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Resumo: Teorias do Currículo na Educação

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RESUMÃO PROVA DE CURRICULO:
Pontos importantes do texto O TECNICISMO NA TEORIA DO CURRICULO:
O ensino superior, no caso específico dos cursos de Pedagogia, possui um papel destacado, de modo que são responsáveis por capacitar profissionais para o exercício docente, bem como produzir conhecimento através da pesquisa e do ensino. Devem prioritariamente formar o cidadão, o que inclui não somente habilitá-lo para uma profissão, ``mas também torná-lo consciente do mundo em que vive, de modo crítico, reflexivo e atuante´´ (Bastos, 2013, p.3). Portanto, consideramos fundamental que a teoria do Currículo em um curso de Pedagogia se insira nessa lógica crítica, questionadora, afastando-se de concepções puramente burocráticas e técnicas que pouco contribuem para a formação do educador em suas múltiplas dimensões.
A concepção de Currículo que o sujeito possui, diz algo da própria concepção de Educação do mesmo. Não temos evidentemente a prepotência de afirmar que a visão educacional de alguém, dependa única e exclusivamente de sua opinião a respeito do Currículo, por outro lado é inegável que, o olhar que temos diante do Currículo, nos mostra um pouco da nossa própria visão educacional. 
Não existe um consenso sobre o que é currículo, sobretudo por ser um conceito relacionado a uma complexidade de problemas e a uma construção cultural, histórica e socialmente determinada.
Do ponto de vista da teoria curricular, entendemos como concepção tecnicista algo que corresponde a uma visão tradicional do currículo, permeada por questões técnicas, aparentemente neutras e que visam dirigir e orientar o trabalho do professor em sala
Ralph Tyle - visão Técnica, voltada para a formulação de métodos e etapas que visam garantir o efetivo aprendizado dos alunos (de modo despolitizado), tendo o processo avaliativo papel crucial, de verificação da efetividade desse aprendizado.
Muitos discentes demonstram em suas percepções, um olhar acerca do Currículo como algo "esvaziado" , cuja crítica e a reflexão parecem não ter lugar.
como a discussão em torno do Currículo dentro de um curso de Pedagogia pode contribuir para que futuros profissionais da educação saiam de suas faculdades com uma reflexão crítica sobre a sociedade que os cerca e sobre as escolas em que muitos irão trabalhar? Qual a importância do Currículo neste cenário, percebendo-o como um artefato cultural cuja questão da identidade, subjetividade são elementos fundamentais como nos ensina Silva (2009)? E que, além disso, de acordo com Apple (1989) também se relaciona diretamente com poder e ideologia, sendo assim um campo permanente de disputa. Diante de tal complexidade e profundidade acerca do campo do Currículo, percebê-lo de modo puramente técnico, neutro e instrumental não seria um desperdício? Principalmente se partirmos do princípio de educação dentro de um viés crítico e não bancário, como nos ensina Paulo Freire em seu clássico e sempre oportuno "Pedagogia do Oprimido".
Concepção crítica: "(...) uma preocupação epistemológica com a natureza e validade do conhecimento científico, uma vocação interdisciplinar, uma recusa da instrumentalização do conhecimento científico". Pacheco (2011) acrescenta, afirmando ter a concepção crítica uma visão de sociedade que privilegia a identificação dos conflitos e dos interesses e se voltar, em termos de valores éticos, para um compromisso de transformação social. Inscrita numa tradição marxista, a teoria crítica "é um espaço de contestação, uma outra forma de olhar a realidade e um compromisso político com o que pensamos e fazemos, a neutralidade existe somente nas explicações técnicas.
A Pedagogia Crítica, segundo McLaren (1997) está inevitavelmente comprometida com quem sofre a opressão, com quem dificilmente possui voz, sendo assim, está inexoravelmente marcada pela crítica sistemática às desigualdades sociais, cuja preocupação deve ser de primeira ordem, para futuros profissionais da educação.
Os programas de treinamento de professores que enfatizam somente o conhecimento técnico prestam um desserviço tanto à natureza do ensino quanto a seus estudantes. Em vez de aprenderem a refletir sobre os princípios que estruturam a vida e prática em sala de aula, os futuros professores aprendem metodologias que parecem negar a própria necessidade de pensamento crítico - Uma possível solução para Giroux (1997) seria a formação de professores intelectuais transformadores, oferecendo uma base teórica para examinar-se a atividade docente como forma de trabalho intelectual, em contraste com a definição em termos puramente instrumentais e técnico.
Essas percepções ``conteudistas`` mencionadas pelos discentes, nos remete a educação " bancária", formulada por Freire (2013), na medida em que os discentes ao enfatizar os conteúdos, demonstraram que esta seleção deve se dar de cima para baixo, com pouca participação dos educandos nas escolhas. Nas falas acima, tornou-se evidente que o Currículo é uma espécie de ferramenta que possibilita à escola e ao professor, selecionarem aquilo que julgam útil e necessário aos educandos. Segundo (Freire, 2013, p.100): "na concepção bancária, o educador vai enchendo os educandos de falso saber, que são os conteúdos impostos.``
Para Freire (2013), educar é um ato político, possui intencionalidade, ou seja, educação nunca é uma ação neutra. 
Para Apple (1989) a seleção que determina o Currículo é proposital e reflete interesses particulares geralmente das classes dominantes. Para Apple, a neutralidade no campo curricular é `` impossível, improvável e indesejável. irá enfatizar a ideia de que o Currículo é, sobretudo, uma relação de poder. Quando Apple (1989) nos envolve em uma provocadora pergunta, questionando qual conhecimento tem mais valor, e quem determina isso, ele está querendo ressaltar que a seleção que determina o Currículo é proposital e reflete interesses particulares geralmente das classes dominantes.
Freire (1992, 2013): ``O problema fundamental, é saber quem escolhe os conteúdos, a favor de quem e de que estará o seu ensino, contra quem, a favor de que, contra que``.
Pontos importantes do texto O A TEORIA DO CURRICULO:
Teoria – Desvendar a realidade que ainda não se tornou verdade para o aluno
Currículo – Caminho percorrido ou a ser percorrido (possibilidade de ensinar aquilo que já existe, ou de gerar novos conceitos)
Duas perguntas: “O que ser ENSINADO?”, “Qual é o INDIVÍDUO que eu quero para a SOCIEDADE?” – Para cada sociedade eu tenho um currículo a ser ensinado; e para cada sociedade eu tenho um perfil ideal.
Três teorias do currículo: Tradicionais, Criticas e Pós-Criticas.
A questão central que serve de pano de fundo para qualquer teoria do currículo é a de saber qual conhecimento deve ser ensinado. (O que?)
Questão básica: o que eles ou elas devem saber? Qual conhecimento ou saber é considerado importante ou válido ou essencial para merecer ser considerado parte do currículo? O que eles ou elas devem se tornar
O currículo busca precisamente modificar as pessoas que vão “seguir” aquele currículo. 
O tipo de conhecimento considerado importante justamente a partir de descrições sobre o tipo de pessoa que elas consideram ideal. Qual o tipo de ser humano desejável para um determinado tipo de sociedade?
Cada um desses “modelos” de ser humano corresponderá um tipo de conhecimento, um tipo de currículo.
O currículo é o ponto de partida para a construção da identidade e da subjetividade do aluno e do professor.
O currículo é ainda uma relação de poder, na medida em que buscam dizer o que o currículo deve ser, não podem deixar de estar envolvidas em questões de poder.
As teorias do currículo estão situadas no campo epistemológico social – Conhecimento fundamentado, Razão, Ciência. Conteúdos comprovados de sua importância e que não podem se dissociar das questões de aspecto político da sociedade.
O currículo é sempre resultado de uma seleção: de um universo mais amplo de conhecimento e saberes seleciona-se aquela parte que vai constituir, precisamente o currículo.As teorias do currículo tendo decidido quais conhecimentos devem ser selecionados, buscam justificar por que “esse conhecimento” e não “aquele” deve ser selecionado.
O que separa as teorias tradicionais das teorias critica e pós-criticas é a questão do poder.
As teorias tradicionais pretendem ser apenas isso: “teorias” neutras, cientificas, desinteressadas. Se concentram nas questões técnicas e de organização.
As teorias criticas e as pós-criticas, em contraste, argumentam que nenhuma teoria é neutra, cientifica ou desinteressada, mas que está, inevitavelmente, implica em relação de poder. Estas teorias estão preocupadas com a conexões entre identidade e poder.
Pontos importantes do livro A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO – PAULO FREIRE
Concepção Bancária –muito usada na escola tradicional, na qual o objetivo é depositar, transferir e transmitir valores e conhecimentos sem se preocupar se realmente os alunos estão aprendendo. precisamos nos livrar deste padrão de pensamento e focar em ensinar os alunos a pensar e não a acumulando informações desconexas, não adianta ter muito conhecimento e não saber usá-lo de forma adequada associando ao cotidiano. só assim desenvolveram uma consciência critica, transformando seus alunos em cidadãos transformadores de sua realidade. 
conceito de liberdade autentica que se alcança através do conhecimento e para se obter esse conhecimento é preciso aprender a pensar e se apropriar do próprio processo de aprendizagem
Um bom educador proporciona ao educando meios para que ele se encontre neste processo continuo que e a educação. sendo um mediador do conhecimento ensinando e aprendendo juntos através da interação .
Nesta busca que os seres humanos têm por uma vida melhor só será possível através da interação e não da opressão.
Ensinar exige compreender que a educação é a forma de intervenção no mundo.
Para desenvolver sua crítica sobre o modelo de educação reproduzida conforme o conformismo social, ele utiliza vários conceitos dos quais compreenderemos a seguir.
 Ele traz a discussão de que é o professor quem faz o seu aluno um mero depositário, ao considerar o aluno como incapaz de produzir conhecimento, e desconsiderar-se como um ser em formação contínua. Para Paulo Freire, ensinar a pensar e problematizar sobre a sua realidade é a forma correta de se reproduzir conhecimento, pois é a partir daí que o educando terá a capacidade de compreender-se como um ser social. 
Um vez conhecendo sua situação na sociedade, o educando jamais se curvará para a condição de oprimido, pois seu lema será a igualdade e por ela buscará.  A educação bancária, transformar a consciência do aluno em um pensar mecânico, ou seja, em sentir como se a realidade social fosse algo exterior a ele e de nada lhe aferisse. 
Já a educação problematizadora gera consciência de si inserido no mundo em que vive e diz  respeito à idéia de que deve existir um intercâmbio contínuo de saber entre educadores e educandos, com a intensão  de que os últimos não se limitem a repetir mecanicamente o conhecimento transmitido pelos primeiros. Por meio do diálogo entre professores e alunos, estabelecem-se possibilidades comunicativas em cuja raíz está a transformação do educando em sujeito de sua própria história. É a superação da dicotomia educado X educando. Nesse processo de educação problematizadora, o professor aprende enquanto ensina pelo diálogo de seus educando, estimulando o ato cognoscente de ambos, ou seja, ensina e aprende a refletir criticamente.
O processo de  educação é consciência humana, pois só os homens tem consciência de sua incompletude e, por isso busca compreender o mundo que vive em sua finitude. Mas é no ser que transforma que ele percebe a sua importância, portanto é na educação problematizadora que gera história que se humaniza a sociedade.
Demostra o quanto é importante o desenvolvimento no diálogo no processo educativo. A comunicação é expressa pela palavras e pela ação, por isso a verdade tem que está constante neste dois momentos de construção da educação, tanto do aluno quanto do professor. É isso que dá sentido ao mundo em que os homens vivem e se relacionam. O diálogo entre educador-educando começa em seu planejamento  do conteúdo programático, quando questiona o que vai refletir com seus alunos. Mas esse conteúdo não pode estar dissociado do cotidiano dos alunos. Ele tem que ter uma relação com o que eles vivem no mundo atual. Tem que haver uma conexão real.  Ensinar e aprender é uma constante investigação, porém Paulo Freire adverte para que não torne o homem, neste processo, um mero objeto de investigação. Que não se perca a essência do ser humano.
Portanto, compreendendo a tese fundamental de Paulo Freire neste livro, vemos que ele elabora conceitos pedagógicos pelos quais o educador deve enveredar-se para uma transformação no contexto social de dominação que se dá através do processo de educar. Opressores e oprimidos são vítimas da mesma inconsciência. A conscientização se dá por um processo gradual em que se busca a liberdade sem produzir novos opressores e oprimidos. Ele coloca uma revolução na estrutura social, através da qual o homem como sendo de fundamental importância a sua existência no mundo, é capaz de fazer sua história, sem um futura apriori, como este que é imposto pelas minorias dominantes.
Ao analisarmos essa obra de Paulo Freire, percebemos que até hoje, em nossas escolas, o conceito de educação problematizadora ainda não conseguiu ser implantadas. O professor formador de conscientização vive um drama entre ensinar o que a pensar ou cumprir com o currículo que lhe é imposto pelos órgãos educacionais. O tempo lhe traga toda a esperança de uma conscientização social. Vive pesquisando para preparar uma aula que muitas vezes os alunos nem param para ouvir por que o conteúdo que o professor tem que cumprir não condiz com a realidade que seus alunos vivem. Então podemos entender que o sistema educacional de hoje também continua a disseminar a opressão. Não por causa do professor, mas pelas condições de trabalho que lhes é imposto. O educador hoje é tão vítima como o oprimido, pois é meramente mais um deles.
QUESTÕES PROPOSTAS EM SALA TEXTO 1 e 2:
Relacione a atividade de elaboração de uma grade curricular para o primeiro período de pedagogia, com a seguinte afirmação: “O currículo é sempre uma questão de disputa, uma questão de poder”
Por termos em mente o tipo diferente de aluno que queremos formar, cada uma tinha para si as matérias necessária para isso. Assim o currículo se torna um questão de poder pelas variadas visões de educação dos vários grupos que o decidem.
Pense no seguinte exemplo: uma pedagoga precisa lecionar o conteúdo referente ao Descobrimento do Brasil para seus alunos do fundamental I. Hipoteticamente, como ela abordaria isso dentro de uma concepção tecnicista de currículo, e dentro de uma concepção critica de currículo?
Tecnicista – Nesta concepção ele ensinaria tal qual o livro dita, pois essa teoria preocupa-se com o repasse exato das informações. Falaria que o Brasil foi Descoberto por Pedro Alvares Cabral em Abril de 1500 e pronto, sem discursão.
Critica – Aqui há uma critica aos conteúdos, buscam a transformação da sociedade, participação ativa. Aqui o professor problematizaria se o Brasil foi realmente Descoberto ou talvez Invadido.
Ao pensar a estrutura curricular de uma escola, a mesma sempre tem em mente, de forma explicita ou implícita, que perfil de aluno aquela instituição quer contribuir para formar, diante desta afirmação, pode-se dizer que o currículo jamais será neutro? Justifique.
Sim, jamais será neutro. Já que toda grade carrega um tipo de formação e esse tipo de formação muda de professor para professor, de escola para escola. O currículo não poderia ser neutro
QUESTÕES PROPOSTA NO DEBATE EM SALA:
2 – Quando um professor se forma critico, seu aluno será critico também? 
4 – Paulo Freire, no momento da definição de “conteúdos programáticos” de um professor, ou até mesmo da escola, os professores não devem iniciaresta construção, devem deixar para que os alunos iniciem o professor. Falso ou verdadeiro. Justifique.
5- Em uma determinada aula, programada para ser sobre plantas, dois alunos levantam a mão e questionam a professora sobre pelos no seu corpo. Nisso, a sala inteira começa a disparar perguntas a respeito de dúvidas sobre seu corpo. A professora, portanto, tinha um planejamento curricular em mãos, depara-se com dúvidas de seus alunos de outra ordem: do ponto de vista de Freire, na Pedagogia do Oprimido, o que a professora poderia fazer?
6 – No texto Zanardi e Marden, são relatadas falas dos alunos a respeito do currículo. A compreensão de currículo dos alunos se relaciona a uma educação problematizadora ou bancária, nos termos de Freire? Os autores, posteriormente, defendem que não há neutralidade na educação. Paulo Freire concordaria? Por que?
Bancária. Eles acreditam que o currículo é uma espécie de ferramenta que possibilita á escola e ao professor selecionaram aquilo que julgam útil e necessário aos educandos.
Não existe neutralidade no processo de conhecimento, Freire relata que por ser o educar um ato politico sempre haverá intencionalidade.

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