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AULA 09 - Aula de Propriedades Morfológicas e Físicas

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1
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UFRPE
Professor: Edivan Rodrigues de Souza
Semestre: 2013.1
Turma: EA3
Propriedades morfológicas e físicas
2
DEFINIÇÃO
Refere-se à descrição de propriedades
detectadas pelos sentidos da visão e do tato
(manuseio).
Analogia: Descrição dos alunos: cor, estilo da roupa, cabelo,
perfume, cor da pele, etc.
IMPORTÂNCIA
Permitem inferências sobre a formação do solo e o
comportamento em relação ao uso agrícola (manejo)
3
Características morfológicas e físicas
1. Cor 7. Cimentação
2. Textura 8. Presença de sulfetos
3. Estrutura 9. Presença de manganês
4. Porosidade 10.Presença de carbonatos
5. Consistência 11. Eflorescências
6. Cerosidade 12. Nódulos e concreções
EXAME DE CAMPO X ANÁLISES DE LABORATÓRIO
4
REGISTRO E REDAÇÃO DAS DESCRIÇÕES
DESCRIÇÃO GERAL
- Rochosidade;
- Relevo local
- Relevo originário;
- Erosão;
- Drenagem; 
- Vegetação primária;
- Uso atual;
- Clima;
- Pedólogo responsável
- Perfil;
- Data;
- Classificação: SiBCS;
- Localização, município, estado 
e coordenadas;
- Situação, declive e cobertura -
vegetal sobre o perfil;
- Altitude;
- Litologia;
- Formação geológica;
- Material originário;
- Pedregosidade;
5
6
7
Características morfológicas e físicas
1. Cor 7. Cimentação
2. Textura 8. Presença de sulfetos
3. Estrutura 9. Presença de manganês
4. Porosidade 10.Presença de carbonatos
5. Consistência 11. Eflorescências
6. Cerosidade 12. Nódulos e concreções
EXAME DE CAMPO X ANÁLISES DE LABORATÓRIO
8
IMPORTÂNCIA DA COR
- A cor é considerada como uma das propriedades morfológicas
mais importantes;
- A cor auxilia na distinção das classes de solos (caráter ebânico),
na delimitação de horizontes nos perfis;
- Permite fazer deduções lógicas sobre os atributos físicos,
químicos, biológicos e reflete características mineralógicas básicas
que podem refletir a história biogeoquímica;
- Indica sobre a fertilidade, já que a cor fornece indicações sobre o
material de origem, conteúdo de matéria orgânica, condições de
drenagem e teores de óxidos de Fe e Al (fixação de P).
9
Os solos podem apresentar variadas cores; 
Encontram-se solos amarelos, vermelhos, acinzentados, brunos 
(pardos), até negros; 
Os componentes predominantes no solo são os responsáveis pela 
sua coloração 
Ricos em óxidos de Fe e Al
Variam do amarelo 
ao vermelho
São mais escurosSolos humíferos
Arenosos Ricos em quartzo Claros
10
Hematita Goethita
11
Hematita – Óxido de Ferro, α – Fe2O3
Responsável pela coloração vermelha dos solos,
devido seu alto poder pigmentante.
Goethita – Oxidróxido de Ferro, α – FeOOH
Responsável pela coloração amarela dos solos.
12
COMO DEFINIDOR DE CLASSE:
LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO
LATOSSOLO VERMELHO
LATOSSOLO AMARELO
ARGISSOLO AMARELO
ARGISSOLO VERMELHO
13
COMO SE DETERMINA A COR DO SOLO???
EXISTE UM PADRÃO???
14
Carta de Cores Munsell para Solos
15
Histórico
ROOD – O CRIADOR (1897):
Rood, O. N. Modern chromatics, with applications to art
and industry. D. Appleton and Company, New York 1897.
MUNSELL – A NOTAÇÃO (1923):
Munsell, A. H. . A Color Notation. Munsell Color Company,
Baltimore, MD. 1923.
MUNSELL SOIL COLOR CHARTS (1946)
16
Carta de Cores Munsell para Solos
COMPONENTES: MATIZ, VALOR E CROMA
MATIZ – pigmento (ver.; amar.; azul; verde e púrpura);
VALOR – tonalidade (preto a branco);
CROMA – intensidade (cores neutras e acinzentadas).
10
10
2,5
7,5
2,5
MATIZ - CORES PARA SOLOS
R
Y
YR
5
5
5
GY
G
BG
B
PB
P
RP
18
VALOR
branco
preto
8
0
4
6
2
10
VALUE – Valor
2 - 8
19
CROMA
CRHOMA – Croma
0 – 8
Pureza da 
Cor
20
Uso da Carta de Cores
21
Página do 
Matiz 10R
10R 6/3
22
Ao escrever a notação da cor Munsell, a ordem é:
Nome da cor em Português , matiz (número e
letras juntos), espaço, valor, barra diagonal,
croma.
10R 6/3
23
Para solos absolutamente acromáticos (cinza-
claro, branco ou preto) com zero de croma e
nenhum matiz, a letra N (“Neutral) substitui a
designação do matiz.
Ex:cor cinzenta com valor 5
N5/.
24
Determinação das cores no campo
A maioria dos critérios em que a cor é
decisória na classificação de um solo, ou de um
determinado horizonte diagnóstico, refere-se à
amostra ligeiramente umedecida.
Sua caracterização é feita em amostras seca
(torrão seco), seca triturada (torrões triturados),
úmida (torrão umedecido) e úmida amassada.
Iluminação;
25
Prática simples: mas surgem dificuldades
Pode-se usar a interpolação?
Deve-se evitar no valor e no croma. Pode-se
usar no matiz. Evite a divisão exata de dois
matizes consecutivos, como 8,75YR
26
Alguns horizontes podem estar mesclados
com mais de uma cor. Esse padrão recebe o
nome de mosqueado ou variegado
27
MOSQUEADO
O horizonte, muitas vezes, está marcado com manchas de outra(s) 
cor(es) recebendo o nome de mosqueado, devido:
Presença de material pouco intemperizado; 
Drenagem imperfeita; 
Acumulações de materiais orgânicos
28
Quando o horizonte tiver várias cores,
mas não houver predominância perceptível de
determinada cor constituindo fundo, ele será
descrito como apresentando coloração
variegada.
Ex: coloração variegada, composta de
vermelho (2,5YR 4/6, úmido), bruno (10YR 5/3,
úmido).
29
Em síntese, os cadernos ou cadernetas de cores para solos,
contêm comumente sete cartas ou cartões de cores,
correspondentes a sete notações de matiz, sendo cada uma
delas constituída de duas páginas, ambas contendo o
respectivo símbolo em sua parte superior.
Na página da direita constam os vários padrões de cores
pertinentes àquela notação de matiz, junto a perfurações em
forma de círculo, que têm o objetivo de facilitar a comparação
das amostras com os diversos padrões de cores. Na página da
esquerda, constam os códigos de notação de valor e croma
correspondentes a cada padrão de cor, junto ao nome da cor
em inglês.
30
10R 2,5YR
CROMA
V
A
L
O
R
MATIZES
31
TEXTURA DO SOLO
Definição
A textura do solo pode ser definida como
sendo a proporção relativa dos diferentes grupos de
partículas primárias nele existentes (Kiehl, 1979)
Sinônimos: Separados do solo, separados
mecânicos, separados físico-mecânicos, frações do
solo, partículas primárias, separados texturais,
partículas individuais
32
A TEXTURA DO SOLO constitui-se numa das
características físicas mais estáveis e representa a
distribuição quantitativa das frações sólidas
minerais (menores que 2 mm de diâmetro) quanto
ao tamanho. Areia, silte e argila são as três frações
texturais do solo que apresentam amplitudes de
tamanhos variáveis em função do Sistema de
Classificação adotado (Ferreira, 2010).
33
Frações 
Sistemas 
USDA INSS SBCS 
Diâmetro (mm) 
Areia Muito Grossa 2 - 1 - - 
AREIA GROSSA 1 - 0,5 2 - 0,2 2 - 0,2 
Areia Média 0,5 - 0,25 - - 
AREIA FINA 0,25 - 0,10 0,2 - 0,02 0,2 - 0,05 
Areia Muito Fina 0,10 - 0,05 - - 
SILTE 0,05 - 0,002 0,02 - 0,002 0,05 - 0,002 
ARGILA < 0,002 < 0,002 < 0,002 
 
Frações granulométricas definidas pelo Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA), Desenvolvido pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo (INSS) e
da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS). Ferreira, 2010.
34
Constituição Macroclástica
Para as frações com diâmetro superior a 2 mm
(frações grosseiras) presentes no solo, são adotadas
as seguintes denominações
Frações Grosseiras Diâmetro 
Cascalho 2 mm - < 2 cm 
Calhaus 2 cm -20 cm 
Matacões > 20 cm 
 
35
IMPORTÂNCIA DA DETERMINAÇÃO 
(INFERÊNCIAS)
PROPRIEDADES FÍSICAS
a) Porosidade;
b) retenção de água;
c) Infiltração;
d) condutividade hidráulica;
e) estrutura;
f) estabilidade de agregados
Propriedades Químicas
a) CTC;
b) Fertilidade
Mineralogia
a) Minerais primários;
b) Minerais secundários.Classificação do solo
a) Gradiente textural;
b) Relação S/A; GF
36
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO
TESTE DE CAMPO: Correlaciona a sensibilidade ao tato
com o tamanho e distribuição das partículas (aspereza -
AREIA, sedosidade - SILTE e pegajosidade - ARGILA)
LABORATÓRIO: DISPERSÃO [Mecânica (Rápida e
Lenta) e QUÍMICA]; Separação das Frações
(Peneiramento – partículas maiores que 50 µm =
0,05 mm; Sedimentação)
37
Dispersão da amostra do solo: É a separação de
partículas compostas, tais como agregados, em areia, silte e
argila
Dispersão química: Consiste no acréscimo de uma solução
constituída de um cátion de elevado raio iônico hidratado,
geralmente sódio, para possibilitar a substituição daqueles
presentes no complexo de troca catiônica, que favorecem
a floculação de argilas.
Influência do pH: Cargas variáveis (Com a elevação do
pH, determinados argilominerais e óxidos de Fe e Al
tendem a aumentar as cargas negativas e,
consequentemente, a dispersão da amostra.
38
Dispersão física ou mecânica: Consiste na agitação da
suspensão de solo, para contribuir à quebra dos
pequenos agregados.
AGITAÇÃO RÁPIDA: 12.000 rotações por minuto, durante 15
minutos;
Problemas envolvidos
AGITAÇÃO LENTA: 50 rotações por minuto, durante 16 horas;
39
AGITAÇÃO RÁPIDA: 5, 10 ou 15’  Agitadores tipo 
“coqueteleira”
Hélices promovem quebra  “NÃO É RECOMENDADA”
40
QUANTIFICAÇÃO DAS FRAÇÕES TEXTURAIS
POR PENEIRAMENTO: Para partículas superiores a 0,05 mm 
de diâmetro.
POR SEDIMENTAÇÃO: Para partículas inferiores a 0,05 mm 
de diâmetro.
Sedimentação: A velocidade de queda de um objeto é 
função da(o):
a) Viscosidade do meio,
b) Diferença de densidades entre o meio e o objeto,
c)Tamanho e a forma do objeto.
41
LEI DE STOKES (George Gabriel Stokes, 1851):
Refere-se à sedimentação de partículas esféricas
num meio viscoso
Vs é a velocidade de sedimentação das partículas; 
g é a aceleração da gravidade; 
ρp é a densidade das partículas; 
ρf é a densidade do fluido; 
t é o tempo de sedimentação;
d é o diâmetro das partículas
η Viscosidade
𝑉𝑠 = 
2
9
+ 
𝑟2𝑔 𝜌𝑃 − 𝜌𝐹 
𝜇
 η
𝑡 = 
18 𝜇 ℎ 
𝑔 𝜌𝑃 − 𝜌𝐹 𝑑2
 
η
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO
a) DENSÍMETRO = hidrômetro = Bouyoucos;
a) Pipeta
940 mL
Proveta
Hidrômetro = Densímetro 
0 g L-1
60 g L-1
- 5 g L-1
Rotina, com 2 leituras: 40 s (Suspensão Argila + Silte);
02:00 h (Suspensão Argila) 
OBS: Pode ser mais detalhada
Detalhes da Leitura 
Classes texturais 
(Combinações possíveis)
Fonte: Santos et al., 2005
30
15
55
ARGILA NATURAL OU DISPERSA EM ÁGUA
É determinada utilizando a água como
dispersante.
Índice de Dispersão e Índice de Floculação
O ÍNDICE DE DISPERSÃO (ID) é a proporção da
argila dispersa em água em relação à argila total. O
ÍNDICE DE FLOCULAÇÃO (IF), seu complemento,
representa a proporção de argila naturalmente
floculada em relação à argila total.
Cálculos:
ID = Argila dispersa/Argila Total
IF = 1 - ID
ESTRUTURA DO SOLO
Refere-se ao PADRÃO DE ARRANJAMENTO DAS
PARTÍCULAS PRIMÁRIAS DO SOLO (areia, silte e argila)
em unidades estruturais compostas chamadas
agregados, separadas entre si pelas superfícies de
fraqueza (Kiehl 1979; Brady 1989; Resende et al., 2002;
Santos et al., 2005)
DEFINIÇÃO
MACROESTRUTURA - A macroestrutura do solo, ou seja, a
estrutura descrita macroscopicamente no campo, é
caracterizada segundo suas formas (tipo de estrutura), grau
de desenvolvimento (grau de estrutura) e seu tamanho
(classe de estrutura).
IBGE, 2007
A FORMAÇÃO DOS AGREGADOS
São formados pela FLOCULAÇÃO das partículas do solo
e posterior CIMENTAÇÃO. Os fatores que interferem são:
tipo e teor de argila, carbonato de cálcio, óxidos e
hidróxidos de ferro, alumínio, exsudatos orgânicos de
plantas, substâncias orgânicas provenientes da ação de
microrganismos (Carvalho, 1991 & Maltoni, 1994
citados por Bastos et al, 2005).
AUSÊNCIA DE AGREGAÇÃO DAS PARTÍCULAS - O material se
apresenta em PARTÍCULAS INDIVIDUALIZADAS, sem coesão entre
si. Neste caso, a estrutura deve ser registrada como GRÃOS
SIMPLES. Esta situação é comum em horizontes ou camadas de
textura arenosa.
AUSÊNCIA DE AGREGAÇÃO DAS PARTÍCULAS - Há coesão entre
as partículas, mas elas se apresentam como uma massa contínua,
uniforme, sem que se consiga individualizar agregados naturais.
Neste caso, a estrutura deve ser registrada como MACIÇA.
(Exemplo: alguns horizontes coesos de solos dos tabuleiros,
alguns horizontes E, Bh ou Bhs).
PRESENÇA DE AGREGAÇÃO ENTRE AS PARTÍCULAS - se
arranjam em formatos específicos.
52
A classificação generalizada da estrutura do solo é a de
Nikiforoff
Tipos: Laminar, Prismática, Blocos, Granular
Tamanho: muito pequena, pequena, média, grande e
muito grande.
Grau: Sem unidades estruturais
Com unidades estruturais: Fraca, moderada e
forte;
LAMINAR - aquela onde as partículas do solo estão
arranjadas em torno de uma linha horizontal,
configurando lâminas de espessura variável, ou seja, as
dimensões horizontais são sempre maiores que as
verticais.
Exemplos: Regiões secas e frias com ocorrência de
congelamento; compactação (pisoteio,
motomecanização, implementos, etc.), comumente nos
horizontes superficiais ( A e E) e em alguns casos podem
ser herdados da rocha matriz, neste caso, são mais
comuns nos horizontes C de alguns solos.
PRISMÁTICA (Prismática e Colunar) - Estrutura onde
as partículas se arranjam em forma de prisma (com
faces e arestas), sendo sua distribuição
preferencialmente ao longo de um eixo vertical e os
limites laterais entre as unidades são relativamente
planos. Portanto, as dimensões verticais são maiores
que as horizontais.
Exemplos: São típicas de horizonte B, sendo
verificadas também no horizonte C. O subtipo colunar
é característico de solos com horizonte plânico sódico.
BLOCOS (poliédricas) - estrutura em que as
partículas estão arranjadas na forma de polígonos
mais ou menos regulares, ou seja, com tamanho
equivalente para as três dimensões. É bastante
difundida em solos e muito comum em horizontes B,
particularmente B dos tipos textural, plânico e nítico,
com textura argilosa. São reconhecidos dois
subtipos:
Blocos angulares - Tem as faces planas, formando 
arestas e ângulos aguçados.
Blocos Subangulares - Ocorre mistura de faces planas
e arredondadas, com poucas arestas e ângulos
suavizados.
GRANULAR - As partículas estão arranjadas em
torno de um ponto, formando agregados
arredondados, cujo contato entre as unidades não se
dá através de faces e sim de pontos. São também
reconhecidos dois subtipos: GRANULAR E GRUMOS,
que se diferenciam pela porosidade, sendo que os
grumos são mais porosos.
CUNEIFORME E PARALELEPIPÉDICA – estruturas
formadas por ação mecânica de cunhas (preenchimento
das fendas originadas pela expansão/contração de
argilas, por sedimentos) com presença de
SLICKENSIDES (superfícies de fricção) em algumas de
suas faces externas. Estritamente relacionadas a
VERTISSOLOS ou a solos com alta concentração de
argilas expansivas.
Cuneiforme – Estrutura com superfícies curvas
(elipsoidais) interligadas por ângulos agudos,
lembrando cunhas.
Paralelepipédica – Estrutura formada por superfícies
planas, interligadas por ângulos agudos lembrando
paralelepípedos.
IBGE, 
2007
Graus de estrutura - estão relacionados às condições
de coesão dentro e fora dos agregados (percentual de
agregação das partículas). Devem ser avaliados no
campo, observando-se conjuntamente a maior ou
menor facilidade de separação das unidades
estruturais através das superfícies de fraqueza:
Fraca, moderada e forte
Classes de estrutura - Definidas pelo seu tamanho, de 
acordo com os seguintes critérios:
Muito pequena, pequena, média, grande, muito grande 
e extremamente grande
IMPORTÂNCIA
- Menor densidade do solo e compactação;
- Maior porosidade;
- Maior capacidade de retenção de água;
- Melhora a infiltração de água;
- Favorece a troca gasosa entreo solo e a atmosfera;
- Menores restrições mecânicas ao desenvolvimento das raízes;
- Aumenta a atividade microbiana (ex. nitrificação)
62
DENSIDADE DO SOLO
A DENSIDADE DO SOLO (ρ=Ds: g cm-3, kg dm-3 ou Mg
m-3), no passado também denominada Densidade Aparente
e Densidade Global, representa a relação entre a massa de
solo seco em estufa (Ms, kg) e o seu respectivo volume total
(V, m3), ou seja, o volume de solo incluindo os espaços
ocupados pela ÁGUA (Va) e pelo AR (Var).
Ds =
Mss
V
 Volume total (Sólido, Líquido e Gasoso) 
Massa do Solo Seco em Estufa
63
- Estrutura;
- Textura;
- Teor de matéria orgânica;
- Uso e manejo do solo;
- Compactação x adensamento.
FATORES QUE INTERFEREM A Ds
64
IMPORTÂNCIA EM RELAÇÃO ÀS PLANTAS
- Germinação de sementes;
- Desenvolvimento radicular;
- Trocas gasosas;
- Permeabilidade, infiltração;
- Armazenamento de água;
- Práticas de conservação do solo e da água;
65
VARIAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS DA Ds
- Solos argilosos: 1,0 a 1,4 g cm-3
- Solos arenosos: 1,3 a 1,8 g cm-3
- Solos Orgânicos: 0,2 a 0,6 g cm-3
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO
-ANEL OU CILINDRO VOLUMÉTRICO; (textura média)
- PROVETA (Textura arenosa)
66
AMOSTRAGEM
Dependerá da agregação da amostra (areia) e do método a ser
usado (torrão impermeabilizado; do anel volúmetrico)
Amostras sem condições de formar agregados (arenosos) 
Nestes casos, e só nestes, usa-se o método da proveta 
ANEL OU CILINDRO VOLUMÉTRICO
- Introduz-se na camada de solo um cilindro com volume 
conhecido;
- A amostra de solo contida no cilindro é levada para secar em 
estufa a 105-110 ºC por 48 h;
- A Ds será obtida pela relação entre a massa do solo seco e o 
volume do cilindro.
h
Diâmetro
ATENÇÃO: No
Volume total estão
incluídos os volumes
da parte sólida,
líquida e gasosa
Exercício: Coletou-se uma amostra de solo com estrutura
indeformada de uma dada profundidade, por meio de
amostrador, num anel volumétrico de diâmetro 7,5 cm e altura
de 7,5 cm. Após a coleta, a amostra de solo não saturado foi
colocada numa estufa a 105 ºC e, após 24 horas, verificou-se
que a sua massa permaneceu constante e igual a 0,458 kg.
Qual o valor da densidade do solo?
70
DENSIDADE DE PARTÍCULAS
A DENSIDADE DE PARTÍCULAS ou Densidade dos
Sólidos (ρs, kg m-3), em textos antigos também denominada
Densidade Real, representa a relação entre a massa de solo
seco em estufa (ms, kg) e o seu respectivo volume de
sólidos ou partículas (Vs, m3).
É um ATRIBUTO FÍSICO MUITO ESTÁVEL, cuja
magnitude depende exclusivamente da composição das
partículas sólidas.
71
A Dp pode ser considerada também como a média
ponderada das massas específicas dos diversos
componentes da fração sólida do solo
Para os solos minerais comuns, a densidade dos
sólidos de uma amostra de solo é dada por:
Minerais, densidades e formas predominantes nas frações
texturais
MÉDIA: 2,65 g cm-3/ 2,65 kg dm-3 ou 2,65 Mg m-3
72
APLICAÇÕES
- Cálculo da Porosidade total do solo;
- Cálculo do tempo de sedimentação das partículas na 
análise textural;
- Separação de minerais leves e pesados, em estudos 
mineralógicos, envolvendo a fração grosseira.
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO
- Método do balão volumétrico;
MÉTODO DO BALÃO VOLUMÉTRICO
Materiais necessários
Balão volumétrico 
de 50 mL
Bureta
Álcool etílico;
Balança digital;
Estufa;
Procedimentos
- Pesa-se 20 g de TFSE (Terra Fina Seca em Estufa);
- Coloca-se, com ajuda de um funil, no balão 
volumétrico de 50 mL;
- Preenche a bureta graduada com álcool etílico;
50 mL
Balão Volumétrico
50 mL
42,5 mL
 20 g 
TFSE
Dp =
Mss
Vs
=
20 g
7,5 cm3 
= 2,67 g cm−3 
Exercício
Em um balão volumétrico de 50 mL foram
adicionados 18 g de uma amostra de solo em TFSE. O balão
teve seu volume completado com etanol, lentamente, via
bureta (50 mL), com movimentos circulares, para eliminação
do ar da amostra. Após “tomados” todos os cuidados para
aferir o menisco do balão, o volume de álcool gasto foi de
43,2 mL. Qual a densidade de partículas sólidas desta
amostra de solo ?
77
POROSIDADE
Refere-se ao volume do solo ocupado por ÁGUA e AR.
Depende principalmente da textura e da estrutura do
solo.
Deve ser avaliada no perfil “in situ” e será descrita
quanto ao tamanho e a quantidade dos poros.
Pode também ser CALCULADA.
Campo: utiliza uma lupa de aumento de 10x,
POROSIDADE CALCULADA: Depende dos dados de
DENSIDADE DO SOLO e DENSIDADE DE PARTÍCULAS
78
POROSIDADE
A porosidade de um solo pode ser definida como
sendo o VOLUME DE VAZIOS (POROS) ou ainda o
espaço do solo não ocupado pela “matriz” (conjuntos de
componentes orgânicos e inorgânicos).
Refere-se ao volume do solo ocupado por ÁGUA E
PELO AR. Depende principalmente da textura e da
estrutura do solo.
79
Tipos de Porosidade
Biológica
Textural
Estrutural
80
O TAMANHO DO PORO é definido como o diâmetro
da maior esfera inscrita no interior do espaço ocupado pelo
poro. Os poros do solo são classificados em termos de
diâmetro do poro
MACROPOROS: Poros com diâmetros maior que 100 μm. Sua
principal função É AERAÇÃO DA MATRIZ DO SOLO E CONDUÇÃO
DA ÁGUA DURANTE O PROCESSO DE INFILTRAÇÃO. Afetam,
portanto, a aeração e a drenagem.
MICROPOROS: Poros com diâmetro menor que 30 μm. São também
chamados poros capilares e atuam no ARMAZENAMENTO DA
ÁGUA. Nestes poros, a água se move, mas muito vagarosamente.
81
Classes de solos P (m
3
/m
3
) 
Arenosos 0,35 – 0,50 
Siltosos e francos 0,30 – 0,55 
Argilosos 0,40 – 0,65 
Orgânicos 0,60 – 0,80 
 
Intervalos de valores de porosidade total
encontrado na superfície dos solos cultivados
82
EXERCÍCIO
A densidade do solo de uma amostra de um solo de
mata foi de 1,35 g cm-3. O mesmo solo quando
cultivado apresentou uma densidade do solo de 1,45
g cm-3. Se a densidade de partícula em ambos os
casos foi de 2,70 g cm-3, qual a mudança na
porosidade total?
CONSISTÊNCIA DO SOLO
A consistência do solo refere-se às
MANIFESTAÇÕES DAS FORÇAS FÍSICAS DE COESÃO,
entre as partículas do solo, e de adesão, entre as
partículas e outros materiais.
Varia com o conteúdo de água, textura, matéria
orgânica, quantidade e natureza do material coloidal e o
tipo de cátion adsorvido (Reicherdt et al., 2010);
A consistência do solo QUANDO SECO é caracterizada
pela DUREZA OU TENACIDADE. Para avaliá-la, deve-se
selecionar um torrão seco e comprimi-lo entre o polegar e o
indicador. Assim, tem-se:
Determinação da consistência em
amostra seca. Fonte: IBGE, 2007
SOLTA - Não coerente entre o polegar e o indicador.
MACIA - Fracamente coerente e frágil, quebrando-se em material
pulverizado ou grãos individuais sob pressão muito leve.
LIGEIRAMENTE DURA - Fracamente resistente à pressão, sendo
facilmente quebrável entre o polegar e o indicador.
DURA - Moderadamente resistente à pressão. Pode ser quebrado
nas mãos, sem dificuldade, mas dificilmente quebrável entre o
indicador e o polegar.
MUITO DURA - Muito resistente à pressão. Somente com dificuldade
pode ser quebrado nas mãos. Não quebrável entre o indicador e o
polegar.
EXTREMAMENTE DURA - extremamente resistente à pressão. Não
pode ser quebrado com as mãos.
A consistência do solo quando ÚMIDO é caracterizada pela
friabilidade que é determinada num estado de umidade
aproximadamente intermediário entre SECO AO AR e a
CAPACIDADE DE CAMPO.
Para avaliação dessa consistência, deve-se selecionar e
tentar esboroar entre o polegar e o indicador uma amostra
(torrão) que esteja ligeiramente úmida, tendo-se:
SOLTA - não coerente.
MUITO FRIÁVEL - O material do solo esboroa-se com pressão muito leve, 
mas agrega-se por compressão posterior.
FRIÁVEL - O material do solo esboroa-se facilmente sob pressão fraca e
moderada entre o polegar e o indicador e agrega-se por compressão
posterior.
FIRME - O material do solo esboroa-se sob pressão moderada entre o 
indicador e o polegar, mas apresenta resistência distintamente perceptível.
MUITO FIRME - o material do solo esboroa-sesob forte pressão.
Dificilmente esmagável entre o indicador e o polegar.
EXTREMAMENTE FIRME - O material do solo somente se esboroa sob
pressão muito forte. Não pode ser esmagado entre o indicador e o polegar
e deve ser fragmentado pedaço por pedaço.
Consistência do solo QUANDO MOLHADO caracteriza a
plasticidade e pegajosidade e é determinada em amostra
pulverizada e homogeneizada, com conteúdo de água ligeiramente
acima ou na capacidade de campo, tendo-se:
a) PLASTICIDADE - É a propriedade que pode apresentar o
material do solo de mudar continuamente de forma, pela ação
da força aplicada, e de manter a forma imprimida, quando
cessa a ação da força.
b) PEGAJOSIDADE - É a propriedade que pode apresentar a
massa do solo de aderir a outros objetos. Para avaliação de
campo, a massa do solo quando molhada e homogeneizada é
comprimida entre o indicador e o polegar, e a aderência é
então observada.
Para determinação de campo da plasticidade, rola-se,
depois de amassado, o material do solo entre o indicador e o
polegar e observa-se se pode ser feito ou modelado um fio ou
cilindro fino de solo, com cerca de 4cm de comprimento, conforme
figura abaixo:
O grau de resistência à deformação é expresso da seguinte
forma:
NÃO PLÁSTICA - Nenhum fio ou cilindro fino se forma;
LIGEIRAMENTE PLÁSTICA - Forma-se um fio de 6mm de
diâmetro e não se forma um fio ou cilindro de 4mm;
PLÁSTICA - Forma-se um fio de 4mm de diâmetro e não se
forma um fio ou cilindro de 2mm e;
MUITO PLÁSTICA - Forma-se um fio de 2mm de diâmetro,
que suporta seu próprio peso.
NÃO PEGAJOSA - após cessar a pressão não se verifica,
praticamente, nenhuma aderência da massa ao polegar
e/ou indicador;
LIGEIRAMENTE PEGAJOSA - após cessar a pressão, o
material adere a ambos os dedos, mas desprende-se de um
deles perfeitamente. Não há apreciável esticamento ou
alongamento quando os dedos são afastados;
PEGAJOSA - após cessar a compressão, o material adere a
ambos os dedos e, quando estes são afastados, tende a
alongar-se um pouco e romper-se, ao invés de desprender-
se de qualquer um dos dedos; e
MUITO PEGAJOSA - após a compressão, o material adere
fortemente a ambos os dedos e alonga-se
perceptivelmente quando eles são afastados.

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