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Exercício epidemiologia

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Saúde Coletiva
Epidemiologia – Medidas de frequência de doenças
Profa. Lígia Garcia
Sobre o processo epidêmico:
Endemia – doença habitualmente presente entre os membros de determinado grupo, em uma determinada área.
Epidemia – uma elevação progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença.
Surto epidêmico – uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado. Ex: colégio, quartel, bairro.
Pandemia – uma epidemia caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações.
Em epidemiologia podemos calcular a taxa ou coeficiente de mortalidade que vai nos indicar o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população apresenta de poder vir a morrer em decorrência de uma doença. Vamos ver quais são as várias possibilidades de que podemos nos valer: 
  
Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG): mede o risco de morte por todas as causas em uma população de um dado local e período.
CMG = n.º de óbitos em dado local e período x 103 
            população do mesmo local e período 
  
Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI): mede o risco de morte para crianças menores de um ano de um dado local e período.
CMI = n.º de óbitos em menores de 1 ano em dado local e período x 103 
          n.º de nascidos vivos no mesmo local e período 
  
Coeficiente de Mortalidade Infantil Precoce (CMIP ou Neonatal): mede o risco de morte para crianças menores de 28 dias em um dado local em um dado período.
CMIP = n.º de óbitos em menores de 28 dias em dado local e período x 103 
            n.º de nascidos vivos no mesmo local e período 
  
Coeficiente de Mortalidade Infantil Tardia (CMIT ou Pós Neonatal): mede o risco de morte para crianças com idade entre 28 dias e 1 ano  num dado local e num dado período.
CMIT = n.º de óbitos entre 28 dias e menores de 1 ano em dado local e período x 103 
            n.º de nascidos vivos no mesmo local e período 
  
Coeficiente de Mortalidade Materna (CMM): mede o risco de morte materna num dado local e num dado período.
CMM = n.º de mortes maternas em dado local e período x 105 
            n.º de nascidos vivos, no mesmo local e período 
  
Morte Materna: óbito de mulheres grávidas ou no período de 42 dias após a gravidez, independente da duração e localização da gravidez, por alguma causa relacionada ou agravada pela gravidez que não sejam causas acidentais ou incidentais.
Coeficiente de Mortalidade por Causa (CMC): mede o risco de morte por determinada causa, num dado local e período. No denominador deve constar a população exposta ao risco de morrer por esta mesma causa.
CMC = n.º de óbitos por determinada doença em dado local e período x 10n 
            população exposta ao risco 
  
Coeficiente de Letalidade (CL): o coeficiente de letalidade situa-se na transição entre os indicadores de morbidade e mortalidade. A letalidade mede o poder da doença específica em determinar a morte e também pode informar sobre a qualidade da assistência médica prestada para esta doença.
CL = n.º de óbitos de determinada doença em dado local e período x 100 
        n.º de casos da doença no mesmo local e período 
  
Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de Swaroop-Uemura: Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50 anos e mais em relação ao total de óbitos ocorridos em um dado local e período.
RMP = n.º de óbitos em de 50 anos em dado local e período x 100 
            total de óbitos no mesmo local e período
Para facilitar e permitir a comparação entre as taxas calculadas para diferentes locais ou para o mesmo local em diferentes períodos de tempo, utiliza-se sempre uma referência comum (100, 1.000, 10.000, 100.000, 1.000.000) que representa uma potência de base 10 (10n ). 
Essa potência de 10 é escolhida de forma a tornar os números obtidos o mais próximo possível do inteiro, pois não convém trabalhar com coeficientes, índices ou taxas expressos por números decimais (não tem sentido falar em meio óbito (0,5) por 1000 habitantes ou um décimo (0,1) de mortes menores de 1 ano por 1000 nascidos vivos, e assim por diante). Por isso devemos lançar mão da potência de base 10, procurando aumentar as frações obtidas pela divisão e, conseqüentemente, diminuindo o número de zeros dessas frações decimais. 
Por convenção, nas taxas de mortalidade geral e infantil, a base é 103 = 1.000 e quando se trata de mortalidade por causas, a base mais adequada é 105 = 100.000. A taxa de letalidade é expressa sempre em percentagem. 
EXERCÍCIO
1. Em 01/07/1980 existiam 2.000 casos de tuberculose em tratamento, em um dado município. Sabendo que a sua população, na época, era de quase 1.176.935 habitantes, calcule o número de casos de tuberculose em relação à população. Trata-se de prevalência ou incidência?
2. A figura abaixo mostra o início e o término de 8 episódios de uma doença infecciosa de evolução aguda em uma escola, no período de 5 semanas de observação. Admitindo-se que esses casos provêm da vigilância continuada de um grupo composto por 200 crianças, pergunta-se:
a. Qual a taxa de incidência no período?
b. Qual a taxa de prevalência na 2ª semana?
c. Qual a taxa de incidência na 2ª semana?
d. Qual a taxa de prevalência no início da 3ª semana?
e. Qual a taxa de incidência na 5ª semana?
3. Um jornal da região de São Paulo apresentou crescimento da violência no estado, diagnosticando que em 2013 houveram 5356 assassinatos e em 2014 este número aumentou para 7877. A população deste estado no ano de 2013 era de 1.345.765 e em 2014 este número aumentou para 1.567.983. Diante destes dados, a informação trazida pelo jornal está correta? (Caso seja possível, utilize constante 1000 para cálculo):
4. A população do município de Natal é de 1.232.453 indivíduos no ano de 2013. Neste mesmo ano, 5% destas pessoas foram classificadas como desnutridas. Calcule o risco da ocorrência desta patologia, neste período. (Caso seja possível, utilize constante 1000 para cálculo):
5. Em um restaurante universitário são servidos desjejum, almoço e jantar. Em um dia do mês de agosto houve uma gastroenterite alimentar que acometeu 46 pessoas. Sabe-se que 20 destas pessoas se alimentaram de arroz e carne guisada, 15 se alimentaram de arroz e hambúrguer e 11 se alimentaram de feijão e carne guisada. Sabe-se ainda que neste dia, 245 pessoas almoçaram no restaurante e que todos estes alimentos foram servidos no almoço. Diante destes dados, responda às perguntas abaixo: (Caso seja possível, utilize constante 1000 para cálculo):
a) Qual a medida de frequência mais apropriada e que pode ser calculada neste caso? Justifique.
b) Dentre os alimentos apresentados, qual foi a provável fonte de infecção? Justifique.

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