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RESUMO PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO

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Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 01
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
Comportamento: qualquer resposta observável ou mensurável de um pessoa ou animal.
Limitações ao estudo do comportamento:
1) A influência do observador: modificação do comportamento ao serem observados.
2) Capacidade do observador de perceber e discriminar o que possa ser relevante: limitações 
fisiológicas e conteúdos psíquicos.
3) Grau de auto-conhecimento do observador.
Psicologia aplicada ao direito:
- Estudo do comportamento
- Ampliar a percepção a respeito dos fatores que levam as pessoas a se comportarem de 
maneira como a fazem.
- Compreender ações passadas e antecipar reações futuras.
- Facilitar relacionamento com o cliente e colegas de trabalho.
O advogado no contexto interpessoal 
Sugestões de habilidades pessoais e interpessoais que sempre podem ser aperfeiçoadas, incluindo 
visões abrangentes de liderança e de trabalho em equipe.
AUTOCONHECIMENTO: completa o conjunto de habilidades do profissional advogado. Revela 
potenciais ocultos, virtudes e defeitos e características de personalidade merecedores de aperfeiçoamento. 
O caminho para o autoconhecimento é sair de si para observar-se, tomando por empréstimo os olhos e os 
ouvidos dos outros. A emoção constitui matéria-prima essencial para este progresso em direção ao próprio 
ser.
HABILIDADES PESSOAIS E INTERPESOAIS: uma habilidade é um conhecimento colocado em 
prática. O conhecimento somente se frutifica quando se manifesta.
Destaca-se a habilidade de observar, percebendo as mensagens não verbais e comportamentos dos 
clientes. Sendo o bom observador, uma pessoa paciente, que busca os detalhes, usa a descrição, respeita a 
privacidade e persegue a neutralidade.
Habilidade para escutar, habilidade para falar, falando com precisão, clareza, concisão e correção.
Envolvimento, fazendo parte da situação que cerca o problema que o outro apresenta, opinando 
sobre os conteúdos trazidos por ele, utilizando o seu vocabulário, frequentando o seu ambiente.
Compreensão, com disposição para aceitar as informações do cliente, sem preconceitos e juízos de 
valor.
Congruência, desempenhando o papel de modelo para o cliente, tendo como principal mecanismo a 
sua disposição dar e receber o feedback (processo que ajuda para mudanças de comportamento; é comuni-
cação a uma pessoa, ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação esta afetan-
do outras pessoas), ficando atento para os seguintes mecanismos de defesa que possam inconscientemente 
difulcatar a recepção do feedback: 
- A) Descrição: descrever o fenômeno observando o que esta ocorrendo e o que esta 
sendo percebido pelos orgão sensoriais
- B) Explicações: Levantam hipóteses - relação causa e efeito
- C) Predição: Prever a ocorrência do fenômeno
- D) Mediação e controle do comportamento 
Características do linguagem científica:
- Objetividade = comprovar
- Clareza e exatidão
- Afirmatividade
- Diretividade
- Brevidade
- Fidedignidade
o que
como
onde
quanto
qual
quando
inferir o motivo:
porque?
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 02
- Isolamento (a pessoa para de ouvir e isola-se ao seu mundo interior), negação da realidade; 
racionalização, deslocamento e distração.
Habilidade para orientar, ou seja, identificar o que deve ser comunicado, promover a comunicação, 
fazendo-a no momento adequado; diagnosticar o motivo para a orientação e escolher o local para fazer esta 
orientação.
ERROS COMPORTAMENTAIS: Todos os esforços para estabelecer uma verdadeira relação com o 
cliente podem sofrer comprometimento com atitudes como, realizar atividades paralelas enquanto atende o 
cliente; permitir interrupções, falta de interesse, preocupar-se mais em julgar do que em escutar, transferir o 
atendimento à outra pessoa, entre outros.
LIDERANÇA: é a capacidade de exercer influência sobre pessoas, porém existe uma diferença entre 
poder e liderança, sendo que o poder pode derivar de dois tipos de fonte:
- as externas que encontram-se na riqueza, a posse de bens, a posição e a hierarquia.
- a perícia, competência interpessoal e características de personalidade representando exemplos de 
fontes de poder internas ao indivíduo.
NASCIMENTO DA LIDERANÇA: um líder não nasce pronto, elementos tipicamente emocionais 
dominam largamente a relação de liderança. Líderes irradiam energia psíquica, colocam as pessoas em 
ação. O primeiro passo para ser um bom líder é ser um bom liderado.
ATRIBUTOS DOS LÍDERES: habilidades para construir e transmitir visão; demonstrar a visão de 
exemplo; disposição para ouvir; sintonia de linguagem; sintonia de pensamento; visibilidade; disposição para 
perseverar em momentos difíceis; convicção e auto confiança.
TRABALHO EM EQUIPE: nossa realidade contemporânea exige dos profissionais que se atue em 
equipe. Equipe é um conjunto de pessoas com um senso de identidade, manifesto em comportamentos 
desenvolvidos e mantidos para o bem comum, em busca de resultados de interesse comum.
VANTAGENS DO TRABALHO EM EQUIPE: Melhor tratamento das informações; redução de 
ansiedade nas situações de incerteza; maior geração de idéias; maior probabilidade de se evitar erros, maior 
aceitação de diferenças individuais; melhor aproveitamento das individualidades e maior chance de sucesso.
ASPECTOS NEGATIVOS DO TRABALHO EM EQUIPE: uso das informações como mecanismo de 
defesa; inibição do exercício da perícia; redução excessiva da supervisão; radicalização em torno das 
decisões tomadas; comprometimento do profissionalismo e redução da ousadia em tomadas de decisões.
PAPEL EMOCIONAL DA EQUIPE: Equipes facilitam a satisfação de necessidades afetivas de auto 
realização. Elas constituem um espaço psicológico para compartilhar emoções, podendo apresentar 
autênticos mecanismos de defesa coletivos inconscientes como, racionalização, identificação e negação da 
realidade. 
CAUSAS DO BOM OU MAU FUNCIONAMENTO: «A equipe certa não garante a produtividade, mas a 
errada a destrói», Vários fatores influenciam na eficiência ou eficácia de uma equipe, entre eles: Escolha dos 
integrantes; reduzido vinculo emocional; falta de metas comuns; excesso de trabalho; falta de direção; 
quantidade de pessoas; formalismo excessivo; qualificação das pessoas; condições ambientais e cultura da 
competição.
2
FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES (A SÍNDROME DE PIRANDELO)
EMISSOR RECEPTOR
Exemplo dado em sala de aula:
quem emite quem recebe
nem sempre as informações que são emitidas
são recebidas da forma adequada
------------------------
MEMÓRIA AUDITIVA
o emissor pode ter
problemas na dicção na
leitura etc.
pode receber as
informações distorcidas
PERCEPÇÃO SOCIAL: ‘O todo sempre vai ser maior que a soma de todas as partes’.
(gestact)
Sensações: - auditiva
- visual
- cinestésica
batimento cardíaco, sudorose
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 032
recebe-se tudo isso de informação recepção
armazenamento
evocação
a)
b)
informação que se perdeu
preenche o espaço das informações
que se perderam, com confabulações que
não é o mesmo que mentira
acaba-se entendo isso
c)
confabulação confabulação
É estabelecido neste estudo (as funções mentais superiores), um visão sistêmica dos fenômenos 
mentais que concorrem para formas as imagens das quais o cérebro se vale para compor os conteúdos com 
os quais o psiquismo trabalha.
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO:
Sensação e percepção constituem um processo contínuo, que se inicia com a percepção do estímulo 
(interno ou externo ao corpo) até a interpretação da informação pelo cérebro, valendo-se de conteúdos nele 
armazenados. As informações do mundo exterior ou do estadodo organismo chegam ao cérebro, permitindo 
a composição de uma imagem mental que corresponda à estas informações, em seguida, a percepção realiza 
a interpretação desta imagem mental criada pela sensação.
As sensações são diretamente afetadas pela emoção, principalmente em situações de conflito, onde 
se percebe uma sensibilidade à luz, ruídos, calor e movimentos dos opositores. Pode-se ocorrer danos na 
recepção de estímulos e em algumas pessoas com raiva um som ou um esboço de sorriso pode ser o 
suficiente para o início de uma agressão física.
Cada pessoa tem uma maneira de reagir aos vários tipos de estímulos, alguns percebem melhor as 
cores, outras gestos, outras palavras e assim por diante, e isto se acaba por afetar a percepção.
Em relação à percepção podemos destacar dois fenômenos que interessam à psicologia jurídica: a 
relação figura-e-fundo (o cérebro dá prioridade ao que ocupa o lugar de figura) e a ilusão. Neste último, muitas 
vezes somos enganados pelo nosso próprio cérebro , criando ilusões que temos como verdadeira.
Em um conflito, pessoas podem ter percepções diferentes à respeito de um mesmo fato.
ATENÇÃO:
A atenção faz com que selecionemos alguns estímulos e descartemos outros, tudo influenciando pela 
emoção ou pela experiência, interesses ou até mesmo pela necessidade do momento.
A emoção pode ativar a atenção, desencadeando variados sentimentos como amor ou ódio, além 
disso tudo o que modifica a situação chama a atenção, como um som mais alto ou um movimento diferente.
A falta de atenção também deve ser observada, em julgamentos testemunhas acabam por esquecer 
fatos importantes, isto pode ocorrer por mecanismos inconscientes de defesa.
A atenção e a memória estão interligadas, possuindo confiabilidade duvidosa.
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 042
MEMÓRIA
A memória é a faculdade de reproduzir conteúdos inconscientes, são informações recebidas pelos 
sentidos e que acabam por despertar a atenção.
Podemos ao prestar atenção em algo, recuperar essas informações, sendo que a emoção intervém de 
modo determinante, podemos reconhecer de imediato uma música que marcou nossa vida e esquecer algo 
que nos foi doloroso. Porém para algumas pessoas fatos marcantes como um acidente ou estupro, mesmo 
que doloroso pode deixar seqüelas inesquecíveis.
Uma lembrança mesmo que bem viva em nossa memória pode não ser real, ou seja, pode nunca ter 
acontecido. Essas lembranças que não fazem parte do que realmente aconteceu pode ser por exemplo uma 
recordação de uma alucinação.
Destacamos a teoria de que todo o conteúdo codificado e armazenado na memória ali permanece 
indefinidamente, porém não é assegurado a recuperação destes conteúdos.
LINGUAGEM E PENSAMENTO
Somos inseridos na sociedade pelo aprendizado de uma linguagem, pela qual iremos interagir com os 
outros. A linguagem condiciona o registro dos acontecimentos na memória, sendo que as práticas, as 
percepções e os conhecimentos transformam-se quando são falados.
Desenvolvemos a capacidade de pensar desde o nascimento, isto acontece por estágios, cada um 
deles apoiado no anterior. Começando pelo estágio sensório-motor que vai até o segundo ano de vida, depois 
temos o pré-operacional (dos 3 aos 6 anos) , a aquisição da linguagem, e entre o sétimo e o décimo ano de 
vida o estágio operatório-concreto, dominando a estrutura lógica e perdendo a confiança cega no sensorial.
As limitações impostas pelo pensamento e pela emoção dão inicio aos conflitos que se cronificam pela 
impossibilidade dos litigantes lidarem com as mudanças. Podemos encontrar limitações do pensamento que 
obedece à esquemas mentais já estabelecidos. Isso pode dificultar ou até impossibilitar a resolução de 
alguns problemas.
Já na linguagem influencia no que e como se pensa, coisas que não damos importância em condições 
habituais pode ser o estopim ou acentuar um conflito.
EMOÇÃO
Existem as emoções básicas, como felicidade, surpresa, raiva, tristeza e repugnância , e emoções 
sociais, como simpatia, compaixão, admiração, espanto, indignação, desprezo, orgulho, entre outros.
As emoções podem ser positivas, relacionadas ou prazer ou negativas relacionadas com a dor. A 
emoção modifica a sensação e a percepção, pode provocar o fenômeno da predisposição perceptiva, onde 
uma testemunha tem convicção de que viu o que realmente não aconteceu.
Existe também um efeito da emoção sobre a memória, inibindo-a ou ampliando-a . A emoção também 
pode provocar sofrimentos psicológicos que produzem distorções cognitivas, onde o pensamento mostra-se 
impreciso, confuso e incorreto.
Emoções negativas empobrecem a percepção e emoção positiva predispõe a pessoa para enfrentar 
novos desafio.
As emoções podem se manifestar através do medo, raiva, paixão, inveja, alegria e até mesmo pela 
explosão emocional, comparado à um combustível que o corpo acumula e que pode chegar a explosão caso 
não encontre uma forma de consumi-lo.
PERSPECTIVAS TEÓRICAS (a eterna busca da realidade)
Teoria psicanalítica e o desenvolvimento da personalidade (conteúdo em sala de aula)
subconsciente 
consciente 
inconsciente 
I.D
resistência
Consciente e inconsciente
dois processos psíquicos
paralelos.
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 052
- O inconsciente determina as ações do sujeito, sem que este o perceba.
- Abandono do método catártico e da hipnose - método sugestivo.
RESISTÊNCIA E REPRESSÃO:
- Resistência: força que mantém o evento traumático inconsciente, protegendo-o da dor e do sofrimen-
to que seriam trazidos junto com o seu conhecimento.
- Repressão: força que se mobiliza para que o id não seja ferido.
ID - Reservatório de energia
Nível dos instintos, princípios do prazer, funcionamento pelos processos primários.
EGO - Serve de intermediário entre o desejo e a realidade ( o Eu do não EU)
Dá o juízo da realidade.
SUPER EGO - Instância necessária ao grupo.
Responsável pela estruturação interna, dos valores morais.
Ao que é moralmente proibido. O que é valorizado e deve ser buscado.
ESTRUTURA DINÂMICA DA PERSONALIDADE
COMPLEXO DE ÉDIPO
DESENVOLVIMENTO PSICOSOCIAL
0 à 1 ano = ORAL (leva tudo à boca)
1 à 3 anos = ANAL (intestino) vai aprender a prender e soltar o intestino
3 à 6/7 anos = Filho homem quer a mãe só para ele e quer eliminar o pai (complexo de Édipo)
7 à 12 anos = LATENTE ocorre a tendência de juntar-se em grupo do mesmo sexo
ID
A parte mais primitiva e menos acessível da personalidade constituída de conteúdos 
inconscientes, inatos ou adquiridos, que buscam a contínua gratificação. O id não tolera acúmulo de 
energia psíquica. Quando acontecem, o id procura voltar ao estado de normalidade. É o principio do 
prazer.
EGO
Responsável pelo contato do psiquismo com a realidade externa, contém elementos 
conscientes e inconscientes. Ele atua, pois, sob o princípio da realidade, por meio do pensamento 
realista. O ego não existe sem o id e o super ego.
SUPER EGO
Atua como um censor do ego. Tem a função de formar os ideais, a auto observação etc. 
Constitui a força moral da personalidade; representa o ideal, mais do que o real, busca a perfeição 
mais do que o prazer.
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 062
situações envolvendo testemunhas, e para tanto devem estar preparados tomando cuidados, descritos aqui.
Sabemos que o testemunho de uma pessoa sobre um acontecimento, vai depender muito de como ela 
percebeu o fato, de como esse fato foi armazenado em sua memória e posteriormente de como essa memória 
foi evocada, seguido por último de como esse fato é expressado pela testemunha.
Existem fatores capazes de influenciar o modo de percepção de um determinado acontecimento, uma 
testemunha que se encontreem um caso no qual estejamos trabalhando, poderá ser uma peça fundamental 
para obtermos êxito no que buscamos, porém poderá a testemunha estar acreditando que algo realmente 
ocorreu pelo simples desejo positivo ou negativo de que este algo ocorra, ou até mesmo, poderá a testemunha 
estar efetuando a sua percepção mais de acordo com a lembrança de como era do que com o conhecimento 
de como é, tudo dependerá muito do modo da percepção dos fatos.
É importante termos consciência de que existem fatores que prejudicam o processo evocador (a 
reprodução voluntária interna de acontecimentos), principalmente aquelas ligadas as tendências afetivas, ou 
seja, um brusco abalo moral que pode ocasionar uma ‘amnésia emocional’, fazendo com que a testemunha 
não consiga lembrar-se de situações desencadeadas por um choque psíquico.
Em um interrogatório judicial, devido a situação em si, faz com que esta amnésia emocional, se 
apresente não só no autor mas também na testemunha, por isso é errado que o aplicador do direito, em um 
interrogatório force por meio de ameaças a lembrança que poderá realmente não existir naquela situação.
Quanto mais se é forçado a lembrar de algo mais difícil será lembrar, e aí teremos testemunhos impre-
cisos e deformados.
Mesmo que a testemunha, lembre-se com nitidez de todo o ocorrido, ainda sim é importante observar 
se a testemunha tem condições de dar uma expressão exata de suas evidências ou impressões de experiên-
cias, porém não é interessante que se intervenha sob esta pessoa a fim de ajuda-la nessa tarefa, o melhor é 
que ela descreva em sua própria iniciativa.
É preciso que estejamos apto com as normas que devem ser seguidas para obtermos depoimentos 
‘puros’, ou seja, não deformados pelos próprios que tem interesse de obter a verdade, além do que existem 
diferenças entre testemunho por relato espontâneo e o obtido por interrogatório, sendo que neste último, as 
testemunhas tendem a fornecer dados mais concretos, porém menos exatos.
Existem também meios de obter a máxima sinceridade nas repostas, além de processos para se 
comprovar o grau de sinceridade das respostas nos interrogatórios. Existe o método clássico de interrogatório 
(método centrifugo) a partir da ação delituosa remontando-se aos antecedentes, e o método centrípeto, 
pedindo sempre o testemunho a partir da periferia do complexo ambiental delituoso.
É certo que a inexatidão nos testemunhos são uma constante, e suas causas mais freqüentes são o 
hábito em primeiro lugar, a sugestão em segundo, em terceiro a confusão no tempo ou transpiração 
cronológica, em quarto lugar a tendência afetiva onde a testemunha senti simpatia ou antipatia não só pelas 
pessoas, mas para tudo o que existe, portanto tudo o que lembramos sofre influência afetiva.
O tipo de personalidade também influencia o testemunho, podemos, por exemplo, afirmar que quanto 
maior for o grau de extroversão de um indivíduo mais fácil será obter um testemunho, porém haverá uma 
maior probabilidade de este testemunho não seja constante, e ao contrário, um indivíduo introvertido dará 
menos declarações, porém mais constantes.
Acredita-se na necessidade de um uma avaliação prévia da capacidade de testemunha, a grande 
pergunta que se faz é como esta avaliação poderia ser determinada.
Defende-se que esta avaliação poderia ser efetuada de acordo com cada caso, dependendo do grau 
de importância das declarações que irão ser tomadas, a idade das testemunhas, etc, além de um exame para 
se verificar a capacidade de testemunho.
Porém o exame psicotécnico nos proporciona os dados mais interessantes, seno que podemos dividir 
em várias partes, a primeira delas é a capacidade de testemunhar, pode ser avaliada por meio de provas ou 
reativos especiais.
A prova testemunhas é hoje uma das mais seguras, e pode ser em um processo o fator principal para 
que se chegue à uma conclusão a respeito do caso, por isso é de extrema importância que o operador do 
direito tenha os cuidados necessários e o preparo para lidar com a testemunha, procurando obter desta um 
relato o mais próximo possível da realidade.
 Os operadores de direito, seja advogado, juiz, procurador, promotor, entre outros, irão enfrentar 
Cuidados que o operado do direito devem ter em relação à testemunha
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 072
AUTO ESTIMA E SÍNDROME BURNOUT EM ACADÊMICOS DE DIREITO
Conteúdo dado em sala de aula.
tensão que causa uma ruptura no equilíbrio do organismo.
ESTRESSE
evento estressor primário:
relacionados com a sobrevivência (falta de água no organismo, fome, calor, etc)
evento estressor secundário:
trânsito, expectativas em relação à algo, etc.
LEI DA FADIGA DO REFLEXO = PERMITE A ADAPTAÇÃO
Atividades prazerosas liberam noradrenalina e atividades estressantes liberam adrenalina
quando o estímulo não produz mais uma resposta.
vai além do estress, resposta a um estado prolongado de estresse. 
ocorre pela cronoficação deste, quando os métodos de enfrentamento 
falharam ou foram insuficientes; esta relacionado com o mundo do 
trabalho e com o tipo de atividades laborais.
BURNOUT
Exaustão emocional = sensação de ter chegado ao limite das possibilidades.
Despersonalizaçã = cinismo / ironia / indiferença
Reduzida Realização Profissional = baixa eficiência no trabalho
Burn-out é aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia, ou seja, uma metáfora para 
significar aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite e, por falta de energia, não tem mais condições de 
desempenho físico ou mental.
Porém existem diversas denominações para este mesmo fenômeno, alguns utilizam o termo Estresse 
Laboral, para assinalar que não se trata de uma síndrome específica, mas um tipo de estresse que se dá no 
contexto do trabalho; também há os que conhecem como Estresse Ocupacional, denominação esta que tem 
sido empregado para salientar que não seria propriamente o trabalho ou a profissão os responsáveis pelos 
transtornos percebidos, mas o tipo de atividade desempenhada; também encontramos a expressão Síndrome 
de Esgotamento Profissional, advertindo que o esgotamento é apenas um dos fatores da síndrome, na 
medida em que não considera a magnitude social desta; porém no geral o desconhecimento sobre a síndro-
me ainda é grande.
Porém para entendermos melhor o Burnout, vamos observar melhor a diferença que existe em 
relação ao Stresse, que significa fadiga ou cansaço relacionado com o conceito de força, esforço e tenção.
Em relação ao Stresse existe o agente estressor que pode ter um caráter físico, cognitivo ou emocio-
nal, podemos encontrar entre as características destes agentes estressores, os estressores físicos, os 
cognitivos e os emocionais. Diante um agente estressor o organismo ou enfrente ou foge, na tentativa de fazer 
frente à este agente. Distingui-se três fases no processo de estresse: reação de alarme, etapa de resistência 
e etapa de esgotamento.
Não necessariamente o estresse é um processo nocivo ao organismo, a intensidade do estresse pode 
ser positiva e/ou breve, chamado de Eustresse.
Em relação ao Burnout, sabemos que este já foi chamado de A Síndrome do Assistente Desassistido, 
pela reproduzida consideração que se tem despendido aos trabalhadores de serviços de assistência. A 
Síndrome do Cuidador Descuidado, refere-se à desatenção do profissional de ajuda consigo mesmo.
Todos os pesquisadores concordam com uma coisa, existe a influência direta do mundo do trabalho 
como condição para a determinação desta síndrome.
Há uma grande dificuldade de se estabelecer um consenso quanto a definição e modelos explicativos 
tanto para o estresse quanto para o burnout, destacando-se quatro grandes grupo para subdividir-se as 
concepções teóricas:
A Concepção Clínica:caracterizada como um conjunto de sintomas (fadiga física e mental, falta de 
entusiasmo para o trabalho e pela vida, baixa auto-estima) podendo levar o profissional à depressão e até 
mesmo ou suicídio.
A Concepção Sócio-Psicológica: onde se evidencia-se as variáveis sócio-ambientais como coadju-
vantes do processo de desenvolvimento do Burnout.
Pode ser exaustão Emocional que se refere à sensação de esgotamento tanto físico como mental, ao 
sentimento de não dispor mais de energia para absolutamente nada.
Despersonalização evidenciando que o indivíduo sofreu ou vem sofrendo alterações, levando o 
profissional a um contato frio e impessoal com os usuários de seus serviços, como alunos, pacientes e clien-
tes.
E a Realização Profissional, acometendo ao profissionais que, em virtude de suas atividades laborais, 
têm que estabelecer um vínculo com as pessoas as quais o seu trabalho se destina, onde os níveis de exaus-
tão emocional e despersonalização são significativamente mais elevados neste tipo de profissional.
A Concepção Organizacional: é a conseqüência de um desajuste entre as necessidades apresenta-
das pelo trabalhador e os interesses da instituição.
A Concepção Sócio-Histórica: priorizando o papel da sociedade, onde os profissionais que trabalham 
diretamente com outras pessoas, assistindo-as, ou como responsáveis de seu desenvolvimento e bem-estar, 
encontram-se mais suscetíveis ao desenvolvimento de burnout.
Concorda-se no fato de que o burnout apresenta-se em pessoas normais, em geral entusiastas e 
idealistas, que no contato com o mundo profissional vão mudando seu modo de ser e apresentando transtor-
nos que acabam por interferir em nível pessoal, social e institucional, podendo o início da síndrome se dar na 
fase acadêmica, quando ainda se encontra na fase de preparação do trabalho.
O sintomas apresentados no processo de burnout, subdividi-se em sintomas físicos, psíquicos, 
comportamentais e defensivos.
Os sintomas físicos são: Fadiga constante e progressiva, dores musculares, distúrbios do sono, 
cefaléias, enxaquecas, perturbações gastrointestinais, imunodeficiência, transtornos cardiovasculares, 
distúrbios do sistema respiratório, disfunções sexuais e alterações menstruais na mulheres.
Os sintomas psíquicos são: falta de atenção, alterações de memória, lentificação do pensamento, 
sentimento de alienação, sentimento de alienação, sentimento de solidão, impaciência, sentimento de impo-
tência, dificuldade de auto-aceitação, baixa auto-estima, astenia, desânimos, depressão, desconfiança e 
paranóia.
 Os sintomas comportamentais são: negligência ou escrúpulo excessivo, irritabilidade, incremento da 
agressividade, incapacidade para relaxar, dificuldade na aceitação de mudanças, perda de iniciativa, aumen-
to de consumo de substância, comportamento de alto risco e até mesmo suicídio.
Os sintomas defensivos são: tendência de isolamento, sentimento de onipotência, perda de interesse 
pelo trabalho, absenteísmo, ímpetos de abandonar o trabalho, ironia e cinismo.
Podemos destacar como diferenças entre Estresse e Burnout, o fato de o burnout ser a resposta a um 
estado prolongado de estresse. Enquanto o estresse pode apresentar aspectos positivos ou negativos, o 
burnout tem sempre um caráter negativo. O Burnot está relacionado com o mundo do trabalho.
No bornout, a qualidade do trabalho é comprometida pela relação entre o profissional e a pessoa a 
quem presta atendimento ou serviços, com o distanciamento, falta de empatia e hostilidade evidenciados.
Já em relação as diferenças entre Bournout e Depressão, podemos destacar que embora ambos têm 
em comum a disforia e o desânimo, encontramos nos depressivos uma maior submissão à letargia e a preva-
lência aos sentimentos de culpa e desapontamento e tristeza.
Existem estudos que visam detectar as variáveis responsáveis pelo desencadeamento do estresse e 
burnout, dentre os quais detectou-se a idade, sendo a maior incidência em profissionais mais jovens (que 
ainda não atingiram os 30 anos). Atribuindo-se à pouca experiência acarretando insegurança, choque diante 
da realidade do trabalho. O Sexo, de modo geral às mulheres , com maior elevação à exaustão emocional e os 
homens em despersonalização. O nível educacional em pessoas que possuem nível educacional mais 
elevado. O estado civil, com maior incidência em solteiros, viúvos ou divorciados. Em relação aos filhos, 
afirmando que a paternidade equilibra o profissional, não encontrando-se diferenças significativas neste fator.
Em relação à personalidade, existem varáveis que demonstram forte interferência no desencadea-
mento do burnout. Existem pessoas que possuem a personalidade resistente ao stresse, sendo que estas 
apresentam menor propensão ao burnout. Tem as pessoas que atribuem as suas possibilidades e os aconte-
cimentos de vida a eventos externos. Também há aquelas que tendem a ser mais passivas, que se mantém na 
defensiva, que tendem à evitação, tendo estas maiores chances de desenvolver o burnout. Vale destacar que 
o perfeccionismo (tendência em estabelecer padrões elevados de qualidade) tem sido apontado como uma 
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 082
 característica que acarreta maior vulnerabilidade ao burnout e à depressão. 
Dentro das características pessoas que levam ao burnout, esta a motivação, onde pessoas 
com motivação elevada em relação a sua profissão tendem a estar mais propensas ao burnout. Em relação ao 
idealismo, existe uma maior possibilidade de vir apresentar esta síndrome, aquelas pessoas com maior 
idealismo em relação à profissão.
Como características do trabalho, o tipo de ocupação incide principalmente nos que ajudam, prestam 
assistência ou são responsáveis pelo desenvolvimento de outros. Em relação ao tempo na instituição, afirma-
se que a síndrome começa a se manifestar a partir do primeiro ano na instituição.
A relação profissional-cliente, mostra que quanto mais próxima e intensa for a relação do trabalhador 
com a pessoa a que deve atender profissionalmente, maior a probabilidade de se desencadear o processo de 
burnout. O contato com o sofrimento e a morte, principalmente de crianças, tem sido referido como uma das 
principais causas do burnout em profissionais, além do mais, o tipo de relacionamento mantido nos locais de 
trabalho pode dar início ao burnout.
O Burnout pode ser prevenido, a informação sobre as causas, conseqüências e formas de prevenção 
é primeiro recurso a se utilizar.
Resumo Psicologia aplicada ao Direito - 1º Bimestre 092
O ADVOGADO NO CONTEXTO INTERPESSOAL
FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES (A SÍNDROME DE PIRANDELO)
PERSPECTIVAS TEÓRICAS (A ETERNA BUSCA DA REALIDADE)
CUIDADOS QUE O OPERADOR DO DIREITO DEVE TER EM 
RELAÇÃO À TESTEMUNHA
AUTO ESTIMA E SÍNDROME BURNOUT
- Trabalhos e Temas abordados no 1º bimestre / 1º período
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