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PESSOA JURÍDICA (DIREITO PRIVADO).docx

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NOVA FACULDADE
Cristiane Modesto
Danilo Moura
Fabiano Constância
Kleiver Loregian
Marcelo Vieira
SOCIEDADES 
Trabalho solicitado pela disciplina de Teoria Geral do Direito Privado, Profa. Debora Maia, como atividade parcial no Curso de Bacharel em Direito da Nova Faculdade.
Contagem - MG
2015
PESSOA JURÍDICA 
Segundo DINIZ, 2002, sendo o homem iminentemente social, a fim de alcançar objetivos unem-se uns aos outros. Na mesma linha contribuiu GONÇALVES, 2010, o qual assevera que, “o homem não vive isolado, mas em grupos, sendo a associação inerente a sua natureza”. 
Pela necessidade intrínseca do ser humano de viver em sociedade, nasce por assim dizer a chamada pessoa jurídica. Nasce da vontade de uma ou mais pessoa, com propósito patrimonial e com aptidão de adquirir direitos e obrigações, não se confundindo com a pessoa de seus membros. 
A pessoa jurídica, é considerada um mecanismo para se obter de modo mais apropriado os interesses do ser humano, surgindo como importante conceito, apesar de abstrato, tem por objetivo melhorar as relações sociais e econômicas da sociedade. 
Portanto, a pessoa jurídica, provém de um fenômeno histórico e social. Compreende um grupo de pessoas ou de bens, compelidos de personalidade jurídica própria e estabelecido na forma da lei, para a consecução de fins comuns. 
QUANTO A NATUREZA JURÍDICA
Quanto à natureza jurídica da pessoa jurídica, os doutrinadores formularam variadas teorias, com o fito de explicitar a existência e a razão de sua capacidade de direito. 
Contudo como não é objetivo central deste trabalho, citaremos aqui apenas as teorias consideradas pela doutrina como as mais relevantes, sendo elas: a teoria da ficção legal, a teoria da equiparação, e a teoria da realidade das instituições jurídicas. 
A teoria da ficção legal teve maior importância no século XIX, tendo como seu principal expoente Savigny. Esta teoria parte do principio de que, as pessoas jurídicas são imaginárias, criada pela mente humana por intermédio de uma lei, com o intento de exercer certos direitos patrimoniais. DINIZ, 2002 critica esta teoria ao afirma que:
Não se pode aceitar esta concepção, que, por ser abstrata, não corresponde à realidade, pois se o Estado e uma pessoa jurídica, e se se concluir que ele e ficção legal ou doutrinaria, o direito que dele emana também o será. (DINIZ, 2002, p.265).
A teoria da equiparação prega que, existe uma equivalência entre a pessoa jurídica é um patrimônio equiparado às pessoas naturais. Sendo esta teoria inviável, pois eleva os bens a uma categoria de sujeito de direitos e obrigações, confundindo assim pessoas com coisas.
Por fim temos a teoria da realidade das instituições jurídicas, tal teoria aponta as pessoas jurídicas como organizações sociais, sendo que estas estão inclinadas para um serviço ou ofício, portanto por isso são personificadas. Tem por ponto de partida as relações sociais, não a vontade humana. 
De qualquer forma, apesar de não ter realidade física, a pessoa jurídica possui realidade, realidade ideal, realidade das instituições jurídicas. No âmbito do Direito, são dotadas do mesmo subjetivismo que as pessoas naturais. Em outras palavras, para o Direito, as pessoas jurídicas são, assim como as naturais, sujeitos de direitos e deveres. (FIUZA, 2004, p.138).
CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
De forma sucinta e de modo geral, as pessoas jurídicas podem ser classificadas quanto a sua nacionalidade (Nacional/Estrangeira), e quanto a sua estruturação (Corporações/Fundações), bem como às suas funções: de direito publico interno e externo, e de direito privado. 
O Código Civil Brasileiro (CBB) em seu artigo 1.126 define que “é nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração”. Já o artigo 1.137 do mesmo diploma legal assevera que “a sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita às leis e tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil”. Ressalta-se ainda que, para a pessoa jurídica estrangeira exerça suas atividades depende de autorização do Poder Executivo, independente da sua área de atuação.
Quanto à estrutura interna da pessoa jurídica, pode ser essa divida entre Corporações e Fundações. As corporações são estabelecidas por caráter universitas personarum (universalidade de pessoas), reflete um grupo de pessoas que se unem por objetivos comuns. Já as fundações, tem característica univesitas bonorum (universalidade de bens), estabelece um conjunto de bens que administrado por um objetivo previamente estabelecido, destina-se a um fim que lhe dá unidade. 
As associações distinguem-se das fundações por caracteres inconfundíveis. Enquanto as primeiras têm órgãos dominantes e visam atingir a fins internos e comuns aos sócios, as segundas, órgãos servientes, colimam fins externos e alheios, ou seja, estabelecidos pelo fundador. (MONTEIRO, apud DINIZ, 2002, p.209).
O Código Civil Brasileiro divide as pessoas jurídicas em duas grandes classes: As de Direito público e as de Direito privado. E realiza uma subdivisão entre as pessoas jurídicas de Direito Público em Direito Público interno e externo. 
O artigo 41 do CCB nos incisos I, II, III, IV está elencado as pessoas de direito público interno, enquanto no artigo 42 do mesmo diploma traz as pessoas jurídicas de Direito Público externo.
Quanto às pessoas jurídicas de Direito privado, elas vêm descritas no artigo 44 do CCB nos seus incisos I, II, III, IV, V e VI, sendo objeto de aprofundamento e analise deste trabalho apenas o inciso II que trata das SOCIEDADES. 
EXISTÊNCIA DA PESSOA JURÍDICA
O artigo 45 do CCB determina como se da à existência da pessoa jurídica, diferentemente da personalidade jurídica que a pessoa natural adquiri ao nascer com vida, a pessoa jurídica tem sua existência firmada com a realização de um ato jurídico ou de norma jurídica legal, fundamentado no artigo do CCB ora referenciado. Ressalta-se ainda que este processo de existência da pessoa jurídica apresenta dois momentos distintos: o primeiro com o ato constitutivo, que deve ser escrito, e num segundo momento com a efetivação do registro público. 
SOCIEDADES
Como relatado no tópico anterior, este trabalho tem por objetivo fazer uma breve analise da pessoa jurídica de direito privado, instituída por iniciativa de particulares em específico das sociedades, que se encontra descrita no artigo 44 inciso II do CCB. 
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. A atividade pode restringir-se a realização de um ou mais negócios determinados (art. 981 e paragrafo único, CCB).
Sendo assim afeiçoar-se como sociedade um grupo de pessoas físicas que se unem para a prática de determinada atividade, visando o ganho de lucros que deverão ser partilhados entre os membros.
As sociedades anteriormente chamadas de sociedades civis e comerciais, com o advento do CCB/2002 passaram a ter a denominação de sociedade simples e empresária.
Segundo GONÇALVES, 2010, as sociedades simples em geral são caracterizadas pela união de profissionais que atuam no mesmo ramo ou por profissionais que prestam serviço na mesma área, e tem fim econômico e lucrativo, dentro desta perspectiva temos as atividades de cunho cientifico intelectual e educacional. Enquanto a sociedade empresária tem por objetivo também o lucro, contudo se diferencia da sociedade simples porque tem por objeto o exercício típico de empresário, o que demanda registro de acordo com as normas do art. 967 do CCB. 
O art. 966 CCB determina que se considere empresário “quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”.
Do exposto no artigo 985 CCB, a personalidade jurídica da sociedade se inicia com inscrição, no registro público e na forma da lei, de seus atos constitutivos comoassevera os artigos 45 e 1150 CCB. 
Em seu artigo 997 o CBB determina os instrumentos e princípios para a constituição de uma sociedade.
Art.997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas entre as partes, mencionará.
I- nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e afirma ou denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
II- denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III- capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo, compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV- quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V- as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI- as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII- participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII- se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.
Portanto, contrato social é um ato formal e obrigatório para que uma sociedade empresária se constitua, contendo diretrizes, direitos, deveres, responsabilidades, participação societária, entre outras coisas, é uma das partes mais importantes de uma sociedade.
Contudo quando ela é constituída com o fim ilícitos de fraudar e praticar crimes, ou ocultar objetos ilícitos ou ainda passar a dificultar a sua responsabilização patrimonial com mecanismos ilegais, ficará sujeita a ser desconsiderada para a recuperação dos bens ou para que seus sócios respondam com seu patrimônio pelos atos praticados por ela, aplicando-se assim o instituto jurídico denominado “desconsideração da personalidade jurídica”.
As sociedades empresárias assumem as formas de: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações, sociedade limitada, sociedade anônima ou por ações (arts. 1.039 a 1.092 CBB).
Já o artigo 984 CBB preceitua que, equiparam-se as sociedades empresárias as sociedades que tem por fim praticar atividade própria de empresário rural, ficando sujeito às inscrições devidas de registro. 
DISSOLUÇÃO DAS SOCIEDADES
As sociedades são formadas para cumprir e desenvolver seus objetivos sociais previstos nos seus estatutos. Quando por alguma razão, seja decorrente de decisão dos seus sócios ou mesmo por imposição legal ou judicial, a sociedade precisar encerrar suas atividades de forma definitiva, se faz necessário o cumprimento de procedimento legal denominado Dissolução.
A Dissolução constitui um conjunto de atos visando como objetivo final à extinção da sociedade. 
A Dissolução pode ser imediata ou por sentença ou deliberação, onde as causas podem ser: 
Vontade dos sócios através de deliberação da Assembleia Geral;
Término do prazo de sociedade por prazo determinado;
Em decorrência de falência;
Pela perda da metade do capital social;
Falta de pluralidade de sócios – unipessoalidade;
Inexigibilidade do fim social ou exaustão do fim social;
Exerça uma atividade não prevista no objeto contratual;
Extinção da autorização de funcionamento. 
Após a dissolução da sociedade, a mesma entra em processo de LIQUIDAÇÃO, ou seja, é o conjunto de atos destinados à realizar o ativo, pagar o passivo e destinar o saldo que houver para procede-se à partilha imediata pelos sócios dos haveres sociais e à transmissão global de todo patrimônio para um ou mais sócios. Resumindo seria vender os bens à vista, receber todos os seus direitos e pagar todas as suas obrigações. 
A Liquidação corresponde ao período que antecede a extinção da pessoa jurídica, depois de ocorrida a causa que deu origem à sua dissolução, onde ficam suspensas todas as negociações que vinham sendo mantidas como atividade normal, continuando apenas as já iniciadas para serem ultimadas. A Liquidação pode ser voluntária (amigável) ou forçada (judicial). 
A extinção da sociedade dá-se quando a liquidação da mesma tiver sido concluída, sendo necessário requerer o encerramento do registro na Junta Comercial.
ANEXOS
Esquematização de conteúdo 01.
Esquematização de conteúdo 02.
Procedimentos para Abertura e Encerramento de Empresa, em conformidade com o Código Civil.
Constituição de Sociedade Empresária, Limitada.
Sociedade Empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, constituindo elemento de empresa. 
É constituída por duas ou mais pessoas, cuja atividade poderá ser industrial ou comercial, ou comércio e indústria, comércio e prestação de serviços, ou prestação de serviços, e a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, entretanto, todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. O seu registro é feito na Junta Comercial e deverá seguir os seguintes passos: 
Uma vez escolhido o tipo de empresa, o próximo passo consiste em escolher o Nome empresarial que deverá estar relacionado à atividade econômica da empresa.
Após, fazer o pedido de busca, perante a Junta Comercial. Esta busca é realizada mediante o pagamento de uma taxa. 
Elaborar o Contrato Social em três (3) vias, todas as folhas deverão ser rubricadas e a última folha deverá ser assinada pelos sócios, testemunhas e visitada por um advogado. Este contrato deverá ser entregue na Junta Comercial, juntamente com a documentação abaixo relacionada.
Ficha de Cadastro; 
Requerimento Padrão (capa da Junta) e protocolo; 
Declaração de Microempresa ou de Empresa de Pequeno Porte, conforme enquadramento definido no Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Lei nº 9.841/99; e os seguintes documentos: 
Fotocópia autenticada do C.P.F. e R.G. dos sócios;
Fotocópia autenticada do comprovante de residência dos sócios (conta de luz, com no máximo 60 dias da data); 
Fotocópia autenticada do IPTU, do imóvel sede da firma;
Recolhimento das taxas devidas. 
Primeiras providências a serem tomadas: 
Verificar a legalização do imóvel e pagamento do Imposto Municipal de Propriedade do Imóvel - IPTU.
Se o imóvel for alugado, providenciar o contrato de locação devidamente registrado no Registro de Títulos e Documentos. 
Verificar junto á Prefeitura Municipal se é permitido no local escolhido para sede, o exercício da atividade pretendida (Lei de Zoneamento).
Três (3) fotocópias autenticadas do R.G. dos Sócios. 
Três (3) fotocópias autenticadas do C.P.F. dos Sócios. 
Três (3) fotocópias autenticadas do comprovante de endereço dos Sócios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Código Civil (2002). Código Civil da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 2002.
DINIZ, Maria Helena Diniz. Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume I. 29ª Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
FIUZA, César. Direito Civil: Curso Completo. 8ª Ed. Belo Horizonte: Editora Del Rey, 2004.
GONCALVES, Carlos Roberto. Direito civil Brasileio: parte geral. 8a. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SOCIEDADES. Disponível em: http://www2.unifap.br/mariomendonca/files/2011/05/SOCIEDADES.pdf. Acessado em: 18 de novembro de 2015 às 14H.

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