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AULA 10 - TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
AULA 10
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Recurso é um meio voluntário para impugnar uma decisão. 
Natureza Jurídica dos Recursos: 
	1ª orientação (prevalece - Ada Pellegrini, Tourinho, Polastri) – recurso é o desdobramento do direito de ação, ou seja, dentro de um mesmo processo haverá outro procedimento só que em fase recursal. 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
	2ª orientação (Hélio Tornagui) – o que fundamenta o direito de ação é a prática de um crime, enquanto o que fundamenta um recurso é uma decisão judicial, ou seja, os fundamentos são distintos. Além disso quem promove a ação pode não corresponder com a mesma parte que promove o recurso. Trata-se de uma ação autônoma dentro de um mesmo processo. 
	3ª orientação –(Adalberto Aranha) – recurso é qualquer instrumento utilizado para impugnar uma decisão. 
PRINCÍPIOS GERAIS
Princípio da taxatividade: os recursos devem ter previsão legal, ou seja, as partes não podem criar recurso. 
	O rol de hipóteses do RSE previsto no art. 581, CPP é taxativo? 
	1ª orientação – Paulo Rangel – o rol é literalmente taxativo, ou seja, nas hipóteses não previstas no art. 581 caberá apelação residual do art. 593, II, CPP. 
	2ª orientação – o rol é taxativo na sua essência, porém, ele pode ser ampliado em situações semelhantes como por exemplo a decisão que indefere temporária.
PRINCÍPIOS GERAIS
Princípio da Unirrecorribilidade: cada decisão só pode ser impugnada com um único recurso. 
	A possibilidade de interposição simultânea de recurso extraordinário e recurso especial prevista no art. 27, L. 8038 é uma exceção a esse princípio? 
	1ª orientação – é uma exceção pois uma decisão será impugnada com dois recursos 
	2ª orientação – Ada Pellegrini – não é exceção pois cada recurso se presta a impugnar um único aspecto daquela decisão.
PRINCÍPIOS GERAIS
Princípio da Fungibilidade ou Teoria do Recurso Indiferente ou Teoria Tanto Vale: a parte não será prejudicada se interpuser o recurso errado, pois ele será recebido como se fosse o recurso correto. 
Princípio da Voluntariedade: a interposição de um recurso depende da livre manifestação de vontade da parte, ou seja, ninguém é obrigado a recorrer. 
PRINCÍPIOS GERAIS
	Promotor que em sede de alegações finais opina pela condenação é obrigado a recorrer na hipótese de sentença absolutória? 
	Ainda que o recurso seja um desdobramento do direito de ação e que na ação penal incida o princípio da obrigatoriedade o MP não é obrigado a recorrer, pois nessa fase do procedimento incidem os princípios da independência funcional e voluntariedade. 
PRINCÍPIOS GERAIS
	O art. 574, CPP é uma exceção ao princípio da voluntariedade? Esse dispositivo foi recepcionado pela Constituição? 
	1ª orientação (amplamente majoritária) não é exceção pois não se trata de um recurso pois este pressupõe inconformismo. O juiz não pode estar inconformado com algo que ele fez. Trata-se, na verdade, de condição de eficácia de determinadas decisões. 
PRINCÍPIOS GERAIS
	2ª orientação – Polastri diz que o art. 574 tem natureza de recurso pois foi chamado de recurso pelo CPP. Como recurso é um desdobramento do direito de ação e como a ação é exclusiva do MP juiz não pode.
	3ª orientação – Geraldo Prado sustenta que o art. 574 é um resquício do sistema inquisitivo pois o legislador desconfiava de determinadas decisões que beneficiassem o réu e exigia a sua confirmação pelo Tribunal. Com a adoção do sistema acusatório esse dispositivo não foi recepcionado pela Constituição. 
PRINCÍPIOS GERAIS
	Princípio da Proibição da Reformatio in Pejus: está previsto no art. 617, CPP, porém é um princípio tão importante que é aplicado a todos os recursos no processo penal. É proibida a reforma para pior quando apenas o réu recorreu. 
ATENÇÃO: Reformatio in Pejus indireta 
	1 situação: Julgado procedente recurso exclusivo da defesa o Tribunal anula o processo devolvendo o feito ao juiz de primeiro grau para reconstrução da sentença. Será possível agora agravar a situação do réu? 
PRINCÍPIOS GERAIS
	1ª orientação – Ada Pellegrini e Paulo Rangel – o art. 617, CPP proíbe a reformatio in pejus feita pelo Tribunal, e não pelo próprio juiz sentenciante. Ademai, o primeiro julgamento foi invalidade e não é possível agravar o que não existe mais. Logo, é possível agravar a situação do réu. 
	2ª orientação – Tourinho (prevalece) entende que não é possível agravar a situação do réu pois isso seria uma reformatio in pejus indireta o que é proibido pelo art. 617, CPP. 
PRINCÍPIOS GERAIS
	2 situação: O processo é todo nulo, desde a denúncia. Será possível agravar a situação do réu? 
	1ª orientação – Tourinho entende que nesse caso não há como limitar a atuação do juiz competente, ou seja, é possível agravar a situação do réu. 
	
	2ª orientação – (prevalece na jurisprudência) – não é possível agravar pois isso seria uma reformatio in pejus indireta. 
PRINCÍPIOS GERAIS
	3 situação: A foi pronunciado e submetido a plenário pela prática de um homicídio duplamente qualificado. No plenário ele foi condenado a 6 anos de reclusão reconhecido homicídio simples. 
	Julgado procedente recurso exclusivo da defesa A será submetido a novo júri. 
	O juiz presidente poderá quesitar as qualificadoras? 
PRINCÍPIOS GERAIS
	1ª orientação – Tourinho, Damásio, Mirabete e Polastri entendem que o primeiro julgamento foi invalidado, desapareceu da ordem jurídica, não servindo de parâmetros para mais nada. Ademais a soberania dos veredictos é um dogma constitucional que não pode ser limitado. 
	2ª orientação – Ada Pellegrini e STF – por conta do princípio da soberania dos veredictos os jurados analisarão o feito livremente, podendo até reconhecer mais qualificadoras. 
	Porém.... 
PRINCÍPIOS GERAIS
	Porém, a pena não poderá ultrapassar a do julgamento anterior, isso porque o réu não pode ser prejudicado quando estiver no exercício da ampla defesa constitucional. 
	3ª orientação – Pacceli entende que se no segundo plenário os jurados julgarem da mesma forma, reconhecendo as mesmas qualificadoras, não há como agravar a situação do réu. Porém, se os jurados reconhecerem mais qualificadoras não há como limitar a soberania dos veredictos. 
PRINCÍPIOS GERAIS
É possível a reformatio in mellius? 
	Reformatio in mellius é a reforma para melhor no julgamento de recurso exclusivo da acusação. 
	É pacífico na doutrina e na jurisprudência que podemos trabalhar com a reformatio in mellius. 	Isto porque por conta dos princípios do favor rei e do favor libertatis juízes e tribunais podem reconhecer de ofício qualquer questão que beneficie o réu. 
EFEITOS DOS RECURSOS
Efeito Devolutivo: é aquele efeito que cria o âmbito de impugnação do recurso, ou seja, aquilo que será apreciado pelo Tribunal. 
	Tantum devollutum quantum apellatum é aplicado no processo penal? 
	Ele não é aplicado pois independente de quem esteja recorrendo este recurso devolverá ao Tribunal todas as questões que possam beneficiar o réu. 
EFEITOS DOS RECURSOS
OBS: a apelação das decisões do júri deverá ter como fundamento uma das alíneas do art. 593, III, CPP. 
	Porém, se a defesa apelar com base em uma alínea o Tribunal não poderá julgar procedente o apelo com base em outra alínea, conforme Súmula 713, STF que tem como fundamento a soberania dos veredictos. 
Súmula 713 STF - O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição.
EFEITOS DOS RECURSOS
	O que mede os recursos?
	1ª orientação (posição majoritária) - o que mede o recurso é a petição de interposição pois, conforme art. 601 os autos serão remetidos ao Tribunal com ou sem as razões. 
	2ª orientação – Adalberto Aranha entende que a petição de interposição serve apenas para a análise da admissibilidade. O inconformismo da parte é constatado nas razões. 
EFEITOS DOS RECURSOS
	
	ATENÇÃO: O STJ tem reiteradas decisões afastando a aplicação do art. 601, CPP na hipótese de recurso da defesa, isto porque o recurso estará enfraquecido. A parte deverá ser intimada para constituir
um outro advogado sob pena de ser patrocinada pela Defensoria Pública. 
EFEITOS DOS RECURSOS
Efeito regressivo: é aquele efeito que permite o juízo de retratação por parte do órgão que prolatou a decisão.
	 É excepcional, ou seja, nem todos os recursos possuem esse efeito que aparece nos embargos e no RSE. 
Efeito suspensivo: segundo Barbosa Moreira a expressão “efeito suspensivo” traz a falsa noção de que uma decisão estava produzindo seus efeitos naturalmente, e que apenas com a interposição do recurso tais efeitos serão suspensos.
EFEITOS DOS RECURSOS
	 Na verdade, o simples fato de uma decisão estar sujeita a um recurso que possui esse efeito faz com que ela nasça sem produzir efeito algum. 
Com a reforma do CPP não existe mais prisão como efeito automático de sentença condenatória, isto porque o art. 387, parágrafo único, estabelece que eventual prisão que surja nesse momento tem natureza cautelar e deve ser decretada de forma fundamentada. 
EFEITOS DOS RECURSOS
	Desta forma, eventual recurso da defesa não suspenderá o efeito prisional sendo correto afirmar que apelação não tem efeito suspensivo. 
	Apelação de sentença absolutória não possui efeito suspensivo, uma vez que o art. 596, CPP estabelece que o réu deverá ser posto em liberdade. 
EFEITOS DOS RECURSOS
ATENÇÃO: Com a reforma penal de 1984 a LEP estabeleceu que não é possível a aplicação de medida de segurança antes do trânsito em julgado, o que acabou levando a revogação tácita dos arts. 373 à 380, CPP. 
	Desta forma o art. 596, parágrafo único não tinha aplicação. 
	Em 2011 o CPP foi alterado e o art. 319 autoriza expressamente a internação provisória do acusado. 
EFEITOS DOS RECURSOS
	Assim, se o denunciado ficou internado durante toda a ação penal e na sentença é condenado a cumprir medida de segurança, se a medida for pertinente nada impede que ele permanece internado cautelarmente até o trânsito em julgado. 
	É possível que o agente obtenha uma absolvição própria. Nesse caso não será possível manter o agente internado, pois toda medida cautelar é acessória, ela está atrelada ao resultado do processo não sendo possível manter o agente internado diante de uma absolvição. 
EFEITOS DOS RECURSOS
	Efeito suspensivo + recurso especial e recurso ordinário 
	
	“A” permaneceu em liberdade durante todo o processo sendo absolvido em primeiro grau e condenado, em sede de recurso, pelo Tribunal. Julgado procedente o recurso da acusação e faltando para o trânsito em julgado dos recursos extraordinário e especial, “A” poderá ser preso? 
EFEITOS DOS RECURSOS
	De acordo com o art. 27, §2° da Lei 8.038 estes recursos não possuem efeitos suspensivos, de forma que nada impede a expedição de mandado de prisão conforme Súmula 267, STJ.
Súmula 267 STJ - A interposição de recurso, sem efeito suspensivo, contra decisão condenatória não obsta a expedição de mandado de prisão. 
	 Para toda a doutrina e para o STF (decisão do pleno) não importa a redação legal, pois não existe prisão automática no CPP, isto porque qualquer prisão que anteceda o trânsito em julgado só poder ser decretada em bases cautelares. 
EFEITOS DOS RECURSOS
Efeito extensivo: é aquele efeito que permite estender a outro réu que não recorreu o resultado favorável de um recurso, desde que o motivo não seja pessoal, conforme art. 580, CPP. 
	“A” e “B” foram denunciados por homicídio duplamente qualificado. Em razão da separação dos processos o plenário de “A” foi realizado antes do de “B”, ocasião em foram afastadas as qualificadoras e ele condenado por homicídio simples com a sentença transitada em julgado. 	Após o trânsito em julgado “B” é submetido a plenário. 	O juiz presidente poderá quesitar as qualificadoras? 
EFEITOS DOS RECURSOS
	
	1ª orientação – devemos aplicar analogicamente o art. 580, CPP de forma que o resultado favorável do plenário de “A” seja estendido para “B” impedindo a quesitação. 
	2ª orientação – por conta dos limites subjetivos da coisa julgada o resultado do plenário de “A” não repercute em “B”. Se no final surgirem decisões conflitantes nada impede revisão criminal. 
	
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - SUBJETIVOS
	Legitimidade: é a pertinência subjetiva dos recursos. Implica em perquerir quem pode recorrer. 
	O MP pode recorrer pró réu no processo penal? 
	1ª orientação – Frederico Marques – o MP não pode recorrer em razão da ausência de sucumbência (desconformidade entre o que foi pedido e o que foi concedido). 
	2ª orientação – o MP é uma parte multiforme no processo penal, ou seja, é parte e fiscal da lei e na qualidade de custus leges ele pode recorrer. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - SUBJETIVOS
	Réu foi intimado de uma decisão condenatória e renunciou a interposição do recurso. O seu advogado, ainda assim, poderá recorrer? 
	1ª orientação – Damásio sustenta que o direito de recorrer pertence ao réu, sem contar que é um direito perfeitamente renunciável. (minoritário) 
	2ª orientação – de acordo com a Súmula 705, STF o recurso deve ser recebido, isto porque o seu advogado tem melhores condições de analisar a situação processual do réu. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - SUBJETIVOS
	Interesse: apenas com a interposição de um recurso será possível obter uma melhora na situação do recorrente. 
	
	O réu tem interesse de recorrer de uma decisão absolutória? 
	Ele pode recorrer para modificar a fundamentação e assim inviabilizar ação civil. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - SUBJETIVOS
	MP pode recorrer em crime de ação privada? 
	Se a decisão foi absolutória o MP não pode recorrer, sob pena de violar o princípio da disponibilidade que norteia as ações privadas. 
	Para a doutrina na hipótese de sentença condenatória o MP poderia recorrer pró réu apenas como custus leges. 
	Para Polastri nessa hipótese ele também poderia recorrer contra o réu uma vez que a pretensão punitiva já foi julgada procedente, de forma que não haveria ofensa ao princípio da disponibilidade. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - SUBJETIVOS
	Assistente de acusação pode recorrer do processo penal? 
	1ª orientação - Polastri entende que a figura do assistência de acusação foi concebida em um período em que a ação penal não era exclusiva do MP. A partir da Constituição de 1988 não podemos mais falar da figura do assistente no processo penal. Porém, ainda que lhe seja admitido, ele não pode realizar nenhum ato processual privativo do MP. Como o recurso é um desdobramento do direito de ação assistente não pode recorrer.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - SUBJETIVOS
	
	2ª orientação – STF sustenta que a inércia do MP na fase da denúncia autoriza ação penal privada subsidiária da pública, logo a inércia do MP na fase do recurso autoriza o recurso do assistente conforme art. 598, parágrafo único, CPP.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	
Cabimento: os recursos devem ter previsão legal, ou seja, cada recurso deve ser apto para impugnar determinada decisão. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
Tempestividade: 
	A Defensoria tem prazo em dobro no processo penal? 
	Existem reiteradas decisões no STJ entendendo que o prazo em dobro estabelecido pela Lei 1060/50 é aplicada tanto no processo civil quanto no processo criminal.
	De acordo com a Súmula 710, STF no processo penal os prazos são contados da intimação e não da juntada aos autos do mandado devidamente cumprido. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	Na hipótese de vários réus com vários advogados o prazo comum para todos eles é o da última intimação, aplicando analogicamente o processo civil. 
Regularidade Formal: os recursos devem atender determinados requisitos legais para serem recebidos. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	É possível a interposição de recurso por cota? 
	Para o CPP só é possível a interposição do recurso por petição ou termos nos autos.
	 Logo, em regra o recurso não será recebido. 
	Porém, em se tratando de recurso da defesa, por conta da ampla defesa, eventualmente o recurso é admitido. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	
	Existem decisões no TJRJ não recebendo o recurso que foi interposto
junto com as razões por ausência de pressuposto recursal objetivo.
	 Isso porque a petição de interposição deve vir sozinha para uma melhor análise do juízo de admissibilidade. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	Ausência de Fato Impeditivo: são fatos que surgem antes da interposição do recurso: preclusão; renúncia.
 Súmula 705, STF - A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
Ausência de Fato Extintivo – são fatos que surgem após a interposição do recurso: desistência; deserção.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	Promotor titular interpõe recurso e em seguida sai de férias de forma que as razões deverão ser apresentadas pelo seu substituto. O substituto poderá desistir do recurso? 
	1ª orientação (tese do MP) – por conta do princípio da independência funcional nada impede que o substituto discorde de seu antecessor, desistindo do recurso. 
	2ª orientação – além do art. 576, CPP proibir a desistência, o princípio da unidade que norteia a instituição impede a discordância entre membros do MP. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS – OBJETIVOS
	 DESERÇÃO – hoje a deserção ocorre apenas na hipótese de não pagamento de custas uma vez que a fuga não importa na extinção do recurso. 
Sucumbência: sucumbência é a desconformidade entre o que foi pedido e o que foi concedido. 
	
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
Existência de uma decisão 
	Atos jurisdicionais penais: 
	1 - Despachos – são atos de impulso oficial onde o juiz da andamento ao processo. Não possui qualquer carga decisória e normalmente não admitem recurso. 
	2 - Decisões: 
	2.1. interlocutória simples – segundo Tourinho elas apresentam um plus em relação aos despachos de expediente. Nelas os juízes resolvem questões relacionadas a regularidade do processo.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	 Ex: ato que recebe a denúncia 
	ATENÇÃO: para o STF, apesar de alguma carga decisória, o ato que recebe a denúncia trata-se de um mero despacho sem necessidade de fundamentação (não cabe recurso)
	2.2. interlocutória mista 
	a) terminativa – são aquelas que encerram a relação processual sem análise de mérito. Ex: impronúncia. 
	b) não terminativa – são aquelas que encerram uma etapa ou fase do procedimento. Ex: pronúncia. 	
PRESSUPOSTOS RECURSAIS - OBJETIVOS
	2.3. definitiva – são aquelas que encerram a relação processual, analisam o mérito condenando ou absolvendo o agente.Ex: sentença 
	2.4 com força de definitiva – são aquelas que analisam o mérito de questões ou processos incidentes. Ex: decisão que determina o sequestro; 
	2.5. terminativa de mérito – são aquelas que encerram a relação processual, analisam o mérito mas não condenam nem absolvem. Ex: decisão que declara extinta a punibilidade. 	
ESPÉCIES DE RECUROS
	Recursos contra decisão de juiz singular: 
	Embargos de Declaração - Art. 382, CPP 	
	Carta Testemunhável 	- Art. 639, CPP 	
	Recurso em sentido estrito - Art. 581, CPP 	
	Apelação -	Art. 593, CPP 	
Recurso contra decisão de juiz da VEP: 
	Agravo em execução - Art. 197, L. 7210
ESPÉCIES DE RECUROS
Recurso contra acórdão: 
	Embargos de Declaração - Art. 619, CPP 	
	Embargos infringentes e de nulidade -	Art. 609, parágrafo único, CPP 	
	Recurso especial 	
	Recurso extraordinário

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