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Casos Práticos - Conciliação e Mediação

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Caso 1: Contrato de Transporte de Coisas. O consumidor pagou para transportar objetos seus, os 
quais sofreram pequenas avarias. Ele pediu indenização para a transportadora. STJ entendeu que 
os danos forma mínimos e a indenização não era devida. 
Ementa: CIVIL. PROCESSO CIVL. CONSUMIDOR. CONTRATO DE 
TRANSPORTE DE COISAS. DANIFICAÇÃO DE MÓVEIS. AÇÃO DE 
REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS. DECADÊNCIA. 
INOCORRÊNCIA. ART. 27, CDC. APLICAÇÃO DO ART. 515, § 3º, CPC. 
MÉRITO. DANOS MORAIS. INEXISTÊNCIA. PROCEDÊNCIA PARCIAL DO 
PEDIDO. 
1. ULTRAPASSADO O PRAZO DE 30 OU 90 DIAS, DO ART. 26, CDC, A 
DEPENDER DA NATUREZA DO PRODUTO, FICA O 
CONSUMIDOR IMPOSSIBILITADO DE BUSCAR, PERANTE O 
FORNECEDOR, A REEXECUÇÃO DO SERVIÇO, A RESTITUIÇÃO DO 
VALOR PAGO OU A DIMINUIÇÃO PROPORCIONAL NO PREÇO. 1.1 A 
BUSCA DE INDENIZAÇÃO DOS DANOS SUPORTADOS POR ELE PODE 
SER PROMOVIDA NO PRAZO PRESCRICIONAL DE 5 (CINCO) ANOS, 
CONFORME EXPRESSA PREVISÃO NO ARTIGO 27 DO CÓDIGO 
CONSUMERISTA. 1.2 OU SEJA, A REGRA DO ARTIGO 26 NÃO EXERCE 
NENHUMA INFLUÊNCIA NA PRETENDIDA REPARAÇÃO POR DANOS 
MORAIS OU MATERIAIS. 
2. ESTANDO A CAUSA EM CONDIÇÕES DE SUPORTAR O JULGAMENTO 
DE MÉRITO DAS QUESTÕES TRAZIDAS A JUÍZO, É POSSÍVEL A 
APLICAÇÃO DA REGRA DO ART. 515, § 3º CPC. 
3. O TRANSPORTADOR É RESPONSÁVEL PELAS AVARIAS 
CAUSADAS NA COISA TRANSPORTADA ATÉ A ENTREGA AO 
DESTINATÁRIO. 
4. ACERCA DO TEMA DANOS MORAIS, ENSINA WASHINGTON DE 
BARROS MONTEIRO, QUE "ESTA INDENIZAÇÃO NÃO OBJETIVA PAGAR 
A DOR OU COMPENSAR O ABALO MORAL; CUIDA-SE APENAS DE 
IMPOR UM CASTIGO AO OFENSOR E ESSE CASTIGO ELE SÓ TERÁ, SE 
FOR TAMBÉM COMPELIDO A DESEMBOLSAR CERTA SOMA, O QUE 
NÃO DEIXA DE REPRESENTAR CONSOLO PARA O OFENDIDO, QUE SE 
CAPACITA ASSIM DE QUE IMPUNE NÃO FICOU O ATO OFENSIVO". 
(CURSO DE DIR. CIVIL – 19ª ED, V. 5, PÁG. 414). 
5. A SITUAÇÃO TRATADA NOS AUTOS, QUAL SEJA, PEQUENOS 
DANOS EM OBJETOS TRANSPORTADOS, NÃO É CAPAZ DE GERAR 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MUITO EMBORA SE 
RECONHEÇA POSSA SER CAUSADORA DE EVENTUAL 
ABORRECIMENTO OU CHATEAÇÃO, PORÉM, NADA A 
TRANSBORDAR OS LIMITES DO QUE SE TEM DE SUPORTAR E 
TOLERAR NA VIDA EM SOCIEDADE. 
6. SENTENÇA CASSADA PARA PROVER O RECURSO E JULGAR 
PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO. 
(BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. APC 
2009.01.1.130781-6/DF. Relator Desembargador João Egmont. 5ª Turma Cível. 
DJe em 16/08/2013) 
 
 
 
 
Caso 2: Consumidor encontrou um inseto dentro de uma garrafa de refrigerante e pediu 
indenização. 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. 
AQUISIÇÃO DE GARRAFA DE REFRIGERANTE CONTENDO UM 
INSETO EM SEU INTERIOR. DANOS MORAIS. AUMENTO DA 
INDENIZAÇÃO. INVIABILIDADE. RAZOABILIDADE NA FIXAÇÃO 
DO QUANTUM. 
1. O recurso especial não comporta o exame de questões que impliquem 
revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, a teor do que dispõe a 
Súmula n. 7/STJ. 
2. Contudo, em hipóteses excepcionais, quando manifestamente evidenciado 
ser irrisório ou exorbitante o arbitramento da indenização, a jurisprudência 
desta Corte permite o afastamento do referido óbice, para possibilitar a 
revisão. 
3. No caso concreto, a indenização, fixada pelo juízo singular a título de 
danos morais, em virtude da aquisição de uma garrafa de refrigerante 
contendo um inseto em seu interior, foi mantida pelo Tribunal de 
origem em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), quantia que destoa dos 
parâmetros adotados por esta Corte em casos análogos: AREsp n. 
163.764/PE, Relator Ministro SIDNEI BENETI, DJe 8/5/2012, Ag n. 
1.341.105/RJ, Relator Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, DJe 
14/11/2011, Ag n. 1.351.362/RJ, Relator Ministro PAULO DE TARSO 
SANSEVERINO, DJe 3/10/2011, e AREsp n. 22.674/PB, Relator Ministro 
RAUL ARAÚJO, DJe 5/8/2011. 
4. Nesse contexto, a fim de adequar o presente caso à jurisprudência 
desta Corte, impõe-se a redução da indenização à quantia de R$ 
5.000,00 (cinco mil reais). 
5. Agravo regimental desprovido. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. AgRg nos EDcl no AgRg no Ag 
1.427.144/SC. Des. Relator Min. Antonio Carlos Ferreira. 4ª Turma. DJe em 
24/08/2012): 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 3: Consumidor tinha obesidade mórbida e foi indicado à cirurgia de redução do estômago 
(indicação médica). Plano de saúde dele não quis cobrir a cirurgia. 
Ementa: CONSUMIDOR, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE 
PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA DE TRATAMENTO 
MÉDICO. OBESIDADE MÓRBIDA. CIRURGIA BARIÁTRICA. 
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS. PARECER MÉDICO. COBERTURA. 
VERBA HONORÁRIA. MINORAÇÃO. DESCABIMENTO. 
1. OS RELATÓRIOS MÉDICOS QUE CONCLUEM SER A AUTORA 
PORTADORA DE OBESIDADE MÓRBIDA E RECOMENDAM O 
TRATAMENTO CIRÚRGICO POR SER A PACIENTE PORTADORA DE 
ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA - IMC SUPERIOR A 40 KG/M² SÃO 
SUFICIENTES PARA IMPOR À SEGURADORA A OBRIGAÇÃO DE ARCAR 
COM A COBERTURA DO TRATAMENTO. 
2. O TRABALHO DO ADVOGADO, O ZELO E O TEMPO EXIGIDO PARA 
ATUAR NA CAUSA AUTORIZAM A FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS EM R$ 1.000,00 (UM MIL REAIS). 
2. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. UNÂNIME. 
(BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. APC 
2011.01.1.120029-6. Relatora Des. Fátima Rafael. 2ª Turma Cível. DJe em 
14/08/2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 4: “A” ganhou uma ação judicial que interpôs contra “B”, e divulgou sua vitória. “B” não 
gostou da publicidade e pediu dano moral por isso. 
Ementa: DIREITO CIVIL. DANO MORAL. PRESERVATIVO 
ENCONTRADO EM LATA DE EXTRATO DE TOMATE. PROVA. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. PERÍCIA REQUERIDA PELO 
FORNECEDOR INDEFERIDA. PRECLUSÃO. DANO MORAL. 
EXISTÊNCIA. ENTREVISTA POSTERIOR. IRRELEVÂNCIA. 
1. A ausência de impugnação oportuna da decisão que indeferiu o pedido de 
produção de prova pericial pelo fornecedor justifica a negativa de anulação 
da sentença, pelo Tribunal. Se esse fundamento foi alçado a razão de decidir 
no acórdão recorrido, a falta de impugnação do ponto impede do 
conhecimento da matéria, no recurso especial. 
2. O fato de a consumidora ter dado entrevista divulgando sua vitória 
na ação de indenização não é indicativo de inexistência do dano moral. 
Ao contrário, divulgar o fato e a obtenção da indenização, 
demonstrando a justiça feita, faz parte do processo de reparação do mal 
causado. 
3. O montante da indenização não comporta revisão na hipótese em que, em 
processo semelhante, no qual consumidor encontra inseto dentro de lata de 
leite condensado, esta Corte manteve indenização fixada em valor 
semelhante. 
4. Recurso especial conhecido e improvido. 
(BRASIL. Recurso Especial 1.317.611/RS. Relatora Min. Nancy Andrighi. 
3ª Turma Cível. DJe em 19/06/2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 5: Consumidor idoso. Aumento de mensalidade do plano de saúde. Abuso da operadora de 
saúde. 
Ementa: APELAÇÃO. REAJUSTE DAS MENSALIDADES DE PLANO 
DE SAÚDE EM RAZÃO DA MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. 
AUMENTO EM PERCENTUAL ABUSIVO. CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR. ESTATUTO DO IDOSO. PRINCÍPIOS DA 
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 
1. - O ARTIGO 15, § 3º, DA LEI 10.741, DE 2003 (ESTATUTO DO 
IDOSO) TEM APLICAÇÃO IMEDIATA, POR SE TRATAR DE NORMA 
DE ORDEM PÚBLICA, NÃO PODENDO OFENDER A REGRA DE 
IRRETROATIVIDADE DAS LEIS E AO ATO JURÍDICO PERFEITO. 
2. É ABUSIVA A CLÁUSULA QUE PREVÊ REAJUSTE DO PLANO DE 
SAÚDE EM 166,8%, EM DECORRÊNCIA DA MUDANÇA DA FAIXA 
ETÁRIA, POR AFRONTAR AS DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO DE 
DEFESA DO CONSUMIDOR E DO ESTATUTO DO IDOSO, SENDOPERMITIDA A SUA REDUÇÃO EM OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS 
DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 
3. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 
UNÂNIME. 
(BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios 
2010.11.1.005835-0. Relatora Des. Fátima Rafael. 2ª Turma Cível. DJe em 
14/08/2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 6: consumidor encontrou larvas em bombons. Consumo posterior à data de validade. Não 
tem direito à indenização. 
Ementa: RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MORAIS - BOMBONS - LARVAS - EXISTÊNCIA - PRODUTO 
CONSUMIDO APÓS A DATA DE VALIDADE - ROMPIMENTO DO 
NEXO DE CAUSALIDADE - EXIGÊNCIA - GARANTIA DO 
PRODUTO - SEGURANÇA E QUALIDADE - CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR - PRAZO - ESTUDOS BIOLÓGICOS E QUÍMICOS - 
VALIDADE DETERMINADA PELO FABRICANTE - RECURSO 
IMPROVIDO. 
I - Ainda que as relações comerciais tenham o enfoque e a disciplina 
determinadas pelo Código de Defesa do Consumidor, tal circunstância não 
afasta, para fins de responsabilidade civil, o requisito da existência de nexo 
de causalidade, tal como expressamente determina o artigo 12, § 3º e 
incisos, do Código de Defesa do Consumidor. 
II - O fabricante ao estabelecer prazo de validade para consumo de seus 
produtos, atende aos comandos imperativos do próprio Código de Defesa do 
Consumidor, especificamente, acerca da segurança do produto, bem como a 
saúde dos consumidores. O prazo de validade é resultado de estudos 
técnicos, químicos e biológicos, a fim de possibilitar ao mercado 
consumidor, a segurança de que, naquele prazo, o produto estará em plenas 
condições de consumo. 
III - Dessa forma, na oportunidade em que produto foi consumido, o mesmo 
já estava com prazo de validade expirado. E, essa circunstância, rompe o 
nexo de causalidade e, via de consequência, afasta o dever de indenizar. 
IV - Recurso especial improvido. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 1.252.307/PR. 
Relator Min. Massami Uyeda. 3ª Turma. DJe em 02/08/2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 7: Inseto em Garrafa de Refrigerante. Não deve indenizar porque o consumidor não chegou 
a consumir. 
Ementa: RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. 
AQUISIÇÃO DE REFRIGERANTE CONTENDO INSETO. DANO 
MORAL. AUSÊNCIA. 
1. A simples aquisição de refrigerante contendo inseto em seu interior, sem 
que seu conteúdo tenha sido ingerido ou, ao menos, que a embalagem tenha 
sido aberta, não é fato capaz de, por si só, de provocar dano moral. 
2. "O mero dissabor não pode ser alçado ao patamar do dano moral, mas 
somente aquela agressão que exacerba a naturalidade dos fatos da vida, 
causando fundadas aflições ou angústias no espírito de quem ela se dirige" 
(AgRgREsp nº 403.919/RO, Quarta Turma, Relator o Ministro Sálvio de 
Figueiredo Teixeira, DJ de 23/6/03). 
3. Recurso especial conhecido e provido. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 747.396/DF. 
Relator Min. Fernando Gonçalves. 4ª Turma. DJe em 22/03/2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 8: Falsa acusação de furto. Dano Moral ao cliente. 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. FALSA 
ACUSAÇÃO DE FURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL. 
ABORDAGEM INADEQUADA. DANO MORAL. CONFIGURADO. 
FIXAÇÃO DO QUANTUM. RELAÇÃO EXTRACONTRATUAL. 
CORREÇÃO MONETÁRIA. SÚMULA N. 362/STJ. JUROS DE MORA. 
SÚMULA N. 54/STJ. 
1. A falsa acusação de furto e a abordagem inadequada dos prepostos 
do estabelecimento comercial expõem a pessoa a situação vexatória 
ensejadora de abalo emocional, ensejando, portanto, a indenização por 
dano moral. 
2. O termo inicial da correção monetária incidente sobre a indenização por 
danos morais é a data do seu arbitramento, consoante dispõe a Súmula n. 
362/STJ: "A correção monetária do valor da indenização do dano moral 
incide desde a data do arbitramento". 
3. Os juros moratórios, em se tratando de responsabilidade extracontratual, 
incidem desde a data do evento danoso, na forma da Súmula n. 54/STJ: "Os 
juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de 
responsabilidade extracontratual". 
4. Agravo regimental desprovido. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. AgRg no REsp 1.258.882/SP. 
Relator Min. Antonio Carlos Ferreira. 4ª Turma. DJe em 27/06/2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 9: O consumidor marcou uma viagem pela Europa num período que coincidia suas féria se 
seu aniversário. A viagem duraria 15 dias. Sua bagagem foi extraviada. Dano moral devido. 
Ementa: DIREITO CIVIL E DE DEFESA DO CONSUMIDOR. EXTRAVIO DE 
BAGAGEM EM VIAGEM DE 15 DIAS PARA A EUROPA. DNAO MORAL 
DEMONSTRADO. PROPORCIONALIDADE. CARÁTER SATISFATIVO E PUNITIVO 
DA INDENIZAÇÃO. QUANTUM ARBITRADO COM MODERAÇÂO. 
1. A EMPRESA AÉREA RESPONDE OBJETIVAMENTE, INDEPENDENTE DE 
CULPA, PELA REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS AOS CONSUMIDORES POR 
DEFEITOS NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, NOS TERMOS DO ARTIGO 14 DA 
LEI 8.078/90. 
2. A CONDUTA DA PRESTADORA DE SERVIÇOS, QUANDO DO EXTRAVIO 
DA BAGAGEM, PERMITINDO QUE ESTA FOSSE REMETIDA AO SETOR DE 
"ACHADOS E PERDIDOS" ENQUANTO A CONSUMIDORA ERA OBRIGADA A 
PASSAR LONGOS 15 DIAS INJUSTAMENTE DESPOJADA DE SEUS 
PERTENCES, ENSEJOU À ESTA (CONSUMIDORA) ABALO EM SUA 
TRANQÜILIDADE E EM SUA PAZ DE ESPÍRITO, RESTANDO 
DEMONSTRADO QUE A MESMA SOFREU UMA SÉRIE DE PERCALÇOS E 
CONSTRANGIMENTOS QUE EXTRAPOLAM A SEARA DE MERO 
ABORRECIMENTO, EM RAZÃO DAS FÉRIAS E ANIVERSÁRIO QUE FORAM 
PREJUDICADOS PELA FALTA DE CAUTELA NECESSÁRIA QUANTO AOS 
SERVIÇOS PRESTADOS, A REFLETIR A EXISTÊNCIA DE DANO MORAL 
PASSÍVEL DE INDENIZAÇÃO. 2.1 "RESSALTE-SE, POR FIM, QUE A 
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR DAS COMPANHIAS AÉREAS É OBJETIVA, POIS 
SE TRATA DE COMPANHIA CONCESSIONÁRIA DO SERVIÇO PÚBLICO DE 
TRANSPORTE AÉREO (PARÁGRAFO SEXTO, DO ART. 37, CF), TANTO NO 
QUE TANGE AOS DANOS PATRIMONIAIS, QUANTO AOS MORAIS. 
INCIDENTES TAMBÉM SOBRE A ESPÉCIE AS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR QUANTO À RESPONSABILIDADE 
OBJETIVA DAS EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO." (DES. 
JERONYMO DE SOUZA, DJ 05/09/2001). 
3. ALIÁS, PARA WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO, "ESTA INDENIZAÇÃO 
NÃO OBJETIVA PAGAR A DOR OU COMPENSAR O ABALO MORAL; CUIDA-SE 
APENAS DE IMPOR UM CASTIGO AO OFENSOR E ESSE CASTIGO ELE SÓ TERÁ, 
SE FOR TAMBÉM COMPELIDO A DESEMBOLSAR CERTA SOMA, O QUE NÃO 
DEIXA DE REPRESENTAR CONSOLO PARA O OFENDIDO, QUE SE CAPACITA 
ASSIM DE QUE IMPUNE NÃO FICOU O ATO OFENSIVO". (CURSO DE DIR. CIVIL 
- 19A ED. , V. 5, PÁG. 414). 
4. NAS AÇÕES DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS, O TERMO INICIAL DE 
INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA É A DATA DO ARBITRAMENTO DO 
VALOR DA INDENIZAÇÃO, SEGUNDO EDITADO NA SÚMULA 362/STJ: "A 
CORREÇÃO MONETÁRIA DO VALOR DA INDENIZAÇÃO DO DANO MORAL 
INCIDE DESDE A DATA DO ARBITRAMENTO". 
5. DEVE O VALOR RELATIVO AOS DANOS MORAIS REFLETIR O QUE SEJA 
SUFICIENTE E NECESSÁRIO PARA PUNIR E PREVENIR O ATO ILÍCITO E 
INJUSTO PRATICADO PELO CAUSADOR DO DNAO, OBSERVANDO-SE AS 
PECULIARIDADES DA CAUSA, COM OBSERVÂNCIA AINDA AOS PRINCÍPIOS 
DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. 
6. RECURSO IMPROVIDO. 
(BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Apelação 
2010.01.1.136903-6. Relator Des. João Egmont. 5ª Turma Cível. DJe em 
11/07/2013) 
 
 
 
Caso 10: Seu pai nunca lhe deu os cuidados necessários ao dever de criação, educação 
companhia e cuidado. Você pediu danos morais por esse abandono afetivo. 
Ementa: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. ABANDONO 
AFETIVO. COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL.POSSIBILIDADE. 
1. Inexistem restrições legais à aplicação das regras concernentes à 
responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar no 
Direito de Família. 
2. O cuidado como valor jurídico objetivo está incorporado no ordenamento 
jurídico brasileiro não com essa expressão, mas com locuções e termos que 
manifestam suas diversas desinências, como se observa do art. 227 da 
CF/88. 
3. Comprovar que a imposição legal de cuidar da prole foi descumprida 
implica em se reconhecer a ocorrência de ilicitude civil, sob a forma de 
omissão. Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamente 
tutelado, leia-se, o necessário dever de criação, educação e companhia - 
de cuidado - importa em vulneração da imposição legal, exsurgindo, 
daí, a possibilidade de se pleitear compensação por danos morais por 
abandono psicológico. 
4. Apesar das inúmeras hipóteses que minimizam a possibilidade de 
pleno cuidado de um dos genitores em relação à sua prole, existe um 
núcleo mínimo de cuidados parentais que, para além do mero 
cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à 
afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e 
inserção social. 
5. A caracterização do abandono afetivo, a existência de excludentes ou, 
ainda, fatores atenuantes - por demandarem revolvimento de matéria fática - 
não podem ser objeto de reavaliação na estreita via do recurso especial. 
6. A alteração do valor fixado a título de compensação por danos morais é 
possível, em recurso especial, nas hipóteses em que a quantia estipulada 
pelo Tribunal de origem revela-se irrisória ou exagerada. 
7. Recurso especial parcialmente provido. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 1.159.242/SP. 
Relatora Min. Nancy Andrighi. 3ª Turma. DJe em 10/05/2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 11: “A”, ao sair do banco com o valor que acabou de sacar, foi assaltado no estacionado da 
própria agência. Dano moral a consumidor. 
Ementa: DIREITO CIVIL E CONSUMIDOR. ESTACIONAMENTO DE 
VEÍCULOS. ROUBO ARMADO DE CLIENTE QUE ACABARA DE EFETUAR 
SAQUE EM AGÊNCIA BANCÁRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL DO 
ESTACIONAMENTO. ALCANCE. LIMITES. 
1. Em se tratando de estacionamento de veículos oferecido por instituição 
financeira, o roubo sofrido pelo cliente, com subtração do valor que acabara 
de ser sacado e de outros pertences não caracteriza caso fortuito apto a afastar 
o dever de indenizar, tendo em vista a previsibilidade de ocorrência desse tipo 
de evento no âmbito da atividade bancária, cuidando-se, pois, de risco inerente 
ao seu negócio. Precedentes. 
2. Diferente, porém, é o caso do estacionamento de veículo particular e autônomo - 
absolutamente independente e desvinculado do banco - a quem não se pode 
imputar a responsabilidade pela segurança individual do cliente, tampouco pela 
proteção de numerário anteriormente sacado na agência e dos pertences que 
carregava consigo, elementos não compreendidos no contrato firmado entre as 
partes, que abrange exclusivamente o depósito do automóvel. Não se trata, aqui, de 
resguardar os interesses da parte hipossuficiente da relação de consumo, mas de 
assegurar ao consumidor apenas aquilo que ele legitimamente poderia esperar do 
serviço contratado, no caso a guarda do veículo. 
3. O roubo à mão armada exclui a responsabilidade de quem explora o serviço de 
estacionamento de veículos. Precedentes. 
4. Recurso especial a que se nega provimento. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 1.232.795/SP. 
Relatora Min. Nancy Andrighi. 3ª Turma. DJe em 10/04/2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 12: o consumidor depositou seus bens de valores no cofre do banco. Assaltaram a agência 
bancária e levaram seus bens. Dano ao consumidor. 
Ementa: RECURSO ESPECIAL (ART. 105, III, "A" E "C" DA CFRB) - 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS - 
FURTO A COFRE DE BANCO - INOCORRÊNCIA DE CASO 
FORTUITO - ARESTO ESTADUAL RECONHECENDO A 
RESPONSABILIDADE CIVIL DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. 
 (...) 
4. Suposta violação ao art. 1058 do CC/1916, correspondente ao art. 393 do 
CC/2002, que elenca a força maior e o caso fortuito como causas de 
exclusão da responsabilidade civil. Inocorrência. 5. Súmula 479/STJ - "As 
instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por 
fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no 
âmbito de operações bancária". 
6. A disponibilização de cofre em banco a clientes evidencia nítida 
relação contratual com multiplicidade de causas, defluentes da 
concorrência de elementos comuns aos ajustes de locação, de depósito e 
de cessão de uso, sem que qualquer dessas modalidades prepondere 
sobre as demais, decorrendo dessa natureza heterogênea um plexo de 
deveres aos quais se aderem naturalmente uma infinidade de riscos. 
7. Por isso, mais do que mera cessão de espaço ou a simples guarda, a 
efetiva segurança e vigilância dos objetos depositados nos cofres pelos 
clientes são características essenciais a negócio jurídico desta natureza, 
razão pela qual o desafio de frustrar ações criminosas contra o 
patrimônio a que se presta a resguardar constitui ônus da instituição 
financeira, em virtude de o exercício profissional deste empreendimento 
torná-la mais suscetível aos crimes patrimoniais, haja vista a presunção 
de que custodia capitais elevados e de que mantém em seus cofres, sob 
vigilância, bens de 
clientes. 
8. Daí porque é inarredável a conclusão de que o roubo ou furto 
perpetrado contra a instituição financeira, com repercussão negativa ao 
cofre locado ao consumidor, constitui risco assumido pelo fornecedor 
do serviço, haja vista compreender-se na própria atividade empresarial, 
configurando, assim, hipótese de fortuito interno. 
(...) 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 1.250.997/SP. 
Relator Min. Marco Buzzi. 4ª Turma. DJe em 14/02/2013) 
 
 
 
 
 
Caso 13: o consumidor deixou seu carro no lava jato, e o carro foi furtado Responsabilidade do 
estabelecimento. 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS. 
ROUBO DE VEÍCULO EM LAVA A JATO. RESPONSABILIDADE DO 
FORNECEDOR DE SERIÇOS. 
1. TRATANDO-SE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVAGEM DE 
CARROS, A RÉ, COMO FORNECEDORA E RESPONSÁVEL OBJETIVA, 
DEVE SER COMPELIDA A REPARAR OS DANOS CAUSADOS EM 
DECORRÊNCIA DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO AOS CONSUMIDORES, 
NOS TERMOS DO ARTIGO 14 E SEU §1º, DO CÓDIGO CONSUMERISTA. 
2. NESSE TIPO DE SERVIÇO, O DEVER DE SEGURANÇA A QUE SE 
REFERE O §1.º DO ARTIGO 14 É ATRIBUTO PRIMORDIAL PARA SUA 
ADEQUADA PRESTAÇÃO, NÃO SENDO RAZOÁVEL QUE O 
CONSUMIDOR TENHA DE SUPORTAR EVENTUAL PREJUÍZO 
OCORRIDO DURANTE ESSE PERÍODO. 
3. RECURSO PROVIDO. 
(BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. APC 
2011.07.1.001941-5. Relator Des. Cruz Macedo. 4ª Turma Cível. DJe em 
25/04/2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 14: O consumidor estava dentro do caixa eletrônico de um banco e foi assaltado. 
Responsabilidade do Banco. 
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL - RECURSO ESPECIAL - SERVIÇO 
BANCÁRIO - FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO - SEGURANÇA 
- ASSALTO NO INTERIOR DE CAIXA ELETRÔNICO - 
RESSARCIMENTO DEVIDO - QUANTUM INDENIZATÓRIO - 
RAZOABILIDADE - RECURSO IMPROVIDO. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. AgRg no REsp 1.273.445/SP. 
Relator Min. Massami Uyeda. 3ª Turma. DJe em 02/03/2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 15: Assalto em posto de combustíveis. Ausência de responsabilidade do posto. 
Ementa: RECURSOESPECIAL - DIREITO CIVIL E CONSUMIDOR – 
RESPONSABILIDADE CIVIL - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
E MATERIAIS - FORNECEDOR - DEVER DE SEGURANÇA - ARTIGO 
14, CAPUT, DO CDC – RESPONSABILIDADE OBJETIVA - POSTO DE 
COMBUSTÍVEIS - OCORRÊNCIA DE DELITO - ROUBO - CASO 
FORTUITO EXTERNO - EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE - 
INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR - RECURSO ESPECIAL 
IMPROVIDO. 
I - É dever do fornecedor oferecer aos seus consumidores a segurança na 
prestação de seus serviços, sob pena, inclusive, de responsabilidade 
objetiva, tal como estabelece, expressamente, o próprio artigo 14, "caput", 
do CDC. 
II - Contudo, tratando-se de postos de combustíveis, a ocorrência de 
delito (roubo) a clientes de tal estabelecimento, não traduz, em regra, 
evento inserido no âmbito da prestação específica do comerciante, 
cuidando-se de caso fortuito externo, ensejando-se, por conseguinte, a 
exclusão de sua responsabilidade pelo lamentável incidente. 
III - O dever de segurança, a que se refere o § 1º, do artigo 14, do CDC, 
diz respeito à qualidade do combustível, na segurança das instalações, 
bem como no correto abastecimento, atividades, portanto, próprias de 
um posto de combustíveis. 
IV - A prevenção de delitos é, em última análise, da autoridade pública 
competente. É, pois, dever do Estado, a proteção da sociedade, nos termos 
do que preconiza o artigo 144, da Constituição da República. 
V - Recurso especial improvido. 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp 1.243.970/SE. Relator Min. 
Massami Uyeda. 3ª Turma. DJe em 10/05/2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 16: “A”, na contramão da via, colidiu com o carro de “B”. “A” quer indenização. 
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. 
ACIDENTE DE TRÂNSITO SEM VÍTIMA. CONJUNTO PROBATÓRIO 
FAVORÁVEL AOS RÉUS. PEDIDO CONTRAPOSTO. PLAUSIBILIDADE. 
NEXO DE CAUSALIDADE. COMPROVAÇÃO. RESPONSABILIDADE 
CIVIL EXTRACONTRATUAL. SENTENÇA PARCIALMENTE 
REFORMADA. 
- SE O CONJUNTO PROBATÓRIO DEMONSTRA A PLAUSIBILIDADE 
DOS ARGUMENTOS DO CONDUTOR, NO SENTIDO DE QUE O 
OUTRO VEÍCULO TRANSITAVA NA CONTRAMÃO, CAUSANDO A 
COLISÃO, COMPROVADO ESTÁ O NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE 
AÇÃO DO CONDUTOR DO VEÍCULO DA EMPRESA-AUTORA E O 
DANO VERIFICADO, GERANDO A RESPONSABILIDADE CIVIL 
EXTRACONTRATUAL DE INDENIZAR OS DANOS MATERIAIS. 
- RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO. RECURSO DOS RÉUS 
PROVIDO. UNÂNIME. 
(BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. APC 
2012.01.1.037833-9. Rel. Des. Otávio Augusto. 3ª Turma Cível. DJe em 
19/08/2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 17: “João” e “Maria”, que eram pais de “Carlos”, estavam dentro do veículo automotor 
(João dirigia). Mas um terceiro colidiu no veículo do casal, acidente este que causou a morte do 
casal. Carlos, o filho, quer indenização pela morte dos pais. 
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL – 
RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE VEÍCULO - VÍTIMAS 
FATAIS - DANOS MORAIS - FIXAÇÃO - RAZOABILIDADE - REEXAME 
DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO - IMPOSSIBILIDADE - 
SÚMULA 7/STJ - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. 
1- A intervenção do STJ, Corte de caráter nacional, destinada a firmar 
interpretação geral do Direito Federal para todo o país e não para a 
revisão de questões de interesse individual, no caso de questionamento do 
valor fixado para o dano moral, somente é admissível quando o valor fixado 
pelo Tribunal de origem, cumprindo o duplo grau de jurisdição, se mostre 
teratólogico, por irrisório ou abusivo. 
2- Inocorrência de teratologia no caso concreto, em que, em razão de 
acidente de veículo, foi fixado o valor de indenização de R$ 75.000,00 
(setenta e cinco mil reais) devido à cada uma das Agravantes pela ré, a 
título de danos morais decorrentes do falecimento de seus genitores. 
3- Agravo Regimental improvido 
(BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. AgRg no REsp 1.368.938/RS. Rel. 
Min. Sidnei Beneti. 3ª Turma. DJe em 07/06/2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 18: “A” trafegava numa via e, diante de um cruzamento em que tinha preferência, “B” 
entrou em sua frente de forma brusca, desrespeitando a preferência da via que era de “A”. Houve 
o acidente e “A” quer indenização. 
Ementa: REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE VEÍCULOS. 
INGRESSO. VIA PREFERENCIAL. CULPA. 
AGE COM CULPA CONDUTOR QUE, SEM ATENTAR PARA AS 
CONDIÇÕES DE TRÂNSITO, INGRESSA EM VIA PREFERENCIAL, E 
COLIDE COM VEÍCULO QUE TRAFEGAVA REGULARMENTE NESSA. 
APELAÇÃO NÃO PROVIDA. 
(BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. APC 
2010.01.1.213092-4. Rel. Des. Jair Soares. 6ª Turma Cível. DJe em 
13/08/2013)

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