Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia Cardiovascular Ciclo Cardíaco Conjunto de eventos cardíacos que ocorre entre o início de um batimento e o início do próximo; Cada ciclo é iniciado pela geração de potencial de ação no nodo sinusal. O potencial de ação se difunde desse ponto rapidamente por ambos os átrios e, depois, por meio do feixe A-V, para os ventrículos; Em virtude da disposição do sistema de condução, há retardo na passagem do impulso dos átrios para os ventrículos. Isso permite que os átrios se contraiam antes, enchendo os ventrículos; Diástole e Sístole → ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, diástole, durante qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, sístole; ◦ Sístole → contração isométrica + ejeção ventricular + ejeção rápida + ejeção lenta + protodiástole; ◦ Diástole → relaxamento isométrico + enchimento ventricular + rápido + lento + contração atrial. Corresponde a resistência periférica que o ventrículo precisa exercer para haver ejeção de sangue; A duração total do ciclo cardíaco, incluindo a sístole e diástole é recíproca da frequência cardíaca. Frequência de 72bpm → 1/72 batimentos/min = duração do ciclo cardíaco; Efeito da FC na Duração do Ciclo Cardíaco → quando a FC aumenta, a duração de cada ciclo diminui, incluindo a sístole e a diástole. A duração do potencial de ação e a sístole diminuem, mas não tanto quanto a diástole, ou seja, em frequência muito rápida, não permanece relaxado tempo suficiente para permitir o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da próxima contração; Função dos Átrios como Bombas de Escorva → normalmente, o sangue flui de forma contínua. 80% do sangue flui direto dos átrios para os ventrículos, mesmo antes da contração atrial. Então, a contração representa os 20% adicionais para encher os ventrículos. Desse modo, os átrios melhoram a eficácia do bombeamento ventricular. Mas, o coração pode continuar operando mesmo sem os 20%; O Ciclo 1. Durante a sístole ventricular, grande quantidade de sangue se acumula nos átrios, uma vez que as valvas A-V estão fechadas. Assim que a sístole termina e as pressões ventriculares retornam a valores diastólicos, as pressões “altas” dos átrios durante a sístole forçam as valvas A-V a se abrirem → enche o ventrículo; 2. Período de enchimento ocorre durante o 1º terço da diástole. Durante o 2º terço, quantidade pequena de sangue flui para os ventrículos (sangue que flui direto das veias). Durante o último 1/3 da diástole, os átrios se contraem, dando impulso adicional para os ventrículos (20%); 3. Imediatamente após o início da contração ventricular, a pressão ventricular sobe, fazendo com que as valvas A-V fechem. É necessário mais algum tempo para que o ventrículo gere pressão suficiente. Durante este período os ventrículos estão se contraindo, mas não há esvaziamento → contração isovolumétrica; 4. Período de Ejeção → quando a pressão no interior do VE aumenta, força a abertura das valvas semilunares. O sangue começa a ser lançado. 70% do esvaziamento ocorre durante o 1º terço do período de ejeção (período de ejeção rápida). Os 30% restantes durante os 2/3 finais (período de ejeção lenta); 5. Ao final da sístole, o relaxamento ventricular começa de modo repentino, fazendo com que as pressões intraventriculares D e E diminuam rapidamente. As alta s pressões das artérias distendidas que acabaram de ser cheias com o sangue vindo dos ventrículos voltam a empurram o sangue de volta, fechando as valvas ; Durante mais algum tempo, o músculo ventricular continua a relaxar, mesmo que o volume não se altere (período de relaxamento isom étrico). Então que as valas A-V se abrem para iniciar novo ciclo; Volume Diastólico Final, Volume Sistólico Final e Débito Sistólico Durante a diástole, o enchimento normal dos ventrículos aumenta o volume de cada um deles (volume diastólico final); À medida que os ventrículos se esvaziam na sístole, o volume diminui (débito sistólico); A quantidade restante em cada ventrículo é chamada volume sistólico final; No início, quando o ventrículo ainda possui pouco sangue, há a abertura da válvula mitral. Esse volume começa a aumentar durante o período de preenchimento. No final, quando o ventrículo atinge o volume certo, ocorre fechamento da válvula AV esquerda (mitral). A pressão começa a aumentar no ventrículo, ocorre a contração isovolumétrica e a abertura da válvula aórtica. Passa todo o período todo de ejeção do sangue, e o volume começa a diminuir de novo. Com isso há o fechamento da válvula aórtica, ainda o ventrículo sob alta pressão. A pressão começa a cair, e o volume diastólico final fica em torno de 50ml. Lei de Frank-Starling Relação entre a força do coração e a contratilidade do músculo cardíaco; Aumento no volume diastólico final tem relação direta com o aumento da distensão miocárdica. Aumentou o volume diastólico final, o ventrículo está maior; Essa distensão do músculo cardíaco aumenta a tensão, e essa tensão gerada é que vai aumentar a contratilidade miocárdica; Pré-Carga e Pós-Carga Grau de tensão do músculo quando ele começa a se contrair, a pré-carga, e a carga contra a qual o músculo exerce força contrátil, a pós-carga; Pré-carga → pressão diastólica final do ventrículo cheio; Pós-carga → pressão na aorta à saída do ventrículo; Em muitas patologias do coração ou da circulação, a pressão durante o enchimento do ventrículo (pré- carga), a PA contra a qual o ventrículo deve exercer contração (pós-carga), ou ambas, podem estar alteradas; Débito Cardíaco Medida da quantidade de sangue bombeado pelo coração a cada minuto. Quantidade de sangue que o VE bombeia para a aorta a cada minuto; Tem relação com o mecanismo de Frank-Starling e com o retorno venoso. Tudo que foi falado anteriormente vai alterar o debito cardíaco; Existe um volume de sangue ideal no adulto: em repouso é de 5 l/min. Esse valor pode ser alterado, dependendo do nível de metabolismo, tamanho corporal e exercício; Cálculo do Débito Cardíaco Índice de Eficiência Cardíaca (IC) → como se obtém o índice cardíaco? Utiliza-se um valor de débito cardíaco, dividido pelo m² de superfície corporal. Em um adulto em repouso, o valor do débito cardíaco é de 5/min. Um adulto de 70kg tem área corporal de 1,7m². O índice cardíaco do adulto do exemplo é de 2, 94. É um índice de eficiência cardíaca; Eficiência da Contração Cardíaca → máxima de 20-25%; Fatores que Alteram o Débito Cardíaco Idade → quanto mais velho, menos sangue é ejetado por minuto. Conforme a idade passa, o valor diminui abruptamente porque há diminuição da massa muscular (menor superfície corporal); Exercício → a produção de trabalho aumenta o débito cardíaco. Existem medidas que indicam se o coração está mais ou menos eficaz. Por exemplo, a pressão do AD. O sangue está chegando no átrio. Durante o exercício há aumento de pressão atrial, e o débito cardíaco aumenta. Quando aumenta muito, o aporte sanguíneo para o átrio é hipoeficaz; Resistência Vascular Periférica (RVP) → capacidade de um vaso distender ou não. Quanto maior a resistência, maior a pressão. A regulação do débito cardíaco é controlada a longo prazo pela RVP; Princípio de Fick → diz que o debito cardíaco vai depender do consumo de O2, em relação com volume de O2 nas artérias e veias. Segundo Fick, o débito cardíaco é o consumo de O2 possível de medir por estequiometria (quanto de O2 o paciente inspira por minuto). O cálculo do débito cardíaco é feito pela divisão do volume total de consumo de O2/min pela diferença entre o volume de O2 arterial e venoso;
Compartilhar