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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Parte Geral 
 
 
Jurisprudência, Pressupostos, Litisconsórcio, Intervenção de 
Terceiros, MP, Organização do Poder Judiciário, Atos Processuais 
 
 
www.direitoesquematizado.com 
 
 
 
1 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
NOÇÕES GERAIS DE PROCESSO CIVIL 
O Processo Civil é o ramo do direito que contém regras e os princípios que tratam da Jurisdição civil, em 
outras palavras, o Processo civil através do Estado-Juiz regula a aplicação da lei aos casos concretos, para a 
solução de conflitos de interesses 
Entretanto as regras do processo civil só são aplicadas quando se recorre ao Poder Judiciário 
Sendo assim a relação de direito processual se dá da seguinte forma: 
 
Mesmo o Direito Civil sendo da categoria do Direito Privado, o Direito Processual Civil pertence a 
categoria do Direito Público, pois regula um tipo de relação jurídica na qual o Estado figura como um dos 
participantes 
Principais Princípios Fundamentais que norteiam a Direito Processual Civil são: 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL NA CF 
Princípios Artigo na CF Descrição 
Devido Processo Legal Art. 5º LIV Assegura que ninguém perca os seus bens ou a sua liberdade 
sem que sejam respeitadas a lei e as garantias processuais 
Acesso à Justiça Art. 5º XXXV A lei não pode excluir a apreciação de nenhuma lesão ou ameaça 
de lesão de direito no Poder Judiciário 
Contraditório Art. 5º LV Os participantes do processo têm o direito de se manifestarem e 
de opor aos requerimentos do adversário 
Duração razoável do 
Processo 
Art. 5ºLXXVIII A edição das leis processuais devem chegar ao fim almejado no 
menor tempo possível, com maior economia de esforços e gastos 
e o Juiz deve conduzir o processo com toda a destreza possível 
Isonomia Art. 5º I Tratar os iguais de maneira igual, tratar os diferentes de maneira 
diferente na medida de suas desigualdades 
Imparcialidade do Juiz Art. 5º LIII e 
XXXVII 
Garantia de justiça para as partes, para que não haja nenhuma 
tendência ou preferência para alguns dos litigantes 
JUIZ 
RÉU AUTOR 
 
 
2 
Duplo Grau de 
Jurisdição 
Não tem previsão 
expressa 
Mesmo não previsto, é adotado pela CF, tendo um sistema de 
juízes e tribunais que julgam recursos contra decisões inferiores 
Publicidade dos Atos 
Processuais 
Art. 5º LX Os atos processuais devem ser públicos para assegurar a 
transparência da atividade jurisdicional 
Motivação das 
Decisões 
Art. 93 IX As decisões do juízos e tribunais devem ser justificadas, para que 
haja transparência da atividade jurisdicional aos litigantes 
 
Exposta as Noções Gerais do Processo Civil partimos para os INSTITUTOS FUNDAMENTAIS 
DO PROCESSO CIVIL 
 
JURISDIÇÃO 
Numa tradução literal Jurisdição é: dizer o Direito 
Entretanto não podemos apenas nos limitar a esse conceito pequeno, devemos ir mais a fundo, tendo como 
conceito: Jurisdição é um poder entregue exclusivamente aos Juízes para que atuem no lugar do Estado, 
sendo que a sua decisão é de caráter definitivo 
Os aspectos da Jurisdição são: 
 
 PODER – Capacidade de aplicar o Direito no caso concreto com força definitiva 
 FUNÇÃO – Pacificar as relações sociais e resolver os conflitos 
 ATIVIDADE – Atos processuais, cumprir o devido processo legal para que seus atos sejam legítimos 
Se faltar qualquer um desses aspectos, tecnicamente não é Jurisdição, Ex.: Um Juiz julgar um conflito 
que aconteceu em frente à sua casa na mesma hora do fato, não terá caráter definitivo, pois mesmo 
possuindo o poder de Jurisdição, só poderá exercê-lo no Fórum, através do devido processo legal 
Sendo assim podemos Conceituar a Jurisdição da seguinte maneira: 
“Jurisdição é a capacidade do Juiz aplicar o Direito no caso concreto com força definitiva, 
visando pacificar as relações sociais e resolver os conflitos através do devido processo legal, 
respeitando os legítimos atos processuais”. 
 
 
3 
Figuras semelhantes à Jurisdição: 
 Competência – Divisão da Jurisdição segundo certo critérios. É uma fatia da Jurisdição 
 Atribuição Administrativa – Não possui o caráter definitivo 
 Contencioso Administrativo – Uma figura idêntica a jurisdição para o poder executivo, entretanto 
não existe no Brasil 
 
DIREITO DE AÇÃO 
Não há aplicação da Jurisdição fora de um Processo, pois a Jurisdição é inerte, desta forma é necessário 
haver uma Ação, um Processo, do qual decorre do Direito de Ação 
O Poder Judiciário deve ser provocado para que se inicie um Processo, no qual a Atividade Jurisdicional só 
decorre da iniciativa do autor 
O Direito da ação é um Direito subjetivo, alguém deve demonstra-lo, sendo que o lesado tem a faculdade 
de exercer o seu direito ou não 
O Direito subjetivo instaura a relação jurídica processual e provoca a Jurisdição. Percebe-se que é a 
ação que tira o Estado de sua originária inércia, e o movimenta 
A Titularidade para exercer o direito de ação decorre de qualquer sujeito de Direito. Entretanto é 
INCOMPLETO dizer que o direito de ação decorre de qualquer pessoa, pois há sujeitos de Direito que não 
são pessoas, no qual não foi conferida personalidade jurídica (Ente Despersonalizado) 
Podemos então dividir os sujeitos de Direito em: 
 
 
Exemplos de Ente Despersonalizado: Massa falida, Massa insolvente, Sociedade de Fato, Espólio, 
Condomínio e Universidades (em regra) 
ENTE 
DESPERSONALIZADO 
PESSOA JURÍDICA PESSOA FÍSICA 
 
 
4 
TEORIAS SOBRE O DIREITO DE AÇÃO 
o Teoria Concreta ou Civilista – Para essa teoria o Direito de Ação é determinado simplesmente 
pelo Direito Material. Sendo assim uma das condições da ação é o autor ter razão. Desta forma só 
considera haver uma ação quando no final do processo for proferida uma sentença de procedência, 
caso contrário nunca houve ação 
o Teoria Abstrata – Essa teoria é o extremo da teoria concreta, pois independe do Direito Material, 
desta forma o direito de ação é puro e simplesmente o direito de provocar o Judiciário, importa apenas 
o momento em que entrou com a ação. O direito de ação é sozinho, não necessita do Direito material 
para existir 
o Teoria Eclética ou Mista – Se apresenta com uma evolução das anteriores. O Direito de Ação é o 
direito de provocar o Estado formulando uma tese razoável. Para o Direito de Ação existir precisa 
demonstrar o Direito Material 
Quando analisarmos o Código de Processo Civil veremos a aplicação dessas três teorias 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
As condições da ação são os requisitos necessários que desde o momento inicial do processo são exigidos 
para que o judiciário possa proferir uma Decisão de Mérito 
O Direito de Ação depende das condições da ação, nas quais são: 
L – Legitimidade das Partes 
I – Interesse de Agir 
P – Possibilidade Jurídica do Pedido 
 
Legitimidade das Partes – Legitimidade é o Poder Jurídico de conduzir validamente um processo em que se 
discute um determinado conflito. Sendo assim quanto ao autor deve haver uma ligação entre ele e o objeto 
de direito afirmado em juízo e quanto ao réu é preciso que exista relação de sujeição diante da pretensão do 
autor 
A Legitimidade é dividida em: Legitimidade Ordinária - as partes postulam em Juízo direito próprio (direito 
material) ou pela lei; e Legitimidade Extraordinária - Decorre somente da lei, Ex. Ação promovida pelo MP 
 
Interesse de Agir – Tem duas premissas: Utilidade, demonstra os benefícios que o processo pode propiciar; 
e Necessidade do processo, só é possível alcançar por meio do Judiciário. Superveniente é um fato 
posterior da distribuição do processo, desta forma o desinteresse superveniente é a perda de agir no 
processo devido ter acontecido algo depois de sua distribuição5 
Possibilidade Jurídica do Pedido – É a condição demonstrada pela harmonia do pedido com a lei. É 
preciso que a pretensão formulada em juízo não afronte o ordenamento jurídico. Ex.: Cobrança de uma 
dívida de jogos não é permitido no nosso ordenamento jurídico, sendo assim não há possibilidade jurídica de 
um pedido como este 
 
A falta de qualquer uma dessas condições importará o final do processo, o Juiz emite uma sentença em 
que não será analisado o mérito (o pedido), declarando o autor carente de ação 
EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO não é obstáculo de nova propositura idêntica 
OBS: No projeto do Novo Código deixa de ser condição da a ação a Possibilidade Jurídica do Pedido, 
passando a ser matéria de mérito 
 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
São requisitos mínimos essenciais para a validade e regularização de uma relação jurídica processual. 
São os documentos mínimos que o processo deve ter. 
O processo deve preencher requisitos, para que possa ter um desenvolvimento regular e válido. 
A diferença de pressupostos processuais para condições da ação é que as condições da ação não dizem 
respeito ao meio e sim à possibilidade de atingir o fim do processo. 
 
Divididos em Pressupostos de: 
 Existência – São requisitos que atingem o processo como um todo, sua inocorrência deixará o 
processo nulo, Ex. Jurisdição, partes, citação etc. 
 Validade – São requisitos para o desenvolvimento válido do processo por meio de seus atos, Ex. 
Competência, capacidade de estar em juízo, citação válida etc. 
Tanto os pressupostos de existência e os de validade são divididos em: 
o Objetivo – Se referem a Ação e ao Órgão Jurisdicional (Vara, Tribunal) 
o Subjetivo – Se referem aos sujeitos (partes, Juiz e outros sujeitos) 
o Positivos (Intrínsecos) – Pressupostos que devem ser vistos dentro do processo, como o 
adequado a desenrolar dos atos processuais. 
o Negativos (Extrínsecos) – Pressupostos que não devem estar presentes (Ex. Para um 
processo ser válido não pode existir a coisa julgada) 
 
 
 
 
 
6 
O procedimento que o Juiz procede o seu exame para julgar o mérito é: 
 
Exemplos de Pressupostos Processuais: 
 Jurisdição é um pressuposto de existência: objetivo e intrínseco 
 Demanda do processo só irá existir mediante provocação do sujeito interessado 
 Citação é o ato que completa a relação jurídica processual, nela incluindo o réu 
 Pedido é o que constitui o objeto da ação, e a própria razão de existir do processo, divide-se em dois 
aspectos: formal, advém da técnica processual e material, advém da dedução do pedido 
 Causa de pedir é o conflito sobre o aspecto fático, em outras palavras, o que aconteceu para aquela 
ação ser proposta, é a treta. Causa de Pedir Fática é a história que levou até a ação, Causa de Pedir 
Jurídica são os fundamentos jurídicos, a parte do direito material que foi aplicada 
 Capacidade Postulatória é ligado a presença do advogado, desenvolvida na doutrina de duas 
maneiras: 1) A capacidade postulatória é o pressuposto que torna possível que a parte tenha suas 
razões consideradas pelo Juiz e que se preenche com a presença de advogado; 2) A capacidade 
postulatória continua sendo o pressuposto ligado a possibilidade do autor ser ouvido e que esta 
capacidade está no advogado ou na própria parte, nos casos em que a Lei permitir 
 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA MATÉRIA 
1) O que é jurisdição? Comente em detalhes abordando os 3 aspectos estudados 
2) Quais são as condições da ação? Como é chamada a falta de qualquer uma delas? O que deve 
ocorrer diante desse vicio? Comente 
3) O que são pressupostos processuais positivos e negativos? Comente e dê exemplos 
4) Cite, comente e exemplifique ao menos 3 princípios processuais prevista na Constituição Federal 
5) Comente a expressão “O Juiz deve se manter acima e entre as partes”, mencionando aspectos 
relativos à existência ou não de hierarquia e imparcialidade 
6) Comente as formas de jurisdição previstas no art. 1º do CPC relacionando-as com os termos partes e 
interessado usados no art. 2º da mesma lei 
7) A autotutela é forma válida de solução de conflitos? Justifique em detalhes 
Pressupostos 
Processuais 
•Primeiro analisa se o processo teve um desenvolvimento 
válido e regular. Caso negativo é determinado que sane o 
vício, se nao sanar extingue sem o julgamento do mérito 
Condições da 
Ação 
•Preenchido os Pressupostos o Juiz analisará 
se as condições foram preenchidas, se não o 
processo será extinto sem a resolução do 
mérito 
Mérito 
•Preenchido os 
pressupostos e as 
condições o Juiz 
finalmente examinará o 
merito 
 
 
7 
LITISCONSÓRCIO 
Pensemos em um processo: existe o autor, sujeito que possui uma pretensão violada; o réu, aquele que foi 
levado a juízo para restituir o direito infringido; e o Juiz, sujeito processual imparcial devidamente revestido 
de poderes de Estado para resolver o conflito entre as partes 
No entanto, existem casos em que mais de um autor ou mais de um réu, configuram os pólos da relação 
processual. Esta ocorrência recebe o nome de Litisconsórcio 
O objetivo do Litisconsórcio é trazer economia e harmonia processual, posto que não existe vários 
processos, mas, vários autores ou réus; bem como se tratando das decisões, não há risco de divergências, 
tendo em vista que todas são impostas no mesmo momento 
Em resumo o litisconsórcio é um conjunto de sujeitos no mesmo polo processual, art. 46 CPC 
Seus REQUISITOS são: 
 Titularidade de mais de uma pessoa 
 Fundamentos de direito ou de fato 
 Conexão entre o objeto e a causa de pedir 
 Finalidade comum 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Quanto a imposição legal 
Facultativo – Depende da vontade das partes 
Necessário – Falta do litisconsórcio, gera vício 
 Quanto a incidência 
Polo ativo, passivo ou misto (simultâneo) 
 Quanto ao momento da formação 
Inicial, na petição inicial; e Posterior, no decurso do processo 
 Quanto aos efeitos da sentença 
Simples – Os efeitos são potencialmente diferentes entre os litisconsortes 
Unitário – Os efeitos são os mesmos entre os litisconsortes 
 
 
ATOS PREJUDICIAIS E ATOS BENÉFICOS 
Atos Benéficos – Podem ser aproveitados pelos litisconsortes, um faz e os outros se beneficiam. 
Acontece sobretudo no litisconsórcio unitário, em que cada um aproveita os atos do outro para beneficiar a 
todos. Ex.: Alegações, produção de provas, recursos 
Atos Prejudiciais – Os efeitos prejudiciais não afetam os outros litisconsortes. Ex.: Confissão 
 
 
 
8 
REVELIA 
A revelia é um ato prejudicial, pois gera um efeito de presunção de verdade aos fatos alegados pelo autor, 
entretanto se acontecer o inciso I do art. 320, a revelia tornará um ato benéfico 
Art. 191 – Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, será contado em dobro o prazo para 
contestar, recorrer e de modo geral, falar nos autos 
 
LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO 
É um fenômeno processual que tem como características a pluralidade excessiva de sujeitos, tanto em um 
ou em ambos os polos do processo. Desta forma pode atrapalhar o andamento do processo, dificultando o 
julgamento do processo ou o exercício de defesa 
No art. 47 do CPC aonde está escrito litisconsórcio necessário deveria estar escrito litisconsórcio unitário. 
Neste caso misturaram duas classificações. Foi um equívoco técnico por parte do Legislador. A primeira 
parte deste artigo está mais para litisconsórcio unitário e a segunda parte para litisconsórcio necessário 
 
Seria correto o artigo ser assim: ART. 47 (NOVO): Há litisconsórcio unitário, quando, por disposição de lei 
ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todos os 
litisconsortes;Parágrafo único. Caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes 
passivo no processo, o juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, 
dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo. 
 
OBS. Neste ponto iremos estudar INTERVENÇÃO DE TERCEIROS, entretanto, mesmo o tópico de 
ASSISTÊNCIA estar escrito no CPP dentro do Capítulo V – Do Litisconsórcio e da Assistência e não no 
Capitulo de Intervenção de Terceiros, a Assistência não deixa de ser uma intervenção de terceiros 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 
ASSISTÊNCIA 
Assistência no âmbito jurídico significa uma terceira pessoa, que tem interesse jurídico, prestar auxílio no 
curso do processo a uma das partes, nos termos da Lei. Art. 50 ao 55 do CPC 
O assistente (terceiro) não necessita ter legitimidade para ser parte, sendo que alinha ao interesse 
processual do assistido. Entretanto faz tudo que a parte pode fazer, sendo intimado para praticar atos 
processuais, recorrer das Decisões, etc 
 
 
9 
O seu requisito é o INTERESSE JURÍDICO. O Interesse Jurídico é um efeito positivo, potencial, sob um 
direito material do assistente 
Em outras palavras: O assistente (terceiro) é o interesseiro, no qual tem um direito material favorecido na 
ação, mesmo que seja indiretamente 
Sua NATUREZA JURÍDICA é uma intervenção voluntária de terceiro 
O PROCEDIMENTO será primeiro o pedido do terceiro, o Juiz despacha (nega ou intima as partes), o prazo 
para impugnar ou aceitar (de maneira expressa ou tácita) é de 05 dias, se alguma das partes impugnar 
(negar) instaura um incidente processual no qual seguirá em apenso ao processo principal (ocorre isso para 
não atrapalhar o processo principal), se as partes aceitarem o assistente entra no processo 
 
Se o assistente fizer algo ruim para o assistido, o mesmo não será atingido 
Se o assistido desistir da ação o assistente nada poderá fazer. A vontade do assistente não se sobrepõe a 
vontade do assistido (Assistência Simples) 
O assistente simples sofre os efeitos indiretos da ação julgada, Exceções em que o assistente poderá em 
processo posterior discutir a decisão: Se não pode praticar o ato ou o estado que recebeu o processo 
 
ASSISTÊNCIA LISTICONSORCIAL 
É aquela prestada por alguém que tem interesse jurídico e também legitimidade para ser parte. Art. 54 
CPC 
O assistente litisconsorcial é parte do processo 
Na assistência litisconsorcial a vontade do assistente é independente, entretanto atos prejudiciais não irá 
prejudicar o assistido 
Iniciativa na Intervenção de Terceiro 
 Voluntária – Iniciativa própria do terceiro, a ASSISTÊNCIA é SEMPRE VOLUNTÁRIA DE TERCEIRO 
 Provocada – Iniciativa de uma das partes 
Pedido do Terceiro 
Despacho do Juiz 
(nega ou intima as 
partes) 
Prazo para impugnar 
ou aceitar é de 05 
dias 
Negado instaura um 
Incidente Processual 
Aceito o Assistente 
entra no Processo 
 
 
10 
OPOSIÇÃO 
Art. 56 ao 61 CPC 
Oposição é uma ação proposta contra as partes de um processo para discutir o mesmo objeto. 
Um terceiro sujeito, diante de uma ação que já existe, tem interesse no objeto. Desta forma o terceiro entra 
com uma ação para discutir junto o objeto de interesse 
A nomenclatura adotada para o autor da oposição é OPOENTE e os réus de OPOSTOS. 
Sempre terá no mínimo dois opostos (réus) em litisconsórcio 
Sua NATUREZA JURÍDICA é Ação autônoma e independente. 
Pólo Ativo – O opoente é um terceiro 
Pólo Passivo – Autor e Réu da ação anterior 
 Litisconsórcio Passivo, Necessário, Anterior e Simples 
Na ação de oposição os opostos terão efeitos diferentes (Litisconsórcio simples) 
 
INTERVENÇÃO VOLUNTÁRIA - O terceiro tem a iniciativa e promove uma nova ação contra as partes da 
ação anterior, através de uma Petição inicial (art. 282 e 283 CPC), a Distribuição é por dependência (depende 
de onde está a primeira ação, pois irá para a mesma Vara), depois ocorre a Citação para a nova ação de 
oposição 
 
MOMENTO DA OPOSIÇÃO - As fases do processo judicial são: Postulatória, Instrutória (Fase de 
Audiência; Fase de Instrução e Audiência) e Decisória, conhecendo isso o momento para propor a Oposição 
é dividido em: 
Na Fase Postulatória – Se a oposição for 
proposta antes da audiência (antes da fase 
instrutória) a ação se desenvolve junta (apenso) 
(art. 60, primeira parte do CPC) 
Na Fase Instrutória – Se a oposição for proposta 
depois da audiência a ação se desenvolve de 
forma independente ou poderá sobrestar a primeira 
ação, esperando o prazo de 90 dias (art. 60, 
segunda parte do CPC) 
Na Fase Decisória – Não será possível propor a 
ação de oposição 
 
SENTENÇA CONJUNTA/ÚNICA - O Juiz decidirá simultaneamente a ação e a oposição, entretanto a 
decisão da oposição terá prioridade. (Art. 61 CPC) 
 
 
 
11 
NOMEAÇÃO À AUTORIA 
Nomear significa indicar 
Desta forma Nomeação à Autoria é uma intervenção de terceiro provocada pelo réu por meio da qual se 
indica o nome de alguém para o autor 
Em outras palavras, a nomeação à autoria é a correção do pólo passivo da demanda, pois o autor ajuizou 
a ação contra a pessoa errada 
Seu FUNDAMENTO se encontra na Ilegitimidade Passiva, através da imposição legal 
Sua NATUREZA JURÍDICA é o Incidente Interno 
O Cabimento da nomeação à autoria divide-se em várias modalidades: 
1) Se o réu for apenas detentor de coisa alheia, ele NÃO será responsável pela coisa, mas deverá 
indicar quem é o proprietário ou o possuidor da coisa (na prática o réu detentor irá indicar quem 
entregou a coisa) 
2) Aquele que estiver sendo demandado por outrem em ação de indenização, por ter praticado ato lesivo 
ao proprietário ou titular de um direito sobre a coisa, obedecendo ordem ou cumprindo 
instruções/contratos de terceiro, pode nomear à autoria esse terceiro que determinou a prática 
do ato lesivo 
Em ambos os casos o prazo que o réu tem para contestação é o prazo para fazer a nomeação à 
autoria, que são 15 DIAS 
 
Sendo deferido o pedido de nomeação à autoria pelo Juiz, o processo será suspenso e o autor terá 05 dias 
para manifestar 
Se o autor não aceitar o nomeado, o processo continuará com o réu inicial, dando novo prazo para se 
manifestar 
É facultativo ao nomeado (novo réu, o terceiro) aceitar ou não aceitar a nomeação à autoria 
O nomeado aceitando a nomeação, será facultativo ao autor promover a citação do novo réu, se não for 
promovida a citação a nomeação ficará sem efeito e o processo será EXTINTO 
Se o nomeado não aceitar a nomeação o processo continuará com o antigo réu 
Art. 66 – Se o nomeado aceitar a qualidade que lhe é atribuída, contra ele correrá o processo, mas se o 
nomeado recusar, o processo continuará contra o nomeante. 
 
 
 
12 
 
 
Abrangendo um conceito maior a Nomeação à Autoria é uma intervenção de terceiro provocada pelo réu, 
mediante imposição legal, por meio da qual se indica o nome de alguém para o autor, com fundamento na 
sua ilegitimidade passiva 
 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
Art. 70 ao 76 CPC 
A denunciação da lide tem uma semelhança com a assistência e com a oposição 
Sua NATUREZA JURÍDICA é a demanda para uma lide secundária (ação secundária). 
A Denunciação da Lide pode ser provocada por: 
 Uma das partes - autor ou réu 
 Pelas duas partes (ex. acidente de automóveis em que ambos tem seguradora) 
 Iniciativa de um denunciado - Do terceiro (denúncia da denúncia). 
CONCEITO: Sendo assim a Denunciação de Lide é uma intervenção de terceiro, provocado pelas partes do 
processo, no qual se inicia uma lide secundaria tendo a finalidade de garantir o direito de regresso. 
Alienante é o que vendeu o bem, Adquirenteé o que comprou o bem e Alienado é o bem. 
A denunciação da lide é OBRIGATÓRIA (necessária) nos seguintes casos: 
I. RISCO DE EVICÇÃO - Ao alienante (o que vendeu o bem), na ação em que terceiro reivindica a coisa 
(terceiro é o autor que entrou com a ação pedindo o bem que o alienante vendeu), cujo domínio foi 
transferido à parte (transferido ao réu do processo, ao adquirente que comprou o bem), a fim de que esta 
possa exercer o direito que da evicção lhe resulta 
O prazo para fazer a 
nomeação à lide é o 
mesmo para contestar 
(15 dias) 
Sendo deferido o pedido 
pelo Juiz - Processo 
suspenso, 05 dias para o 
autor manifestar 
Se o autor não aceitar o 
nomeado, o processo irá 
continuar com o réu 
inicial, dando novo prazo 
para se manifestar 
Se o autor aceitar, é 
facultativo o novo 
nomeado aceitar ou não 
a nomeação 
Aceitada a nomeação, 
fica facultativo o autor 
citar o novo réu, se não 
citar será Extinto o 
Processo 
Se o nomeado nao 
aceitar, o Processo 
continuará com o antigo 
réu 
 
 
13 
II. DENUNCIAÇÃO DA LIDE DO POSSUIDOR DIREITO AO INDIRETO OU PROPRIETÁRIO – 
Transferência da coisa a alguém, temporariamente, o que entrega tem a posse indireta, e o que recebe 
tem a posse direta, ex.: Um locatário (possuidor direto) acionado em virtude de ter dado prejuízos pelas 
benfeitorias necessárias ao imóvel do lado de sua casa, é citado e denuncia a lide ao proprietário 
(possuidor indireto), alegando que as benfeitorias teriam sido realizadas a mando deste 
III. DIREITO DE REGRESSO DECORRENTE DE LEI OU CONTRATO – Aquele que estiver obrigado, pela 
lei ou pelo contrato, a indenizar em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda 
OBS.: Na evicção, ela DEPENDE da denunciação da lide, sob pena de perder o direito de regresso 
Procedimento da Denunciação da Lide 
 Iniciativa das partes  Intervenção provocada 
 Iniciativa do autor  A denunciação deverá ser feita na Petição Inicial. Deferido pelo Juiz, será citado 
primeiro o denunciado e depois o réu, pois o denunciado tem o direito de aditar a inicial 
 Iniciativa do réu  A Denunciação será no prazo da contestação, feita por peça autônoma. Deferido 
pelo Juiz, o denunciado será citado (Se for na mesma Comarca o prazo será de 10 dias, em Comarca 
diferente, prazo de 30 dias) e o processo principal ficará suspenso. Com a citação o denunciado 
poderá apresentar contestação e ao final o Juiz proferirá sentença conjunta, julgando as duas ações 
(principal + secundária) 
 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA MATÉRIA 
1) Diferencie em detalhes a jurisdição da competência, mencionando inclusive exemplos 
2) Diferencie a jurisdição da transação (concessão recíproca). Comente a atuação do magistrado nos 2 
casos 
3) Comente citação válida e coisa julgada em detalhes 
4) Diferencie a jurisdição contenciosa da voluntária. Comente com exemplos 
5) Discorra sobre as condições da ação. O que deve ocorrer na ausência de algumas delas? Explique em 
detalhes 
6) Quais os efeitos da possível mudança do rol das condições da ação, retirando dele a possibilidade 
jurídica do pedido 
 
CHAMAMENTO AO PROCESSO 
Art. 77 do CPC 
Intervenção de terceiro por alguém que não quer ficar sozinho, não provoca uma nova ação 
Sua NATUREZA JURÍDICA é formar título executivo entre aqueles que poderiam ser litisconsortes 
Sua INICIATIVA é do réu, sendo provocada para ter o direito de regresso mediante dívida solidária 
 
 
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A diferença da denunciação da lide é que a denunciação trata de qualquer tipo de direito de regresso, 
sendo mais amplo, porém obrigação solidária e fiança só é cabível no chamamento ao processo 
O terceiro chamado ao processo tem legitimidade para ser réu, entretanto na Doutrina e na Jurisprudência 
não entende que o terceiro chamado será réu, pois o chamamento ao processo serve exclusivamente para 
fazer um título executivo 
O fiador poderá cobrar do devedor principal tudo o que ele pagou 
Poderá ser chamado ao processo: 
1) O devedor em que o fiador é réu 
2) Os outros fiadores quando apenas um fiador for citado 
3) Todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente 
O PRAZO para chamar ao processo será o mesmo da contestação, entretanto o réu irá fazer a contestação 
e em uma petição separada o chamamento 
Seu PROCEDIMENTO será igual da denunciação da lide, art. 72 e 74, sendo suspenso o processo 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
Sua Natureza Jurídica é PRÓPRIA 
Não está vinculado e nem subordinado a qualquer um dos três poderes, não é sujeito privado e nem sujeito 
público. Sua natureza está próxima de pessoa jurídica, mas tem uma natureza própria, é sui generis. Tem 
por finalidade defender os interesses sociais indisponíveis 
Podemos dizer, em uma linguagem mais vulgar, que o MP é o “advogado da sociedade”. Seu surgimento 
se dá como um braço jurídico do Estado 
Na Constituição Federal há previsão do MP, art. 127 CF e também no art. 81 do CPC 
Nos casos que a lei previr o MP terá legitimidade extraordinária 
As ATIVIDADES em que o MP atua no Processo Civil são: 
1) Parte – Em casos de ações públicas – Art. 81 CPC 
2) Auxiliar da Parte – Auxilia as partes, os incapazes, o interesse público, dentre outros – Art. 82 CPC 
3) Fiscal da lei – Acompanha os atos processuais – Art. 83 CPC 
Se o Promotor dizer que não irá atuar, o Procurador responsável será intimado para manifestar, se 
entender que cabe intervenção nomeia outro promotor, se entender que não, o MP não irá intervir 
Os PRAZOS para o MP manifestar na contestação são em QUÁDRUPLO (60 DIAS) e o prazo para recurso 
é EM DOBRO, a Fazenda Pública também tem os mesmos prazos 
 
 
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ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO 
Poder Judiciário é um dos três poderes estatais que se organiza em dois níveis: Federal e Local 
O nível Local é o que faz perceber justiça estaduais e justiça do distrito federal 
Não existe Poder Judiciário Municipal. Entretanto a palavra Comarca é utilizada para designar as cidades 
que são sedes de juízo da justiça estadual, ela corresponde a uma cidade, porém nem todas as cidades tem 
comarca. As cidades que são comarcas têm um Fórum, a sede do Juízo, as cidades que não tem 
comarcas, podem ter uma Vara Distrital, que é uma espécie de “filial” do Fórum que fica em outra 
cidade/Comarca, entretanto tem cidades que nem possui Fórum Distrital, desta forma será ajuizada a ação 
na cidade mais próxima 
O nível Federal tem as Comarcas que são chamadas de Seção Judiciária 
Tanto a Justiça Estadual como a Justiça Federal têm Instâncias Superiores, sob uma forma Hierárquica: 
 
 
Os Atos praticados por Juízes da 1ª Instância NÃO SÃO REVISTOS por Juízes da mesma Instância 
Os Tribunais têm a função de tornar as decisões homogêneas 
Todos os julgadores das 3 Instâncias são Juízes, entretanto possuem nomenclatura diferente, sendo os 
julgadores das Varas chamados de Juízes mesmo, os julgadores da 2ª Instância de Desembargadores e 
os julgadores da 3ª Instâncias de Ministros 
OBS.: Não havendo Seção da Justiça Federal, a Justiça Federal poderá fazer Convênios com a Justiça 
Comum, para que o Juiz estadual julgue os processos federais 
 
 
 
 
16 
DA COMPETÊNCIA 
Art. 86 e 87 do CPC – A competência é determinada no momento que a ação é proposta, mesmo que 
uma lei passe a vigorar posteriormente, será analisada no momento da propositura 
Competência é a divisão da Jurisdição segundo certos critérios: 
 Matéria – Competência absoluta – Vara Cível, Criminal, Trabalhista 
 Partes – Competência absoluta – Ex.: Nas ações em que a União for parte ou interessada a 
Competência é da Justiça Federal; Existe a chamada competência originária do Tribunais, no qual a 1ª 
Instânciasnão são as Varas, mas sim os Tribunais 
 Território – Competência relativa 
 Valor da causa – Competência relativa 
A Competência Absoluta deve ser observada sob pena de nulidade do processo, sendo assim não é 
possível consertar o vício, sendo possível ser conhecida a qualquer tempo do processo e até depois do 
transito em julgado (art. 485, II do CPC) 
A Incompetência Absoluta pode ser arguida por qualquer uma das partes, a qualquer momento, mesmo 
depois do transito em julgado da sentença, se estiver no prazo da contestação será arguida no prazo da 
contestação 
A Competência Relativa deve ser arguida somente pelo réu, no qual tem consequências, mas não leva a 
nulidade do processo. O vício processual, não arguida no tempo certo pelo réu, desaparece, ex.: O Juízo era 
incompetente para julgar a ação, passando o prazo da lei para ser redistribuída no local competente através 
do pedido do réu, o Juiz tornará competente, esse fenômeno jurídico é chamado de Prorrogação da 
Competência 
A Competência Relativa não pode ser conhecida de ofício pelo Juiz, salvo em Fórum Distrital 
Arguição da competência relativa no rito ordinário deve ser feita por petição própria somente pelo réu, no 
prazo da contestação – Exceção de Incompetência Relativa do Juízo; No rito sumário será na primeira 
audiência 
Competência Territorial - Art. 94 CPC – Direito pessoal e bens móveis serão propostos no domicílio do réu 
 
FÓRUM DISTRITAL 
Pode ter tanto dentro de uma mesma comarca ou em uma cidade na qual não há Comarca 
Ressalva da Competência Relativa: Como já mencionado antes: Em se tratando de Fórum Distrital o Juiz 
poderá conhecer de ofício a competência relativa 
Alguns doutrinadores dizem que a competência dos Fóruns Distritais é absoluta por ser conhecida de 
ofício, outros dizem que é relativa, tendo a ressalva de ser conhecida de ofício 
 
 
17 
Clausula contratual que escolhe um determinado Fórum da Comarca ou Distrital, ex.: Escolher o Fórum Joao 
Mendes em São Paulo é nulo! Pois fazendo isso a função de criar Fóruns Distritais para desafogar os Fóruns 
principais vai por água abaixo 
 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - JEC 
Criado para desafogar as Varas Cíveis – lei 9.009/95 
A competência de conciliação do JEC será as causas que o valor não passe de 40 SALÁRIOS MÍNIMOS (R$ 
28.960 atualmente) 
Renúncia do Valor Excedente, é cujo o objeto tenha mais que 40 salários mínimos, sendo assim o autor 
estará renunciando ao valor excedente 
Até 20 salários mínimos o autor poderá entrar com uma ação no JEC sem advogado 
Se acontecer a distribuição de uma ação nas Varas da Fazenda Pública mas de competência do Juizado 
Especial da Fazenda Pública a ação é julgada EXTINTA 
Na capital existem Juizados Especiais da Fazenda Pública, mas no caso do interior que não tem Juizados 
Especiais da Fazenda Pública, a ação deve ser proposta nos Juizados Especiais Cíveis (Na prática 
muitos propõem nas Varas da Fazenda Pública) 
12.153/09 – Lei dos Juizado Especial da Fazenda Pública – Até 60 salários mínimos 
 
PODERES, DEVERES E RESPONSABILIDADE DO JUIZ 
Art. 125 até ao Art. 138 CPC 
 
ART. 125 CPC 
O Juiz deve exercer o poder lhe dado, tendo deveres e grande responsabilidade, devendo ser imparcial 
Isonomia é um Princípio Constitucional em que o Juiz deve exerce-lo, tendo por objetivo tratar os iguais de 
maneiras iguais e os diferentes de maneira diferente na proporção de suas desigualdades 
ART. 126 CPC 
Lacunas, chamados de anomias, são supostas faltas de normas para regular determinados fatos, sendo 
assim nasce ao Juiz o Dever de Subsunção, que é aplicar o Direito nos casos de haver uma lacuna 
Antinomia é o conflito aparente de normas, no qual o Juiz também deverá resolver o conflito 
 
 
 
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ART. 127 CPC 
Juízo de Equidade é o Juízo de bom senso, um Juízo de inteligência, no qual não irá plicar a lei pura e 
simplesmente, neste caso o Juiz irá aplicar o bom senso 
Art. 128 CPC 
Os Limites da Ação se dividem em: Limites Objetivos, é basicamente o pedido, no qual o Juiz fica limitado 
ao pedido, não sendo possível julgar aquilo que não foi requerido. Limites Subjetivos, atinge diretamente as 
partes, entretanto terceiros também podem sofrer efeitos 
ART. 129 CPC 
Conluio é um acordo fraudulento entre autor e réu para prejudicar interesse de terceiro, sendo assim 
aquele que pretende a má-fé a sentença deve aplicar um obstáculo 
ART. 130 e 131 CPC 
Na Investigação da Prova, o Juiz interfere na produção de prova, pois o autor produz a prova que lhe 
interessa, assim como o réu, desta forma o Juiz intervém nas provas para obter a verdade. Sendo assim o 
Juiz aprecia livremente a prova, usando o bom senso 
ART. 132 CPC 
O Princípio da Identidade do Juiz tem como ideia a condução do Juiz que fez a produção de prova irá 
julgar o processo, pois ele que fez audiências, teve mais percepções dos fatos, salvo nos casos de 
promoção, aposentado, ou alguma outra modalidade de afastamento 
ART. 133 CPC 
O Juiz tem responsabilidade pessoal, no qual irá responder por perdas e danos quando exercer com dolo 
ou fraude no exercício de suas funções ou quando recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência 
que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte 
ART. 134, 135 e 136 CPC 
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
Ambos são problemas referentes ao Magistrado, a pessoa do Juiz. Suspeita-se que o Juiz queira favorecer 
alguma das partes 
O impedimento pode ser arguido mesmo depois do Trânsito em Julgado 
O Juiz fica IMPEDIDO de julgar uma ação em que ele for parte, em que ele era advogado, promotor, perito ou 
testemunha, em que o advogado de algumas das partes for parente até segundo grau, em que algumas das 
partes for parente até terceiro grau e em caso do Juiz ser sócio administrador de alguma empresa 
 
 
19 
OBS.: No caso de um novo advogado entrar em um processo que já está em andamento, sendo parente do 
Juiz, o Advogado que fica impedido de entrar no processo 
O Juiz fica SUSPEITO quando qualquer umas das partes for amigo íntimo ou inimigo capital, quando alguma 
das partes for credora ou devedora do Juiz, de seu cônjuge ou parentes até terceiro grau, quando for 
herdeiro, donatário ou empregador de alguma das partes, quando receber dádivas, ou tiver interesse no 
julgamento da causa em favor de alguma das partes 
O Impedimento e a Suspeição são arguidos pela própria parte prejudicada, no qual o contraditório 
acontece entre a parte excipiente e o Juiz excepto (única modalidade que acontece o contraditório contra o 
Juiz) 
Impedimento entre Juízes - Acontece no âmbito do Tribunal, 2ª Instância. Em caso de dois ou mais Juízes 
forem parentes em linha reta ou linha colateral até segundo grau 
 
Impedimento e Suspeição são aplicados também ao órgão do MP, aos Serventuários, aos Perito e ao 
Intérprete 
 
SUJEITOS PROCESSUAIS 
São personagens que participam do processo. No Código de Processo Civil primeiro cita as partes e seus 
procuradores, tendo a possibilidade de intervenção de terceiro. Em seguida descreve o Ministério Público, os 
Órgãos Judiciários, os Auxiliares da Justiça, a regulamentação da atuação do Juiz e seus auxiliares, nos 
quais englobando todos são: 
 Partes – Sujeitos que fazem parte do processo, autor, réu e terceiro 
 Juiz – Sujeito que irá analisar as razões das partes e julgar o caso 
 Advogados/Estagiário – Tem uma função específica, no qual levam em Juízo as razões das partes 
 Testemunha – É a pessoa física que comparece em juízo para relatar percepção sensorial. Alguns 
autores colocam a testemunha como meramente um meio de provas, outros autores colocam a 
testemunha como sujeito 
 Órgão do MP 
 Terceiro Interveniente 
 Escrivão/Escreventes Conciliador/Mediador 
 Perito/Assistente técnico 
 Oficial de Justiça – É um sujeito que tem o instrumento de eficácia do Juiz. Tem força de fé pública nas 
certidões 
 
 
20 
 Depositário – Encarregado de cumprir todos os encargos do bem depositado. Não cumprindo é 
chamado de depositário infiel. Em caso de dívida o depositário infiel não é mais preso (Pacto de San 
José da Costa Rica), mas em caso de crime (desobediência e apropriação indébita) poderá ser preso 
 Intérprete – Ajuda nas audiências, deve ter qualificação para isso, entretanto não é a mesma coisa que 
tradutor público 
 Administrador – Administra massa falida, entre outros. É próximo do depositário 
 Partidor – Cuida da partilha 
 
ATOS PROCESSUAIS 
A partir do Art. 154 CPC 
Noção: Ato – É toda ação ou omissão; Processuais – Se o ato tem relevância para o processo 
Sujeitos processuais praticam atos, no qual foi tratado logo acima. Testemunha e perito só estão no processo 
porque outros sujeitos processuais estão praticando atos 
Classificação subjetiva: Os principais praticantes dos atos processuais são: Juízes, Partes e Escrivão, 
entretanto há outros sujeitos 
Os Atos do Juiz quando tiver um determinado prazo, mas não for feito, NÃO acarretará prejuízos no 
processo. Os Atos das Partes quando tem um prazo para efetuar, TERÁ consequências no processo 
FORMA DO ATO – Forma descreve como o ato deve ser praticado. Há 3 tipos de formas: 
 Livre – Ocorre quando não há qualquer 
previsão legal de como o ato deve ser 
praticado. É válido desde que atinja a 
finalidade 
 Necessária – Prevista em lei, no qual 
condiciona-se a validade do ato na forma da 
lei. É a única forma de cumprir tal ato, mesmo 
que atinja a finalidade por outro meio não será 
válido 
 Instrumental – Também prevista em lei, porém 
a lei não prevê além da forma, não há uma 
nulidade pro ato se for praticado de outra 
maneira. O que está descrito na lei como deve 
ser feito é apenas exemplificativo, sendo que 
feito de outra maneira, desde que atinja a 
finalidade, é válido 
 
Publicidade (Art. 155 CPC) – Os atos processuais em regra são públicos. As exceções são: Em caso de 
interesse público, quando abranger a intimidade das partes, e Direito a certidões 
Vernáculo – Todos os atos processuais devem se documentados no idioma oficial brasileiro. A finalidade é 
saber todos os significados, através de traduções feitas por tradutor juramentado (tradutor público), os 
documentos simples não são necessários a tradução, apenas se o Juiz determinar 
 
 
21 
Em caso de renumerar um processo ou riscar alguma palavra injuriosa, deve haver uma certidão do Cartório 
que explique o porquê do ato 
Atos do Escrivão (art. 141 CPC) – Atuação/Juntada: O Escrivão cuida dos atos administrativos, auxiliam os 
trabalhos da Magistratura 
Atos das Partes – Constituir, modificar, extinguir, declarar, forçar o cumprimento de obrigações e preservar 
bens jurídicos 
Para um melhor entendimento dos atos das partes, vamos analisar os tipos de ações que são cabíveis e as 
suas finalidades: 
 Conhecimento 
o Constitutiva 
 Criar 
 Modificar 
 Extinguir 
o Declaratória – Declarar se existe ou não existe a relação jurídica 
o Condenatória – Criar uma obrigação 
 Execução – Forçar o cumprimento de uma obrigação 
 Cautelar – Preservar um bem jurídico até a chegada da sentença definitiva 
 
Art. 160 CPC – Recibo de petições e documentos juntados nos autos 
Atos do Juiz – Todo e qualquer ato processual do Juiz tem 3 naturezas taxativas (art. 162 CPC): 
a) Sentenças (§1º) – Poe fim ao Processo concedendo ou negando os pedidos, ou em alguma fase 
processual, previstas nos art. 267 e 269 CPC 
Art. 267 CPC – Sentenças sem resolução do mérito 
Art. 269 CPC – Sentenças com resolução do mérito 
OBS.: Mesmo que haja sentença o processo não termina enquanto não for satisfeita as obrigações 
impostas 
b) Decisões Interlocutórias (§2º) – Ato do Juiz que no curso do processo resolve questão incidente 
c) Despachos (§3º) – É o ato do Juiz para dar andamento ao processo 
OBS.: (§4º) Certos atos simples (atos ordinatórios e despachos de mero expediente) são praticados 
pelos serventuários, como a juntada ou a vista obrigatória, podendo ser revisto pelo Juiz quando 
necessário 
OBS.²: Acórdão são sentenças julgadas pelos Tribunais 
 
 
 
22 
TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS 
Os Atos Processuais irão ser realizados em dias úteis (segunda a sábado), das 6:00 horas até as 20:00 
horas (art. 172 CPC) 
Entretanto os atos serão concluídos depois das 20:00 horas em caso de urgência ou que prejudicar as 
diligências (§1º) 
A Citação e a Penhora poderão em casos excepcionais, através de autorização do Juiz, realizar em 
domingos e feriados ou em dias úteis fora do horário estabelecido (§2º) 
OBS.: Qualquer diligencia que apresenta violação do domicílio por ordem judicial será praticada das 06:00 
horas as 18:00 horas 
Durante as férias (Com a EC 2005 foi vedada as férias forenses, porém tem o recesso forense) e feriados 
NÃO serão praticados atos processuais, exceto a produção antecipada de provas e a citação, para não 
ocorrer o perecimento do direito. (Art. 173 CPC) 
Não suspendem nas férias: 
 Os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos 
 Causas de alimentos provisionais 
 Dação ou remoção de tutores e curadores 
 Todas as causas que a lei federal determinar 
Os Atos Processuais serão realizados na sede do juízo, podem ser efetuados em outro lugar em caso de 
deferência, interesse da justiça ou obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo Juiz 
 
PRAZOS 
Art. 185 do CPC 
Lapso temporal de conveniência e validade de um ato. Trata-se de um período determinado. Não pode 
analisar somente o término do prazo, mas também quando ele terá início 
Diante disso para que o processo não se eternize, a lei estabelece um prazo para que os atos processuais 
sejam praticados 
Terminologia: 
Intimação se dá pela publicação no Diário Oficial, na qual tempos atrás se dava através da publicação no 
Jornal do Diário Oficial, hoje esse Diário Oficial é Eletrônico 
Disponibilização é o ato pela qual se torna acessível na internet, na qual só ocorre no Diário Oficial 
Eletrônico que é através da internet. Uma vez ocorrida a disponibilização será considerada intimação no 
primeiro dia útil forense seguinte. (Lei 11.419/06) 
 
 
23 
Preclusão é a perda do direito de praticar um ato e obter os seus efeitos 
Expediente Forense é o período em que o Fórum, a sede do Juízo, pode ser acessada 
Interrupção e Suspensão dos prazos, ambos paralisam a contagem do prazo, mas há uma diferença, 
voltando a contar o prazo interrompido começará desde o início, prazo suspenso volta a conta de onde parou. 
Unidade de tempo é a contagem dos prazos, que existe em minutos (alegações finais), horas, dias, meses, 
anos, no geral não há vedação para qualquer tipo de unidade. Se um prazo é fixado em uma unidade ele 
deverá ser contado na unidade, ex.: Se foi fixado o prazo em 30 dias não deverá contar 1 mês, mas sim 30 
dias. 
 
Classificação: 
Próprios e Impróprios – Próprios são estabelecidos para cumprimento das partes, sendo que traz 
consequências para o processo. Impróprios são estabelecidos para os serventuários, escrivão, Juízes, o 
descumprimento desse prazo não traz consequências para o processo 
Legais e Judiciais  Regras Subsidiárias – art. 185 CPC – Prazo legal é fixado na lei e o prazo judicial é 
fixado pelo Juiz. Se não houver prazo legal ou judicial será de 05 DIAS 
Dilatórios e Peremptórios – Dilatório podem ser alterados, reduzidos ou prorrogado; Em regra prazo 
peremptórionão se altera, as exceções são: de difícil locomoção do transporte ou em caso de calamidade 
pública; 
Contagem de prazo em dias: 
Fórmula Geral – O prazo começa a contar no primeiro dia útil forense após a publicação, lembre-se que 
antes da publicação tem a disponibilização, e a publicação é o primeiro dia útil forense após a 
disponibilização 
Ato+Intimação: A intimação se dá pela Imprensa, Pessoal ou por outro ato 
Início da Contagem não acontece nos dias que não tem expediente forense (finais de semana, feriados, etc.) 
Término do Prazo que vencer em algum dia que não haja expediente forense (finais de semana, feriados, 
etc.), será prorrogado para o primeiro dia útil seguinte 
Vencimento, Prorrogação, Preclusão  Dia não forense, encerramento antecipado do expediente, 
indisponibilidade 
O prazo também se prorroga quando o expediente forense terminar mais cedo, entretanto no caso do 
expediente forense começar mais tarde NÃO SERÁ PRORROGADO 
Prazo em meses exclui o dia da intimação 
 
 
 
24 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA MATÉRIA 
1) A prática de um ato antes do início da contagem de seu prazo é válida? Justifique a sua resposta. 
Resposta: Depende, a maioria dos atos que puderem ser praticados antes do início da contagem do 
prazo é válido, ex.: apresentar o rol de testemunha, mas os recursos, mais especificamente o recurso de 
agravo, não será válido praticar o ato antes da contagem 
2) Os prazos peremptórios podem ser prorrogados? Justifique 
Resposta: Em regra não, só pode nos casos da Comarca ser de difícil transporte ou em caso de 
calamidade 
3) O Juiz de Direito atua como conciliador? Ao fazê-lo exerce o poder de Jurisdição? Comente 
4) A autotutela é permitida no Direito Brasileiro? Comente em detalhes 
5) A Assistência pode ser prestada após a sentença? Comente 
Resposta: Pode ser prestada a qualquer tempo 
6) O Litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário quando for unitário? 
7) O que é litisconsórcio multitudinário? Comente 
8) O advogado pode postular sem procuração? Justifique 
9) A procuração para o advogado atuar em nome de pessoa relativamente capaz pode ser feita por 
instrumento particular? Justifique 
Resposta: Pela lei deve ser por instrumento público, entretanto na prática funciona por instrumento 
particular 
10) Qual a relação entre prazos próprios, impróprios e preclusivos? Explique 
11) O que é incompetência relativa? Quem pode argui-la? De que forma? Explique

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