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Introdução e ideias fundamentais da teoria de Keynes

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Introdução ao Pensamento de Keynes
Introdução geral
Vida Pública de Keynes
Principais obras do autor
Ideias fundamentais de sua teoria
Influência sobre o pensamento econômico
Keynes e a crise econômica recente
Disciplina: Macroeconomia I
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Introdução geral
Ao publicar a Teoria Geral do emprego, do Juro e da Moeda, em 1936, John Maynard Keynes marca uma revolução na teoria econômica  deu vida à Macroeconomia Moderna.
Há, assim, um rompimento de Keynes com o pensamento econômico da época. 
Disciplina: Macroeconomia I
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Vida pública de Keynes
Tratado de Versalhes; 
Volta da libra ao padrão-ouro em 1925; 
Papel das obras públicas e da política fiscal na recuperação da depressão nos anos 30;
Problemas de financiamento interno e externo da Grã-Bretanha no início da Segunda Guerra Mundial;
Construção da ordem financeira mundial no pós-guerra;
Negociações financeiras anglo americanas ao final da guerra.
Disciplina: Macroeconomia I
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1883: nascimento.
1905: graduação em Matemática.
1908: se tornou lecturer em economia no King’s College, em Cambridge.
1913: publicação de seu primeiro livro Indian Currency and Finance.
1915: foi trabalhar no Tesouro Britânico.
1919: As consequências econômicas da paz.
1921: O tratado sobre probabilidade.
1923: O tratado sobre a reforma monetária.
1930: O tratado da moeda.
Disciplina: Macroeconomia I
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A Vida e as obras de Keynes
Plano teórico: sua vasta obra e, especialmente, a Teoria Geral, deu vida à macroeconomia moderna. 
Plano político: o reformismo de inspiração keynesiana vem moldando – por afirmação ou oposição – as formas de intervenção do Estado nas economias de mercado. 
Disciplina: Macroeconomia I
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Contribuições marcantes na vida pública de Keynes
Principais obras de John Maynard Keynes e suas contribuições
The economic consequences of peace (1919): critica os termos da paz acordada pelos países vencedores frente aos derrotados pela Guerra.
Tract on a Monetary Reform (1923): aceita-se a TQM (re-interpretação).
 A Treatise on Money (1930): a moeda passa a ter a função de reserva de valor.
The general theory of employment, interest, and money (1936): apresenta mecanismos econômicos que evitem as flutuações e depressões econômicas a partir da ideia de economia monetária de produção.
Disciplina: Macroeconomia I
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A despeito de a TG conter uma divisão em seis livros, podemos dividir o projeto econômico de Keynes em três proposições teóricas: 
Teoria da determinação da renda (propensão a consumir e multiplicador).
Teoria do investimento (eficiência marginal do capital).
Teoria da taxa de juros (preferência pela liquidez).
Disciplina: Macroeconomia I
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Projeto econômico de Keynes na TG
Introdução: ideias fundamentais da teoria de Keynes
O caráter GERAL da teoria de Keynes: Sua teoria se ocupa de todos os níveis de emprego e se refere às mudanças de volume do emprego e da produção no sistema econômico em seu conjunto.
A teoria de uma economia monetária de produção: a moeda desempenha importante papel (não é neutra), influenciando posições de longo prazo da economia.
Juros como prêmio para não entesourar dinheiro: os juros são a recompensa para se abandonar o controle da riqueza na sua forma líquida.
Importância do conceito de liquidez: possibilidade de converter a riqueza presente em poder de compra para usá-lo na aquisição de outras formas de riqueza.
Disciplina: Macroeconomia I
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O investimento como mais importante fator determinante do emprego: o emprego nas atividades de investimento ajuda a manter a procura da produção existente de bens de consumo.
Incerteza e a relevância do estado de confiança: os investidores tendem a confiar no juízo da maioria ou da média (convenções).
Estado de confiança e ponto de demanda efetiva: A redução (colapso) do estado de confiança aumenta a PPL, reduz o preço de demanda dos ativos menos líquidos, atingindo os ativos de capital real, pois contrai investimentos e, através do multiplicador de consumo, a renda e o emprego agregados.
Papel dos gastos do governo: sustentação do nível de atividades quando há redução da demanda privada.
Disciplina: Macroeconomia I
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Introdução: ideias fundamentais da teoria de Keynes
Influência sobre o pensamento econômico
Revolução keynesiana no campo teórico.
New Deal de Roosevelt.
Criação do Fundo Monetário Internacional e o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento Econômico.
Seguidores de Keynes sugeriram a política do New Economics da administração Kennedy.
Disciplina: Macroeconomia I
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O pensamento keynesiano no Brasil
Influência de Raul Prebisch (popularização de Keynes) e Celso Furtado.
Síntese neoclássica.
Escola do pensamento desenvolvida no IE-Unicamp: inspirada em Kalecki, Keynes, Schumpeter, Marx. 
Escola do pensamento desenvolvida no IE-UFRJ: pós-keynesianismo norte americano de Paul Davidson e Hyman Minsky.
Construção da identidade pós-keynesiana no Brasil a partir do debate sobre o PDE (final dos anos 1970 e início dos anos 1980).
Disciplina: Macroeconomia I
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Keynes e a crise internacional de 2008/2009
Inadimplência de tomadores de hipotecas;
Crise de liquidez;
Rápida elevação da PPL e consequente colapso, como previsto por Keynes, dos preços de ativos menos líquidos;
Crise bancária: colapsaram-se as relações interbancárias de crédito;
Intervenção da AM;
Aumento da PPL dos bancos  restrição da oferta de crédito aos setores não financeiros  estrangulamento da atividade produtiva.
Disciplina: Macroeconomia I
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Governos de vários países foram obrigados a intervir com vigor na economia privada, utilizando-se de instrumentos fiscais, monetários e regulatórios, como sugeria Keynes em seus escritos.
Keynes é considerado por muitos economistas e analistas como o autor que mais contribuiu para o entendimento do período conturbado da história recente.
Vivemos no período atual um crescimento econômico global, com as economias em recuperação (até mesmo na Europa), em um ambiente regulatório mais sensato, livre da febre de desregulamentações.
Disciplina: Macroeconomia I
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Keynes, a crise internacional de 2008/2009 e sua lições
“A crise de 2008 põe à prova as políticas keynesianas”
Autor: Paul Singer – 9 de maio de 2009
“(...) A política anticíclica keynesiana consiste essencialmente em ações do setor público em substituição ao setor privado, paralisado pelo pânico. Os bancos públicos ‘salvam’ tanto bancos privados em crise, oferecendo-lhes o crédito que eles se negam mutuamente como empresas não financeiras em crise. Além disso, as instituições governamentais podem ampliar a oferta de serviços públicos – educação, saúde, pesquisa, saneamento, segurança, justiça etc. – pois diferentemente das firmas privadas, não visam lucro e não correm o risco de quebrar.
Os governos são responsáveis pela construção, conservação e restauração da infra-estrutura urbana, de transporte, energia etc.. e as promovem até o limite de seus recursos orçamentários, quase sempre aquém das necessidades. O combate a crises oferece oportunidades para expandir serviços e infra-estrutura vitais para a qualidade de vida dos mais carentes. Além disso, governos democráticos distribuem renda diretamente aos mais pobres, sob a forma de Bolsas Família, cestas básicas, merenda escolar, habitação de interesse social e reforma agrária. Na medida em que estas políticas são financiadas por impostos arrecadados dos mais ricos, a demanda efetiva de consumo sobe, contribuindo diretamente para o aumento da produção, do emprego e do investimento”.
Disponível em: http://criseoportunidade.wordpress.com/2009/05/09/a-crise-de-2008-poe-a-prova-as-politicas-keynesianas-paul-singer/
Disciplina: Macroeconomia I
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“Keynes, oh!”
 Autor: Antonio Delfim Netto – Folha de São Paulo- 08/08/2012
“(...) até 2009, os macroeconomistas do "mainstream" não incluíam em seus modelos o "crédito" e as "Bolsas de Valores". Por quê? A resposta é simples: porque estavam
míopes de Keynes e de seus seguidores, como Minsky. 
Já em 1936, Keynes introduzira o crédito e a Bolsa no seu modelo. O capítulo 12 do seu livro é um prodígio de antecipação do importante papel dessas duas instituições no processo capitalista e destaca a inerente instabilidade das Bolsas. 
O investimento é mais influenciado pelas expectativas de longo prazo nas Bolsas do que pelas dos próprios investidores. Seus pensamentos revelam a sua intuição e o domínio da realidade. (...)”
Disponível em: www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/59431-keynes-oh.shtml
Disciplina: Macroeconomia I
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“O ano em que Keynes voltou” 
Autor: Luiz Carlos Mendonça de Barros – Valor Econômico - 17/12/2012   
 
“A intensidade da crise econômica que, apesar de estar entrando em seu sexto ano, ainda domina a maior parte do planeta tem consolidado as chamadas terapias monetárias heterodoxas por parte dos bancos centrais de vários países. (...)
A partir das primeiras batalhas teóricas de Lord Keynes contra os membros da chamada escola clássica, no início do século XX, essa forma de entender os fenômenos econômicos de mercado foi evoluindo. Depois de décadas no ostracismo, foi resgatada pela crise criada pela febre liberal, que atacou o mundo a partir de 2004. O dramático desses eventos é que foi o próprio Fed, com uma leitura radicalmente oposta à da direção atual, que funcionou como acelerador da crise instalada nas economias mais importantes do mundo. A crença na racionalidade intrínseca dos mercados e na necessidade de deixá-los com suas mãos livres para que o potencial de crescimento das sociedades seja atingido foi a marca dos quatro anos que antecederam a crise imobiliária americana”.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/opiniao/2942024/o-ano-em-que-keynes-voltou#ixzz2LCR3Ed4o
Disciplina: Macroeconomia I
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“Dossiê discute se modelo atual é keynesiano”
Valor econômico - 24/10/2013 às 00h00
A Associação Keynesiana Brasileira (AKB) lançou um dossiê em que discute por que a economia brasileira tem crescido pouco no período recente e no qual questiona se as políticas econômicas que vêm sendo adotadas no país após a crise internacional devem ser consideradas keynesianas.
Na apresentação do dossiê, escrita por José Luis Oreiro e Luiz Fernando de Paula, foi ressaltado que qualquer política ativista tem sido classificada equivocadamente como keynesiana. Em um dos artigos do dossiê, de Caroline Jorge e Norberto Martins, destacou-se que a política fiscal brasileira no momento mais grave da crise de 2008 - política esta considerada keynesiana - teria sido uma exceção em relação à gestão praticada desde o início da década de 2000.
A avaliação é de que está em vigor desde então, na verdade, uma política austera, "de perseguição de superávits primários elevados", que compromete a capacidade de crescimento do país. Os mecanismos fiscais anticíclicos usados na crise, segundo o artigo, teriam sido dissipados, ocorrendo "a restauração do arcabouço de austeridade que vigora desde 1999“
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Disciplina: Macroeconomia I
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Crescimento do PIB brasileiro
Disciplina: Macroeconomia I
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Fonte: IBGE*Estimativa do Banco Central para 2014
Referências Bibliográficas
KEYNES (1936)[1982] – Apresentação da edição brasileira.
DILLARD (1948)[1976] – Item I
CARDIM DE CARVALHO, Fernando J. “O Retorno de Keynes”. Novos Estudos CEBRAP (Impresso), v. 83, p. 91-101, 2009.
Disciplina: Macroeconomia I
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Foto de Keynes
Disciplina: Macroeconomia I
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	Origens e repercussões das crises financeiras estão associadas à própria lógica de funcionamento dos mercados financeiros em uma economia monetária de produção.

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