgão máximo do P. Legislativo; • Estrutura BICAMERAL Câmara dos Deputados = representantes do povo Senado Federal = representante Estados; • É composto (2013) = 81 Senadores; e 513 Deputados • O Congresso Nacional reúne anualmente de 15 de fevereiro a 30 de junho; e de 1 de agosto a 15 de dezembro; � Sessão Legislativa � Sessões Extraordinárias: Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. § 6o A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se- á: I – pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice‑Presidente da República; II – pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. DIREITO CONSTITUCIONAL II 14 pedro.ferencz@live.com I = deriva da convocação do presidente do Senado em caso de: Decretação de estado de defesa Decretação de intervenção Decretação de estado de sitio Compromisso e posse do vice e do presidente II = prevê urgência e interesse público relevante; - MESA: • Composição: Presidente do senado; 1º vice da câmara; 2º vice do senado; 1º secretário da câmara; 2º secretario do senado; 3º secretário da câmara; 4º secretario do senado; -REUNIÃO CONJUNTA: a) Inaugurar sessão legislativa; b) Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns as casas; c) Receber o compromisso do presidente e vice; d) Conhecer do veto e sobre ele deliberar ESTRUTURA A) CÂMARA DOS DEPUTADOS • Composta por representantes do povo; 513 membros • Estrutura UNICAMERAL • Mandato de 4 anos, passiveis de reeleição • Critério proporcional: DIREITO CONSTITUCIONAL II 15 pedro.ferencz@live.com Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. § 1o O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo‑se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas Unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. Requisitos: Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: § 3o São condições de elegibilidade, na forma da lei: I – a nacionalidade brasileira; II – o pleno exercício dos direitos políticos; III – o alistamento eleitoral; IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; V – a filiação partidária; VI – a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice‑Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice‑Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice‑Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. Competência: Das Atribuições do Congresso Nacional Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos artigos 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: ... Competência exclusiva: Da Câmara dos Deputados Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: ...DIREITO CONSTITUCIONAL II 16 pedro.ferencz@live.com B) SENADO FEDERAL 81 membros • Caráter proporcional • Eleição critério majoritário (mais votados) Mandato 8 anos Requisitos: Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: § 3o São condições de elegibilidade, na forma da lei: I – a nacionalidade brasileira; II – o pleno exercício dos direitos políticos; III – o alistamento eleitoral; IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; V – a filiação partidária; VI – a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice‑Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice‑Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice‑Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. Competência: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: ... C) PODER LEGISLATIVO ESTADUAL: • Estrutura UNICAMERAL Números: Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. • Eleição critério majoritário; DIREITO CONSTITUCIONAL II 17 pedro.ferencz@live.com D) PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL: • Estrutura UNICAMERAL Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: IV – para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; ... E) PODER LEGISLATIVO DISTRITAL • Deputados distritais F) PODER LEGISLATIVO DOS TERRITORIOS Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 3o Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. DIREITO CONSTITUCIONAL II 18 pedro.ferencz@live.com COMISSÕES PARLAMENTARES a) Comissão Temática (razão da matéria) b) Comissão Temporária ou Especial c) Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) d) Comissão Mista e) Comissão Representativa • Conceito: “são organismos constituídos em cada câmara, compostos por numero restritos de membros, encarregados de examinar e estudar preposições legislativas e apresentar pareceres.” (José Afonso da Silva) Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
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