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Teoria da Argumentação Jurídica Robert Alexy Discursos são séries de ações interligadas devotadas a testar a verdade ou correção das coisas que dizemos. Os discursos que se preocupam com a correção de afirmações normativas são discursos práticos. Resta ser mostrado que o discurso jurídico pode ser entendido como um caso especial do discurso prático geral sob condições limitadoras, tais como estatutos, dogmática jurídica e precedentes. Teoria do Discurso (parte II, p.181) Empírica: Descreve e explica a correlação entre certos grupos de oradores e o uso de certos argumentos, os efeitos dos argumentos ou os pontos de vista relativos à validade dos argumentos predominantes em certos grupos. Analítica: Lida com a estrutura lógica dos argumentos que ocorrem e dos argumentos possíveis. Normativa: Propõe e justifica critérios para a racionalidade dos discursos. Teoria do Discurso Racional Teoria Normativa, pois, aborda o problema de como as regras do discurso racional podem justificadas. Regras do Discurso Regras Técnicas: Regras que descrevem meios apropriados para determinados fins. Regras válidas: Podem ser seguidas até certo ponto, ou que resultados particulares realizáveis através do acato a certas regras correspondem às convicções normativas que temos realmente. Este modo também é conhecido por “empírico”. Regras como um jogo de linguagem: Jogos de linguagem podem ser jogos existentes ou hipotéticos. A apresentação de um sistema de regras é visto como uma razão ou motivo para sua aceitação, independentemente de serem dados ou não, outras razões. Comunicação Linguística: Preocupa-se com a criação de argumentos, permite fazer uma distinção nítida entre a análise lógica e a empírica. Por fim, as regras que definem o discurso prático racional são de diferentes tipos. Há regras que só são válidas para discursos práticos e há regras que são válidas também em outros jogos de linguagem. Existem ordens, proibições e permissões. Algumas regras exigem obediência estrita; outras contêm ordens que só podem ser cumpridas. Argumentação Geral X Argumentação Jurídica A argumentação jurídica caracteriza-se por seu relacionamento com a lei válida Seu processo de argumentação possui limite de tempo e é regulado pelas leis processuais. É um caso especial de Argumentação G., pois: 1- Discussões jurídicas preocupam-se com questões práticas, isto é, com o que deve ou não ser feito ou deixado de fazer. 2- Essas questões são discutidas com a exigência de correção. 3- É questão de “caso especial” porque as discussões jurídicas acontecem sob limites do tipo descrito. Argumentação J. divide-se em: Justificação Interna: De uma forma simples, a J.I. se refere ao encadeamento lógico das proposições de um argumento, ou seja, à sua estrutura. Ex: Estudantes de direito são inteligentes Pedro é estudante de direito Logo, Pedro é inteligente. Justificação Externa: Diz respeito à fundamentação, coerência dos argumentos. E no caso de argumentos normativos, à sua validade. Ex da falta de J.E. : Todos os homens são imortais Sócrates é Homem Logo, Sócrates é imortal Disposições importantes sobre a J.I e J.E. No curso da J.I. se torna claro quais premissas tem de ser externamente justificadas. Pressuposições que caso contrário permaneceriam ocultas, têm de ser explicitamente formuladas. Isso aumenta a possibilidade de reconhecer erros e criticá-los. Finalmente, articular regras universais facilita a consistência da tomada de decisão, contribui para a justiça e a segurança jurídica. Tipos de J.E. - Importantes ,pois, permitem a compreensão da relação estabelecida entre a J.E. e a argumentação empírica e da prática geral do Discurso Jurídico. 1- Regras e Formas de Interpretação: Semântica: Uma interpretação da própria norma é justificada. Argumentação usada ou para criticar uma interpretação ou para mostrá-la que, semanticamente, é admissível. Tipos de J.E. Genético: Quando a interpretação corresponde à intenção do próprio legislador. Se dá pelo texto da norma, ou ao propósito da própria norma. Histórico: Fatos relativos à história dos problemas jurídicos em discussão. São oferecidos como razões a favor ou contra alguma decisão interpretativa. Inclui uma premissa normativa. Tipos de J.E. Comparativo: Compara não apenas o estado de coisas passadas, mas também o estado de outra sociedade. Sistemático: Diz respeito à posição de uma norma no texto jurídico e à relação lógica e teleológica de uma norma com outras normas, objetivos e princípios. 2- Argumentação Dogmática: Ciência Jurídica que descreve a lei em vigor; sujeita a lei a uma análise conceitual e sistemática e; elabora propostas sobre a solução própria do problema jurídico. Tipos de J.E. 2- Tem três tarefas: Análise lógica dos conceitos jurídicos; Unificação dessa análise num sistema e; Aplicação dos resultados desta análise para justificar decisões jurídicas. - A aplicação de argumentos dogmáticos pode ser reconhecida como uma argumentação indispensável para o contexto do Discurso Jurídico. Tipos de J.E. 3- Precedentes: Utiliza-se de fatos descritos anteriores, decisões anteriores. Com exemplo: Usar a decisão do STJ para argumentar sobre algo específico. Essa argumentação pressupõe os práticos gerais. 4- Argumentação prática geral: Pode ser requerido em 5 casos- Para justificação de premissas normativas; na justificação de uma escolha entre diferentes formas de argumentos que levam a diferentes resultados; Tipos de J.E. 4- na justificação e exame que levam à dogmática jurídica; na justificação de quaisquer casos de distinguir ou prevalecer e; na justificação de afirmações usadas na justificação interna. 5- Argumentação Empírica: Está presente em quase todas as formas de argumento jurídico- e em quase todos da prática geral-. Tipos de J.E. 6- Argumentos Jurídicos Especiais: Analogia- relação de semelhança estabelecida entre duas coisas distintas. Argumentum a contrario- fundamentado nas leis lógicas de oposição aos contrários. Argumentum a fortiori- contém certos enunciados que fortalecem a verdade da proposição da qual se quer demonstrar. Argumentum ad absurdam.
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