Buscar

Trabalho do 4º periodo Organização e metodologia da educação infantil e Brinquedoteca e o Elemento Lúdico (4)

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - 7109
CURSO DE PEDAGOGIA 
ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL E BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LUDICO.
ALUNA: VANESSA FERREIRA DINIZ 
RA:8929141586
Desafio Profissional entregue como requisito para conclusão das disciplinas “Organização e metodologia da educação infantil e Brinquedoteca e o elemento lúdico,” do 4° Período do Curso de Pedagogia, sob orientação da Professora-Tutora à distância Profa. Maria Adriana Rodrigues, Profa. Maria Clotilde Bastos, e a Professor-Tutora Presencial Rosimar Pinheiro.
Polo Uni educação 7109
Goiânia, 05 de Outubro de 2015.
 Introdução 
 	
 A timidez, muitas vezes, não é observada em sala de aula, pois o aluno tímido não causa problemas, não chama à atenção. Porém, cuidados devem ser tomados para que a timidez excessiva não prejudique a criança no futuro, pois envolve baixa-estima, dificuldades de se relacionar, medo, privações, o que acaba dificultando o seu desenvolvimento emocional saudável, limitando o seu convívio social, inclusive na escola. A pesquisa apresentada é um estudo de caso baseado na psicanálise de Winnicott e tem a proposta de demonstrar como, através do lúdico, podemos auxiliar nas relações interpessoais de crianças tímidas, possibilitando, por meio do brincar, expressarem seus sentimentos e conquistarem segurança, uma vez que a brinquedoteca tem como objetivo valorizar as atividades lúdicas e criativas.
Como instrumentos de coleta de dados foram realizados entrevistas com o pai e a professora e realizado um trabalho de atividades lúdicas com a criança selecionada na brinquedoteca escolar. Ao final da pesquisa, a professora mencionou que via duas crianças uma “antes” do projeto e outra totalmente diferente ao termino do trabalho. 
Segundo Vygotsky (1993) na interação as crianças criam e transformam. O espaço do brincar proporcionado pela brinquedoteca funciona como um espaço de interação onde são encontrados estímulos de aprendizagem e oportunidade de aprender por meio da vivência, conforme as experiências que cada um conquista naquele espaço.
A brincadeira de fato é a forma como a criança interage e constrói conhecimento sobre si e o mundo. Espaços que proporcionam o brincar podem e devem estar abertos à inclusão. O ato de brincar entre crianças é um momento em que todos podem ser englobados. Porém esses ambientes devem considerar, como já foi supracitado, o público alvo e devem ser adaptados de acordo com a demanda.
Quando chega à escola, a criança procura por ambientes que estão presentes em seu cotidiano ou fizeram parte de sua vivência até então, como o parquinho, o pátio e o que mais lhe parecer familiar. Neste sentido a brinquedoteca aparece como um dos espaços facilitadores na adaptação daquela criança, visto que lá encontrará um ambiente igual ou similar ao que é de seu conhecimento.
Sendo assim a brinquedoteca escolar é de fundamental importância, pois o brinquedo proporciona o aprender-fazendo, onde, brincando a criança desenvolve o seu senso de companheirismo, as relações cognitivas e afetivas, consequentes da interação lúdica, proporcionam amadurecimento emocional e vão pouco a pouco construindo a sociabilidade infantil. Sabendo desta importância me inseri numa brinquedoteca escolar para acompanhar as atividades e registrar o comportamento de uma criança. 
Neste primeiro momento apresento as informações relacionadas ao contexto da observação, observador e criança observada. 
	Observação Narrativa
	Observador:
	Vanessa Ferreira Diniz
	Nome da criança:
	Diogo
	Idade da criança:
	Ano:5 Meses:1
	Sexo da criança:
	Masculino
	 Responsáveis pela criança durante o período de observação
	Nome: Wesley
	Função: pai da criança
	Nome: Kátia
	Função: professora
	Contexto de observação:
	Brinquedoteca escolar
	 Data da Observação: 01/09/2015 Horário de início: 09:00 Horário de término: 10:00 
	Escolha da criança
	Em um simples ato de brincar a criança transforma o mundo em um faz de conta, no qual ela pode expor seus medos, suas alegrias, sua ira, enfim, todos os seus sentimentos. E é através desse brincar que pude observar a timidez excessiva dessa criança, que pode estar associado sentimentos de rejeição, insegurança, cobrança excessiva, relações parentais que lhe traga angústias (medo de não ser amado, de não ser atendido em suas necessidades, de não poder contar com alguém que a auxilie, dentre outros).
	Breve descrição das características marcantes da criança
	 A criança que participou da pesquisa tem a idade de cinco anos, estuda no Pré I e será chamado pelo nome fictício Diogo. Ele foi indicado a participar da pesquisa por ser uma criança muito tímida. Quem concedeu a entrevista foi o pai, pois percebendo que filho precisa de ajuda. Ele declarou que o filho sempre foi tímido e que isto se torna mais intenso quando está na presença dos pais, do que no âmbito escolar. O pai informou também que o garoto tem quatro irmãos, sendo três por parte de pai e um mais velho por parte de mãe e que durante a gestação a mãe teve muito medo de ter um aborto, pois isso ocorrera duas vezes em gestações anteriores. Supostamente isto faz com que a mãe "ainda trate o filho como um bebê" e que durma com a criança, enquanto que o pai dorme em outro quarto. Em casa, o pai ressaltou que Diogo só brinca sozinho, não tem hábito de sair para brincar com outros colegas e a mãe não gosta nem que brinque ou tenha contato com os irmãos por parte de pai. O pai se considera tímido, exigente, honesto, "chato", sincero. As características que atribuiu à esposa foram: tímida, "fechada", organizada, trabalhadora, brava, ciumenta e honesta. O pai disse ainda que já passou por depressão, ansiedade e problemas com vícios.
	Descrição das características físicas e sociais do cenário de observação
	A brinquedoteca escolar é um lugar, como o próprio nome diz destinado ao brincar, ali a criança vai encontrar inúmeras possibilidades de aguçar sua imaginação e criatividade por meio do faz de conta, em que ela automaticamente passa a se conhecer melhor. A área de recreação é a sala onde ficam os brinquedos, jogos, materiais pedagógicos, livros, aparelhos de som e de vídeo. Os brinquedos estão colocados em prateleiras, caixas plásticas transparentes ou caixas revestidas por invólucros coloridos, catalogados conforme seus aspectos físicos e pedagógicos. No centro da brinquedoteca, existem uma escrivaninha e cadeiras próprias para as crianças. A sala tem saída para um corredor bastante largo onde existem mesinhas, cadeiras, banquetas e um televisor ligado a um vídeo game. As paredes da brinquedoteca são coloridas, com imagens de animais, árvores e flores. Alguns quadros com personagens de Walt Disney estão fixados nas paredes. Todos os brinquedos são industrializados, encontramos uma variedade de ambientes e cantinhos na brinquedoteca, de acordo com a criatividade e dedicação, dentre eles: canto do faz-de-conta, espaço com mobílias infantis retratando o quarto, a cozinha, o escola, o supermercado, o camarim. O canto da leitura, onde os livros são manuseados como brinquedos e não com a seriedade da biblioteca. O canto das invenções, da sucato teca, do teatrinho, mesa de atividades, estantes com brinquedos, oficina e o acervo com jogos variados.
As crianças estão ocupadas em diversas atividades lúdicas livres. O ambiente geral parece otimista. Das habituais 12 crianças que costumam frequentar neste horário, apenas 7 estão aqui hoje as outras não vieram a escola, mesmo sem os colegas elas estão aproveitando bem o momento no ambiente escolar.
Desta forma os dados foram coletados por meio de observação, na qual se priorizou as interações da criança (quais as características de timidez mais evidentes, como o professor se relacionava ou a percebia em sala de aula, se havia umapreocupação em inseri-la nas atividades e como isto era feito, se a criança se sentia à vontade no contato com as outras ou se excluía ou era excluída nas atividades se elas se aproximavam dos professores, como procediam para tirar as dúvidas, se participavam de atividades coletivas, tais como rodas, músicas, teatro, danças etc.).
01 - Quais são os seus objetivos?
Acompanhar o desenvolvimento da criança suas escolhas, suas reações diante da brincadeira, seu desenvolvimento psicomotor e social, fornecendo informações importantes para serem utilizados pelos pedagogos e os pais.
02 - Qual área do desenvolvimento ou do comportamento é o foco da observação? 
Observarei principalmente o comportamento psicossocial porém sem deixar de observar o desenvolvimento linguístico e físico/motor
03 - Quanto tempo pretende gastar observando os comportamentos que selecionou?
A criança será observada por uma hora sendo 40min de observação e 20min para descrição do comportamento.
04 - Quem você vai observar?
A criança que participou da pesquisa tem a idade de cinco anos, estuda no Pré I e será chamado pelo nome fictício Diogo. Ele foi indicado a participar da pesquisa por ser uma criança muito tímida com dificuldades de interação social.
05 - O que pode fazer no cenário da observação?
Na brinquedoteca escolar poderei realizar observação da forma que eu desejar e achar mais adequada podendo fazer anotações no mesmo local.
06 - A observação será perceptível, discreta ou participante?
 Estarei usando a observação discreta para não interferir na análise.
	Narrativa das Discrições Comportamentais Objetivas (DCOs)
	Criança (s) observada (s): Diogo, Amanda, Marina, Lara e Aline.
	Área de observação: Desenvolvimento social
	DCO 01
	Horário de início: (08h31min)
	Horário de término: (08h40min)
	Diogo permaneceu isolado das demais crianças por aproximadamente seis
minutos; ficou sentado em uma banqueta brincando com um carrinho. Ele
se mostra tímido e bastante distante, depois pegou um livro e ficou olhando as figuras, se mostrando indiferente ao ambiente da brinquedoteca e dos demais colegas de sala. Ele é o mais baixo do grupo dos meninos, talvez por isso se sinta constrangido.
	
	
	Interpretação das Observações
	Acredito que algo está errado com o crescimento de Diogo, pois seus pais possuem boa estatura e não há indícios visíveis de que ele tenha alguma anomalia genética relacionada ao crescimento. Penso que seria importante verificar as causas da sua baixa estatura. Ao compará-lo com outros meninos da mesma faixa etária, ele é menor. Possivelmente, algo relacionado à sua alimentação possa explicar o lento desenvolvimento físico. Talvez Diogo se sinta intimidado com a presença dos demais garotos da turma, porque são maiores ou estabeleceram relações de amizade há mais tempo ou simplesmente ele não sinta vontade de brincar com meninos e deseje participar das brincadeiras do grupo de garotas e tenha sido excluído. Embora pareça distante das ações que ocorrem no ambiente, Diogo não apresenta qualquer evidência de possuir déficit de atenção, pois sempre que acontece algo novo ele prontamente direciona o olhar e revela, em sua expressão facial e corporal, interpreta corretamente as ações e o ambiente que o cerca. Durante o período analisado, não demonstrou estar com dor ou desconforto físico.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	DCO 02
	Horário de início:(08h41min)
	Horário de término: (08h51min)
	Amanda estava pulando sobre um colchão inflável, desequilibrou-se e caiu no chão. Ela não se machucou, uma vez que o piso tem revestimento de EVA, entretanto ela chora enquanto as crianças gargalham. As crianças ficaram mais agitadas, embora Diogo continue sério, segurando firmemente o livro enquanto observa a cena. Assim que Amanda parou de chorar, ela seguiu em direção ao corredor da brinquedoteca. Diogo levantou da banqueta e seguiu com os olhos a garota. Amanda decide brincar com outras garotas no corredor. Diogo caminha alguns passos em direção ao corredor, passa por outras crianças sem demonstrar sinal de aproximação ou empatia e senta no chão em uma posição que permite visualizar o grupo de meninas que brincam com Amanda.
	
	
	
	
	
	
	
	
	Interpretação das Observações
	Acredito que Amanda gosta de interagir com as outras crianças, ela está bastante agitada talvez por causa da queda, mas ela é sorridente gosta de brincar com as outras crianças. Ela não tem problemas em dividir os brinquedos. Amanda estava sorridente já brincando com suas colegas, e Diogo sentou mais as meninas e começaram a brincar com massinha de modelar, eles começaram a conversar é se entrosar ele já foi se soltando, começou a rir. Amanda levantou é foi beber água em sua garrafinha e logo voltou é Diogo continuou a brincar com a massinha mais outras crianças. Durante o período analisado, eles se mostraram atentos à brincadeira e as crianças em volta. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	DCO 03
	Horário de início:(08h53min)
	Horário de término: (09h00min)
	
Marina é uma criança muito carinhosa, meiga e gosta de chamar atenção das outras crianças, ela sai beijando, a criança veio até mim e me beija, ela gosta de interagir e se mostrar para as crianças, ela está brincando com um grupo de meninos com bolinhas coloridas. Sai correndo e tenta se aproximar de Diogo de forma mais carinhosa, passando a mão no seu cabelo e tentando abraça-lo, porém Diogo fica nervoso e tenta se soltar de Marina, faz careta e resmunga deixando claro que não gosta de demonstração de carinho e contato físico.
	
	
	
	
	Interpretação das Observações
	Acredito que Marina gosta dos seus colegas, ela conversa com todos, ela tem carinho muito grande pelos colegas. Acho que seus pais lhe dão muito carinho, ela tem um jeitinho de conversar manso ela cativa as crianças com seu sorriso, ela não e de chorar quando algum colega a aborrece. Já Diogo é totalmente o oposto ele estava brincando com as meninas sem tocá-las no máximo dava um sorriso quando elas faziam alguma brincadeira. Acredito que Diogo não receba muitos carinhos em casa, abraços e beijos pelas suas reações o que o deixa com baixa alta-estima e retraído. Segundo as descrições dos pais, eles são tímidos e “secos” e ainda o pai já teve situação de vícios e depressão o que interfere na relação com toda a família.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	DCO 04
	Horário de início:(09h02min)
	Horário de término: (09h10min)
	Aline está sentada do lado do Diogo, ela levanta e pede a professora papel e lápis de cor e o chama para desenhar mas sua colega ao lado Lara as duas estão desenhando, Aline é Lara conversam é observa o desenho uma da outras. Diogo só fica observando no primeiro momento, desconfiado e constrangido. Lara não gosta quando Aline pega o lápis que ela mais gosta e começa a chorar, as duas brigam e a professor intervém e as duas se acertam e saem pra brincar com peças de montar que estava no carpete. Diogo vendo essa situação fica indiferente como se fosse natural essa situação e quando as meninas saem, ele logo pega a folha e começa a desenhar, vejo que estava tímido diante das meninas em expor seu desenho.
	
	
	
	
	Interpretação das Observações
	Observando as duas brincar, elas tentam interagir com Diogo, mas ele permanece indiferente a elas, as outras crianças fazem barulhos mais elas continuam a desenhar, Lara e mais estressada não gostou quando Aline pegou o lápis que ela gosta, achei Lara um pouco nervosa quando isso aconteceu ela começou a puxar os seus próprios cabelos ficou tensa, indo pegar a força o lápis de Aline. A professora interviu e Aline devolveu o lápis. Lara se acalmou pediu desculpas e foram brincar com outros brinquedos, parecia que nada tinha acontecido. Aline já e, mas calma ficou envergonhada quando Lara começou a chorar por causa do lápis, ela viu a Lara puxar os seus cabelos e ficou triste, Aline e mais sorridentedo que Lara. Diogo mais uma vez se mostrou retraído e tímido com o carinho de Aline em tentar interagir, ele não gosta de demonstrar seus sentimentos, se faz de “durão” isso porque é muito inseguro. Com relação à briga e discussões das meninas, demonstra que esta acostumado com essas situações as quais são geradas com a convivência dos seus parentes ocasionadas pelos vícios e outras situações, eu penso.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Na tabela abaixo, pode-se observar comportamentos específicos da criança durante o período de observação; como comportamentos sociais, o desenvolvimento emocional e comportamentos físico motores.
	LISTA DE VERIFICAÇÃO (Checkilist)
	Marcar somente as declarações verdadeiras sobre a criança
	
	Vigoroso e energético ao iniciar um projeto.
	X
	Cauteloso, não aventureiro, tem medo de tentar o que nunca fez.
	X
	Quase sempre realiza as tarefas apesar das dificuldades.
	
	Voz animada e viva.
	X
	Não se cansa facilmente.
	
	Concentração ruim.
	
	Apenas copia as reações das outras crianças; não é original. 
	X
	Concentra-se bem em sua tarefa. 
	
	Reações originais e inventivas. 
	
	Curioso e questionador. 
	
	Expressa-se bem para a idade. 
	
	Habilidoso ao lidar com situações difíceis. 
	X
	Pouco uso da linguagem para a sua idade. 
	X
	Paciente. 
	
	Absorvido, autossuficiente em sua atividade. 
	
	Impaciente; certa insatisfação com sua própria atividade. 
	X
	Reticente, deseja estar em segundo plano. 
	
	Bem-humorado. 
	
	Perturba-se com facilidade. 
	
	Perturba-se raramente; mudanças bruscas de humor frequentes. 
	X
	Lento para se adaptar a uma nova experiência. 
	
	Distrai-se facilmente da tarefa atribuída. 
	
	Distrai-se facilmente; carece de persistência. 
	
	Submete-se a qualquer criança que toma a iniciativa. 
	
	Domina as crianças da sua idade (ambos os sexos). 
	X
	Está disposto a se submeter somente a uma criança em específico. 
	
	Submete-se a um líder apenas após uma briga pela liderança. 
	X
	É seguidor de apenas um grupo específico. 
	
	Às vezes, domina um grupo. 
	
	Geralmente, lidera um grupo pequeno. 
	
	Decide quem deve participar das atividades do grupo. 
	
	Organiza as atividades de um grupo para realizar um propósito definido. 
	
	Lidera ou segue conforme a ocasião exige. 
	
	Nem lidera, nem segue ou brinca sozinha. 
	Verificação das habilidade – Identidades e desenvolvimento emocional.
	Autoidentidade
	Evidências
	Separa-se sozinhos dos pais sem dificuldade.
	Sim
	Não se apega aos adultos excessivamente.
	Sim
	Faz contato visual com adultos.
	Sim
	Faz escolhas autônomas das atividades.
	Sim
	Procura crianças para brincar.
	Não
	Se mostra confiança em encenações.
	Não
	Defende os próprios direitos.
	Não
	Mostra entusiasmo ao fazer coisas para si.
	Sim
	Permite ser consolado após estresse.
	
	Come, dorme, usa banheiro adequadamente.
	Sim
	Lida com mudanças bruscas controladamente.
	Não
	Expressa raiva em palavras e não em ações.
	Não
	Desenvolvimento social
	Sim
	Não
	Ás vezes
	É amigável e extrovertido.
	
	X
	
	Brinca com a maioria das outras crianças.
	
	X
	
	Brinca apenas com algumas crianças.
	X
	
	
	Busca a aprovação dos adultos.
	X
	
	
	Busca a aprovação dos pares.
	
	X
	
	Está disposto a revezar.
	
	X
	
	Faz transações facilmente de uma atividade a outra.
	
	
	X
	Ajusta-se rápido às novas atividades e descobertas.
	
	
	X
	É independente.
	
	X
	
	Habilidades motoras
	Sim
	Não
	Caminha para trás com movimento calcanhar dedo.
	X
	
	Sobe e desce degraus sem ajuda; alterna os pés.
	X
	
	Dá cambalhotas.
	
	
	Toca os calcanhares sem flexionar os joelhos.
	
	
	Caminha sobre uma trave.
	
	
	Aprende a pular alternando os pés.
	X
	
	Pode pegar uma bola arremessada a distância.
	
	
	Anda de bicicleta e guia com habilidade.
	
	
	Pula para a frente com ambos os pés.
	X
	
	Controla bem o lápis e a caneta.
	X
	
	Começa a colorir com lápis.
	X
	
	Corta com tesoura em cima da linha.
	
	
	Domínio das mãos bem estabelecido.
	X
	
Considerações Finais
Ao conversar com os professores da educação infantil a respeito da relação deles com crianças com comportamentos diferentes, constatei que o papel do professor é primordial para acabar com o preconceito, com a timidez e falta de interação social, pois a falta de contato social durante a infância é fator crucial para um mau desenvolvimento emocional. Ao fazer o trabalho observei na brinquedoteca escolar que a professora trabalhou muito com atividades lúdicas desenvolvendo a cultura que é normal ser diferente o que foi de suma importância para Diogo começar a interagir. 
A psicopedagoga Maria Irene Maluf, conselheira vitalícia da Associação Brasileira de Psicopedagogia, explica que as razões dessa inibição podem ser várias, mas que se os pais mudarem a postura em relação ao tratamento que dão às crianças, principalmente se os pais forem tímidos, agressivos, submeter o filho a constantes críticas, criar problemas familiares que causem vergonha como vícios, a timidez não se tornará prejudicial.
De acordo com a especialista, quando existe uma grande dificuldade para o convívio social, a timidez deixa de ser apenas uma característica da personalidade da criança e passa a indicar uma desestruturação emocional. “Neste caso, quando ela inibe demais o comportamento, pode ser um alerta para um problema maior”, explica. Segundo Maluf, na maioria das vezes, estas crianças estão escondendo algo que incomoda muito, como um problema familiar, por exemplo. “Por elas não quererem falar de determinado assunto, evitam se expressar por completo”, afirma Maluf. 
 Conclui que os pais juntamente com a ajuda de um profissional podem contrariar a timidez, se exibirem perante os seus filhos comportamentos marcadamente extrovertidos e se criarem oportunidades que permitam à criança ter uma grande variedade de experiências sociais, onde posso afirmar que é fundamental também que no contexto escolar os educadores ou professores ajudem neste processo, estimulando a criança a participar sempre, que esta seja capaz de o fazer, e em um sentido mais amplo, ao estimular e desenvolver habilidades e aprendizagens na infância por meio do brincar, aperfeiçoa-se todas as dimensões e aspectos humanos, tornando-o sujeito de sua própria ação. A linguagem e a socialização proporcionadas pelo ato de brincar conduzem ao reconhecimento de sua realidade.
	Por isso a Brinquedoteca Escolar é de suma importância, pois é um espaço que privilegia o brincar e o uso do lúdico como recurso necessário à construção de aprendizagens, da identidade, autonomia e das diferentes linguagens na infância, ou seja, um ambiente acolhedor com estímulos diversificados para o desenvolvimento de habilidades e capacidades significativas, então, uma brinquedoteca deva ser vista como local transformador, onde se resgata o prazer de brincar inserida no contexto histórico-social e cultural da criança.
Referências Bibliográficas
ALTHAZAR, Maria da Paz Nunes Costa. FISCHER, Julianne. A Brinquedoteca numa visão educacional moderna. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG Vol. 3 n. 9 - jul.- dez./2006 ISSN 1807-2836. Blumenau-SC. p.123-128, julho/dezembro. 2006. 
BENTZEN, Warren R. Guia para observação e registro do comportamento infantil. São Paulo: Cengage Learning, 2012. 
BRASIL. Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005. Disponível em: < https://www2.mp.pa.gov.br/sistemas/gcsubsites/upload/14/legislacao_federal_111> Acesso em: 12 de ago. 2015. 
CENTRO de Excelência para o Desenvolvimento na Primeira Infância. Relações entre pares: ajudando crianças a fazer amizades. Disponível em: <http://www.enciclopedia-crianca.com/sites/default/files/docs/coups-oeil/de-olhono-relacoes-entre-pares-profissionais.pdf>. Acesso em: 12 de ago. 2015
CUNHA, Nylse. H. S. Brinquedoteca: espaço criado para atender necessidades lúdicas e afetivas. Revista do Professor, Porto Alegre-RS. V. 1, n°44.p. 3-50, outubro/dezembro, 1995. 
KOSTELNIK, Marjorie J. et al.Guia de aprendizagem e desenvolvimento social da criança. (trad. da 7ª ed. norte-americana). São Paulo: Cengage Learning, 2012.
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Desafio Profissional das disciplinas Organização e Metodologia da Educação Infantil e Brinquedoteca e o Elemento Lúdico. [Online]. Valinhos, 2015, p. 1-18. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead >Acesso em: ago. 2015.
MILLER, Darla Ferris. Orientação Infantil. Trad. 6ª ed. Norte-americana. São Paulo: Cengage Learning: 2012. 
MOYLES, Janet et. al. Fundamentos da Educação Infantil. Enfrentando o desafio. Porto Alegre: Artmed, 2010.
 OLIVEIRA, Vera Barros (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis: Vozes, 2014.
Portal da Educação. Timidez na infância. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/60547/timidez-na-infancia >Acesso em: ago. 2015
VYGOTSKT, Lev. Pensamento e linguagem. 5ª reimpressão. São Paulo: Martins Fontes, 1993
2
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP 
4
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Outros materiais