SLP09_Sim_Interpretacao_Textos

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2006 
 
 
 
 
 
 
www.resumosconcursos.com 
Simulado: Interpretação de Textos – por Graziella Carraro 
 
 
 
Simulados 
 
 
 
Assunto: 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
 
 
 
Autor: 
 
 
 
 
Profº. GRAZIELLA CARRARO 
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Simulado: Interpretação de Textos – por Graziella Carraro 
 
 
SIMULADO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
 
As questões 01 a 03 referem-se ao texto a seguir. 
 
 
Estigma 
 
 
Os gregos, que tinham bastante conhecimento de recursos visuais, criaram o termo 
estigma para se referirem a sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma 
coisa de extraordinário ou mau sobre o status moral de quem os apresentava. Os sinais 
eram feitos com cortes ou fogo no corpo e avisavam que o portador era um escravo, um 
criminoso ou traidor – uma pessoa marcada, ritualmente poluída, que devia ser evitada, 
especialmente em lugares públicos. Mais tarde, na Era Cristã, dois níveis de metáfora 
foram acrescentados ao termo: o primeiro deles referia-se a sinais corporais de graça 
divina que tomavam a forma de flores em erupção sobre a pele; o segundo, uma alusão 
médica a essa alusão religiosa, referia-se a sinais corporais de distúrbio físico. 
Atualmente, o termo é amplamente usado de maneira um tanto semelhante ao sentido 
literal original, porém é mais aplicado à própria desgraça do que à sua evidência corporal. 
Além disso, houve alterações nos tipos de desgraças que causam preocupação. (...) 
Podem-se mencionar três tipos de estigma nitidamente diferentes. Em primeiro lugar, há 
as abominações do corpo – as várias deformidades físicas. Em segundo, as culpas de 
caráter individual, percebidas como vontade fraca, paixões tirânicas ou não naturais, 
crenças falsas e rígidas, desonestidade, sendo essas inferidas a partir de relatos 
conhecidos de, por exemplo, distúrbio mental, prisão, vício, alcoolismo, homossexualismo, 
desemprego, tentativas de suicídio e comportamento político radical. Finalmente, há os 
estigmas tribais de raça, nação e religião, que podem ser transmitidos através de 
linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma família. Em todos esses 
exemplos de estigma, entretanto, inclusive aqueles que os gregos tinham em mente, 
encontram-se as mesmas características sociológicas: um indivíduo que poderia ter sido 
facilmente recebido na relação social quotidiana possui um traço que pode-se impor à 
atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para 
outros atributos seus. Ele possui um estigma, uma característica diferente da que 
havíamos previsto. Nós e os que não se afastam negativamente das expectativas 
particulares em questão serão por mim chamados de normais. 
As atitudes que nós, normais, temos com uma pessoa com um estigma, e os atos que 
empreendemos em relação a ela são bem conhecidos na medida em que são as 
respostas que a ação social benevolente tenta suavizar e melhorar. Por definição, é claro, 
acreditamos que alguém com um estigma não seja completamente humano. Com base 
nisso, fazemos vários tipos de discriminações, através das quais, efetivamente, e muitas 
vezes sem pensar, reduzimos suas chances de vida. 
 
(GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade 
deteriorada. Rio de Janeiro: LTC, 1988. p. 11-15.) 
 
 
 
01 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
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a) Embora diferentes, os três tipos de estigma levam à rejeição do indivíduo pelo 
grupo social. 
b) Os estigmas físicos e os ligados à personalidade atingem todos os membros de 
uma família. 
c) As pessoas “normais” devem evitar a convivência com as estigmatizadas, para 
evitar a contaminação. 
d) Os portadores de características estigmatizantes não têm qualidades que 
possibilitem sua integração social. 
e) As três formas de estigma são transmitidas hereditariamente de uma geração a 
outra. 
 
 
02 - Entre os diversos conceitos de “estigma” apresentados no texto, assinale a 
alternativa que sintetiza o uso mais amplo que o termo adquiriu na atualidade. 
 
a) Características pessoais usadas socialmente como critérios para a discriminação 
de alguns indivíduos. 
b) Marcas corporais ocasionadas intencionalmente para indicar características morais 
do portador. 
c) Sinais produzidos no corpo das pessoas para restringir sua circulação em espaços 
públicos. 
d) Marcas observadas na pele de alguns indivíduos, atribuídas ao dom divino. 
e) Indícios físicos que levam ao julgamento de que certos indivíduos seriam seres 
imperfeitos. 
 
 
03 - A partir do texto, é INCORRETO afirmar: 
 
a) Características inerentes ao indivíduo dão origem a estigmas diversos e facilitam a 
aceitação dele pelos demais. 
b) O conceito de estigma e o conceito de “pessoas normais” são construídos por 
oposição um ao outro. 
c) Políticas de ação afirmativa buscam aumentar a integração social de pessoas a que 
se atribuem diversos tipos de estigma. 
d) Um único estigma basta para obscurecer as qualidades de um indivíduo. 
e) Obras sociais de atendimento a grupos estigmatizados não eliminam o estigma, 
mas procuram reduzir seus efeitos. 
 
 
As questões 04 e 05 referem-se ao texto a seguir. 
 
Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, foi um dos maiores jogadores de futebol 
que o Brasil já teve, sendo comparado a Pelé. Neste trecho de entrevista, concedida 
em 1993, Tostão relembra momentos importantes de sua vida como jogador. 
 
 
Entrevistador: Você foi o jogador de fato mais comparado ao Pelé. Eu queria saber qual 
o peso dessa comparação, já que o Pelé é... uma barbaridade. E como é jogar com ele? 
Você sentiu isso como algo diferente? 
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Tostão: Sem nenhuma falsa modéstia, eu nunca me aproximei do Pelé. Ele foi um 
jogador realmente à parte, muito acima de todos os outros jogadores de todas as épocas. 
O Pelé tinha tudo, todas as qualidades. Eu tinha grandes qualidades, mas algumas 
dificuldades. O Pelé não: cabeceava muito bem, tinha velocidade, driblava, era um 
jogador muito inteligente dentro do campo. Apesar de ter sido uma pessoa pobre, ele 
tinha um físico exemplar de atleta. E eu era um jogador que não tinha grande velocidade. 
Eu tinha um arranque muito bom, mas quando a bola ia a uma distância em que eu 
precisava de uma velocidade maior, eu não tinha. Cabeceava mal, saltava pouco. Eu não 
tinha a condição física do Pelé, não era um atleta. Lembro até hoje que um grande 
jornalista falou que não sabia como eu jogava, porque eu não tinha nada de jogador de 
futebol, tinha perna curta, não era alto. Não tinha características de um grande jogador. 
Mas eu tinha grandes qualidades, principalmente a de jogar vendo o jogo. No segundo em 
que a bola chegava em mim, eu já sabia o que fazer, tinha uma visão de jogo muito 
grande. 
 
04 - “Não tinha características de um grande jogador. Mas eu tinha grandes qualidades, 
principalmente a de jogar vendo o jogo. No segundo em que a bola chegava em mim, 
eu já sabia o que fazer, tinha uma visão de jogo muito grande.” 
 
Qual é a alternativa que reescreve o trecho destacado do texto, mantendo-lhe o 
significado? 
 
a) O fato de eu ter uma visão de jogo muito grande, de já saber o que fazer quando a 
bola chegava em mim, é um exemplo das minhas grandes qualidades, embora 
não tivesse características de um grande jogador. 
b) Apesar de não ter grandes qualidades, eu tinha características de um grande 
jogador. Quando a bola chegava em mim, por exemplo, eu rapidamente já sabia o 
que fazer, pois tinha uma visão de jogo muito grande. 
c) A rapidez com que eu resolvia as jogadas com uma visão muitogrande de jogo 
não foi suficiente para fazer de mim um grande jogador, pois as minhas 
qualidades não eram muitas. 
d) Sem ser um grande jogador nem ter grandes qualidades, ainda assim eu tinha 
visão de jogo, pois sabia rapidamente o que fazer quando a bola chegava em 
mim. 
e) Esperava a bola chegar em mim, para depois pensar e armar uma visão de jogo. 
Essa característica comprova que eu era um grande jogador, mas com qualidades 
específicas dentro de campo. 
 
 
 
05 - No texto, a frase: 
 
a) “Não era um atleta” significa que Tostão valorizava muito as características físicas 
para definir um esportista. 
b) “Ele foi um jogador realmente à parte” significa que Pelé evitava a companhia dos 
outros atletas, por se sentir acima deles. 
c) “Eu nunca me aproximei do Pelé” significa que Tostão não tinha relações de 
amizade com Pelé. 
 
d) “Um grande jornalista falou que não sabia como eu jogava” significa que o estilo de 
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Tostão era pouco divulgado pela imprensa. 
e) “Mas eu tinha grandes qualidades” significa que Tostão possuía uma qualidade 
que faltava a Pelé: visão de jogo. 
 
 
 
ENQUETE 
É possível ser ecologicamente correto o tempo todo? 
 
 
 SIM 
 
“Ter uma postura ecológica não 
significa reduzir os impactos ambientais a 
zero, e sim buscar uma relação 
harmoniosa com o planeta. O primeiro 
passo é ter consciência da possibilidade 
de cada um fazer a sua parte. Claro que é 
necessário adicionar políticas públicas 
que possibilitem a mudança dos modelos 
atuais de desenvolvimento. Porém, há 
incontáveis maneiras de ser 
ecologicamente correto, seja no momento 
de fazer compras, de votar ou de se 
locomover. Vale lembrar que sempre há 
uma outra forma de fazer as coisas.” 
 
Frank Guggenheim, diretor executivo do 
Greenpeace 
 
NÃO 
 
“Impacto ecológico zero exigiria 
viver sem alterar os ambientes 
naturais. Cidades não poderiam 
existir. Pode até parecer ser 
possível individualmente, mas não 
como civilização. A economia é 
baseada no consumo, combustível 
da exploração insustentável dos 
recursos naturais. A comunicação, 
conquista da modernidade, induz 
necessidades de consumo cada vez 
maiores. Podemos chegar perto de 
um nível de consumo que permita 
vivermos mais tempo nesse planeta. 
Devemos desenvolver tecnologias 
nesse sentido.” 
 
Helena Maltez, coordenadora do 
programa do WWF-Brasil 
 
(Galileu, no 157, ago. 2004.) 
 
06 - Em relação aos depoimentos acima, é correto afirmar: 
 
a) Os dois entrevistados se opõem a qualquer avanço tecnológico, pois não existe 
tecnologia inofensiva ao meio ambiente. 
b) Enquanto Guggenheim joga a responsabilidade para o cidadão comum, Maltez 
responsabiliza o governo pelas ações ambientais incorretas. 
c) Guggenheim, ao contrário de Maltez, tem em vista o impacto ambiental zero. 
d) Maltez defende que o combustível é hoje uma exploração insustentável dos 
recursos naturais. 
e) Enquanto Guggenheim olha para as ações individuais, Maltez tem em vista as 
ações coletivas. 
 
 
07 - Segundo as opiniões apresentadas, é correto afirmar: 
 
 
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a) Segundo Guggenheim, obtém-se uma relação harmoniosa com o planeta se 
reduzirmos o impacto ambiental a zero. 
b) Segundo Maltez, o consumo alavanca uma exploração sem limites dos recursos 
naturais. 
c) Ambos concordam que a exploração sustentável precisa ser evitada para se obter 
o equilíbrio ecológico. 
d) Ambos concordam que o ecologicamente correto é reduzir de forma absoluta os 
impactos ambientais. 
e) Maltez propõe que os homens renunciem às conquistas tecnológicas e voltem a 
viver em ambientes naturais. 
 
 
 
 
 
Choque elétrico é o conjunto de perturbações de natureza e efeitos 
diversos, que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este é 
percorrido por corrente elétrica. As manifestações relativas ao choque elétrico, 
dependendo das condições e intensidade da corrente, podem ser desde uma ligeira 
contração superficial até uma violenta contração muscular que pode provocar a 
morte. Os tipos mais prováveis de choque elétrico são aqueles em que a corrente 
elétrica circula da palma de uma das mãos à palma da outra mão, ou da palma da 
mão até a planta do pé. 
O choque elétrico pode ser produzido por contato com circuito energizado, 
quando a pessoa entra em contato direto com a parte energizada da instalação. 
Nesse caso, o choque dura enquanto permanecer o contato e a fonte de energia 
estiver ligada. As conseqüências podem ser desde pequenas contrações até lesões 
irreparáveis. Podem também ser produzidos pelo contato com corpo eletrizado. 
Nesse caso, os choques causados por eletricidade estática têm duração mínima, o 
suficiente para descarregar a carga de eletricidade contida no elemento energizado 
e, na maioria das vezes, não provocam efeitos danosos ao corpo. Há ainda a 
possibilidade de choque produzido por raio, quando acontece uma descarga 
atmosférica e esta entra em contato direto ou indireto com uma pessoa, produzindo 
efeitos terríveis e imediatos, desde queimaduras graves até a morte instantânea. 
Em caso de choque elétrico, adote de imediato as seguintes providências: 
desligue o aparelho da tomada ou a chave geral; se tiver que usar as mãos para 
remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou em um saco de papel; empurre a 
vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não condutor de 
corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou 
bastão de borracha; se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as 
pernas elevadas; se estiver inconsciente, deite-a de lado; procure ajuda médica 
imediata. 
 
(Adaptado de www.bombeirosemergencia.com.br) 
 
08 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
 
a) Em geral, a vítima do contato com um corpo eletrizado corre grave risco de sofrer 
queimaduras graves, em virtude da descarga de energia estática. 
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b) O choque elétrico provocado por descarga atmosférica em geral causa danos 
graves. 
c) Aquele que presta socorro a uma vítima de choque elétrico não corre risco de se 
tornar também uma vítima. 
d) O corpo humano isola a energia elétrica, não permitindo que esta circule ou seja 
transmitida a outras pessoas ou objetos. 
e) Todo choque elétrico provoca lesões graves na vítima. 
 
 
09 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
a) Ao atender uma pessoa vítima de choque elétrico, deve-se envolvê-la em folhas 
de jornal. 
b) Cadeiras de metal podem auxiliar no atendimento a vítimas de choque, por 
absorver a eletricidade. 
c) Antes de procurar ajuda médica, é importante verificar se a vítima de choque 
elétrico tem condições de permanecer em pé. 
d) No atendimento a vítimas que tenham entrado em contato direto com a parte 
energizada de instalações elétricas, a primeira medida a ser tomada é desligar o 
aparelho ou a chave geral. 
e) Para evitar o aumento das queimaduras provocadas pela eletricidade, deve-se 
jogar água fria sobre a pessoa que tiver sofrido um choque elétrico. 
 
 
 
 
Defesa Estratégica 
Por que a cauda das lagartixas continua se movendo após ser decepada? 
 
A capacidade de decepar o próprio rabo é comum não só entre as lagartixas, 
mas também em diversos lagartos, e é uma defesa desses animais contra seus 
predadores. Quando sofre um ataque, assim que o inimigo toca seu rabo, a 
lagartixa o auto-amputa. Não há danos nem hemorragias e mais tarde ele é 
restaurado completamente (porém sem coluna vertebral e mais fino). 
A cauda continua se mexendo por dois motivos. O primeiro é porqueo 
sistema nervoso das lagartixas independe da ação do cérebro. Assim, mesmo 
decepado, o rabo ainda reage aos estímulos nervosos. O segundo motivo é que 
esse movimento acaba sendo uma segunda forma de defesa. O predador pode 
se assustar com a cauda e dar mais tempo para a lagartixa fugir. Muitas vezes, 
ele acaba se conformando com aquele pedacinho de carne que se mexe como 
se estivesse vivo e dá fim à caçada. 
(Galileu, no 157, ago. 2004.) 
 
 
10 - O texto apresenta como subtítulo a pergunta: “Por que a cauda das lagartixas 
continua se movendo após ser decepada?”. Indique a alternativa que apresenta 
uma resposta a essa indagação. 
 
 
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a) A amputação do rabo da lagartixa e de alguns lagartos não acarreta danos nem 
hemorragias. 
b) O sistema nervoso das lagartixas independe da ação do cérebro. 
c) Quando algum inimigo toca seu rabo, a lagartixa o auto-amputa. 
d) O predador se desinteressa e acaba se contentando com qualquer outro 
pedacinho de carne que encontrar. 
e) O rabo é restaurado completamente, mas sem coluna vertebral. 
 
 
 
TV Aberta sem Ibope 
 
Enquanto as emissoras de sinal aberto alternam-se na disputa por audiência, 
que bem se parece com mais uma daquelas gincanas atrapalhadas que elas 
mesmas propõem a um público sem outras opções, e os canais por assinatura 
curam a ressaca da embriaguez eufórica com que espalharam cabos pelo país, a 
NGT, sigla para Nova Geração de Televisão, entrou no ar, nas sintonias 48 UHF de 
São Paulo e 26 UHF do Rio de Janeiro, de forma discreta. Sem precisar cobrar uma 
mensalidade de seus telespectadores, mas também sem se submeter, pelo menos 
por enquanto, aos números revelados no quase unânime aparelho do Ibope — o 
termômetro que hoje, em vez de medir a suposta qualidade das grandes redes, é o 
que determina, minuto a minuto, até as variações de humor dentro dos estúdios —, 
a NGT combina estratégias, mas não se encaixa em nenhum dos dois perfis que 
dominam atualmente a televisão brasileira. 
A diferença, a julgar pela crise aguda que embrulha o mercado, já constitui em 
si um bom cartão de visita e em parte explica uma estréia mais tímida. A outra parte 
fica por conta do receio natural atrelado a um segmento que vem colecionando 
histórias de dívidas e cortes nos orçamentos, o que faz com que novidades assim 
soem mais como aventuras quixotescas mesmo, tão bem-intencionadas quanto 
ingênuas e, portanto, de vida curta. De fato, está ainda muito cedo para se 
apresentar a nova emissora como uma alternativa aos modelos seguidos pelos 
canais abertos ou a cabo. Seu projeto, no entanto, pensado por três experientes 
profissionais do setor, nada tem de delirante. Pelo contrário. Toma as dificuldades 
financeiras de seus pares como ponto de partida para montar uma estrutura que 
possa ser capaz de driblar as limitações e manter o equilíbrio. Diante da rotina de 
notícias negativas, só a tentativa já significa bastante. 
(Bravo! jan. 2004.) 
 
11 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
a) Pelos objetivos a que se propõe e pela estrutura com que foi montada, a NGT é um 
canal de TV que vem servindo de modelo para as outras emissoras. 
b) A NGT se diferencia dos canais do setor por não se submeter aos números do 
Ibope e por ter um projeto que equaciona recursos, a fim de driblar dificuldades 
financeiras. 
 
c) Como todas as outras experiências alternativas no setor, a NGT apresenta uma 
proposta que é bem-intencionada mas ingênua ao mesmo tempo, constituindo 
mais uma aventura quixotesca. 
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d) A NGT, por ter uma proposta amadora, tem grandes chances de ser mais um canal 
de televisão marcado por dívidas e cortes no orçamento. 
e) Por não se submeter ao Ibope, a NGT apresenta mais características de emissora 
de sinal aberto do que de TV por assinatura. 
 
 
 
12 - A NGT “não se encaixa em nenhum dos dois perfis que dominam atualmente 
a televisão brasileira” porque, dentre outros motivos: 
 
I. não cobra assinatura como fazem os canais fechados. 
II. não transmite gincanas atrapalhadas, programa comum em emissora de sinal 
aberto. 
III. não se submete, como as demais emissoras abertas, às pesquisas de opinião 
pública. 
IV. não aproveita experiências já testadas na televisão. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
O texto a seguir é referência para as questões 13 e 14. 
 
O preço da liberdade 
 
Da vasta correspondência que recebi por conta de minha coluna anterior, surgiu um 
apoio intrigante. Alguns leitores me escreveram para dizer que concordavam com a 
minha tese de que cabe ao indivíduo escolher seus próprios caminhos, exercendo a 
autonomia. Iam ainda mais longe e afirmavam que cada qual é livre para drogar-se, 
se for essa a sua opção, mas que os dependentes não deveriam ter direito de 
onerar o Estado com despesas médicas geradas pelo vício. Certos missivistas 
avançaram ainda mais e sugeriram que o poder público não deveria atender a 
alcoólatras, fumantes nem mesmo a pacientes de Aids. 
 
Reconheço que há lógica por trás dessa argumentação, mas não posso concordar 
com ela. Acredito que, se uma dada sociedade renuncia a todos os princípios de 
solidariedade, como parece fazer aquela que nega tratamento médico para quem 
precisa, ela perde sua razão de ser. Não vivemos em grupo apenas porque calhou 
de sermos vizinhos. O gregarismo é elemento constitutivo da própria humanidade. 
Foi por viver lado a lado com outros de sua espécie, ajudando-os e sendo por eles 
ajudado, que nossos ancestrais puderam dispor de uma dieta rica em proteínas 
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animais que foi fundamental para que seu cérebro se desenvolvesse da forma que o 
fez, tornando-os mais espertos que outros grupos de primatas. 
Não estou, com isso, afirmando que o homem seja naturalmente bom, como o fez 
Rousseau, nem que a solidariedade seja a mais humana das virtudes. Muito pelo 
contrário, nossa espécie é violenta, agressiva e freqüentemente bastante estúpida. 
Mesmo assim, soube fazer alianças com base no altruísmo recíproco que a 
beneficiaram, levando-a a assenhorear-se do planeta. Agora que vivemos num 
ambiente bem menos hostil do que o de nossos antepassados, temos ainda menos 
razões para abandonar o princípio da aliança de ajuda mútua. 
Voltando ao caso concreto, acho que o poder público deve prestar auxílio médico e 
previdenciário a quem dele necessite, independentemente das escolhas individuais 
que possam ter levado a pessoa ao estado de precisão. 
É verdade que a esmagadora maioria dos dependentes químicos fez em algum 
momento uma opção consciente não pelo vício, é claro, mas por correr o risco de 
tornar-se dependente. Não era um cálculo absurdo. A maior parte dos que tomam 
um copo de uísque, fumam um baseado ou cheiram uma carreira de cocaína não se 
viciam. Já a minoria que o faz padece de uma doença. A partir de um certo 
momento, instala-se a dependência. Aí as escolhas feitas pelo indivíduo já são 
"menos livres". Os centros de recompensa do cérebro se voltam inteiramente para 
a droga. Sem ela, nenhuma atividade proporciona prazer. O mundo se torna 
sombrio e sem graça. Para que volte a ser um lugar tolerável, é preciso conseguir 
uma dose da substância, pela qual o dependente fará quase tudo, inclusive roubar, 
prostituir-se e outros pecados burgueses. Romper esse ciclo não é de modo algumimpossível, mas costuma ser difícil. É uma tarefa trabalhosa, que pode exigir 
acompanhamento médico. 
Não creio que devamos abandonar o dependente à própria sorte apenas porque, no 
passado, ele aceitou correr esse risco. Se levássemos esse argumento às últimas 
conseqüências, o Estado também não deveria prestar atendimento ao portador de 
câncer fumante ou ao cardiopata que abusava do churrasco. A sugestão de deixar 
de distribuir gratuitamente remédios para pacientes de Aids é ainda mais grotesca. 
Quem ainda acredita que essa moléstia é um castigo imposto por Deus aos de 
comportamento dissoluto e moral pecaminosa deveria lembrar que a via sexual não 
é a única forma de transmissão da doença. Esse, aliás, era um preconceito que eu 
em minha ingenuidade já imaginava extinto. 
A rigor, não faz sentido pensar num atendimento médico que não seja universal. 
Até as mais insuspeitas das doenças apresentam características genealógicas que 
podem ser ligadas a fatores ambientais relacionados a estilos de vida. [...] 
(Hélio Schwartsman, Folha Online, 9 dez. 2004.) 
 
13 - O autor se contrapõe à tese de algumas pessoas que lhe escreveram. Que 
afirmações constituem argumentos utilizados pelo autor para defender seu ponto 
de vista? 
 
I. A sociedade humana é violenta, agressiva e estúpida e fez de tudo para 
assenhorear-se do planeta, pois a solidariedade não é a mais humana das virtudes. 
 
II. Romper um ciclo de dependência é uma tarefa que pode exigir 
acompanhamento médico. Não se deve abandonar o doente à própria sorte, só 
porque um dia ele aceitou correr o risco. 
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III. Até as doenças de características genealógicas, a rigor, podem ser ligadas a 
fatores ambientais relacionados a estilos de vida. Isso não é prerrogativa dos 
vícios. 
IV. O dependente tem livre arbítrio para, a qualquer momento, decidir sua própria 
sorte. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
 
 
14 - Em que alternativa as palavras e expressões retiradas do texto podem ser 
consideradas com sentido equivalente? 
 
a) missivistas, dependentes, pacientes. 
b) gregarismo, primatas, vizinhos. 
c) extinto, grotesco, intrigante. 
d) comportamento dissoluto, pecados burgueses, estado de precisão. 
e) solidariedade, altruísmo, princípio da aliança de ajuda mútua. 
 
 
 
Leia o texto abaixo, extraído de um informativo da COPEL, e responda às questões 
de 15 a 17. 
 
 
Depois do temporal 
 
Ventos fortes e raios são dois dos maiores problemas enfrentados pelas empresas 
de energia elétrica. Durante um temporal, podem acontecer desligamentos 
provocados por raios que atingem as redes elétricas ou mesmo por árvores que 
caem sobre elas, rompendo fios e danificando postes. 
Muito embora nem sempre os estragos a reparar sejam poucos, fáceis ou rápidos, a 
Copel e seus eletricistas têm como ponto de honra não descansar enquanto a 
última ocorrência não for atendida. 
Nos casos de grandes emergências, quando um forte temporal provoca danos 
sérios em grandes extensões da rede elétrica, a Copel adota como prioridade a 
normalização do atendimento a serviços essenciais, como hospitais, clínicas e 
casas de saúde. 
Assim, se você chamou a Copel, procure entender e seja paciente. 
 
A COPEL VAI ATÉ VOCÊ 
 
A Copel é uma empresa que está o tempo todo ao lado dos paranaenses. Por todo o 
Estado, 80 agências de atendimento ao público já foram reabertas e muitas outras 
voltam a funcionar brevemente. Para que seja possível ao cidadão voltar a 
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conversar com a Copel do jeito que ele mais gosta: olhando nos olhos. E agora, 
outra novidade: quando o consumidor estiver muito longe da Copel, a agência irá 
até ele! A Copel está colocando em operação agências móveis, que em sistema de 
rodízio vão percorrer bairros, comunidades carentes e localidades na Capital e no 
interior, facilitando o acesso do público aos seus serviços. 
 
COPEL, MENOR TARIFA DE ENERGIA ENTRE AS EMPRESAS DE GRANDE PORTE 
Os descontos na conta de luz que a Copel vem concedendo aos clientes pontuais 
desde junho de 2003 mantêm a sua tarifa como a menor entre as empresas de seu 
porte. Estes descontos já proporcionaram aos clientes em dia com o pagamento 
uma economia que representa o valor de quase três meses de consumo. Com o 
programa Luz Fraterna, as famílias carentes não pagam a conta de luz, desde que o 
consumo mensal de eletricidade não passe dos 100 kWh e estejam inscritas num 
dos programas sociais do Governo Federal. O dinheiro que seria usado para pagar 
a conta de luz está sendo gasto com alimentação, saúde, vestuário e educação. 
Mensalmente, cerca de 1 milhão de paranaenses são beneficiados. 
 
15 - Em relação às informações contidas no texto, considere as afirmativas a 
seguir: 
 
I. Em casos de danos sérios causados por fortes temporais, a Copel tem um 
tempo limite para atender aos serviços essenciais. 
II. As famílias comprovadamente carentes estão automaticamente isentas de 
pagar a conta de luz. 
III. Para facilitar o contato da empresa com o público, a Copel aumentou o 
número de agências fixas e criou a operação com agências móveis. 
IV. A Copel só dá desconto para os clientes pontuais no pagamento da conta de 
luz. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
 
 
16 - A intenção central do texto é: 
a) informar sobre medidas de economia de energia elétrica. 
b) convencer o leitor de que a Copel é uma boa empresa de energia. 
c) persuadir o leitor a pagar a conta de luz em dia. 
d) orientar o cliente a agir corretamente em casos de temporal. 
e) relatar as ações que diferenciam a Copel de outras empresas paranaenses. 
 
 
17 - Marque a alternativa que reescreve a sentença abaixo, mantendo-lhe o 
sentido. 
 
 
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Muito embora nem sempre os estragos a reparar sejam poucos, fáceis ou 
rápidos, a Copel e seus eletricistas têm como ponto de honra não descansar 
enquanto a última ocorrência não for atendida. 
 
a) Além de os estragos serem poucos, fáceis ou rápidos, a Copel tem como objetivo 
também agilizar os reparos de modo a resolver todos os problemas. 
b) Quando os estragos não são poucos, fáceis ou rápidos, a Copel e seus eletricistas 
recebem o comando de trabalhar até que o último caso seja atendido. 
c) Em razão de os estragos serem poucos, fáceis ou rápidos, a Copel tem reais 
condições de mobilizar todo o quadro de funcionários técnicos para resolver os 
problemas. 
d) Apesar de os estragos não serem sempre poucos, fáceis ou rápidos, a Copel e 
seus eletricistas têm como princípio trabalhar ininterruptamente, até que o último 
caso seja atendido. 
e) Assim que os estragos são observados como poucos, fáceis ou rápidos, a Copel 
imediatamente agiliza os serviços e atende a todos os usuários. 
 
 
 
18 - Numere as frases de modo que a seqüência fique coerente. 
 
( ) O incidente começou quando o segurança D. R. foi reclamar com a 
publicitária C. A., que estava com uma perna em cima de uma cadeira na praça 
de alimentação. 
( ) A polícia do Rio investiga dois supostos casos de racismo nesta semana – 
um delesno Botafogo Praia Shopping. 
( ) Em outro caso, oito universitários negros acusaram funcionários de um bar 
em Vila Isabel de chamá-los de “marginais quizumbeiros”. 
( ) Ela teria dirigido ofensas ao segurança como “Só poderia ser preto”. 
 
Assinale a seqüência correta, de cima para baixo. 
 
a) 2, 1, 4, 3. 
b) 1, 2, 4, 3. 
c) 2, 4, 3, 1. 
d) 1, 4, 3, 2. 
e) 4, 3, 1, 2. 
Leia o texto abaixo, extraído da coluna do leitor do jornal Gazeta do Povo, e 
responda às questões 19 e 20. 
 
Terror 
 
Tão lastimável quanto os atentados impetrados contra inocentes em Londres é a 
opinião de que a solução para o problema do terrorismo está em medidas fascistas, 
como defendeu o articulista N. A., neste jornal em 8/7/2005. 
 
Afirmar que a principal arma do terror é a ‘tolerância das sociedades democráticas, 
que escancaram as próprias fronteiras e respeitam escrupulosamente as próprias 
leis’, nos remete à argumentação que Hitler, Mussolini, Franco, Pinochet, Médici e 
tantos outros sanguinários que povoaram a história do século 20 usaram para 
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defender interesses do grande capital. Infelizmente, pessoas que pensam como o 
articulista têm poder para tomar medidas como as propostas por ele, construindo 
muros e prendendo jornalistas. 
(C. A. J., professor de História do Ensino Médio.) 
 
19 - Marque a alternativa que sintetiza a opinião do leitor do jornal sobre o tema 
tratado pelo articulista N. A. 
 
a) Grandes governantes fizeram a história do século 20. 
 
b) Não se combate o terrorismo com medidas fascistas. 
c) Os atentados em Londres contra os estrangeiros são condenáveis. 
d) O terrorismo precisa de repressão policial. 
e) Os governantes deveriam parar de construir muros e prender jornalistas. 
 
20 - A que se refere o termo ‘ele’, em destaque no texto? 
 
a) O articulista 
b) O grande capital 
c) Hitler 
d) O terrorismo 
e) O professor de história 
 
 
 
Leia o texto abaixo e responda a questão 21. 
 
Vamos refletir 
 
O agente comunitário luta com o povo para que o governo lute pelos interesses do 
povo, para que o deputado e o vereador lutem por projetos que libertem o povo de 
tudo que o oprime, que o governante não seja o dono da verdade, mas escute a 
opinião de todos e deixe campo para participar. Ajudar o povo a ver o que de fato 
leva a mudar a sociedade e as coisas que vão deixar tudo ficar como está. Lutar 
com o povo para que todos percebam o seu valor, a sua cultura, a sua capacidade e 
nunca seja tratado com pena ou dó como “obra de caridade”, assistencialismo, 
paternalismo ou injustiça. 
O agente comunitário luta contra toda injustiça para que comece a nascer uma 
criatura nova, numa sociedade mais humana, mais justa, mais fraterna. 
É preciso não ter medo de correr riscos, porque quem não faz, não erra, mas 
também não deixa acontecer. A omissão hoje é o maior pecado. 
As associações comunitárias têem que serem independentes, para não ser alvo deste 
mar de lama que se derrama em nosso país por alguns maus políticos que vivem 
metidos em falcatruas. A partir de agora temos que refletir melhor para as próximas 
eleições de 2006. 
 
21 - Considere as seguintes afirmativas sobre o agente comunitário: 
 
 
I. É um membro do governo, ao lado dos deputados e vereadores. 
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II. Atua entre as comunidades e o governo, para defender os interesses do 
povo. 
III. Precisa trabalhar independentemente do governo, para não se ligar à 
corrupção. 
IV. Sofre ameaças em seu trabalho, pois não há segurança nas empresas onde 
está empregado. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
 
 
 
Leia o texto abaixo e responda às questões de 22 e 23. 
 
O Islã sem véus 
 
Os terríveis acontecimentos entre 11 de setembro de 2001 e o recente 
assassinato do brasileiro inocente no metrô londrino colocaram o Islã em pauta no 
Ocidente de uma maneira sem precedentes na história. A mídia tipifica os 
muçulmanos como um bando de fanáticos, e o mundo se amedronta com o que vê. 
Mas, por outro lado, nunca houve tanto interesse em compreender realmente o que 
o islamismo significa. “A visão ocidental está dividida entre o medo e a 
curiosidade”, resume a estudiosa inglesa Karen Armstrong, autora de “O Islã”. 
“Entramos em uma nova era, em que pequenos grupos podem infligir um tipo de 
destruição que anteriormente só uma nação poderia”, diz. É por isso que hoje o 
grande desafio do Islã é recuperar a religião distorcida pelos extremistas em sua 
guerra santa. “O cerne da mensagem do Corão é a pluralidade, a tolerância e a 
compaixão”, arremata. 
Islã significa, em sua tradução mais exata, “submissão voluntária aos 
desígnios de Deus”. Essa é uma informação importante, já que muita gente pensa 
que os muçulmanos querem forçar os outros a abraçarem sua fé. 
O sheik Ali Abdouni, representante da comunidade islâmica no Brasil, sabe 
que o interesse das pessoas tem aumentado e tenta aproveitar o espaço para 
passar os reais ensinamentos da religião. “Hoje somos convidados para muitas 
palestras em universidades e escolas. Tenho também dado muitas entrevistas e 
participado de encontros inter-religiosos. Temos atraído mais atenção”, conta. 
“Aumentou muito a nossa responsabilidade, os compromissos ligados à 
divulgação dos verdadeiros ensinamentos da religião”, pondera. Segundo 
estimativas da Assembléia Mundial da Juventude Islâmica na América Latina, da 
qual Abdouni é hoje presidente, existem no Brasil 1,5 milhão de muçulmanos e 
aproximadamente 90 mesquitas. 
 
 
 
Revista Galileu – História, ago. 2005.) 
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22 - O objetivo central do texto é: 
 
a) dissertar sobre opiniões contrárias ao islamismo. 
b) argumentar contra a mudança da opinião das pessoas sobre o islamismo. 
c) descrever a situação atual do islamismo no Brasil. 
d) informar sobre o conceito de islamismo e sua influência no Brasil. 
e) divulgar o islamismo aos jovens brasileiros que não têm religião. 
 
 
23 - Segundo os depoimentos apresentados no texto, é correto afirmar: 
 
a) A estudiosa inglesa Karen Armstrong disse que hoje pequenos grupos fazem o 
que antes só nações podiam fazer. 
b) O sheik Ali Abdouni disse que nasceram no Brasil 1,5 milhão de muçulmanos e 
aproximadamente 90 mesquitas. 
c) A revista Galileu – História classifica os muçulmanos como um bando de fanáticos, 
e o mundo se amedronta com o que vê. 
d) A Assembléia Mundial da Juventude Islâmica na América Latina declarou que o 
sheik Ali Abdouni é um de seus membros. 
e) O sheik Ali Abdouni disse que Islã significa submissão voluntária aos desígnios de 
Deus. 
 
 
 
Leia o texto abaixo, sobre a regulamentação de eleições de um sindicato, e 
responda às questões de 24 e 25. 
 
INFORMAÇÕES SOBRE A ELEIÇÃO 
 
Dia da eleição: 22 de setembro de 2005. 
Concorrentes: As chapas 1 e 2. 
Quem vota: Integrante da categoria que se filiou até o dia 24 de junho de 2005 e que 
esteja em dia com as mensalidades sindicais no dia das eleições. 
Onde vota: O sindicalizado terá direito a voto no Núcleo Sindical de sua jurisdição. 
Haverá urnas fixas e itinerantes. A Comissão Eleitoral divulgará locais das mesas 
coletoras até 12 de setembro. 
Identificação do eleitor: Para votar, o eleitor deve apresentar documento de identidade 
com fotografia e comprovante de condição de voto, podendo ser o contracheque,extrato 
bancário de conta corrente onde consta o desconto da mensalidade sindical, talão de luz 
ou recibo padronizado da tesouraria da entidade. 
Voto em separado: Poderá votar em separado o eleitor que estiver na lista de votantes, 
mas não apresentar um dos documentos citados. O eleitor que apresentar os documentos 
citados, mesmo que seu nome não conste na listagem. 
Apuração: O escrutínio dos votos será regionalizado. Começará uma hora depois do 
fechamento das urnas, em assembléia regional que será convocada pelo presidente do 
Núcleo Sindical. As assembléias dos Núcleos Sindicais de Curitiba Norte, Curitiba Sul, 
Curitiba Metropolitana Norte e Curitiba Metropolitana Sul acontecerão, preferencialmente, 
num mesmo local na cidade de Curitiba. 
 
Posse: Ocorrerá até 30 dias após a proclamação dos resultados. 
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24 - De acordo com o texto, pode(m) votar: 
 
a) sindicalizados a partir da data de filiação. 
b) qualquer sindicalizado que tenha se filiado até 24 de junho de 2005. 
c) apenas os filiados ao sindicato até 24 de junho de 2005 que estejam em dia com 
as mensalidades. 
d) os integrantes de chapas mesmo que não estejam em dia com as mensalidades. 
e) apenas os sindicalizados que apresentarem documento de identidade. 
 
 
25 - De acordo com o texto, é correto afirmar: 
 
a) O eleitor que não apresentar os documentos solicitados e não tiver seu nome na 
lista ainda assim vai poder votar. 
b) O resultado sairá até trinta dias depois do término das eleições. 
c) As urnas serão abertas até 12 de setembro de 2005. 
d) Se o eleitor estiver com os documentos solicitados, mas seu nome não estiver na 
lista, ainda assim ele pode votar. 
e) Só haverá votação nos prédios dos núcleos sindicais. 
 
 
 
 
O texto abaixo é referência para as questões de 26 a 30. 
 
PRISÕES PODEM LEVAR À ELUCIDAÇÃO DE OUTROS CRIMES 
Um dos casos a ser esclarecido é a morte da traficante Evinha do Pó 
 
A polícia começou a montar ontem o quebra-cabeça para esclarecer alguns 
dos principais crimes ocorridos no Paraná, nos últimos cinco anos, e que ainda não 
estão elucidados. A prisão de 35 pessoas na “Operação Tentáculos” – entre os 
quais policiais militares, advogados e suspeitos de tráfico –, além de esclarecer a 
morte do major Pedro Plocharski, pode levar à solução de homicídios em série 
registrados durante a guerra pelo comando do tráfico de drogas na Cidade 
Industrial de Curitiba (CIC). 
Um deles teve como vítima a traficante Eva Silveira Costa, a Evinha do Pó, e 
quatro parentes dela (dois filhos, um sobrinho e um irmão). Ela foi morta há cerca 
de três anos, a tiros. Evinha do Pó disputava pontos de tráfico na Vila Nossa 
Senhora da Luz. A mulher chegou a ser testemunha da CPI Estadual do 
Narcotráfico. 
 
Além de um “rosário” de homicídios, os detidos podem ter ligações com os 
mandantes do incêndio na Promotoria de Investigação Criminal (PIC), uma vez que 
o principal suspeito de matar o major Plocharski – crime atribuído à quadrilha – é o 
ex-tenente Alberto Silva Santos, que cumpre pena em regime semi-aberto (Colônia 
Penal Agrícola) pelo incêndio na PIC. Ele teria cometido a execução de Plocharski 
numa de suas saídas da prisão. Várias pessoas foram presas e condenadas na 
época pelo incêndio, mas até hoje não apareceu o nome dos mandantes do crime. 
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O ex-tenente Santos também estaria envolvido na morte do bicheiro Almir 
José Hladkyi Solarewicz, executado há cinco anos no bairro Juvevê, quando 
começou a febre dos caça-níqueis no Paraná. O grupo ainda é suspeito de ligações 
com o roubo de carros, tráfico de armas, roubo a estabelecimentos comerciais, 
assim como a banco e carros de valores. 
(BERTOTTI, João Natal. Gazeta do Povo, 17/06/05.) 
 
26 - Assinale a alternativa que expressa o objetivo principal do texto. 
 
a) Noticiar a morte de Evinha do Pó. 
b) Informar sobre os crimes que poderão ser desvendados a partir das prisões feitas 
na “Operação Tentáculos”. 
c) Descrever as ações da polícia na prisão dos suspeitos na “Operação Tentáculos”. 
d) Noticiar a morte do major Pedro Plocharski. 
e) Informar sobre os crimes mais comuns no Paraná. 
 
 
27 - A que se refere a expressão ‘deles’ em destaque no segundo parágrafo? 
 
a) Policiais militares 
b) Advogados 
c) Homicídios em série 
d) Quebra-cabeça 
e) Pontos de tráfico 
 
 
28 - Que expressão substitui a expressão ‘uma vez que’ (em destaque no terceiro 
parágrafo) sem modificar o sentido nem a estrutura do texto? 
 
a) à medida que 
b) porém 
c) já que 
d) para que 
e) ainda que 
 
 
29 - Assinale a alternativa em que a sentença reescrita NÃO está de acordo com 
as normas da língua padrão escrita. 
 
a) Até hoje não apareceu o nome dos mandantes do crime. (os nomes) 
 Até hoje não apareceu os nomes dos mandantes do crime. 
b) Ela foi morta há cerca de três anos. (elas) 
 Elas foram mortas há cerca de três anos. 
c) O principal suspeito de matar o major Plocharski é o ex-tenente Alberto Silva 
Santos. (o ex-tenente e o ex-capitão) 
 Os principais suspeitos de matar o major Plocharski são o ex-tenente e o ex-
capitão. 
d) Várias pessoas foram presas e condenadas na época pelo incêndio. (uma pessoa) 
 
 Uma pessoa foi presa e condenada na época pelo incêndio. 
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e) Os detidos podem ter ligações com os mandantes do incêndio. (o detido) 
 O detido pode ter ligações com os mandantes do incêndio. 
 
 
30 - Assinale a alternativa em que a pontuação usada está de acordo com as 
normas da língua. 
 
a) Além de esclarecer a morte do major Plocharski, a prisão de 35 pessoas na 
“Operação Tentáculos” pode levar à solução de homicídios em série. 
b) Um deles teve como vítimas a traficante Eva Silveira Costa, e quatro parentes 
dela. 
c) O principal suspeito de matar o major Plocharski – é o ex-tenente. 
d) O grupo ainda é suspeito de ligações com o roubo de carros, tráfico de armas, e 
roubo a estabelecimentos comerciais. 
e) Os detidos além de um “rosário” de homicídios, podem ter ligações com os 
mandantes do incêndio na Promotoria de Investigação Criminal. 
 
 
 
 
O texto abaixo, trecho de uma reportagem da revista Carta Capital, serve de base 
para as questões de 31 a 34. 
 
 
Você tem medo de quê? 
 
Depois de um seqüestro relâmpago na família, dona Rita Davidsohn, de 75 
anos, vive com medo de que seus filhos e netos não voltem para casa. Pedro, 
pipoqueiro, acha que morre de tiro quem é bandido e diz não ter medo de passear 
sozinho à noite na periferia violenta de São Paulo. As estudantes Gabriela e Daniela 
andam de carro sempre com os vidros fechados e o ar condicionado ligado. 
Valdomiro trabalha em um shopping e, negro, tem medo de apanhar da polícia. 
Patrícia, desempregada, não anda na rua sozinha depois de ter sido assaltada. 
Rita, Pedro, Gabriela, Valdomiro e Patrícia são pessoas de diferentes classes 
sociais e vivem em diferentes regiões da cidade de São Paulo. Em comum, a 
sensação de insegurança. Longe de ser privilégio dos paulistanos, esse sentimento 
acomete quase a totalidade dos moradores das grandes e médias cidades 
brasileiras. 
Para além da mera constatação de que ninguém está seguro, uma pesquisa 
realizada pela Fundação Instituto de Administração, conveniada à Faculdade de 
Economia, Administração e Contabilidade da USP, mostra o que há de semelhante e 
onde estão as diferenças na percepção da insegurança, nas sugestões de medidas 
tanto para prevenir como para combater o problema, e nas mudanças de hábito em 
razão dele. 
 
É a primeira vez que a FIA realiza essa pesquisae a fundação pretende repeti-
la pelo menos a cada ano. À primeira pergunta, se a sensação de medo aumentou, 
diminuiu ou permaneceu igual à sentida em anos anteriores, a maioria (65%) das 
respostas assinala que, sim, aumentou. 
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Um olhar mais cuidadoso mostra, no entanto, que a condição econômica e 
social faz, sim, a diferença. Entre os indivíduos da classe A (de acordo com a 
classificação econômica adotada pela Associação Nacional de Empresas de 
Pesquisa), a dos que têm melhor condição social, 72% dizem que se sentem mais 
inseguros. Esse índice cai gradativamente na classe B (70%), na C (66%) e na D 
(61%), até passar a menos da metade (44%) da classe E, a fatia mais pobre da 
população. 
(ATHAYDE, Phydia. Carta Capital, 15/12/2004) 
 
 
31 - Em relação ao texto, considere as seguintes afirmativas: 
 
I. Entre os mais pobres não há sensação de insegurança. 
II. Indivíduos de diferentes classes sociais afirmam que a sensação de 
insegurança aumentou. 
III. Assim como os indivíduos das classes C e D, mais da metade dos indivíduos 
das classes A e B sentem-se mais inseguros. 
IV. Apenas os moradores ricos das grandes capitais brasileiras sentem medo de 
assaltos e seqüestros. 
 
Assinale a alternativa correta 
 
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. 
 
 
32 - Em relação ao texto, é correto afirmar: 
 
a) O texto sugere mudanças de hábitos que podem diminuir a sensação de 
insegurança. 
b) O texto critica os resultados de uma pesquisa sobre a insegurança nas grandes e 
médias cidades brasileiras. 
c) O texto avalia como as classes socialmente privilegiadas percebem a insegurança. 
d) O texto informa sobre uma pesquisa que investigou a percepção que a população 
tem da insegurança. 
e) O texto opina sobre a situação de insegurança em São Paulo. 
 
 
33 - Indique a expressão a que se refere a partícula ‘–la’ (constituinte da 
expressão ‘repeti-la’) em destaque no texto. 
 
a) fundação 
b) insegurança 
c) visão 
d) FIA 
 
e) pesquisa 
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34 - Assinale a alternativa que substitui a expressão ‘no entanto’ (em destaque no 
último parágrafo) sem modificar o sentido do texto. 
 
a) contudo 
b) sobretudo 
c) desta forma 
d) pois 
e) também 
 
 
 
O texto abaixo, um trecho de uma entrevista, é referência para as questões de 35 e 
36. 
 
CC: A senhora defende que há semelhanças entre o comportamento do jovem 
trabalhador do tráfico e o jovem da classe média. 
MF: Temos o costume de pensar que há dissonância total entre os marginais, bandidos e 
os nossos filhos, o nosso círculo familiar. Mas é importante lembrar que os jovens do 
tráfico apenas exacerbam características de todos nós. O garoto busca ser reconhecido. 
Na sociedade de consumo, ele é reconhecido quando tem. O jovem de classe média pede 
para o pai, e o da classe baixa? Ele também quer. E quem não condiz com os modelos se 
marginaliza cada vez mais. 
CC: Essa marginalização os exclui? 
MF: Não existe o excluído. Se esses jovens são excluídos do acesso à saúde, à 
educação e a bens materiais, são sempre incluídos pelo consumo. Ao comprar algo com 
o dinheiro do tráfico, ele volta à engrenagem. 
CC: Então o tráfico é inclusão? 
MF: No tráfico ele está superdentro, pois o tráfico é constitutivo da nossa sociedade. É 
interessante refletir sobre como o tráfico escancara as relações de desigualdade e 
violência existentes no capitalismo. Essas relações também estão presentes no shopping 
center, mas de forma menos violenta. 
(Trecho de entrevista da psicóloga Marisa Feffermann concedida à revista Carta 
Capital, 17/08/2005.) 
 
35 - Considere as seguintes afirmativas relativas ao texto: 
 
I. Os comportamentos de jovens traficantes e de jovens de classe média são 
semelhantes pela busca por reconhecimento. 
II. Apenas no tráfico estão presentes as relações de desigualdade e violência do 
capitalismo. 
III. Já é consenso que os jovens de classe média e os jovens traficantes têm 
comportamento semelhante. 
IV. Jovens traficantes conseguem inserção social pelo consumo com o dinheiro 
do tráfico. 
 
 
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Assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
 
 
 
36 - Assinale a alternativa em que a reescrita da sentença abaixo é coerente com 
o texto. 
 
O jovem de classe média pede para o pai, e o da classe baixa? 
 
a) Assim como o jovem da classe média, o da classe baixa pede para o pai. 
b) O jovem da classe média pede para o pai porque o da classe baixa não tem a 
quem pedir. 
c) O jovem da classe média pede para o pai, mas o de classe baixa não tem a quem 
pedir. 
d) Apesar de o jovem da classe média pedir para o pai, o da classe baixa não tem a 
quem pedir. 
e) O jovem de classe baixa, ao contrário do da classe média, pede para o pai. 
 
 
 
 
O texto abaixo, uma carta do leitor Newton Gonçalves publicada na revista Carta 
Capital, é referência para as questões de 37 e 38. 
 
Bem longe do alvo II 
 
A respeito da reportagem sobre o referendo, Carta Capital pontuou de forma 
adequada a questão: a desigualdade social, principal raiz do problema, não será 
mudada. Considero que o estatuto do desarmamento traz medidas eficazes e 
suficientes para resolver o problema de armas ilegais nas mãos dos cidadãos, e 
que o dinheiro público usado para promover o referendo está sendo gasto 
desnecessariamente; seria mais bem usado se destinado aos programas de renda 
mínima e outros da área social. A meu ver, o referendo nada mais é do que uma 
forma de nossos congressistas não se comprometerem em assumir a 
responsabilidade (a “culpa”?) de proibir o comércio de armas e munições e jogá-la 
aos eleitores. A alegação de que a questão é muito importante e deve ser 
“decidida” pela sociedade brasileira é falha e um tanto demagógica. Se nossa 
opinião é realmente importante, por que não a pediram em referendo quando das 
privatizações de empresas públicas rentáveis e estratégicas? Ou para saber se 
aceitamos perder direitos trabalhistas com as mudanças propostas para a CLT? 
(Fonte: Carta Capital, 26/10/2005.) 
 
 
 
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37 - Em relação à opinião do leitor expressa na carta, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
 
a) O dinheiro gasto com a promoção do referendo seria melhor usado se empregado 
em programas sociais. 
b) O estatuto do desarmamento apresenta medidas suficientes e eficazes para 
resolver o problema das armas ilegais nas mãos dos cidadãos. 
c) O referendo é uma estratégia dos congressistas para fugirem da responsabilidade 
de proibir a venda de armas e munições. 
d) A questão levantada pelo referendo é muito importante e, por isso, deve ser 
decidida pela sociedade. 
e) Se a opinião da sociedade brasileira fosse realmente importante, ela deveria ter 
sido pedida também em relação a outras questões. 
 
 
38 - A partir da leitura do texto, é correto concluir que o leitor: 
 
a) É contra a venda de armas e munições. 
b) É contra a realização do referendo sobre a comercialização de armas e munições. 
c) É contra o estatuto do desarmamento.d) É favorável à realização do referendo sobre a comercialização de armas e 
munições. 
e) É favorável à venda de armas e munições. 
 
 
 
 
 
Salam Pax é um mistério, um caso inexplicável para todos aqueles no Ocidente 
que acreditam ser a cultura islâmica bélica, primitiva e reacionária, sem consciência 
crítica de seus erros e, ainda, vítima de uma crônica falta de humor. Em setembro 
de 2002, um jovem iraquiano (Salam Pax é seu pseudônimo) passou a escrever seu 
diário na Internet, como milhões fazem todos os dias, em qualquer parte do mundo. 
Mas Pax não vivia em qualquer parte do mundo nem em um momento histórico 
banal: seu país, há décadas dominado por uma ditadura militar, se preparava para 
ser invadido sob o argumento de possuir “armas de destruição de massa”, e, na 
guerra de propaganda, ele estava do lado errado. 
Assim, se escrever um diário na Internet pode ser, na maioria dos casos, uma 
distração adolescente (os chamados blogs), para Salam se tratava, essencialmente, 
de risco. Ao colocar para milhões uma observação sobre a rotina em Bagdá, se 
arriscava a ser descoberto pela polícia secreta do regime iraquiano, e isso 
significaria prisão e uma possível execução, para ele e sua família. Em abril, sua 
história passou a ser notada, e com o início dos bombardeios ele parecia ser uma 
possibilidade para se tentar descobrir o que estava, afinal, acontecendo na região. 
The Guardian decidiu encontrá-lo e por meio de seu correspondente no Iraque fez a 
Salam uma proposta: seus textos passariam a ser editados na publicação, e são 
essas colunas, reunidas em livro lançado em setembro na Europa, que chegam ao 
leitor brasileiro no próximo mês. (...) 
 
(Cult, nov. 2003.) 
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39 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
a) Salam Pax é um jovem iraquiano que, por meio de seu diário, defende o regime 
político de seu país e denuncia a arbitrariedade da invasão americana no Iraque. 
b) Os escritos de Salam Pax confirmam a crença a respeito da natureza bélica, 
primitiva e reacionária do povo árabe. 
c) O que torna o diário de Pax diferente do diário de qualquer outro adolescente é a 
procedência de seu autor e o momento histórico em que ele o escreveu. 
d) A denúncia de Salam Pax de que seu país possuía armas de destruição de massa 
poderia ter colocado a sua vida e a de sua família em risco. 
e) Os escritos de Pax chamaram a atenção dos iraquianos porque, com o início dos 
bombardeios, era uma forma de se descobrir os interesses americanos no país. 
 
 
40 - Em que alternativa a formulação apresentada em B corresponde ao sentido 
das expressões em A, editadas a partir do texto? 
 
a) A: ... acreditam ser a cultura islâmica bélica ... 
B: ... acredita-se na exuberância da cultura islâmica ... 
 
b) A: ... acreditam ser a cultura islâmica reacionária ... 
B: ... acredita-se que a cultura islâmica é conservadora ... 
 
c) A: ... vítima de uma crônica falta de humor. 
B: ... vítima de uma falta de humor transitória. 
 
d) A: ... um momento histórico banal. 
B: ... um momento histórico ímpar. 
 
e) A: ... Pax é um caso inexplicável ... 
B: ... Pax é um caso irrepreensível ... 
 
 
 
 
 
 
O texto a seguir é referência para as questões 41. 
 
Quem não tem e-mail é sub-cidadão 
 
Pesquisa Datafolha informa que, neste ano, cerca de 25 milhões de 
brasileiros acima de 16 anos já acessam a internet. Não é pouca coisa, levando em 
conta que a população brasileira é de 180 milhões de habitantes, dos quais uma 
expressiva parcela é de pobres, analfabetos ou semi-analfabetos. 
 
A linha da exclusão social pode ser medida também pelos com ou sem-mail. 
Isso porque ter ou não acesso à Internet define a capacidade de o indivíduo 
protestar ou se posicionar diretamente com o poder público e privado. É um jeito de 
chegar direto, sem intermediários, ao deputado ou senador, por exemplo. 
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Por isso, um dos atentados contra a cidadania brasileira é, até agora, não 
terem usado um único dos R$ 4 bilhões arrecadados dos usuários das 
telecomunicações para promover inclusão digital. É um absurdo nos mais 
diferentes sentidos. Abuso pela mentira pública (pegar um dinheiro e não usar); 
abuso porque educação deveria ser a prioridade das prioridades no país. 
(Gilberto Dimenstein, Folha Online, 27 abr. 2005.) 
 
41 - Dimenstein justifica a importância de um maior número de pessoas ter 
acesso à Internet e, conseqüentemente, ao e-mail, assentado no fato de que 
esse acesso: 
 
a) aumenta o percentual de usuários e essa estatística define o progresso de uma 
nação. 
b) diminui o percentual de analfabetos e semi-analfabetos. 
c) estimula as empresas de telecomunicações a cobrar menos impostos. 
d) possibilita um exercício mais efetivo da cidadania. 
e) melhora as condições de aprendizagem em sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
As questões 42 e 43 referem-se ao texto abaixo. 
 
Em neologismo de triste memória, um antigo ocupante do posto de Ministro do 
Trabalho designou como “empregabilidade” o conjunto de atributos que fazem de 
uma pessoa um sujeito apto (ou não) a exercer trabalho remunerado, em condições 
de não-informalidade. A inovação vernacular não é de pequena monta: de uma hora 
para outra a legião de desempregados brasileiros pode ser percebida como um 
conjunto cujo infortúnio devia-se, em boa medida, a desvios individuais. Afinal, 
“baixa empregabilidade” passou a soar como inadaptação aos requisitos do 
mercado de trabalho, quer pela pouca qualificação educacional, quer pelo rápido 
avanço nas tecnologias produtivas, induzindo a um envelhecimento tecnológico de 
parte da força de trabalho. 
Ainda que a defasagem tecnológica e educacional possa responder por parte do 
problema, o diagnóstico da “empregabilidade” tende ao cinismo: como explicar, 
afinal, os níveis alarmantes de desemprego nas capitais brasileiras – Recife, 23,7% 
e Brasília, 23% em setembro de 2003 e São Paulo, 20,4% e Salvador, 27% em 
outubro de 2003 – com base apenas em variáveis de qualificação individual? 
No entanto, se observarmos o panorama da qualificação acadêmica crescente 
da comunidade científica brasileira, encontraremos uma instigante associação 
entre essa tendência e a presença de um fenômeno de “baixa empregabilidade”. Em 
uma década, o Brasil triplicou o número de doutores e investiu pesadamente na sua 
formação: US$ 7 mil dólares para cada novo doutor no país e US$ 30 mil para cada 
doutor formado no exterior. No entanto, apenas um terço deles encontrou, nesse 
período, colocação profissional compatível com sua formação. [...] 
(LESSA, Renato. Ciência Hoje, jan./fev. 2004.) 
 
 
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42 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
a) O problema da empregabilidade no Brasil decorre dos baixos investimentos para 
formação de profissionais altamente qualificados. 
b) A baixa empregabilidade está restrita a certas regiões brasileiras, principalmente 
àquelas de menor desenvolvimento econômico. 
c) A recente definição dada à palavra empregabilidade é paradoxal ao fato de se ter 
um alto número de profissionais qualificados desempregados. 
d) A defasagem tecnológica e educacional responde, segundo o autor, pelo alto nível 
de desemprego no Brasil. 
e) É uma atitude cínica pensar que resolveremos o problema do desemprego 
investindo milhões de dólares na formação da comunidade científica brasileira. 
 
 
43 - Observe as afirmações: 
 
I. O autor usa o fato de vários doutores não conseguirem emprego compatível 
com a sua formação como argumento para sua tese. 
II. Por meio de dados estatísticos, o autor sugereque a razão da baixa 
empregabilidade decorre de variáveis de qualificação individual. 
III. O autor sugere que de nada adianta investir altas cifras na formação de 
doutores, pois a alta taxa de desemprego reflete a falta de colocação de 
trabalhadores de baixa renda no mercado. 
IV. O termo neologismo, no texto, é usado para se referir a uma palavra que já 
existia na língua, mas que adquire um sentido novo. 
 
 São verdadeiras as afirmações: 
 
a) I e II somente. 
b) II e III somente. 
c) II e IV somente. 
d) I e IV somente. 
e) III e IV somente. 
 
 
 
As questões 44 e 45 referem-se ao texto abaixo. 
 
 
Misturem-se criações de espécies diferentes de animais, condições 
inadequadas de armazenamento, higiene precária e aglomerações humanas. Está 
pronta a fórmula para a eclosão de novas epidemias. São esses fatores que ajudam 
a explicar por que grande parte dessas doenças tem início em países asiáticos, 
onde existem todas as condições citadas. “Além das mais recentes, como a Sars e 
a atual gripe do frango, tudo indica que doenças como a varíola e o sarampo 
também tenham surgido no continente”, diz o epidemiologista Stefan Ujvari. Ele 
explica que os vírus acabam passando dos animais para o homem. Isso aumenta as 
chances de que eles sofram mutações, adaptem-se ao nosso organismo e passem 
de uma pessoa para outra. “Ao aglomerar animais com finalidade econômica, os 
homens favorecem o surgimento de epidemias que passariam despercebidas aos 
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humanos se os bichos estivessem espalhados pela natureza, pois suas doenças se 
restringiriam a eles”, diz. 
No livro “Armas, Germes e Aço”, o epidemiologista norte-americano Jared 
Diamond explica que, nos animais, as doenças epidêmicas também precisam de 
populações grandes e densas, surgindo principalmente entre espécies sociais, 
como vacas e porcos. “Quando domesticamos esses animais, eles já sofriam de 
doenças epidêmicas que apenas esperavam o momento de serem transmitidas dos 
rebanhos para nós.” Ele cita como exemplo o vírus do sarampo, parente próximo 
do vírus causador da peste bovina, que possivelmente foi transmitido dos rebanhos 
para os seres humanos e depois evoluiu para o modo como o conhecemos. Os 
vírus da tuberculose e da varíola também teriam se originado a partir do contato 
dos humanos com os bois, e a coqueluche, do contato com porcos e cães. “Esses 
invasores são criteriosamente escolhidos pela seleção natural, e apenas alguns 
conseguem se transformar em doenças do homem”, diz o epidemiologista. 
(Galileu, no 152, mar. 2004.) 
 
 
44 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
a) Os países asiáticos apresentam condições climáticas ideais para o surgimento de 
epidemias novas, o que justifica o aparecimento das novas epidemias lá. 
b) Ao contrário das epidemias mais antigas, a Sars e a gripe do frango começaram 
em animais e depois foram transmitidas ao homem. 
c) Os vírus transmitidos ao homem pelos animais preservam todas as suas 
características genéticas. Comprova-se isso observando-se o vírus da tuberculose 
e da varíola. 
d) Os animais mais propensos a doenças epidêmicas são os que estão espalhados 
pela natureza. 
e) A aglomeração de animais próxima ao homem, a densidade populacional e a falta 
de higiene constituem o cenário ideal para o surgimento de novas epidemias. 
 
 
 
45 - Segundo as gramáticas de língua portuguesa, empregam-se aspas: 
 
I. No início e no fim de uma citação para distingui-la do resto do contexto. 
II. Para acentuar o valor significativo de uma palavra. 
III. Para realçar ironicamente uma palavra ou expressão. 
IV. Para indicar o título de uma obra. 
 
 As aspas usadas no texto podem ser justificadas somente pelas regras 
apresentadas em: 
 
a) II e IV. 
b) I e IV. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) III e IV. 
 
 
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46 - O edital deste concurso, em uma de suas partes, esclarece o seguinte: 
9 DA AVALIAÇÃO MÉDICA 
9.1 Para a avaliação médica serão convocados por edital próprio, até o preenchimento 
do limite de vagas e por ordem de classificação, os candidatos aprovados e 
classificados que tenham sido considerados aptos na avaliação de aptidão física. 
9.2 A avaliação médica terá caráter eliminatório e abrangerá exames laboratoriais e 
exames físicos a serem especificados no edital de convocação. 
9.3 Para a avaliação médica, o candidato deverá vir munido de documento de 
identidade, devendo autenticar o documento de verificação de presença através 
da coleta de impressões digitais. 
9.4 Na avaliação médica será considerado apto o candidato que não apresentar 
quaisquer alterações patológicas que o contra-indiquem ao desempenho do 
cargo/função para o qual se inscreveu. 
9.5 O candidato que na avaliação médica for considerado inapto por determinado 
período terá sua vaga garantida, sem prejuízo para a nomeação dos demais 
candidatos, até que, dentro do prazo previsto no laudo, submeta-se a exames 
para nova avaliação. 
 
Segundo as instruções acima, é correto afirmar: 
 
a) Para a avaliação médica, o candidato terá que autenticar documento que tiver 
suas impressões digitais. 
b) Os candidatos considerados inaptos pela avaliação médica não perderão sua 
vaga. Deverão submeter-se a novo exame. 
c) A prova de aptidão física será anterior ao exame de avaliação médica. 
d) Todos os que se candidataram ao concurso deverão passar pela avaliação 
médica. 
e) A avaliação médica declarará aprovado o candidato que não apresentar 
problemas psicológicos. 
 
 
 
As questões 47 referem-se ao texto abaixo. 
 
Os brasileiros já despontam em quinto lugar na lista dos países com mais 
bichos de estimação. Os cachorros são preferência nacional, somando 23 milhões, 
contra 10 milhões de gatos. Há uma década, o Brasil nem sequer figurava entre os 
dez primeiros colocados. Dois motivos explicam esse fenômeno, segundo a 
veterinária e psicóloga animal Hannelore Fuchs, da USP. A agitação do dia-a-dia e o 
advento da internet afastaram as pessoas, que apelaram para os animais como 
forma de trocar afeto. Outra explicação é que, cada vez mais, aceita-se que os 
bichos são capazes de corresponder ao carinho de seus donos. [...] 
 
Estudos recentes mostram que os cachorros são os mais habilidosos em 
entender o comportamento humano. As pesquisas nessa área avançaram tanto que 
alguns laboratórios criaram tradutores de latidos. Segundo o biólogo Samuel 
Gosling, da Universidade do Texas, em Austin, como os cães sempre estiveram ao 
lado dos humanos desde a idade das cavernas, especializaram-se em ler os sinais 
de humor e emoção. Para eles, era uma forma de ter abrigo e comida garantidos. A 
simbiose entre humanos e cachorros é tamanha que Gosling identificou quatro 
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tipos de inteligência em cães usando testes psicológicos aplicados em humanos. 
Não é um exagero, portanto, dizer que o cão é o retrato de seu dono. Os avanços na 
forma como a ciência encara o “ser animal” trazem consigo uma contradição. 
Afinal, como seria possível criar animais em cativeiro ou fazer experimentos em 
laboratórios se eles têm a sua capacidade de pensar e de sentir? Aos poucos, a 
humanidade aprende a respeitar a bicharada, menos por nossas diferenças e mais 
por nossas semelhanças. 
(ISTOÉ, ed. 1795, mar. 2004.) 
 
47 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
a) Na última década, os cachorros ganharam a preferência dos brasileiros, 
ultrapassando os gatos, que antes ocupavam a posição de bicho de estimação 
predileto. 
b) Só na última década foi feito um levantamento confiável do número de animais de 
estimação no Brasil.c) O aumento do número de animais de estimação no Brasil é motivado tanto pelo 
ritmo de vida quanto pelo reconhecimento da capacidade afetiva dos animais. 
d) Como os cães são mais inteligentes que os gatos, já foi possível criar tradutores 
de latidos, mas ainda não existem tradutores de miados. 
e) O reconhecimento das semelhanças entre homens e animais é compatível com o 
uso de bichos para a realização de experimentos em laboratórios. 
 
 
 
As questões 48 a 50 referem-se ao texto abaixo. 
 
O estudante Cláudio da Silva apresentou-se para iniciar seu estágio em uma firma 
de processamento de dados munido da carta reproduzida abaixo, expedida pelo 
CIEE/PR: 
 
O(a) Estudante, acima mencionado(a), foi selecionado(a) por essa Unidade 
Concedente de Estágio e manifestamos nossa satisfação por estarmos juntos nesse 
trabalho meritório de contribuir para a formação da futura geração de bons profissionais 
com o auxílio de um Estágio de Qualidade. 
Cabe-nos informar que o(a) Estudante em referência já está devidamente 
cadastrado(a) no CIEE/PR, tendo apresentado a declaração de matrícula atualizada e 
fotocópias do RG e do CPF. 
Entretanto, o Estágio só poderá ter início depois da devolução do Acordo de 
Cooperação (AC) e do Termo de Compromisso de Estágio (TCE) assinados pelo 
Administrador do Convênio dessa Unidade Concedente de Estágio (UCE) e do Plano de 
Estágio assinado pelo Supervisor de Estágio dessa UCE. Assim sendo, rogamos a fineza 
das assinaturas nas 4 vias dos referidos documentos, e a devolução de todas as vias para 
o CIEE/PR, por intermédio do(a) próprio(a) Estudante Candidato(a) a Estágio. 
 
É nosso dever levar ao seu conhecimento, com o objetivo de evitarmos autuações da 
Fiscalização do Ministério do Trabalho e do Ministério da Previdência Social, que somente 
após a devolução do AC/TCE e do PLANO DE ESTÁGIO, devidamente assinados, 
procederemos ao seu registro e assinatura pelo Representante do CIEE/PR, a anotação 
da data do início e do término do Estágio no Plano de Estágio, a inclusão do nome do(a) 
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Estagiário(a) na apólice de Seguro contra Acidentes Pessoais e a remessa das vias do 
AC/TCE e do PLANO DE ESTÁGIO para essa Unidade Concedente. 
Apresentamos nossos sinceros agradecimentos pela sua compreensão e 
imprescindível colaboração. 
 
 
48 - Indique o encaminhamento, por parte da firma, que atende ao que foi 
solicitado na carta. 
 
a) Solicitar ao Administrador do Convênio a assinatura das vias do AC e do TCE, e 
ao Supervisor de Estágio a assinatura do Plano de Estágio, todos em quatro vias. 
b) Comunicar ao Administrador do Convênio e ao Supervisor de Estágio que os 
documentos enviados pelo CIEE/PR deverão ser assinados e devolvidos por 
Correio. 
c) Solicitar ao setor de Recursos Humanos da Unidade Concedente de Estágio que 
faça uma avaliação do estudante, a fim de verificar se ele tem o perfil adequado 
para estagiar na empresa. 
d) Apresentar o estagiário ao seu futuro chefe, para que suas habilidades sejam 
avaliadas a fim de verificar se ele tem o perfil exigido pela empresa. 
e) Conferir a documentação do estudante: declaração de matrícula atualizada, RG e 
CPF. 
 
 
49 - A partir da carta do CIEE/PR, considere as afirmativas a seguir: 
 
I. A seleção do estudante foi feita pela firma que vai acolhê-lo para a realização 
do estágio. 
II. O estágio só poderá ser realizado após autorização dos Ministérios do 
Trabalho e da Previdência Social. 
III. O estágio a ser realizado está previsto em um convênio firmado entre o 
CIEE/PR e a Unidade Concedente de Estágio. 
IV. O estágio só poderá ser iniciado após a assinatura dos documentos pela 
UCE e pelo CIEE/PR. 
 
Estão corretas: 
 
a) Somente as afirmativas I e IV. 
b) Somente as afirmativas I e II. 
c) Somente as afirmativas II e III. 
d) Somente as afirmativas II, III e IV. 
e) Somente as afirmativas I, III e IV. 
 
 
50 - Se o CIEE/PR fizesse o encaminhamento conjunto dos estagiários Cláudio da 
Silva e Ana Silveira, alguns trechos da carta deveriam ser revistos. Indique a 
alternativa em que a revisão NÃO foi feita de forma correta: 
 
 
a) Os Estudantes, acima mencionados, foram selecionados por essa Unidade 
Concedente de Estágio [...] 
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b) Cabe-nos informar que os Estudantes em referência já estão devidamente 
cadastrado no CIEE/PR [...] 
c) [...] tendo apresentado as declarações de matrícula atualizadas e fotocópias do 
RG e do CPF. 
d) [...] a devolução de todas as vias para o CIEE/PR, por intermédio dos próprios 
Estudantes Candidatos a Estágio. 
e) [...] a inclusão dos nomes dos Estagiários na apólice de Seguro contra Acidentes 
Pessoais [...] 
 
 
 
As questões 51 a 53 referem-se ao texto abaixo. 
 
Nos dias de hoje, a água é indubitavelmente um dos bens mais preciosos e 
importantes que se conhece e que de algum modo se considera imprescindível para 
as populações. 
Contudo, nem sempre esse entendimento regeu o modo de relação dos seres 
humanos com os recursos hídricos. Ao longo do último século, no Brasil, as 
grandes massas de água foram consideradas como dádivas da natureza, 
reservatórios inesgotáveis, capazes de fornecer água pura eternamente e de 
receber e absorver quantidades ilimitadas de rejeitos provenientes das atividades 
humanas. Mas, com o crescimento acelerado da população, a urbanização das 
cidades, o desenvolvimento industrial e tecnológico e a expansão das áreas 
agrícolas, as poucas fontes disponíveis de água estão comprometidas ou correndo 
risco. 
Além disso, os problemas do país também estão relacionados à distribuição 
irregular dos recursos hídricos e ao desperdício presente em todos os níveis da 
sociedade. Setenta por cento da água brasileira está na região Norte, onde vivem 
apenas 7% da população; a região Sudeste, que tem a maior concentração 
populacional (42,63%), dispõe de apenas 6% dos recursos hídricos, e a região 
Nordeste, que abriga 28,91% da população, dispõe apenas de 3,3%. Entre 40% e 
60% da água tratada pela maioria dos serviços estaduais de abastecimento de água, 
em média, é perdida no percurso entre a captação e os domicílios, em função de 
tubulações antigas, vazamentos, desvios clandestinos e tecnologias obsoletas. [...] 
(MACHADO, Carlos José Saldanha. Ciência e Cultura. out./nov./dez. 2003.) 
 
 
51 - Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
a) O Brasil é um país privilegiado por seus inesgotáveis reservatórios de água, que 
são verdadeiras dádivas da natureza. 
b) Aproximadamente a metade da água captada e tratada por grande parte dos 
serviços estaduais de abastecimento perde-se no trajeto até os usuários. 
c) Tanto a expansão das áreas agrícolas quanto o desenvolvimento industrial e 
tecnológico favorecem a conservação das fontes de água. 
d) A distribuição territorial dos recursos hídricos brasileiros é diretamente 
proporcional à concentração populacional. 
 
e) No Brasil, o desperdício de água ocorre especialmente entre a população de 
poder aquisitivo mais alto. 
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52 - Aponte a alternativa em que a expressão entre parênteses pode substituir a 
grifada, respeitando as normas da escrita e mantendo o significado do texto 
original. 
 
a) Contudo, nem sempre esse entendimento regeu o modo de relação dos seres 
humanos com os recursos hídricos. (Todavia) 
b) Além disso, os problemas do país também estão relacionados à distribuição 
irregular dos recursos hídricos [...]. (Pois) 
c) Mas, com o crescimento acelerado da população [...]. (Portanto) 
d) Setenta por cento da água brasileira está na região Norte,