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AULAS PARA P2 DE FILOSOFIA 2015.2

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Aula de 25\09\2015 – prof. Tales Lopes – filosofia do direito 2
H. L. A. Hart (1907 – 1992)
- pensador inglês- Positivismo Jurídico
Livro: O conceito de Direito (1961, principal obra), segundo alguns autores, tal livro expõe o ponto máximo do positivismo jurídico;
Pertence a tradição inglesa (anglo-saxão) da filosofia do direito;
Hart começa sua teoria no sentido de contestar os pensamentos de John Austin: um dos grandes nomes da teoria imperativista da norma jurídica (existência das normas jurídicas através do uso da força, direito liga-se ao comando do governante).
J. A. o que qualifica o direito é a sanção. Na relação jurídica os indivíduos fazem as coisas com medo da aplicação da pena.
Hart tenta qualificar o direito sobre outro viés- Ameaça não se aplica ao direito: 3 grandes perguntas:
1ª Grande pergunta: Como é que eu vou diferenciar as obrigações das ameaças?
O direito não é baseado na ameaça pois a ameaça sozinha não qualifica o direito, pois alem do uso de força, precisa-se de legitimidade dessa ameaça, caso contrario ela será ilegítima; ex. não existiria diferença entre o coletor de impostos e o assaltante; Dentro do direito existem normas que não se constituem pela ameaça\pena, é o exemplo do código de processo
2° Grande pergunta: O direito é baseado em que?
Para Hart o direito não se baseia porque o Estado se utiliza da força. Mais porque, o Estado tem a própria legitimidade.
Legitimidade: O Estado possui, pois, as normas\regras de conduta, que regulam nossas condutas.
Hart fundamenta a legitimidade do Estado, fazendo uma volta no tempo e explicando a evolução do sistema jurídico, onde no seu inicio não havia a complexidade do sistema atual, havendo apenas normas de convívio, essas normas, Hart deniomina de:
Normas Primárias, que (estabelecem parâmetros de convívio, basilares na sociedade) supria a necessidade no inicio para sociedades simples, mas tornavam-se insuficientes, a medida que surgiam complexidade social, de forma que a norma primaria possuía 3 grandes problemas, são eles:
1º Incerteza : pois, a partir do momento que a sociedade vai ficando mais complexa, ficaria impossível identificar as normas de conduta obrigatória. 
2º Estáticas, imutáveis: o fato das normas não se modificarem. A impossibilidade da criação de outras normas.
3º Pressão difusa social: controle difuso, não concentrado. Está com todos, e não na mão de um soberano.
Sendo impossível a aplicação dessas normas primitivas em uma sociedade complexa, surgindo então as:
Normas Secundárias- necessariamente ligadas às normas primárias, essas ele denomina de parasitais, e são de Três tipos, para resolver os problemas das normas primárias respectivamente:
1º Normas de Reconhecimento essas vão solucionar os problemas de incerteza das normas primarias: Embrião do direito. O mesmo vai começar a nascer. Característica de ser em oponíveis a todos, normas que impõem obrigação. Responsáveis por destacar as principais normas.
O reconhecimento era feito pelos representantes que são os responsáveis pela modificação das normas
Ex.: Casamento de pessoas do mesmo sexo que surgiu como uma norma de reconhecimento e através de uma norma de alteração tornou-se uma norma primaria e caso seja desobedecida aplica-se a norma de julgamento para que se aplique uma sanção.
2º Normas de Alteração ou Modificação: Responsáveis pela modificação e pela identificação de novas normas primárias.
3º Normas de Julgamento: Vão estabelecer parâmetros objetivos, para sanar o problema do controle difuso, retira da sociedade e põe o poder nas mãos do Estado= Jurisdição. Conceito de sanção se solidifica aqui, pois, o poder jurisdicional exercido pelo Estado deve observar se há o cumprimento das normas e se não o houver, aplicará a sanção.
Para Hart o direito é a união das normas primárias e das normas secundárias: Pois estabelece as obrigações, as reconhece e as usa para dizer o que é certo e o que errado na sociedade. 
Aula de 06\11\2015 – prof. Tales Lopes – filosofia do direito 2
Jonh Rawls (1921-2002)
Debate Político atual
-Americano, professor de filosofia moral em Harvard;
-Começou a teorizar acerca da função, do desempenho e dos papeis que o Estado deve assumir;
- Fala da política fazendo intersecções com a ética, com a moral, e com a “questão judicial” (entre aspas pelo professor) etc.;
-Se destacou como um dos grandes teóricos da política no sec. XXI;
- Para alguns doutrinadores, é tido como o fundador desse discurso filosófico sobre a política;
- Obra: Teoria da Justiça como equidade (sujeitos iguais)- uma teoria da justiça;
- Aborda a justiça de uma visão particular-peculiar- a justiça não tem a ver com a questão das atribuições pessoais, das virtudes (por isso diferencia-se de Aristóteles, que relacionava a justiça com uma questão ética, como algo virtuoso). Rawls trabalha com Conceito de Justiça: procedimental. A mesma tem que ser analisada sob aspectos políticos.
- Justiça ligada à uma visão contratualista;
- J.R. é considerado um contratualista contemporâneo;
- A teoria contratualista põe o homem no lugar de Deus, da igreja, da soberania;
- Como contratualista, ele parte do pressuposto de que um novo poder político decorra de um pacto, de um acordo;
- Ele entende a sociedade na qual estamos, não discute sobre o estado de natureza. Trata de pacto, mais sob outra perspectiva;
- Novo Estado não tem nada a ver com o pensamento comunista;
- J.R. pensa na refundação do Estado através das relações mercantis, sociais e etc.;
- Porque as leis não são obedecidas (grande dilema em sua teoria)? Porque as Instituições Sociais são falhas? 
- Propõe-se a analisar o Estado Atual (EA). Onde se tem a celebração de um pacto, que se chama de posição original (PO)-> de grande importância para “começar do zero”;
Essa PO aplica-se às Instituições Públicas.
Da PO irá se originar a Sociedade Bem Organizada (SBO) que será alcançada após a deliberação política
- Esse pacto se dar em nossa sociedade, mas tem um momento próprio;
- Pode-se utilizar tal teoria ao conceito de Estado de “bem estar social”;
1º Como a sociedade vai participar dessas deliberações? As pessoas participantes do debate precisam se utilizar de determinado artifício (véu da ignorância - condição dos sujeitos participarem desse debate) para não falarem com base nas suas experiências.
A sociedade bem organizada será fundamentada nos chamados: Princípios de Justiça (dois) que são deliberados nessas assembléias.
Esses princípios tem como objetivo fundamentar as normas dessa sociedade.
Principio da Igualdade ou Igual Liberdade: Objetivo é criar diretrizes, programas, políticas nas quais essa sociedade bem organizada surgirá. 
Princípio da Diferença: Fala da aplicação dos direitos, da concretude do P. da Igualdade. Fala que as desigualdades naturais devem ser compensadas através de outros programas, políticas. Pois, direitos, programas e políticas são de acesso universal, acessível a todos. 
É a partir desses princípios que o Estado começa a se formar, iniciando a criação da constituição, a criação das leis.
Se essas leis do Estado forem desrespeitadas a sociedade tem o dever de resistir, não aceitando que essas leis sejam desrespeitadas e garantindo mais uma vez seu cumprimeto.
OBS.: Teoria totalmente utópica visto ser impossível as pessoas que são seres humanos, cheios de vontades próprias e desejos, se vestirem desse chamado véu da ignorância proposto por Rawls.
- A salvação vai se dar através das Instituições Públicas.
- O que faz então essa sociedade ser respeitada? Porque há uma noção de pertencimento à criação de determinadas políticas.
Aula do dia: 13|11|2015 
Pashukanis (1891-1937):
Fundou seu pensamento a partir dos escritos de Hart;
É considerado um autor marxista;
Interessante que tal autor, russo por sinal, começou a pensar e falar acerca do Direito ainda na Revolução Russa.
Sua análise está em repensar os papéis do Judiciário na sociedade;
Cria métodos a partir da visão de Marx, para entender o FenômenoJurídico. Embora não venha para criar uma nova perspectiva ou metodologia para o Direito;
- Socialismo Jurídico: Direito classifica, sob a questão de reivindicar o direito do proletariado.
Seu papel é de revolucionar e não apenas de reformar. Visto que, se apropria das análises de Marx para o Direito, ao tratar da coerção do Estado;
Diferentemente de Marx, que trata de um direito voltado ao valor, ao mercantil. Pashukanis vai atrás da essência;
- Os juristas não se preocupam com a forma e sim com o conteúdo.
Desta forma, ele questionava a origem do Direito;
Pois, o Direito nascee se desenvolve sob a égide do capitalismo, como produção do mesmo;
OBS.: Marcio B. Naves expõe que não existiam condições necessárias para se entender o direito.
O Direito nasce para se tratar como iguais, os desiguais;
Para Marx, não são os burgueses ou o capitalismo que estão no poder, pelo contrário. O poder está com quem tem que estar;
Tal igualdade é para que haja troca (troca pela força de trabalho);
Uma relação que não é mais de senhor e vassalo, e sim de sujeitos de direitos;
O DIREITO ENTÃO DECORRE DESSA FORÇA DE PRODUÇÃO ESPECÍFICA.
No prefácio à segunda edição russa de seu livro a Teoria Geral do Direito e o Marxismo, publicada em 1926, o próprio Evgeni Pachukanis reconhece que o caráter de seus escritos naquela obra, é o de um conjunto de apontamentos preliminares para servir de material de discussão, estimulando debates em torno da necessidade de construção de uma crítica marxista à Teoria Geral do Direito. Ele não pretendia que o texto tivesse sido alçado à categoria de um manual. Porém, a repercussão alcançada por sua principal obra foi muito grande à época e influenciou estudiosos do marxismo e do direito em todo o mundo.
Essa repercussão se deveu ao fato de que ele avançou no sentido de estabelecer importantes mediações na busca por uma explicação da função desempenhada pelo Direito na sociedade capitalista. Preencheu parte da lacuna deixada pelas reflexões preliminares de Marx e Engels sobre o Direito e chegou a mesma conclusão que eles: o fim da forma jurídica (e até mesmo do fetichismo jurídico) pressupõe um Estado social onde não exista a contraposição entre os interesses individuais e o interesse social.
O resgate atual do pensamento de Pachukanis que buscamos reproduzir aqui faz parte, a nosso ver, de um movimento no sentido de restaurar os principais alicerces da teoria marxista, da produção de intelectuais que avançaram na construção de uma crítica revolucionária.

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