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Esquistossomose Caroline Medeiros OMS – 200 milhões de pessoas infectadas - 600 milhões sob risco Introdução Ampla distribuição geográfica – África, Antilhas e América do Sul Introdução da esquistossomose no Brasil – importação dos escravos africanos; Focos primitivos – Região canavieira do nordeste Introdução Movimentos migratórios Ciclo do ouro e diamantes Ciclo da borracha Ciclo do café Industrialização Epidemiologia 19 estados Epidemiologia - Meio ambiente favorável – temperatura e luminosidade - Variedade de hábitats aquáticos – criadouros dos moluscos susceptíveis - Presença de pessoas contaminadas - Condições sócio – econômicas precárias - Migração populacional interna Epidemiologia Fatores ligados à população humana - Idade: faixa etária mais jovens, carga parasitária - Atividades recreativas e profissionais Filo Platyhelminthes Classe Trematoda Gênero Schistosoma Espécie Schistosoma mansoni * S. haematobium S. intercalatum S. mekongi S. japonicum Taxonomia Agente etiológico Hospedeiros Definitivo: Homem Eliminação dos ovos do parasita no ambiente pelas fezes Intermediário: Brasil Caramujos do gênero Biomphalaria * * Vermes adultos – Macho e fêmea Morfologia Formas evolutivas do parasito Canal ginecóforo Morfologia Formas evolutivas do parasito Ovo - Mede 150µm, oval - Apresenta lateralmente um espículo - Longevidade: 24 horas fezes líquidas 5 a 6 dias em fezes sólidas Morfologia Formas evolutivas do parasito Miracídio - Cilíndrico e ciliado - Longevidade: 8 a 10 horas - Forma infectante para o hospedeiro intermediário Esporocisto - Presente no hospedeiro intermediário Morfologia Formas evolutivas do parasito Cercária - Mede - 500 µm - Possue 2 ventosas (oral e ventral) - Possue um corpo e uma cauda - Vive cerca de 2 dias - Forma infectante para o hospedeiro definitivo Morfologia Formas evolutivas do parasito - Forma intermediária entre cercária e verme adulto Esquistossômulo Esquistossômulo Hábitat Vermes adultos – Sistema porta intra-hepático; Acasalamento e postura – Plexo hemorroidário - terminais da veia mesentérica inferior 400 ovos/dia RI Enzimas proteolíticas Modo de Transmissão Através da penetração ativa das cercárias na pele e mucosas Locais de maior transmissão: Valas de irrigação Açudes Córregos Ciclo Biológico Ovos de S.mansoni – liberados pelas fezes Na água eclodem liberando uma larva ciliada - miracídio Penetração ativa das cercárias Heteroxênico 27 a 30 dias Esporocisto I Esporocisto IIEsporocisto III Ovo Miracídio Cercária Período de incubação 1 a 2 meses após infecção Período de transmissibilidade Homem – eliminam ovos do S. mansoni a partir de 5 semanas após infecção Caramujos - eliminam cercárias após 4 a 7 semanas da infecção pelos miracídios Patogenia Cercárias Dermatite cercariana – sensação de comichão, eritema, edema, pequenas pápulas e dor Patogenia Esquistossômulos 3 dias após são levados aos pulmões e 1 semana depois estão nos vasos do fígado (febre, eosinofilia, linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia e sintomas pulmonares) Vermes adultos Os mortos causam lesões no fígado Ação espoliativa – consumo de 2,5 mg de Fe por dia Patogenia Ovos Elementos fundamentais da patogenia Hemorragias, edemas da submucosa Fenômenos degenerativos - ÚLCERAS Formação do granuloma Patogenia Esquistossomose Aguda Fase Pré – postural: 10 a 35 dias após a infecção: Assintomática ou inaparente Mal estar, febre, tosse e hepatite aguda Fase postural: 50 a 120 dias após a infecção: Disseminação miliar de ovos – formação de granulomas Febre, sudorese, emagrescimento, fenômenos alérgicos, diarréia, tenesmo, hepatoesplenomegalia, eosinofilia, alteração das transaminases Patogenia Esquistossomose Crônica Forma intestinal – A maioria benigna Casos crônicos graves Fibrose da alça retossigmóide, do peristaltismo e constipação Formação de numerosos granulomas Diarréia, dor abdominal, tenesmo Hemorragias e edemas Patogenia Esquistossomose Crônica Forma hepática – início da oviposição e formação de granulomas Fígado aumentado e doloroso à paupação Menor e fibrosado Fibrose de Symmers Hipertensão portal Patogenia Esquistossomose Crônica Forma esplênica – Congestão do ramo esplênico (esplenomegalia) Consequências: Desenvolvimento da circulação colateral anormal Formação de varizes esofagianas Patogenia Ascite – Barriga d’ água Diagnóstico Clínico Anamnese minuciosa História geográfica levantamento de sinais e sintomas de fase aguda Diagnóstico Laboratorial - Exame de fezes : Lutz (sedimentação espontânea) Kato – Katz (quantitativo) Recomendação: 3 amostras sequenciais - Biópsia retal e biópsia hepática Exames sorológicos : positivos a partir do 25º dia - ELISA Diagnóstico Exames complementares Ultrassonografia abdominal Endoscopia digestiva alta e baixa Ressonância Magnética Tratamento Contraindicações Durante a gestação Durante a fase de amamentação (72 horas após) Crianças <2 anos Insuficiência hepática e renal Acompanhamento de Cura Seis exames parasitológicos de fezes Biópsia retal após o 6º mês pós-tratamento Profilaxia Educação sanitária Tratamento da população Saneamento básico Construção de rede de esgotos Tratamento da água Combate ao caramujo Estudo dirigido 1. Considere o esquema abaixo, sobre o ciclo de vida do Schistossoma mansoni As três formas I, II, III, sob as quais o parasita pode ser encontrado na água, corresponde, respectivamente a: 2- A esquistossomose observada no Brasil, é uma doença grave e debilitante. Na fase crônica, ocorre inflamação do fígado e do baço, além da típica ascite (barriga d'água). Na profilaxia dessa doença é importante: 1) construir redes de água e esgoto. 2) exterminar o caramujo hospedeiro. 3) evitar o contato com águas possivelmente infestadas por cercárias. 4) Combater o barbeiro Está(ão) correta(s): a) 1, 2, 3 e 4 b) 2 apenas c) 1, 2 e 4 apenas d) 2 e 4 apenas e) 1, 2 e 3 apenas 3- Quais são os hospedeiros intermediário e definitivo do S. mansoni ? 4 - Qual a forma de transmissão do Schistossoma mansoni para o hospedeiro definitivo e quais são os locais de maior transmissão? 5- Descreva o ciclo biológico do S. nos hospedeiros definitivo e intermediário 6- Quais as manifestações clínicas de fase aguda e crônica que o homem apresenta em decorrência da infecção pelo S. mansoni Esquistossomose Caroline Medeiros
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