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SCP01_EXE_Questoes_Discursivas_Ciencias_Pires

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Autor: 
Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
Título: 
Questões Discursivas de 
Ciências Políticas 
Matéria: 
 
CIÊNCIAS 
POLÍTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios
 
Série 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assunto: 
 
Questões Discursivas de Ciências Políticas 
 
Matéria: Autor: 
 
Ciências Políticas Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 QUESTÕES DISCURSIVAS DE CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
 
1) O que é uma Constituição? 
 
Constituição pode ser conceituada como complexo de regras que dispõem sobre a 
organização do Estado, origem e organização dos Poderes, organização das liberdades 
públicas e competências estatais. 
 
Para José Afonso da Silva, Constituição é “um sistema de normas jurídicas, escritas ou 
costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de 
aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua 
ação1
Constituição advém do latim constitutione, que significa forma, constituir algo. Na 
acepção jurídica, significa formar o Estado, implementar a organização fundamental do 
Estado. A Constituição, por exemplo, estabelece as atribuições dos órgãos estatais. A 
Constituição é o corpo do Estado
”. 
 
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Para Lassale
. É a ordem fundamental do Estado. Determina a 
direção do Estado, a direção que a coletividade deve tomar. 
 
A Constituição é imperativa, é norma obrigatória. Organiza a competência dos órgãos 
estatais, disciplinando o poder. É norma fundante, pois institui o sistema jurídico. É, 
também, norma fundamental, pois todas as normas infraconstitucionais buscam apoio ou 
fundamento de validade nas normas constitucionais. Tem natureza normativa, apesar de 
parte da doutrina a considerar como pacto político ou de natureza meramente 
programática. Quando se afirma que Constituição é norma, está presente a 
obrigatoriedade e exigibilidade. Também está presente a atributividade (pode-se atribuir 
uma conduta a outrem; normas meramente políticas não têm atributividade). 
 
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1 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 22ª Ed., Editora Malheiros, 2003, págs. 37-38. 
2 TEMER, Michel. Elementos de Direito Constitucional apud SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito Processual 
Constitucional, 4ª Edição, São Paulo: Saraiva, 2010, p. 31. 
3 LASSALE, Ferdinand apud SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito Processual Constitucional, 4ª Edição, São Paulo: 
Saraiva, 2010, p. 27-28. 
 a Constituição não passaria de um pedaço de papel, uma vez que suas 
questões não seriam jurídicas, mas políticas. Se não se aproximarem os poderes reais, 
a Constituição não passa de um pedaço de papel. A força da Constituição estaria nas 
forças que regem a sociedade, nos fatores reais do poder. A Constituição só teria força 
se exprimisse fielmente os fatores que imperam na realidade social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assunto: 
 
Questões Discursivas de Ciências Políticas 
 
Matéria: Autor: 
 
Ciências Políticas Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Para que serve uma Constituição? 
 
A Constituição é regra fundante, pois institui o sistema de regras de uma sociedade, e 
fundamental, pois todas as outras normas nela buscam apoio. A Constituição serve para 
organizar o Estado. Precede o constitucionalismo. É uma ordem jurídica soberana. 
 
A Constituição serve para organizar o poder social. Organiza o governo eleito pelos 
governados. Constituição traduz os poderes reais do povo. A Constituição assume a 
função de propagar valores fundamentais da sociedade. Uma Constituição expressa as 
forças dominantes. É preciso que a Constituição espelhe os fatores sociais que vigem na 
realidade social. A Constituição está sempre condicionada pela história de seu tempo. 
 
Constituição serve para criar os fundamentos e normatizar os princípios que regem a 
sociedade, mormente os princípios que regem a política de Estado. Serve, outrossim, 
para regular o processo de solução de conflitos, levando em conta a história cambiante. 
A Constituição realiza a atividade estatal. 
 
 
 
3) Qual o fundamento de legitimidade da jurisdição constitucional? 
 
O fundamento de legitimidade da jurisdição constitucional é a proteção da própria 
Constituição, ou seja, a proteção da supremacia das normas constitucionais e, ainda, a 
proteção dos direitos fundamentais. 
 
É requisito para o controle de constitucionalidade a existência de uma Constituição 
rígida, com um escalonamento normativo. Ainda, deve-se atribuir a uma Corte 
Constitucional a palavra final sobre a constitucionalidade das normas. 
 
A defesa da Constituição reafirma a democracia. O povo deve ter sua vontade 
preservada, e tem direito a um processo legislativo hígido. 
 
 
 
4) O que pretende Hesse quando diz sobre o caráter incompleto e inacabado de 
uma Constituição? 
 
A Constituição somente regula aquilo que parece essencial e necessita de regulação. O 
caráter incompleto dá-se justamente porque uma situação pode não carecer de norma 
constitucional. O resto do ordenamento pode dar cabo de situações específicas. A 
Constituição não pode ser fechada, tem de ser um sistema aberto de normas e, por isso, 
passível de lacunas. 
 
A Constituição pode ter interesse em não submeter a suas normas determinado assunto. 
A “Constituição Econômica”, por exemplo, é eminentemente aberta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assunto: 
 
Questões Discursivas de Ciências Políticas 
 
Matéria: Autor: 
 
Ciências Políticas Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A Constituição pode ser incompleta e inacabada porque a política exterior ou a atividade 
dos partidos políticos, por exemplo, não são suscetíveis da regulação pormenorizada. 
Somente com dificuldade se regulamenta a política exterior ou os partidos políticos. A 
Constituição deixa aberta a liberdade de configuração. 
 
A Constituição é inacabada e incompleta, também, porque pretende normatizar a vida 
histórica, e esta é sujeita a variações intermináveis. A alterabilidade da vida faz com que 
a Constituição não possa regrar todas as hipóteses de casos reais. Somente através de 
reformas mais ou menos constantes o sistema constitucional pode pretender-se mais 
preciso. É impossível a solução das múltiplas situações históricas cambiantes. O 
conteúdo de uma Constituição deve permanecer aberto ao tempo. 
 
A Constituição, todavia, por ser aberta e não regular certas questões, não se dissolve. 
Antes disso, deixa aberto o que estabelece, vinculando a tudo e a todos quanto ao que 
não deve ser deixado em aberto. A Constituição tem um núcleo estável (bases do 
ordenamento jurídico – princípios diretivos). O núcleo estatal, por exemplo, não fica em 
aberto. 
 
As questões abertas que a Constituição deixa devem ser vistas como garantia 
constitucional de livre discussão e decisão. Quando a Constituição não intervém nas 
decisões políticas, ou dá apenas a direção para que possam ser tomadas, isto significa 
que deixou espaço para discussão, para forças políticas. A Constituição não quis se 
substituir à política, mas deixar em aberto a questão, para que a discussão fomente uma 
concretização das normas constitucionais e constante atualização do texto 
constitucional. 
 
 
 
5) Explique o mínimo irredutível de uma Constituição segundo Lowenstein. 
 
O mínimo irredutível consiste, em primeiro lugar, à diferenciação que a Constituição 
deve fazer entre as diversas tarefas estatais e sua designação a diferentes
órgãos, para 
se evitar a concentração de poder em um só único órgão estatal ou detentor do poder. 
 
Em segundo lugar, o mínimo irredutível se apresenta como um mecanismo de 
cooperação entre os diversos detentores do poder. O sistema de freios e contrapesos 
(checks and balances, da doutrina norte-americana) significa precisamente uma 
distribuição de poder e, portanto, uma limitação ao exercício do poder político. 
 
Em terceiro lugar, temos como mínimo irredutível de uma Constituição um sistema de 
bloqueios, para evitar que, na falta da cooperação aludida acima, um detentor de poder 
possa resolver um impasse por seus próprios meios, sozinho, de modo autocrático. A 
ideia por trás dos mecanismos de bloqueio é justamente o constitucionalismo 
democrático, ou seja, o árbitro supremo dos conflitos entre os detentores do poder é o 
povo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assunto: 
 
Questões Discursivas de Ciências Políticas 
 
Matéria: Autor: 
 
Ciências Políticas Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Em quarto lugar, verifica-se que o mínimo irredutível deve prever mecanismos de 
adaptação da Constituição às mudanças sociais e políticas que são constantes na 
sociedade. É o método de reforma da Constituição, que deve se fazer presente para se 
evitar a mudança pautada na ilegalidade, força ou revolução. 
 
Por fim, o mínimo irredutível revela-se com o reconhecimento dos direitos fundamentais 
e sua proteção. 
 
 
 
 
6) Explique a diferença estabelecida por Gomes Canotilho entre normas e 
princípios. 
 
Princípios e regras são espécies do gênero norma. Princípios possuem dimensão que 
não se encontra nas regras (pesos). Os princípios têm caráter qualitativo – são 
mandados de otimização cumpridos em vários graus, enquanto regras ou são cumpridas 
ou descumpridas. No conflito entre regras exclui-se uma do sistema – entre princípios 
(colisão), impõe-se a avaliação para aplicação de um sem exclusão de outro do sistema 
(faz-se a harmonização). Princípios. não têm caráter absoluto, encontrando-se num 
sistema de interação. 
 
Os princípios possuem grau de abstração não encontrado nas regras. Os princípios 
necessitam de mediações concretizadoras, isto é, para serem aplicados ao caso 
concreto necessitam de mediação do legislador e do juiz, por serem vagos e 
indeterminados. 
 
Os princípios são normas com caráter de fundamentalidade, ou seja, são normas de 
natureza estruturante, com posição hierárquica superior no sistema das fontes. Como 
exemplo de princípio com posição hierárquica superior no sistema das fontes temos os 
princípios constitucionais, e como exemplo de princípio estruturante temos o princípio do 
Estado Democrático de Direito. 
 
O princípio, diferentemente da regra, carrega a ideia de Direito. São standards 
juridicamente vinculantes baseados na exigência da justiça. Regra é meramente 
vinculativa, com conteúdo meramente funcional. Os princípios são, pois, fundamentos 
para as regras (natureza normogenética). São normas que estão na base ou constituem 
a ratio das regras jurídicas. 
 
Os princípios têm função retórico-argumentativa. Não são normas de conduta. Os 
princípios são normas de hermenêutica, e não meramente princípios jurídicos. Permitem, 
como normas de hermenêutica, que se obtenha a ratio legis de uma disposição, 
permitindo revelaram-se normas que não estão no enunciado legislativo, auxiliando os 
juízes e legisladores no desenvolvimento, integração e complementação do Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assunto: 
 
Questões Discursivas de Ciências Políticas 
 
Matéria: Autor: 
 
Ciências Políticas Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Regras impõem ou proíbem, princípios são normas jurídicas de otimização para 
concretização dos problemas. A convivência dos princípios é conflitual, a das regras é 
antinômica (princípios coexistem, regras excluem-se). Princípios permitem o 
balanceamento de valores e interesses (não obedecem à lógica das regras do “tudo ou 
nada”). Os princípios, pois, têm pesos que não se encontram nas regras. 
 
A Constituição é um sistema aberto de regras e princípios. As normas (regras e 
princípios) estão em constante adaptação em relação às nuances sociais. O sistema 
jurídico necessita tanto de princípios que encerrem valores como de regras. Os 
princípios, por estarem mais próximos dos valores, têm função, como dito acima, 
normogenética (são fundamentos das regras, têm idoneidade radiante que cimenta o 
sistema constitucional). 
 
Tanto as regras como os princípios necessitam de procedimentos e processos para 
serem ativamente operantes. Daí o caráter de sistema aberto do sistema constitucional: 
através de processos judiciais e procedimentos administrativos e legislativos ou até 
mesmo dos cidadãos, passa de uma law in the book para uma law in action – living 
constitution. 
 
Os princípios fornecem suporte para solução de problemas metódicos. Permite que o 
sistema respire, pois têm textura aberta. Legitimam o sistema na medida em que 
consagram valores (liberdade, democracia, dignidade) fundamentadores da ordem 
jurídica (possuem capacidade deontológica – moral – para justificarem-se). Princípios 
enraízam no sistema valores (sentido axiológico). 
 
 
 
7) Qual a função dos princípios constitucionais? 
 
Os princípios são diretrizes imprescindíveis à configuração do Estado e modo de 
aplicação das normas. Os princípios iluminam o caminho a ser tomado pelo legislador e 
aplicador do Direito. Os princípios refletem o valor abrigado no ordenamento jurídico, e 
espraia a ideologia do constituinte originário. Visam potencializar os fins da sociedade. 
 
Os princípios constitucionais são mandados de otimização, ajudando na concretização 
das normas constitucionais. O melhor conceito de princípio da doutrina nacional, que 
traduz, também, sua função e finalidade, é o de Celso Antônio Bandeira de Mello. Ei-lo: 
“Princípio é o mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição 
fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e 
servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a 
lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá 
sentido harmônico4
 
4 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 13ª Ed., Editora Malheiros, 2001, págs. 771-
772. 
”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assunto: 
 
Questões Discursivas de Ciências Políticas 
 
Matéria: Autor: 
 
Ciências Políticas Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os princípios constitucionais têm a função de serem premissas, “verdades primeiras” 
para a aplicação do direito infraconstitucional. Princípios possuem hierarquia superior, 
mas caráter programático. Os princípios exprimem os anseios da sociedade. Os 
princípios constitucionais servem de vetor para o intérprete do Direito. (função 
orientadora). Por serem dialógicos e abertos (captam as mudanças da realidade), 
permitem ao hermeneuta a adaptação do Direito em uma determinada época a 
determinado caso concreto. 
 
 
 
8) Qual o fundamento de validade de uma Constituição? 
 
O fundamento de validade de uma Constituição é o corpo social. O corpo social é quem 
organiza o poder, por meio de normas superiores às demais, escritas ou não escritas. O 
estabelecimento dos governos pelos governados é o que dá suporte à Constituição. 
 
Os fatores reais do poder dão fundamento à Constituição. Os valores fundamentais de 
uma sociedade são, igualmente, o fundamento de validade da norma suprema. 
 
A Constituição pode ser a soma dos poderes que regem um país (sentido sociológico), a 
soma de regras instituídas (sentido jurídico), uma decorrência
das forças políticas 
existentes (sentido político), e assim por diante. Mas o primeiro fundamento de validade 
é, sem dúvida, a vontade do povo (Poder Constituinte). 
 
A respeito da questão, Canotilho5
 
5 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 6ª Edição. Coimbra: Livraria Almedina, 1993, p. 112 apud 
FREITAS, Daniel Dottes de; SALDANHA, Luciana Blazejuk, A Efetivação da Cidadania através de Políticas Públicas 
Urbanas – O IPTU Progressivo previsto no Estatuto da Cidade: Um Esforço Jurídico para desenvolver o Espaço 
Urbano, <
 assevera: 
 
“O problema do fundamento de validade de uma constituição 
(=problema de legitimidade) tem sido prevalentemente respondido 
com base numa teoria dos valores: todo o direito é, na sua 
essência, a realização de certos princípios de valor; baseia-se num 
conjunto de valores fundamentais, residindo a 'medida' destes 
valores na consciência jurídica de uma comunidade juridicamente 
regulada (Triepel). O princípio objectivo fundamental da 
consciência jurídica seria, nesta perspectiva, a 'idéia de direito'. 
Esta teoria da legitimidade chama-se, desde a época de Weimar, 
teoria científico-espiritual da legitimidade porque: 
 
(a) o direito constitucional significa a positivação de uma 
legitimidade valorativo-espiritual (Smend); 
http://www.conpedi.org/manaus/arquivos/anais/salvador/daniel_dottes_de_freitas-1.pdf>, acesso em 
22.05.10, 18:22h. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assunto: 
 
Questões Discursivas de Ciências Políticas 
 
Matéria: Autor: 
 
Ciências Políticas Prof. Antonio Fernando Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(b) diferentemente do formalismo jurídico (típico de dogmática 
civilista) e do 'positivismo do poder' (na sua orientação histórico-
sociológica), ela considera que só a validade intrínseca, isto é, o 
conteúdo de valor ideal corporizado na constituição, merecedor do 
reconhecimento e convicção por parte da coletividade, pode 
constituir o critério válido de legitimidade constitucional. Trata-se 
de um critério de legitimidade material, pois: 
(1) contra o positivismo jurídico, intrinsecamente vazio ou 
valorativamente neutral, e 
(2) contra o realismo do poder (para quem o direito vale apenas 
como um sistema de legalidade funcionalística ou como simples 
expressão das relações de força reais), esta teoria insiste na ideia 
de que só o reconhecimento da validade jurídica do texto 
constitucional assente na livre convicção da coletividade sobre a 
sua consonância com os valores jurídicos, pode legitimar, no plano 
material, qualquer constituição”.

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