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Universidade Lusíada
Licenciatura em Psicologia
TEORIAS DA PERSONALIDADE E MOTIVAÇÃO
Regente: Professora Doutora 
 Maria Leonor Segurado de Falé Balancho 
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Já em 1937 Allport, fez uma lista com 50 tentativas de definição de personalidade feita por psicólogos.
 Algumas eram tão abrangentes, que cabia lá tudo o que se pode querer saber em psicologia sobre a pessoa. 
“A personalidade é toda uma organização mental de um ser humano em qualquer estádio do desenvolvimento.” 
“A personalidade é o que um homem realmente é”. 
“A personalidade de um indivíduo é avaliada pela forma como ele consegue ter relações positivas com as outras pessoas, em diferentes circunstâncias”.
-“Conjunto estruturado e dinâmico das características inatas, das aquisições do meio (sociocultural) e da história das experiências vividas (desenvolvimento) que organizam e determinam o comportamento humano”. 
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 “São as características relativamente duradouras que diferenciam as pessoas – os comportamentos que tornam cada um de nós único. Leva-nos a actuar de uma forma consistente e previsível, quer em diferentes situações, quer durante longos períodos de tempo”.
“A palavra personalidade origina-se na palavra persona, que era a máscara que os actores gregos e romanos usavam para se saber quais as personagens que estavam a representar”. 
“Com o avançar dos anos, os psicólogos tentaram tornar cada vez mais precisa a definição, afastando por exemplo aspectos como as características físicas ou intelectuais, e centrando-se mais nos aspectos afectivos, nas atitudes, ideais, interesses, valores, conscientes ou inconscientes”.
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Unidades da personalidade
Traços, motivos e cognições têm sido as unidades
estudadas. 
Um dos aspectos das teorias modernas da personalidade é entendê-la em termos de descrição e análise dos traços que a compõem.
 
- Os especialistas defensores dos traços dizem que certos traços caracterizam o comportamento de uma pessoa, em muitas situações. 
 
- Isto quer dizer que o conhecimento dos traços de personalidade de um indivíduo nos permitirá prever o que provavelmente ele fará no futuro, numa dada situação, mesmo em situações em que nunca tenha sido observado. 
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O TRAÇO
Característica da personalidade que torna uma pessoa diferente da outra e/ou que descreve a personalidade de um indivíduo.
O traço caracteriza o comportamento duma pessoa, o que permite antecipar ao observador a reacção que a pessoa vai ter, perante determinado acontecimento. 
O TIPO
Formas de caracterizar a personalidade e de agrupar os seres humanos a partir de características semelhantes. Um pequeno número de tipos é suficiente para descrever todas as pessoas.
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As teorias da personalidade sofreram cinco fortes influências:
A tradição da observação clínica - Onde incluímos Freud, Jung... Teve um impacto inestimável sobre a construção das teorias da personalidade, através do estudo dos doentes mentais que tinham neuroses, obsessões…
2. A tradição gestáltica – Onde o nome de Allport é o mais evidente. Era defendida uma visão global do ser humano, tendência ainda muito presente nas teorias actuais da personalidade.
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3. A tradição das teorias da aprendizagem e da psicologia experimental - Estão preocupadas em tornar cada vez mais científico e empírico o estudo da personalidade e em evidenciar o papel da experiência e da aprendizagem nas várias situações de vida.
4. A tradição genética e biológica – Defendem a ideia de que o ser humano é como é por causa da forma como nasce e daquilo que recebe, a nível fisiológico, dos seus ascendentes. 
5. A tradição psicométrica – Está muito preocupada e centrada na medição das diferenças individuais.
 Sempre se interessou pela construção e validação de testes.
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Há várias formas de agrupar as teorias da personalidade
 Cada uma destas perspectivas tem pontos de vista diferentes, conceitos e áreas de investigação diferentes. 
 A primeira e mais simples, é agrupar em teorias freudianas e não freudianas. 
Várias formas de agrupar as teorias da personalidade:
Teorias psicodinâmicas – que enfatizam os motivos inconscientes e o conflito intrapsíquico resultante
2. Teorias estruturais – que se focalizam nas diferentes tendências comportamentais que caracterizam os indivíduos
3. Teorias experienciais – observam a maneira como a pessoa percebe a realidade e experiência o seu mundo
4. Teorias da aprendizagem – enfatizam o facto das tendências das pessoas dependerem das suas aprendizagens, pondo por isso o foco no processo de aprendizagem 
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Podem também ser agrupadas em três correntes básicas:
A teoria psicanalítica faz ênfase nos processos inconscientes, na ligação entre motivos e nos efeitos das experiências precoces no desenvolvimento da personalidade
2. A perspectiva de traço põe a sua ênfase nas unidades estruturais básicas, no temperamento e nas consistências do comportamento através das diferentes situações
3. A abordagem socio-cognitiva está associada com uma ênfase nos processos cognitivos, expectativas e crenças, e num domínio de especificidade situacional do funcionamento da personalidade
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Em defesa da hereditariedade
Se sabemos que todas as características físicas tendem a ser determinadas – altura, cor dos olhos, cabelo, pele... – também sabemos que têm alguma influência na determinação das diferenças de comportamento entre os indivíduos.
 Doenças cromossómicas (como a trisomia 21) são um claro indicador da importância da hereditariedade, também no que implicam de alterações físicas e comportamentais específicas.
Os estudos com gémeos verdadeiros são um exemplo de como as crianças que herdaram os mesmos cromossomas – têm mais possibilidade de partilharem a personalidade. 
Há dados de que os gémeos verdadeiros, que são educados separadamente, são mais parecidos do que os gémeos falsos, quando educados juntos.
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Comparando irmãos gémeos, algumas conclusões vão no sentido de que a hereditariedade pesa mais do que o meio em características de personalidade. 
A sociabilidade e o tradicionalismo, a capacidade de liderar situações ou de ser autoritário, parecem ser das características com mais marcas genéticas,
 dando a perceber que há características que são mais influenciadas pelo meio e outras pela biologia. 
Já vimos a importância da hereditariedade no desenvolvimento da personalidade.
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Em defesa do meio ambiente
Vamos então pensar na importância do ambiente, onde se destaca a educação parental e a experiência familiar. 
Muitos dos estudos têm analisado a relação entre a criança e a mãe, dado que sempre foi ela que cuidou, tradicionalmente, e passou mais tempo com os filhos, e foi o seu elo de ligação com o exterior.
 O estudo de criança órfãs de mães veio mostrar que a sua falta produzia personalidades mais imaturas, e emocionalmente mais instáveis, mesmo com pais adoptivos. Tendiam a ser mais apáticas e a terem áreas com algum atraso de desenvolvimento. 
No entanto, as crianças adoptadas repunham o seu equilíbrio mais cedo, ao terem uma mãe substituta, do que as que eram educadas em lares. 
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Também os valores culturais em que a criança cresce mostram diferenças nas suas personalidades. 
Por exemplo, ambição, trabalho árduo, asseio, autocontrolo são valores típicos de personalidades criadas na classe média, enquanto que as crianças e adultos educados em classes operárias tendem a dar origem a crianças mais abertas e desinibidas, mais inclinadas para receber satisfação imediata dos seus impulsos e necessidades, sendo mais violentas. 
As privações que sofreram e as frustrações, a par de modelos de agressividade e do incentivo à violência como forma de sobreviver num contexto difícil podem explicar estas diferenças. 
A cultura nacional tem também uma importante influência nas nossas atitudes. Pensem apenas na alegria dos brasileiros ou dos espanhóis versus o negativismo
fadista dos portugueses. 
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FINALMENTE, há quem defenda que não podemos dizer se o mais importante é um ou outro, mas que a hereditariedade e o maio ambiente interagem de tal forma que devemos falar da personalidade como dependente da interacção entre os dois factores – é a teoria interaccionista.
Como diria Allport, aquilo que parecemos herdar é a matéria prima da nossa personalidade, ou temperamento, e o ambiente o que faz é moldar esta matéria prima na sua forma progressivamente.
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 TESTES DE PERSONALIDADE
 MAIS CONHECIDOS E UTILIZADOS
MÉTODOS PROJECTIVOS
Teste de Rorschach
T A T - Teste de Apreciação Temática para adultos 
C A T - Teste de Apreciação Temática para crianças 
MEDIDAS DE AUTO-AVALIAÇÃO
M M P I - Inventário Multifásico de Personalidade de 
 Minnesota
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
- Observação, análise de comportamentos em casa, no trabalho, na escola 
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Conceitos chave da teoria de Jung
INCONSCIENTE PESSOAL
INCONSCIENTE COLECTIVO
EGO
PERSONA
COMPLEXOS
SELF
ATITUDES DE INTROVERSÃO
 E EXTROVERSÃO
ARQUÉTIPOS
TELEOLOGIA E
CASUALIDADE
SOMBRA
ANIMA E ANIMUS
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IDEIAS CENTRAIS DA TEORIA DE JUNG
INCONSCIENTE PESSOAL – É uma região próxima do ego. Consiste em experiências que outrora foram conscientes, mas que agora são reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas, ou em experiências que foram fracas de mais para deixar marca consciente na pessoa. (exemplo da violação e queremos lembrar a professora e os colegas da 2ª classe e não termos nada na memória).
EGO – É a mente consciente. É formada por percepções, memórias, pensamentos e sentimentos. É a base da nossa identidade e o que nos faz ser constantes.
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PERSONA – É uma máscara adoptada pela pessoa em resposta às vontades da sociedade. È o papel atribuído a alguém pela sociedade, o papel que alguém espera que se desempenhe na vida. E oculta a verdadeira natureza da pessoa. 
È a personalidade pública, os aspectos que apresentamos ao mundo, ou que a opinião pública impõe ao indivíduo, em contraste com a personalidade privada existente por detrás da fachada social. 
Se o ego se identificar com a persona, o que frequentemente acontece, o indivíduo é verdadeiro, o SELF É VERDADEIRO, senão é um SELF FALSO. 
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SELF – Centro de toda a personalidade, em volta do qual se integram todos os outros sistemas. É a meta da vida, que muito se procura mas raramente se alcança. Provoca busca de integralidade. É a descoberta psicológica mais importante de Jung e é a conclusão de todos os seus estudos sobre os arquétipos. Não se torna evidente até que a pessoa tenha atingido a meia idade.
COMPLEXOS – Grupo organizado ou conjunto de sentimentos, pensamentos, percepções e memórias que existem no inconsciente pessoal. Um dos exemplos de complexo em Jung é o complexo maternal (junção do que a nossa mãe foi para nós e do “instinto” maternal ou arquétipo racial maternal). Por exemplo, uma pessoa que é dominada pela mãe tem um forte complexo materno, e tudo o que faz ou diz tem a ver com a mãe, o que ele achará, como reagirá...
ATITUDES DE INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO – personalidade do mundo interno e do externo. 
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INCONSCIENTE COLECTIVO – Também chamado transpessoal é um dos aspectos mais inovadores e discutíveis da teoria de Jung.
É o sistema mais poderoso da personalidade. 
É o reservatório de memórias herdadas do nosso passado colectivo, onde está a história dos humanos e dos pré-humanos e animais. 
Todos os humanos têm mais ou menos o mesmo inconsciente colectivo
Jung vê a personalidade individual como o produto da história antiga da humanidade e da raça do sujeito. Há uma acumulação de experiências das gerações passadas que moldam o ser actual. Assim, as fundações da personalidade são primitivas, inatas, inconscientes, arcaicas e universais.
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Há por isso uma personalidade racialmente pré-formada que é colectiva que cada um de nós vai alterando e seleccionando em função das experiências vividas.
(Freud defende a importância do passado e das experiências infantis na personalidade, enquanto que Jung defende a importância do futuro e das intenções e marca das origens raciais)
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ARQUÉTIPOS – Forma de pensamento que contém um grande elemento de emoção. São eles que compõem o inconsciente colectivo. Referem-se a símbolos e imagens primitivas. 
Exemplo de demónios ou heróis ou deuses... 
Psique ou personalidade total compõe-se por vários sistemas diferenciados, mas interligados. 
São eles o ego, o inconsciente pessoal com os seus complexos, o inconsciente colectivo com os seus arquétipos, a anima o animus e a sombra.
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TELEOLOGIA E CAUSALIDADE – Para Jung, o comportamento humano é condicionado, não apenas pela história individual e racial (causalidade) mas também pelas metas e aspirações (teleologia). 
Assim, o nosso comportamento presente é tanto influenciado pelo passado, como uma realidade que já aconteceu, como pelo futuro, como potencialidade do que virá a acontecer.
Assim, há no homem um desenvolvimento constante e frequentemente criativo, a busca da totalidade.
“A pessoa vive por metas, tanto como por causas”
(as metas são os meus propósitos e objectivos e as causas são as minhas razões do passado, a história do que me aconteceu que explica alguma coisa do que eu sou)
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ANIMA e ANIMUS – Todos os seres humanos nascem animais bisexuais. Anima é o arquétipo feminino do homem e animus é o arquétipo masculino da mulher.
SOMBRA - São os instintos animais que os humanos herdaram, representando o lado animal da natureza humana. 
Acreditando no carácter progressivo da personalidade, que sempre evolui, Jung defende que a suprema meta de cada um de nós é a AUTO-REALIZAÇÃO. Quando é atingida, significa que a PSIQUE desenvolveu um novo centro, o SELF, que ocupa o espaço do antigo centro, o EGO.
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Conceitos chave da teoria de Adler
EXPERIÊNCIAS 
DE INFÂNCIA
SELF CRIATIVO
ESTILO DE VIDA
SINGULARIDADE 
DA PESSOA HUMANA
INTERESSE SOCIAL
CONSCIÊNCIA
FINALISMO FICCIONAL
SENTIMENTOS DE
 INFERIORIDADE E 
COMPENSAÇÃO
BUSCA DE 
SUPERIORIDADE
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA TEORIA DE ADLER
SELF CRIATIVO – É a realização suprema de Adler como teórico da personalidade. quando ele descobriu o poder criativo do self, todos os seus outros conceitos ficaram subordinados a ele.
 Era a fonte de energia, a pedra filosofal, o elixir da vida, a causa primeira de tudo o que era humano e Adler perseguia.
A doutrina de um self criativo afirma que os humanos fazem a sua própria personalidade. Constróem a partir do material bruto da hereditariedade e da experiência. 
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O self criativo é o fermento que age sobre os factos do mundo e transforma esses factos numa personalidade subjectiva, dinâmica, unificada, pessoal. 
É o que dá significado á vida. 
É o princípio activo da vida humana e não é muito diferente do conceito mais antigo de alma.
A concepção de Adler sobre a natureza da personalidade coincidiu com a ideia popular de que os indivíduos podem ser os senhores, não as vítimas, do seu destino.
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 A hereditariedade apenas dota (o homem) com certas capacidades.
 O ambiente apenas lhe transmite certas impressões. 
Essas capacidades e impressões, e a maneira como ele as “experiência” – isto é, a interpretação que faz dessas experiências (subjectiva, construída pelo próprio e que implica auto-consciência) – são os blocos construtores, ou em outras palavras, a sua atitude perante a vida, que determinam o seu relacionamento com o mundo externo”. (Adler, 1935) 
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INTERESSE SOCIAL – É o destino indestrutível da espécie humana. 
ADLER era um defensor da JUSTIÇA SOCIAL e da DEMOCRACIA SOCIAL, e alargou a sua teoria para incluir o factor do interesse social, este inclui questões como cooperação, relações interpessoais e sociais, identificação com o grupo, empatia..., mas é mais do que isso
– é o indivíduo ajudar a sociedade a alcançar a meta de uma sociedade perfeita. 
Dizia: ”o interesse social é a verdadeira e inevitável compensação de todas as fraquezas naturais dos seres humanos.” (Adler, 1929)
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SINGULARIEDADE DA PESSOA HUMANA – Adler via cada pessoa como uma configuração única de motivos traços, interesses e valores. 
Cada acto realizado pela pessoa tem a marca característica de seu estilo de vida instintivo. 
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CONSCIÊNCIA – Centro da personalidade. Apresenta-se assim, num pioneiro no desenvolvimento de uma psicologia orientada para o ego.
 Os humanos são seres conscientes, estando geralmente cientes das razões de seu comportamento. Têm consciência das suas inferioridades e das metas que pretendem atingir.
 Este é o aspecto mais contrário à teoria de Freud.
FINALISMO FICCIONAL – Os humanos vivem de acordo com ideias de fixação, ficção.
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BUSCA DE SUPERIORIDADE – Depois de Adler acreditar que a meta final de todos os seres humanos era a agressão, em seguida o desejo de poder, veio finalmente defender que é a busca de superioridade ou perfeição. 
Adler considera-a inata, sendo a própria vida. 
É a busca desta superioridade que leva a pessoa a evoluir de um estádio de desenvolvimento para outro.
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SENTIMENTOS DE INFERIORIDADE E COMPENSAÇÃO – Tentando explicar porque adoecem as pessoas de certas partes do corpo ou orgãos, Adler sugeriu que se trata de uma inferioridade nessa região, existente em virtude de uma anormalidade ou anomalia de desenvolvimento. Observou que uma pessoa com um órgão defeituoso geralmente tenta compensar essa fraqueza, fortalecendo-o treinando-se intensivamente. 
É o caso de Roosevelt, que era muito doente e fraco durante a infância, e através de muitos exercícios sistemáticos, passou a ser um homem fisicamente robusto.
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ESTILO DE VIDA - É o princípio do sistema segundo o qual Funciona a personalidade individual. É o todo que comanda as partes. É o princípio que explica a singularidade da pessoa. Todos têm um estilo de vida, mas não existem duas pessoas com o mesmo estilo de vida. 
Descreveu 4 estilos: Dominante (muito activo mas pouco envolvido socialmente, e que domina os problemas); Obtentor (é o mais frequente e implica esperar que lhe dêem tudo o que precisa); Evitante (evita os problemas para tentar não ser derrotado por eles); Socialmente útil (pessoas que enfrentam as tarefas da vida e tentam resolvê-las de acordo com as necessidade dos outros). O estilo de vida forma-se na infância, por volta dos 4/5 anos.
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Conceitos chave da Teoria de Erikson
ESTÁDIOS DE 
DESENVOLVIMENTO
CONFIANÇA
VS
DESCONFIANÇA
AUTONOMIA
VS
VERGONHA
INICIATIVA
VS
CULPA
DILIGENCIA
VS
INFERIORIDADE
INTERGIDADE
VS
DESESPERO
GENERATIVIDADE
VS
ESTAGNAÇAO
INTIMIDADE
VS
ISOLAMENTO
IDENTIDADE
VS
CONFUSÃO DE 
IDENTIDADE
EGO
ORIGENS PSICOSSOCIAIS DA PERSONALIDADE
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Estádios de desenvolvimento de personalidade segundo Erikson
1º Estádio – Confiança/Desconfiança
Corresponde ao 1º ano de vida, no qual a relação de vinculação e os bons cuidados maternais, levam a criança a sentir confiança através do amor, conforto táctil, alimentação, são todas as situações que satisfazem todas as necessidades da criança. 
Aprende que o mundo à sua volta é seguro tem conforto físico e emocional, aprende a confiar em si mesmo. 
Se a criança não sentir este conforto torna-se medrosa, agressiva, hostil e ansiosa em relação ao mundo exterior.
A resolução desta crise leva o bebé a ter um sentimento de confiança, ou de desconfiança, que fará parte do funcionamento posterior da personalidade. 
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2º Estádio – Autonomia/Vergonha e Dúvida
Passa-se entre os dois, três anos é decisivo para a relação no comportamento futuro da criança. 
A criança neste idade parece desafiar propositadamente aqueles que a rodeiam, é necessário para se tornar uma criança autónoma e distinta, aprende a destinguir o certo do errado, quais são os seus privilégios, obrigações e limitações. 
Da sensação de autonomia vem a sensação de orgulho e vontade própria.
Da sensação de perda de autonomia vem a sensação de duvida e vergonha.
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3º Estádio - Iniciativa/Culpa
Começa por volta dos 3, 4 anos. Se a criança consolidou a sua autonomia começa a exerce-la, também tem mais agilidade física e a capacidade linguistica desenvolvida o que lhe permite comunicar com facilidade ter mais liberdade de acção, que torna mais fácil ter iniciativa própria. 
Os seus modelos de comportamentos sociais são os pais, principalmente o progenitor do mesmo sexo, e a professora quanto mais calorosa for a relação professor/criança mais eficaz será o modelo.
 Neste estádio a criança está ansiosa por aprender, e a melhor forma de aprender é brincar (imagina, explora, cria, faz-de-conta, dramatiza “imita a personalidade adulta e finge ser como ela”)
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4º Estádio –Competência/ Inferioridade
Este estádio dura aproximadamente os anos da escola no 1º ciclo. Como a criança já aprendeu a ter iniciativa própria ou seja saber fazer as coisas agora cabe-lhe aprender a faze-las bem feitas, competência , educação formal.
 A criança tem um grande desenvolvimento nas aptidões físicas e linguisticas, ela passa rapidamente a sua capacidade para a experiência .
Erikson, 1964 « A competência, é o livre exercício da destreza e da inteligência na conclusão das tarefas, não prejudicado pela inferioridade infantil »
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5º Estádio – Identidade/Confusão de Papeis
Para Erikson a descoberta do seu lugar no mundo, leva-o a cria a sua identidade, descobre o EU (especial e único) é a época da vida em que queremos definir o que somos no presente e o que desejamos ser no futuro.
 Um processo que culmina na adolescência, é a transição da infância para a idade adulta.
A personalidade fica formada no final da adolescência, quanto maior for o sucesso com que domina a crise da adolescência mais seguro e realista será como pessoa, mais clara e bem definida será a sua identidade. 
Se pelo contrário o indivíduo na tarefa da descoberta do eu que tem que enfrentar na adolescência sofre de confusão de papeis ou seja de confusão de identidade, não tem uma ideia clara da pessoa que é, será uma vitima das pressões da vida adulta.
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6º Estádio –Intimidade/Isolamento
Ocorre no período inicial da vida adulta, personalidade amadurecida.
 Os jovens adultos estão preparados e dispostos a unir a sua identidade a outra pessoa. A intimidade é a capacidade para manter relações pessoais completas e satisfatórias com outras pessoas de ambos os sexos relações que culminam com o casamento e na amizade. O amor é a virtude dominante do universo. Caso contrário tem tendência a isolar-se em si próprio.
Erikson, 1964 « O amor, é a mutualidade de dedicação, subjugando para sempre os antagonismos inerentes à função dividida»
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7º Estádio -Produtividade/Estagnação
Considera que a personalidade tem que enfrentar problemas da maior importância no que respeita a aprendizagem e á adaptação. 
A produtividade corresponde á capacidade para criar, para aceitar novas ideias, novos desafios em si próprio e assim influenciar a geração seguinte através da paternidade e do ensino.
 Por exp. A mãe de meia idade que descobre a que os filhos cresceram e a deixam, ou o homem que se descobre fechado num emprego e num modo de vida totalmente insatisfatório.
Quando a produtividade é fraca e não tem expressão, a personalidade regride e sente-se empobrecida e estagnada.
Durante a vida, o indivíduo acumula múltiplas experiências e conhecimentos, tais como educação, amor, vocação, estilo de vida, todos estes aspectos devem ser preservados e protegidos para que este se sinta em estádio de produtividade.
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8º Estádio –Auto-Aceitação/Desespero
É a capacidade de na velhice rever a vida com um sentimento de satisfação e de realização, com a consciência de que usou de forma produtiva todas as aptidões que teve, conseguindo adaptar-se aos
seus sucessos e fracassos, (velhinhos doces ou azedos).
O indivíduo preserva com dignidade o seu estilo de vida pessoal e defende-o de potenciais ameaças, chama-se «património da alma».
As pessoas têm que enfrentar maiores problemas de adaptação ao meio no final da vida, por exp. um casal de reformados que não sabe o que fazer a tanto tempo livre que tem.
Pode existir um certo desespero em relação as vicissitudes do ciclo da vida, condições sociais, e um vazio de existência diante da morte.
A sabedoria é no último estádio da vida, a virtude resultante das experiências acumulados nos anos anteriores.
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Conceitos Chave da Teoria de Allport
TRAÇO
TRAÇO ESTILISTICO 
OU EXPRESSIVO
AUTONOMIA FUNCIONAL
ABORDAGEM IDEOGRÁFICA
OU MORFOGENICA
ABORDAGEM NOMOTETICA
 OU DIMENSIONAL
TRAÇO MOTIVACIONAL
 OU DINÂMICO
HUMANISMO ECLÉCTICO
ATITUDE
SELF
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 	O traço é uma característica permanente do indivíduo, e que se manifesta de forma consistente no comportamento realizado em grande variedade de situações. Os traços têm muitas modalidades; alguns são superficiais e outros profundos.
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Como diria Allport, aquilo que parecemos herdar é a matéria prima da nossa personalidade, ou temperamento, e o ambiente “molda” essa matéria prima na sua forma progressivamente definitiva.
Afinal, seremos ou não responsáveis pelos nossos comportamentos?
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Conceitos chave da Teoria De Eysenck
INSTAVEL
ESTAVEL
NEUROTICISMO
INTROVERTIDO
EXTROVERTIDO
EXTROVERSÃO
PSICOTICISMO
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TRÊS SIMENSÕES DA PERSONALIDADE 
 N – neuroticismo (Instável /estável) 
Sociável 
Vivo 
Activo 
Assertivo 
Procurando Sensações
 E – extroversão (/introversão)
Ansioso 
Deprimido
Culpado
Baixa Uto-estima
Tenso
P – psicotismo/ psicoticismo.
Agressivo
Frio
Egocêntrico
Impessoal
Impulsivo
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Conceitos chave da Teoria de Rogers
FENOMENOLOGIA
ORGANISMO
SELF
CONGUÊNCIA
INCONGRUÊNCIA
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CONCEITOS DA TEORIA DE CARL ROGERS
Fenomenologista - Chama ele a este mundo subjectivo e privado que cada um de nós habita, porque dá mais importância não ao que realmente acontece no meio ambiente do indivíduo, mas sim ao que o indivíduo pensa que acontece.
Campo fenomenal corresponde à estrutura de referencias do indivíduo e só pode ser conhecida por ele próprio.
“A consciência é a simbolização de algumas das nossas experiências” – “O campo fenomenal é constituído por experiências conscientes (simbolizadas) e inconscientes (não simbolizadas)”. 
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Organismo- Em vez de falar de id, ego e super ego, Rogers fala de organismo, que é o homem total, necessidades-metas e aspectos básicos, consciente e inconsciente, que se realiza segundo as linhas determinadas pela hereditariedade, que se vai modificando à medida que a pessoa amadurece.
 Self Real- É a parte do organismo que contém as ideias que possuímos sobre nós próprios – ou seja, tudo o que sentimos e definimos em cada um de nós como indivíduos únicos.
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 Self Ideal- É a nossa imagem sobre o tipo de pessoa que gostaríamos de vir a ser, (quer porque os outros gostariam, quer porque nós gostaríamos), dependendo do que aprendemos com os nossos pais, mas também criado pelas nossas necessidades-meta e pelas nossas aspirações.
“A pessoa desenvolve uma crescente abertura à experiência, conseguindo reconhecer e expressar todos os seus sentimentos...
Vive intensamente cada momento.” 
 (Rogers, 1961, pp,184)
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Congruência- Corresponde ao grau de exactidão entre a experiência e a tomada de consciência. Para se ser congruente tem que se ser genuíno, sincero, transparente, autentico e expontâneo ( numa perspectiva de dar uma resposta automática sem censura a um estimulo).
Rogers defende que deve haver congruência entre o campo fenomenal e o mundo real, e entre o self real e o self ideal.
Incongruência- Ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a comunicação desta. O indivíduo passa a ter uma noção falseada ou redutora da realidade o que irá gerar tensão, ansiedade, angustia e comportamentos desviantes.
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Conceitos chave da Teoria de Bandura
AUTO EFICÁCIA
EXPECTATIVA DE EFICÁCIA
EXPECTATIVA DE RESULTADO
MODELAGEM
PROCESSOS
DE
ATENÇÃO
PROCESSOS
MOTIVACIONAIS
PROCESSOS
DE
RETENÇÃO
PROCESSOS
DE
PRODUÇÃO
DIRECTO
INDIRECTO 
OU
VICARIANTE
AUTO-
-REFORÇO
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 AUTO-EFICÁCIA- É a expectativa ou a crença de que podemos, por esforço pessoal, dominar uma situação e provocar um resultado desejado. É o sentimento de capacidade e controlo. 
A expectativa de resultado- É a crença da pessoa de que um dado comportamento levará a um resultado específico, (por exemplo, eu acredito que se for muito simpático o patrão me dá um aumento). 
A expectativa de eficácia- É a convicção de que o próprio será capaz do comportamento necessário para gerar o resultado (no exemplo anterior, é a pessoa acreditar que é capaz de ser simpática).
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APRENDER POR OBSERVAÇÃO
Dar atenção ao modelo, observá-lo com cuidado, ver como ele se comporta (processos de atenção)
Reter e memorizar a informação daquilo que observou (processos de retenção)
Reproduzir o comportamento que observou, pondo em prática, para o que precisa de capacidades para o conseguir fazer (processos de produção)
Ter razões para por em prática, dado que nem tudo o que se aprende ou observa é posto em prática. Precisa de motivações e de incentivos (processo de motivação)
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PRINCIPIOS DA APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL OU MODELAGEM
A maneira do ser humano adquirir hábitos e comportamentos é observar o comportamento de outro
A pessoa só aprende se tiver atenção e interesse por aspectos significativos
Um modelo vivo, atraente, competente, e visto repetidamente, chama a atenção
Aquilo que a pessoa dá atenção é orientado pela sua base de conhecimentos e de orientação
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PROCESSOS DE RETENÇÃO
A retenção do comportamento observado depende principalmente das imagens mentais e das representações verbais
O material que o sujeito retèm corresponde normalmente a algum conhecimento ou expectativas existentes por parte de quem aprende
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PROCESSOS DE PRODUÇÃO
O aprendiz precisa de ser capaz de reproduzir o comportamento observado, mas para isso necessita de ter habilidades e capacidades
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PROCESSOS MOTIVACIONAIS
A aprendizagem social de Bandura distingue entre aquisição e desempenho, porque as pessoas não retém, nem absorvem, tudo o que aprendem 
A pessoa pode ter um certo comportamento se acreditar que será benéfico agir assim
Quando o sujeito observa uma série de respostas – que são o modelo – tende a exibir as mesmas respostas quando colocado numa situação semelhante.
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Três tipos de Processos Motivacionais
Directo - recebo um beijo ou sou pago
 Vicariante ou indirecto - vejo alguém a receber um prémio e faço o mesmo que ele porque também quero o prémio 
 Auto-reforço - combino comigo o que farei que gosto por ter feito um determinado esforço
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MOTIVAÇÃO
Motivação (do latim moveres, mover) denomina em psicologia a condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à acção.
Assim a principal questão da psicologia da motivação é "por que é que as pessoas se comportam da maneira que se comportam?”
O estudo da motivação implica a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender porque os seres humanos e os animais escolhem, iniciam e mantém determinadas ações em determinadas situações específicas.
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Pirâmide de A. Maslow 
(diagrama da hierarquia das necessidades)
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Pirâmide de Abraham Maslow
A hierarquia de necessidades de Maslow integra uma divisão hierárquica em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de “escalar” uma hierarquia de necessidades para atingir
a sua auto-realização. Maslow define um conjunto de cinco necessidades:
necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;
necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
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 necessidades sociais: de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser
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A Teoria das três necessidades, de David McClelland (1961)
Segundo McClelland existem necessidades aprendidas e socialmente adquiridas com a interacção do ambiente, divididos em três categorias:
 Necessidades de Realização: Desejo de alcançar algo difícil exige um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras (gostam de assumir responsabilidades; gostam de correr riscos calculados; querem retorno concreto sobre seu desempenho; não são motivados por dinheiro em si). Os indivíduos com este tipo de necessidade pretendem, mais que obter sucesso individual, é fulcral obterem feedback positivo no grupo.
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Necessidades de Afiliação:
 Desejo de estabelecer relacionamento pessoais próximos, de evitar conflito e estabelecer fortes amizades; é uma necessidade social, de companheirismo e apoio, para desenvolvimento de relacionamentos significativos com pessoas (motivados por cargos que exigem interacção frequente com colegas), tem dificuldade em avaliar os subordinados de forma objectiva, as pessoas são mais importantes.
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 Necessidades de Poder:
 Desejo de influenciar ou controlar outros, ser responsável por outros e ter autoridade sobre outros; Necessidade de dominar, influenciar ou controlar pessoas. (procuram por posições de liderança); uma elevada tendência para o poder está associada a actividades competitivas bem como ao interesse de obter e manter posições de prestígio e reputação.
Segundo McClelland todas as pessoas possuem um pouco destas necessidades,ainda que em graus diferentes, contudo cada uma será mais característica numa determinada pessoa em causa.

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