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* Agentes Antimicrobianos * Esféricas Cocos Forma de bastão Bacilos Forma espiral Espiroquetas ou Espirilos Forma de virgula Vibrião Cocos e Bacilos podem unir-se => colônias cadeias (“estrepto-“) grupos (“estafilo-“) pares (“diplo-“) Por exemplo cocos em cadeias são chamados estreptococos Bactérias * Coloração de Gram Christian Gram (1884), um método de coloração que classifica as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas * Agentes Antimicrobianos Substância produzida por um organismo ou obtida sinteticamente que, em soluções diluídas, destrói as bactérias e outros microrganismos ou inibe o seu desenvolvimento. Um antibiótico “...apresenta boa capacidade antimicrobiana em baixa concentração (para ser viável) além de apresentar uma boa toxidade seletiva (sendo tóxico para bactérias e não para as células do corpo)...” * Classificação dos Antibióticos Com base na origem: Naturais (penicilina G) Semi-sintéticos (aminopenicilinas) Sintéticos (cloranfenicol) Com base na ação biológica Bactericidas: destrói as bactérias Bacteriostáticos: paralisam o crescimento das bactérias * Quanto ao espectro de ação Pequeno espectro: atinge um grupo de bactérias Grande especto: atinge mais do que um grupo de bactérias Com base no mecanismos de ação Parede bacteriana: inibição da síntese da parede Membrana celular: alteração da permeabilidade seletiva Ribossomas: alteração na síntese ou interrupção da síntese proteica DNA e RNA: inibição da síntese do material genético Metabolitos essenciais: inibição dos mesmos Classificação dos Antibióticos * Forma correta de utilização Tomar antibiótico apenas sob indicação médica. Não tomar nem ceder a terceiros o antibiótico que possa ter em casa, visto que pode não ser o indicado para a infecção. Tomá-lo sempre à mesma hora, todos os dias e até ao fim do tratamento. Se após 3 dias não se verificarem melhorias contactar o médico. * Princípios Gerais de Terapia Antimicrobiana Identificação do microrganismo infectante Terapia empírica – terapia de cobertura Determinar a sensibilidade do microrganismo a agentes antimicrobianos – antibiograma. Idade, função renal e hepática, local da infecção – escolha do agente antimicrobiano e dose. * Antibiograma - exame para a definição do tratamento de uma doença bacteriana, que consiste em cultivar as bactérias que causam a doença na pessoa e testar qual antibiótico é mais efetivo para o tratamento. Princípios Gerais de Terapia Antimicrobiana * Mecanismos de Resistência aos Agentes Antimicrobianos * Mecanismo de ação Impedem a incorporação do ácido para-aminobenzóico (PABA) na síntese de ácido fólico - necessário a biossíntese de purinas As bactérias sensíveis são as que precisam de PABA devido a sua incapacidade de utilizar diretamente o ácido fólico. As células humanas utilizam exclusivamente ácido fólico exógeno, de modo que a falta de PABA não provoca nenhum comprometimento. Sulfonamidas * Efeitos Farmacológicos Bactérias Gram-positivas - Streptococcus pyogenes e Streptococcus pneumoniae Bactérias Gram-negativas - Haemophilus influezae, Escherichia coli (infecções das vias urinárias), Shigela, Yersinia enterocolitica e Proteus mirabilis Outros microrganismos sensíveis incluem Bacillus anthracis, Nocardia, Actinomyces e Chlamydia trachomatis, o agente responsável pelo tracoma, linfogranuloma venéreo e conjuntivite. Sulfonamidas * Usos Terapêuticos Infecções agudas das vias urinárias Toxoplasmose – quando em combinação com pirimetamina conjuntivite de inclusão Preparações Sulfametoxazol-trimetoprima (Bactrin) A trimetoprima é um inibidor altamente seletivo da diidrofolato redutase - metabolismo do folato Sulfonamidas * Mecanismo de ação Bactericidas Inibem as enzimas essenciais na síntese da parede celular das bactérias Ativam enzimas autolíticas da parede celular, responsáveis pela lise da bactéria Resistência bacteriana Beta-lactamases (penicilinase e cefalosporinase) – hidrólise do anel beta-lactâmico – inativando o antibiótico. Inibidores das beta-lactamases – Ácido Clavulânico Beta-lactâmicos * Ação de Beta-Lactâmicos Inibição da síntese de peptidoglicano = toxicidade seletiva Síntese da Parede Celular * Penicilinas G e V Usos terapêuticos Infecções por cocos Gram-positivos Estreptocócicas: Pneumonia pneumocócica, Meningite pneumocócica, Endocardite – Streptococcus pneuminiae Infecções por cocos Gram-negativos Gonocócicas – ceftriaxona – fármaco de primeira escolha Cepas resistentes à penicilina – Penicilina G Procaína, ampicilina, amoxicilina em combinação com probenecida Outras infecções microbianas que respondem à penicilina G Sifilis,infecções orais e dentárias, antrax, actinomicose e infecções por Listeria (fármaco de 1° escolha) Beta-lactâmicos * Penicilinas G e V Usos profilático Infecções estreptocócicas Recidivas febre reumática Oftalmia gonorréica em recém-nascidos Procedimentos cirúrgicos – cardiopatia valvular Beta-lactâmicos * Penicilinas de amplo espectro – Ampicilina e Amoxacilina Usos terapêuticos Infecções Gram-positivos E. cili, H. influenzae, Salmonella e Shigela e algumas espécies de Proteus Gonorréia, Sinusites e otites, infecções das vias urinarias, meningite. Penicilinas antipseudomonas – Carbenicilina e Azlocilina Usos terapêuticos Infecções Gram-negativos P. aeruginosa, Proteus indol-positivo Enterobacter Infecções graves (bacteremia, pneumonia, queimaduras). Beta-lactâmicos * Cefalosporinas Mecanismo de ação Bactericidas Inibem a síntese da parede celular bacteriana Resistência Bacteriana Altamente resistentes a penicilinase Cefalosporinase (beta-lactamase) - quebra do núcleo da cefalosporina – destruição da atividade antibacteriana Beta-lactâmicos * Beta-lactâmicos Cefalosporinas Efeitos Farmacológicos Atuam contra a maioria dos cocos Gram-positivos, incluindo produtores de penicilinase e algumas cepas de bacilos Gram-negativos. Usos terapêuticos S. aureus – infecções cutâneas, osteomielite e endocardite. Krebsiella pneuminiae – fármaco de 1° escolha Bactérias Gram-negativas – infecções do trato respiratório e das vias urinárias. Proteus, B. fragilis, Serratia, Enterobacter e alguma atividade contra Pseudomonas * Beta-lactâmicos Cefalosporinas Primeira geração Cefalotina, Cefazolina e Cefalexina Segunda geração Cefaclor, Cefoxitina e Cefamandol Terceira geração Cefotaxima, Ceftriaxona e Ceftazidima * Beta-lactâmicos Imipenem Efeitos Farmacológicos Ativo contra cocos Gram-positivos e Gram-negativos, Enterobacteriaceae, P. aeruginosa e bactérias anaeróbicas (B. fragilis) Gonococos e cepas de H. influenzae Usos terapêuticos Infecções hospitalares graves Osteomielite, artrite séptica, bacteremia e infecções intra-abdominais * Aminoglicosídios Mecanismo de ação Inibem a biosssíntese de proteínas ao atuar diretamente sobre o ribossomo Interferem na ligação correta do RNAm aos ribossomos na iniciação da síntese de proteínas Provocam a leitura errada do código genético Rompem a membrana citoplasmática bacteriana Resistência microbiana Plasmídios e fatores de resistência – disseminando o código genéticos das enzimas que levam a resistência * Aminoglicosídios Usos terapêuticos Estreptomicina – uso isolado no tratamento da peste (Yersinia pestis) e tularemia (Francisella tularensis) Gentamicina, tobramicina, amicacina – uso limitado a infecções potencialmente fatais provocadas por P. aeruginosa, Serratia, Enterobacter e Klebsiella Neomicina – microrganismos Gram-positivo e Gram-negativo - preparações dermatológicas e oftálmicas e através da via oral como preparação intestinal para cirurgia. * Tetraciclinas Mecanismo de ação Bacteriostáticos Inibem a síntese de proteínas ao ligar-se aos ribossomos 30S Efeitos farmacológicos Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas Mycoplasma, Borrelia, Chlamydia e riquétsias Agentes secundários contra espécies de Leptospira e Treponema Em altas concentrações, inibem o crescimento do protozoário Entamoeba histolytica * Tetraciclinas Usos terapêuticos Infecções por riquétsias – fármaco de 1° escolha – Varíola por riquétsia Infecções por clamídias – Linfogranuloma venéreo, conjuntivite de inclusão, tracoma Infecções bacilares – Brucelose, cólera DSTs – Gonorréia, Sífilis, Granuloma inguinal Infecções amebianas Doxiciclina e Minociclina * Cloranfenicol Mecanismo de ação Bacteriostáticos Inibem a síntese de proteínas ao atuar sobre a subunidade ribossomômica 50S Efeitos farmacológicos Microrganismos Gram-negativos - H. influenzae Microrganismos anaeróbicos – B. fragilis Algumas cepas de Streptococcus Espécies de Clostridium, Chlamydia e Myciplasma Riquétsias * Cloranfenicol Usos terapêuticos Febre tifóide – fármaco de 1° escolha Meningite bacteriana – H. influenzae Infecções por anaérobios Brucelose * Mecanismo de ação Bacteriostáticos Inibem a síntese de proteínas ao atuar sobre a subunidade ribossomica 50S Efeitos farmacológicos Eritromicina – Gram-positivos – S. aureus e espécies de Neisseria, Treponema e Mycoplasma; cepas de H. influenzae Claritromicina e Azitromicina – 2 a 4 x mais ativa que a eritromicina contra estafilococos e estreptococos Macrolídios * Usos terapêuticos Eritromicina Alternativa em pacientes alérgicos a penicilina nas infecções causadas por S. pyogenes e S. pneumoniae Pneumonia causada por Mycoplasma Tratamento tópico da acne Claritromicina e Azitromicina Alternativas para eritromicina Infecções associadas a AIDS (toxoplasmose, criptosporidiose) Macrolídios * Mecanismo de ação Bacteriostático Inibem a síntese de proteínas ao atuar sobre a subunidade ribossomômica 50S Efeitos farmacológicos Microrganismos Gram-positivos – estreptococos anaeróbicos Usos terapêuticos Fármaco de 1° escolha contra Bacteroides (B. fragilis). Tratamento tópico da acne Clindamicina * Mecanismo de ação Bactericida Atuam sobre a DNA-girase, enzima envolvida na replicação do DNA Efeitos farmacológicos Todas as fluoroquinolonas mostram-se ativas contra Neisseria gonorrhea, H. influenza e a maioria dos microrganismos causadores de gastroenterite bacteriana. Ciprofloxacina – altamente ativa contra P. aeruginosa Quinolonas * Usos terapêuticos Norfloxacina – infecções das vias urinárias Ciprofloxacina - infecções complicadas das vias urinárias, diarréia infecciosa, infecções dos ossos, ariculações, pele e vias aéreas inferiores Ofloxacina – Igual a ciprofloxacina; gonorréia (dose única) e infecções por clamídias Quinolonas * Alterar a entrada do antibiótico: Diminuição da permeabilidade Interior da bactéria Parede Celular Porina Antibiótico Antibióticos geralmente entram nas bactérias através de canais protéicos (porinas) da parede celular BETA LACTÂMICOS QUINOLONAS * Modificação Estrutural do Sítio de Ação Interior da bactéria Parede Celular Sítio Modificado Antibiótico Alteração estrutural do sítio de ação: Ligação bloqueada Com a mudança estrutural o antibiótico perde a capacidade de se ligar ao sítio QUINOLONAS RIFAMPICINA BETA LACTÂMICOS MACROLIDEOS * Alterar a captação do antibiótico: Diminuição da permeabilidade Interior da bacteria Parede Celular Nova porina Antibiótico Nova porina na parede celular impede a entrada de antibióticos na bactéria * Alterar a captação de antibióticos Aumento do Efluxo Interior da bactéria Cell wall Porina Antibiótico Entrada Saída Bomba Ativa Bombas no interior da bactéria fazem com que assim que o antibiótico entre ele seja “jogado fora” TETRACICLINAS QUINOLONAS * Inativação do Antibiótico Interior da bactéria Parede Celular Antibiótico Sítio de Ação Enzima Antibiótico destruído Antibiótico alteredo, Previne a ligação As enzimas destroem o antibiótico ou impedem que eles se liguem ao sítio de ação * “Substância produzida por um organismo ou obtida sinteticamente que, em soluções diluídas, destrói as bactérias e outros microrganismos ou inibe o seu desenvolvimento.” * * * Sulfonamidas Mecanismo de ação Impedem a incorporação do ácido para-aminobenzóico (PABA) na síntese de ácido fólico, que na forma reduzida, é necessário a biossíntese de purinas para a transferência de unidades de um carbono As bactéria sensíveis são as que precisam de PABA devido a sua incapacidade de utilizar diretamente o ácido fólico. As células humanas utilizam exclusivamente ácido fólico exógeno, de modo que a falta de PABA não provoca nenhum comprometimento. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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