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Fisiologia Cardiovascular Funções do Sistema Circulatório Transporte ◦ O2, CO2, nutrientes, metabólitos, vitaminas, hormônios, calor Homeostase ◦ Concentrações de substâncias dissolvidas, temperatura, pH, barreira hematoencefálica; ▪ Temperatura vai interferir diretamente na homeostase, assim como o potencial hidrogeniônico, pH; ▪ Também há regulação da homeostase pela a formação da barreira hematoencefálica. É uma especialização do epitélio vascular. Células se juntam e impedem a passagem de qualquer substância estranha para o SNC. Defesa ◦ Interação de leucócitos com vasos sanguíneos e linfáticos, diapedese ▪ Diapedese ocorre quando há passagem dos leucócitos através da parede vascular (inflamação); Volume ◦ Protege o corpo contra a perda de fluídos, estenose; ▪ Volemia é a quantidade de sangue que uma pessoa tem no organismo, em um determinado momento. Quando há hipovolemia, há diminuição do volume de sangue total; ▪ O SC trabalha, com ajuda do sistema renal, para manter a volemia em valores normais; Mecânica ◦ Funções específicas em tecidos eréteis (corpos cavernosos e esponjoso) ▪ Leva o sangue para tecidos eréteis, como no pênis, enchendo os corpos cavernosos; Circulação Não existe célula do organismo humano que esteja a mais de 10 micrometros de um vaso sanguíneo; No homem a circulação é do tipo fechada, porque o sangue retorna ao coração através das vênulas e veias; A circulação em humanos é dupla. O sangue passa 2x pelo coração durante um ciclo cardíaco. Vai para o coração, depois para o pulmão, retorna ao coração (oxigenado) e é enviado para toda a circulação sistêmica; Tanto para levar os nutrientes para os tecidos quanto para recolher, o sangue fica no interstício; O sistema venoso vai recolher o sangue do interstício e leva-lo de volta para ser renovado; Sistema Circulatório Coração, vasos condutores, começando pelas artérias, chegando nas arteríolas e capilares; Depois que o sangue chega nos tecidos, é recolhido por vênulas e veias, até chegar no coração de volta; O sangue também entra como parte do sistema cardiovascular. O sistema linfático é uma divisão polêmica, porque a linfa tem papel importante na homeostase; Coração Envolto por uma membrana de tecido conjuntivo (pericárdio); As camadas de tecido muscular que formam o coração são epicárdio, miocárdio e endocárdio; O coração é composto por 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos; No lado direito há a circulação pulmonar ou pequena circulação. O sangue passa do AD para o VD. Vai para a artéria pulmonar, segue para os pulmões e retorna ao coração pelo AE (início da grande circulação); O sangue passa ao VE, vai para a aorta e para toda a circulação sistêmica; Aonde a pressão é maior, circulação direita ou esquerda? Na esquerda, porque o sangue tem que percorrer grandes distâncias em alta pressão, ao contrário da direita, em que a pressão é baixa e a distância é menor; No coração, existem válvulas cardíacas, importantes para o correto fluxo do sangue no coração; As válvulas funcionam de forma que não haja fluxo retrógrado, em nenhuma parte do sistema circulatório. É irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda. A drenagem é feita por numerosas vias, que desembocam nas câmaras cardíacas ou se unem para formar o seio coronário, tributário do átrio direito. As artérias coronárias caminham pelo epicárdio antes de chegar ao miocárdio; Vasos coronarianos são ricamente inervados por fibras nervosas autônomas, principalmente simpáticas. A estimulação simpática pela noradrenalina produz aumento da FC e da contratilidade miocárdica, enquanto o estímulo parassimpático mediado pela acetilcolina reduz a frequência e a contratilidade; Ápice → ponta do coração, constituído do VE; Propriedades Fundamentais ◦ Automaticidade ou Cronotropismo → propriedade que têm as fibras que provocam estímulos espontaneamente, sem necessidade de inervação extrínseca (células P – função de marca passo); ◦ Excitabilidade ou Batmotropismo → propriedade que as fibras apresentam de iniciar um potencial de ação em resposta a um estímulo adequado; ◦ Condutibilidade ou Dromotropismo → propriedades das fibras de conduzir e transmitir às células vizinhas um estímulo recebido; ◦ Inotropismo ou Contratilidade → capacidade de responder ao estímulo com atividade mecânica; Válvulas Cardíacas Atrioventriculares ◦ Válvula Tricúspide → entre o AD e o VD. Tricúspide, três partes de tecido conjuntivo que funcionam abrindo e fechando, conforme a pressão negativa da região; ◦ Válvula Bicúspide/Mitral → entre o AE e VE. Bicúspide, duas porções de membrana de tecido conjuntivo que trabalham para regular o fluxo do sangue; ◦ Presas por cordas tendinosas, ou cordões tendíneos. Essas cordas tendíneas estão segurando para que não haja dobramento da válvula para dentro do átrio; ◦ Músculos papilares contraem-se ao mesmo tempo que as paredes dos ventrículos, mas não ajudam a valva a fechar. Puxam as extremidades das valvas em direção aos ventrículos, impedindo abaulamento; ◦ Têm funcionamento passivo → fluxo retrógrado fraco e lento; Semilunares ◦ Válvula Pulmonar → na artéria pulmonar; ◦ Válvula Aórtica → na artéria aorta; ◦ Mais fibrosas → requerem fluxo forte e rápido Ausculta Sons Cardíacos ◦ 1ª bulha → fechamento das valvas AV (início da sístole). Ventrículo com maior pressão que o átrio; ▪ Quando a pressão ventricular ultrapassa a pressão atrial, há fechamento da valva mitral. Principal componente da 1ª bulha; ◦ 2ª bulha → fechamento das semilunares (final da sístole). Aorta com pressão maior que o ventrículo; ▪ Formada por dois componentes audíveis – aórtico e pulmonar. Ocorre 1º o componente aórtico; ◦ 3ª bulha → oscilação do sangue nas paredes ventriculares. Frequência baixa, inaudível; ◦ 4ª bulha/atrial → associada a contração atrial. Frequência baixa, inaudível; Diástole – 1ª Bulha – Sístole – 2ª Bulha - Diástole Pontos de Ausculta ◦ Foco Mitral → 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular. Corresponde ao ictus cordis; ◦ Foco Aórtico → 2º espaço intercostal direito, justaesternal; ◦ Foco Tricúspide→ base do apêndice xifoide; ◦ Foco Pulmonar → 2º espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno; Sangue O sangue venoso é vermelho escuro por conta da [ ] de CO2 Sangue arterial é mais claro por conta da [ ] O2; O fluxo ocorre ao mesmo tempo em ambas as circulações → injetam ao mesmo tempo o mesmo volume; Caráter Sincicial do Miocárdio Fibras do músculo cardíaco são feitas de muitas células individuais, conectadas em série e em paralelo; Em cada disco intercalado, as membranas celulares se fundem entre si, de modo a formarem junções comunicantes (junções GAP), que permitem rápida difusão, quase totalmente livre, dos íons; Do ponto de vista funcional, os íons se movem com facilidade pelo fluído intracelular com os potenciais de ação se propagando facilmente de uma célula muscular cardíaca para outra. Dessa forma, o miocárdio forma sincício de muitas células musculares cardíacas; O coração é composto por 2 sincícios: sincício atrial, forma as paredes dos dois átrios, e o sincício ventricular, forma as paredes dos ventrículos. Essa divisão do músculo cardíaco permite que os átrios se contraiam pouco antes da contração ventricular, o que é importante para a eficiência do bombeamento; Fisiologia da Célula Cardíaca Potenciais de Ação no Músculo Cardíaco ◦ Após o potencial em ponta inicial, a membrana permanece despolarizada, exibindo um platô, ao qual se segue repolarização abrupta. A presença deste platô no potencial de ação faz a contração muscular ventricular durar até 15 vezes mais que as concentrações observadas no músculo esquelético. Por que o potencial de ação miocárdico étão longo, e por que apresenta o platô? 1. O potencial de ação do músculo esquelético é causado pela abertura dos canais rápidos de Na, que permanecem abertos por milésimos de segundo. Ao final do fechamento há repolarização, e o potencial de ação termina. No músculo cardíaco, o potencial de ação é originado pela abertura de canais rápidos de Na e canais lentos de Ca/canais de Ca-Na. São mais lentos para abrir, e continuam abertos por vários décimos e segundo. Isto mantém prolongado o período de despolarização, causando o platô; 2. Imediatamente após o início do potencial de ação a permeabilidade da membrana celular miocárdica aos íons K diminui, o que não ocorre nos músculos esqueléticos. A redução da permeabilidade ao K diminui a saída dos íons K durante o platô do potencial de ação e impede o retorno rápido do potencial de ação para seu nível basal; O músculo cardíaco é refratário à reestimulação durante o potencial de ação. O período refratário do ventrículo é equivalente ao platô. O período refratário atrial é menor; Este fenômeno também ocorre nas fibras de Purkinje, no nodo SA; Controle do Coração pelo SNA Os meios básicos de regulação são regulação cardíaca intrínseca, em resposta às variações no aporte de volume sanguíneo em direção ao coração; e controle da FC e da força de bombeamento pelo SNA; A eficácia do bombeamento também é controlada por nervos simpáticos e parassimpáticos (vagos); Para determinar níveis de pressão atrial, o débito cardíaco pode ser aumentada por mais de 100% por estímulo simpático. E pode ser diminuído a (quase) zero por estímulo vagal; Mecanismos de Excitação Cardíaca pelos Nervos Simpáticos ◦ Estímulos simpáticos potentes podem aumentar a FC e a força de contração cardíaca até o dobro da normal. Portanto, estimulação simpática com frequência é capaz de aumentar o débito cardíaco; ◦ Por outro lado, a inibição dos nervos simpáticos pode diminuir o bombeamento cardíaco. Quando a atividade do SNA simpático é deprimida a valores abaixo do normal, ocorre diminuição da FC e da força de contração ventricular, diminuindo o bombeamento cardíaco; Estimulação Vagal do Miocárdio ◦ Forte estimulação dos nervos vagos do coração pode chegar a parar os batimentos por alguns segundos; ◦ O coração "escapa" e volta a bater 20-40x/min, enquanto o estímulo parassimpático continuar; ◦ Um estímulo vagal forte pode diminuir a força de contração miocárdica por 20 a 30%; ◦ As fibras vagais estão dispersas, em grande parte, pelos átrios e muito pouco nos ventrículos. Isso explica o fato da estimulação vagal reduzir principalmente a FC e não diminuir muito a força de contração. Porém, a combinação dos efeitos da redução da frequência, com diminuição da força de contração, pode diminuir o bombeamento ventricular; ◦ Quando há diminuição da ação do vago há aumento da FC e condução átrio ventricular; O Sistema Excitatório e Condutor do Coração O coração é dotado de sistema especial para gerar impulsos elétricos que causam contrações rítmicas do miocárdio e conduzir esses impulsos rapidamente por todo o coração; Quando o sistema funciona normalmente, os átrios se contraem pouco antes dos ventrículos, o que permite o enchimento dos ventrículos antes do bombeamento de sangue para os pulmões e circulação periférica; Outra característica é que ele faz com que as diferentes porções do ventrículo se contraiam quase simultaneamente, o que é essencial para gerar o máximo de eficiência; Nodo Sinusal (Sinoatrial) ◦ Pequena faixa de músculo cardíaco especializado, situado na parte pósterolateral superior do AD, imediatamente abaixo e lateral à abertura da veia cava superior; ◦ As fibras do nodo sinusal se conectam às fibras musculares atriais, de modo que qualquer potencial de ação que se inicie no nodo sinusal se difunde de imediato para a parede do músculo atrial; ◦ Mecanismo de Ritmicidade → miocárdio apresenta 3 tipos de canais iônicos que desempenham papéis para deflagrar as variações da voltagem do potencial de ação. Canais rápidos de Na, canais lentos de Na-Ca e canais de K; ◦ O potencial de ação do nodo atrial ocorre mais lentamente que o potencial de ação do músculo ventricular. Além disso, depois de ocorrer o potencial de ação, a volta do potencial para o estado negativo também ocorre lentamente, diferente do retorno abrupto nas fibras ventriculares; ◦ O nodo sinusal controla o batimento cardíaco porque sua frequência de descargas é mais alta que a de qualquer outra porção do coração. Praticamente sempre o marco-passo normal. Um marca-passo em qualquer outra região do coração que não o nodo SA é denominado marcapasso ectópico. Vias Internodais As extremidades das fibras do nodo sinusal conectam-se ao tecido muscular atrial circundante. Assim, potenciais de ação originados no nodo sinusal se propagam adiante (potencial de ação se espalha por toda massa muscular atrial até o nodo A-V); Nodo Atrioventricular O sistema condutor atrial é organizado para que o impulso cardíaco não se propague dos átrios aos ventrículos muito rapidamente. O retardo permite que os átrios se contraiam e encham os ventrículos antes da contração ventricular; Os responsáveis por esse retardo são principalmente o nodo A-V e suas fibras adjacentes; A condução lenta nas fibras transicionais, nodais e do feixe penetrante A-V é explicada pelo reduzido nº de junções comunicantes entre as sucessivas células das vias de condução; O nodo A-V está situado na parede posterior do AD, imediatamente atrás da valva tricúspide; Transmissão Rápida no Sistema de Purkinje Ventricular A condução do nodo A-V pelo feixe A-V (de His), para os ventrículos é feita pelas fibras de Purkinje Exceto na porção inicial, onde atravessam a barreira fibrosa A-V, as fibras de Purkinje são muito calibrosas e conduzem potenciais de ação com velocidade 6x maior que a do músculo ventricular comum. Isso permite a transmissão quase instantânea do impulso cardíaco por todo o restante do músculo ventricular; A transmissão rápida dos potenciais de ação, pelas fibras de Purkinje é creditada à alta permeabilidade das junções GAP nos discos intercalados entre as sucessivas células; As fibras de Purkinje conduzem o impulso a partir do nodo AV para os ventrículos; Transmissão Unidirecional pelo Feixe A-V (de His) Uma característica é a incapacidade, exceto em estados anormais, dos potenciais serem conduzidos retrogradamente para os átrios a partir dos ventrículos; Distribuição das Fibras de Purkinje nos Ventrículos Após atravessar o tecido fibrosos entre os átrios e os ventrículos, a porção distal do feixe de His se prolonga para baixo, pelo septo IV em direção ao ápice cardíaco; Neste ponto, o feixe se divide nos ramos direito e esquerdo que cursam pelo endocárdio nos dois lados do septo ventricular;
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