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ED - analise de dv - extração e análise - 2010 2 - gabarito

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ED - Análise de drogas vegetais (métodos de extração) 
1. Quais os objetivos da análise de drogas vegetais? 
Quando é necessário o isolamento e elucidação estrutural das substâncias químicas? Objetivos: conhecer 
os constituintes químicos ou avaliar sua presença. Quando não se conhece a estrutura química da 
substância de interesse faz-se necessário a elucidação estrutural para facilitar e direcionar as análises 
posteriores, durante o controle de qualidade. 
2. Quais os objetivos da confecção de uma exsicata? 
Identificação botânica correta da planta; armazenamento de material testemunho durante uma pesquisa. 
3. Qual o objetivo de se registrar o local, hora e data da coleta? 
Os constituintes químicos da planta podem variar dependendo do local de cultivo ou de ocorrência, da 
hora de coleta e/ou época do ano. Desta maneira este registro pode fornecer informações importantes 
para facilitar as análises. 
4. Qual o objetivo da estabilização e da secagem? Explique a diferença entre elas. 
OBJETIVO: impedir a ação enzimática e assim evitar alteração dos compostos químicos originalmente 
presentes. ESTABILIZAÇÃO → desnaturação protéica das enzimas celulares através da destruição das 
suas estruturas terciárias e quaternárias (curto tempo de exposição a altas temperaturas). SECAGEM → 
retirada de água para impedir reações de hidrólise e crescimento microbiano (longo tempo de exposição a 
baixas temperaturas). 
5. Cite os parâmetros observados para a escolha do solvente para se realizar a extração. 
Seletividade; solubilidade da substância a ser extraída; toxicidade e/ou riscos que o manuseio apresenta; 
estabilidade das substâncias a serem extraídas; disponibilidade e custo. 
6. Diferencie maceração de percolação. 
Maceração: feita em recipientes fechados, em diversas temperaturas, durante período prolongado (horas 
a dias), sem renovação do líquido extrator. Variações: Digestão: maceração em sistema aquecido (40 - 
60°C); Maceração dinâmica: com agitação mecânica constante; Remaceração: repetição da operação 
com renovação do líquido extrator. Percolação: extração exaustiva das substâncias ativas por passagem 
do líquido extrator através de um recipiente cônico ou cilíndrico. 
7. Diferencie infusão de Decocção. 
Na infusão o material vegetal fragmentado é colocado em água aquecida previamente, permanecendo 
fora da fonte de calor. O recipiente deve ser tampado. Na decocção o material vegetal fragmentado é 
colocado na água (ou outro solvente) fria. Ao entrar em ebulição deverá permanecer na fonte de calor, 
durante certo tempo. 
8. Quais as vantagens e desvantagens da extração em aparelho de soxhlet em relação à extração sob 
refluxo? 
Vantagens: Extração mais exaustiva do material vegetal; maior concentração de substâncias químicas no 
extrato. Desvantagens: custo maior do processo; tempo de operação mais prolongado. 
9. Cite os métodos utilizados para elucidação estrutural. 
Ressonância magnética nuclear (RMN) de hidrogênio e carbono 13 (estabelecimento do esqueleto da 
molécula); Espectrometria de massas (massa molecular / caracterizar a presença bem como a 
localização de certos grupos funcionais e cadeias laterais); Espectroscopia no Ultravioleta (grupos 
funcionais e posição no esqueleto da molécula); Espectroscopia no Infravermelho (presença de 
insaturações, sistemas aromáticos e grupos funcionais específicos). Geralmente, é graças ao conjunto de 
dados espectrais que o pesquisador consegue elucidar completamente a estrutura de uma substância 
desconhecida. 
ED - Análise de drogas vegetais (métodos de análise) 
1. Como pode ser definida a “qualidade” para produtos farmacêuticos? 
Conjunto de critérios que caracterizam a matéria prima para o uso ao qual se destina através do 
estabelecimento de parâmetros de qualidade para a matéria-prima e do planejamento adequado e 
controle do processo de produção do medicamento: 
2. Como é determinada a segurança e a eficácia de um medicamento? 
 2
a) Antes de ser registrado: Segurança ���� é determinada por ensaios toxicológicos que comprovem a 
ausência de efeitos tóxicos. Deve ser verificada também a inexistência de contaminantes (metais 
pesados, agrotóxicos, microrganismos e seus produtos metabólicos, produtos de degradação, etc.). 
Eficácia ���� comprovação dos efeitos biológicos e terapêuticos preconizados através de ensaios 
farmacológicos pré-clínicos e clínicos. 
b) Depois de ser registrado: Segurança ���� deve ser verificada apenas a inexistência de contaminantes 
(metais pesados, agrotóxicos, microrganismos e seus produtos metabólicos, produtos de degradação, 
etc.). Eficácia ���� deve ser verificada a presença do princípio ativo ou marcador químico, e se estão na 
quantidade correta preconizada para fazer o efeito farmacológico. Os ensaios toxicológicos e 
farmacológicos neste caso já foram realizados, não sendo necessário repetir. 
3. Como a segurança e a eficácia se relacionam com a qualidade? 
Para se ter qualidade o produto necessita ser seguro e eficaz. 
4. O que é necessário para se garantir a uniformidade de diferentes lotes do produto final? 
Faz-se necessário um controle rigoroso de todas as etapas do processo. Definem-se critérios para 
análises químicas, físico-químicas e biológicas, empregando protocolos de análise permitindo o 
acompanhamento e a documentação de todos os procedimentos para o asseguramento e o 
gerenciamento da qualidade. 
5. Os parâmetros de qualidade para fins farmacêuticos são, em princípio, estabelecidos nas 
Farmacopéias e Códigos oficiais. Quais são os critérios observados? 
Critérios de identidade, de pureza e de teor. Esses parâmetros podem variar dependendo da procedência 
do material. Pode haver variações na composição química, na pureza e mesmo nas características 
fenotípicas. Sendo assim deve-se conhecer: a origem geográfica exata e as condições de cultivo; o 
estágio de desenvolvimento; os aspectos relacionados à colheita, secagem e armazenamento; 
tratamentos com agrotóxicos, descontaminantes e conservantes. 
6. Por que o estabelecimento de parâmetros quantitativos, no caso de matérias-primas vegetais, é 
significativamente mais complexo do que para matérias-primas sintéticas? 
É determinado o teor de um conjunto de substâncias, preferencialmente correlacionadas com a finalidade 
de uso. As matérias-primas sintéticas possuem apenas uma substância a ser dosada, freqüentemente 
sem interferentes. Em plantas, além do princípio ativo multicomponente existem diversas substâncias que 
podem interferir na análise. 
7. Quais análises a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda antes de se realizar a 
amostragem em um lote de matéria-prima? 
A OMS recomenda a inspeção individual de todas as embalagens, avaliando-se: condições do recipiente; 
uniformidade de conteúdo; dados que constam no recipiente ou rótulo; 
8. Quais os objetivos principais dos ensaios de qualidade de matérias-primas vegetais? 
Verificação da identidade botânica do material; pureza; caracterização dos constituintes químicos 
(especialmente aqueles envolvidos na atividade terapêutica); doseamento. 
9. O que é avaliado pelos parâmetros de identidade botânica? Explique. 
Verificação da autenticidade. É verificada em ensaios macro e microscópicos, bem como pela presença 
dos constituintes químicos ativos e/ou característicos da espécie. A análise de amostras pulverizadas 
exige o reconhecimento de estruturas microscópicas características e diferenciais, complementada com 
as análises químicas. Às vezes podem ser realizadas reações histoquímicas que permitem a identificação 
de certos grupos de constituintes químicos, auxiliares na identificação. 
10. O que é verificado para se avaliar a pureza da amostra? 
Elementos estranhos, constituintes químicos indesejáveis, teor de cinzas, teor de umidade, 
contaminantes microbiológicos, agrotóxicos ou pesticidas, metais pesados. 
11. Por que em alguns casos, durante os ensaios quantitativos, determina-se o teor de um conjunto de 
substâncias e emoutros casos determina-se o teor de apenas um constituinte específico? 
Em alguns casos não é possível se determinar qual é a substância exata responsável pelo efeito. Nesses 
casos o doseamento é realizado pelo conhecimento da classe química envolvida no efeito. É o caso dos 
marcadores.

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