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aula_9_Troca ou Permuta e Doação

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DIREITO CIVIL III
Aula 9- Troca ou Permuta e Doação
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Conteúdo Programático desta aula
Compreender a disciplina jurídica da troca.
Compreender a disciplina do contrato de doação
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Contrato de Permuta ou Troca
É aquele pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas para uma compensação recíproca.
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São características do contrato de troca:
a) típico
b) não solene ou solene (na hipótese do art. 108, CC);
c) consensual;
d) comutativo;
e) bilateral;
f) oneroso.
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O Objeto do Contrato de Troca
A troca recairá sobre dois bens, devendo os sujeitos envolvidos ter capacidade para dispor.
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Disposições comuns à compra e venda e disposições peculiares
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações:
I- salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca;
II- é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante.
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O Contrato de Doação
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu
patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
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Natureza contratual da doação
O art. 538 do Código Civil de 2002 suprimiu a parte final do art. 1.165 do Código Civil de 1916, que ressaltava a necessidade de aceitação no próprio conceito do contrato de doação. Em razão de tal supressão, parte da doutrina entende que o aperfeiçoamento da doação se daria independente da aceitação do donatário, como Flávio Tartuce, para quem a aceitação está no plano de eficácia deste negócio jurídico [a doação] e não no plano da validade.
Entretanto, o posicionamento majoritário é o de que a doação, como contrato consensual que é, se forma a partir do consentimento de ambos os sujeitos, sendo, por isso, necessária a aceitação do donatário. O contrato de doação não se aperfeiçoará enquanto o beneficiário não manifestar sua intenção de aceitar a doação
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Espécies de aceitação: 
Expressa
Tácita
Presumida (art. 539, CC/02)
Ficta (art. 543, CC/02 – doação a absolutamente incapazes) doação feita a nascituro (art. 542, CC/02) e a da doação a entidade futura (art. 544, CC/02).
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Classificação:
a) consensual;
b) unilateral;
c) gratuito;
d) formal;(art. 541 CC)
e) típico
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Elementos da Doação:
A) Animus donandi (elemento subjetivo);
B) Transferência de bens e/ou vantagens do doador ao donatário;
C) Aceitação do donatário
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Pressupostos e requisitos:
Sendo contrato, a doação segue os mesmos requisitos de validade dos negócios jurídicos. É importante atentar para a aceitação ficta dos absolutamente incapazes (art. 539, CC) e para as legitimidades específicas
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Legitimidades Específicas da Doação:
Doação feita de ascendente a descendente
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
Doação entre cônjuges
É nula, se feita com relação aos bens da comunhão. Com relação aos bens excluídos da comunhão, aplica-se o disposto no art. 544, CC/02.
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Legitimidades Específicas da Doação:
Doação feita por pessoa adúltera ao seu cúmplice
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.
Hipótese de nulidade relativa.
Doação inoficiosa
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
Princípio da intangibilidade da legítima. A nulidade atinge apenas a parte inoficiosa.
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Legitimidades Específicas da Doação:
Doação da totalidade dos bens
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
A chamada doação universal (doação de todos os bens do doador sem reserva de patrimônio mínimo para sua subsistência) é nula. A invalidade desse ato apresenta duplo escopo: evitar a miséria do doador e garantir a satisfação dos credores do doador, evitando, assim, possível fraude contra credores. Possibilidade de reserva de usufruto, renda ou alimentos.
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Requisitos de Validade da Doação
Objeto
A doação pode ter por objeto coisas corpóreas ou incorpóreas, móveis ou imóveis, assim como universalidades de coisas. Pode ainda ser doado um direito real ou pessoal patrimonial.
A questão da doação de direitos futuros é vedada na maior parte dos sistemas legislativos. O Código Civil brasileiro silencia a respeito da matéria.
A doação pode ainda consistir em subvenção ou prestações periódicas (CC, 545).
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Requisitos de Validade da Doação
Consentimento.
Além da manifestação do animus donandi do doador, que deve ser clara e inequívoca (se houver dúvida, interpreta-se não ter havido doação), a formação do contrato de doação pressupõe a aceitação da oferta pelo donatário.
Enquanto não consumada a doação pela aceitação, o doador pode arrepender-se ou revogá-la.
A morte ou incapacidade do doador, antes que o donatário a aceite, resulta na extinção da obrigação.
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Requisitos de Validade da Doação
Forma.
O contrato de doação exige escritura pública ou instrumento particular (CC, 541).
Contudo, nos termos do parágrafo único do referido artigo, a doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
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Espécies e conteúdo:
Doação pura e simples 
Doação com encargo ou modal
Doação remuneratória – art. 540
Doação propter nuptias –art. 546
Doação com cláusula de reversão –art. 547
Doação conjuntiva – art. 551
Doação sob forma de subvenção periódica – art. 545
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A doação pode ser nula ou anulável.
Hipóteses de nulidade.
Será nula por incapacidade absoluta do doador, por ilicitude ou impossibilidade absoluta do objeto e por desobediência à forma prescrita em lei.
Além dessas hipóteses, comuns a todos os negócios jurídicos, é nula a doação de todos os bens sem reserva de usufrutos ou bens suficientes para a sobrevivência do doador (CC, 548). A proibição do referido artigo visa ainda tutelar os credores do doador, que com a doação de todos os seus bens teriam esvaziada a garantia patrimonial do devedor (CC, 158).
A doação que excede a metade dos bens do patrimônio do doador no momento do contrato também é considerada nula, se o doador tiver herdeiros considerados necessários (CC, 549).
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A doação pode ser nula ou anulável.
Hipóteses de anulabilidade.
É anulável a doação feita pelo cônjuge adúltero ao seu cúmplice (CC, 550). A ação anulatória é privativa do cônjuge, enquanto for vivo. Após a sua morte, seus herdeiros poderão propô-la.
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Revogação da Doação
A revogação só é possível na doação pura e simples. As doações puramente remuneratórias, as oneradas com encargo, as feitas em cumprimento de obrigação natural ou para determinado casamento não podem ser revogadas por ingratidão (CC, 564).
O direito de revogar a doação pura e simples é personalíssimo, não se transmitindo aos herdeiros do doador, nem prejudica os herdeiros do donatário (CC, 560).Embora o direito seja personalíssimo, nada impede a sucessão processual.
OBS: Caso de homicídio doloso – art. 561 CC
O direito de revogar a doação é irrenunciável.(art. 556 CC)
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Causas de Revogação da Doação
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo. 
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos casos do artigo anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do doador.
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Exercícios Semana 8
Caso concreto 01
Francisco doou ao seu sobrinho Luís imóvel residencial (doação pura), fazendo constar da escritura que abria mão do direito de revogar a doação por ingratidão. Posteriormente, Luís foi condenado por crime de difamação contra seu tio.
Pergunta-se:
a) é válida a cláusula de renúncia?
b) pode a doação ser revogada na hipótese?
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Questão objetiva 01
(Procurador do BACEN/2002) A doação de um bem feita por A a B, com o dever de este continuar a viver em companhia de uma pessoa doente, é considerada:
a) remuneratória.
b) condicional.
c) conjuntiva.
d) onerosa.
e) sob a forma de subvenção periódica.
Resposta: alternativa D.
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Questão objetiva 02
Marque a alternativa CORRETA:
a) A doação é contrato de forma livre.
b) O nascituro, por não ter personalidade jurídica, não pode receber doação.
c) A doação de ascendentes a descendentes importa em adiantamento da legítima.
d) A doação onerosa jamais poderá ser revogada.
e) Por implicar em restrição de direitos, a ingratidão que justifique a revogação da doação apenas poderá recair sobre o doador.
Resposta: alternativa C.
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Até a Próxima Aula!!!!
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