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Disciplina: Nutrição e Administração em Saúde Pública Profª.: Ms. Lucievelyn Marrone A deficiência de vitamina A é considerada uma das mais importantes deficiências nutricionais dos países em desenvolvimento, sendo a principal causa de cegueira evitável. Brasil (2013) � O Programa existe desde 1983 para crianças de 6 a 59 meses pelo MS (Estados da Região Nordeste e no Estado de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri); � No ano de 2001, foi ampliado para atendimento às puérperas na maternidade, no pós-parto imediato; � Em 2004, foi reestruturado para promover divulgação e mobilização dos profissionais de saúde e população, com a criação da marca: VITAMINA A MAIS. � É regulamentado atualmente por meio da Portaria nº 729, de 13 de maio de 2005, no Brasil. Que definiu as diretrizes do programa e as responsabilidades dos três níveis de governo; Brasil (2007); Brasil (2013) Objetivo: Reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em: � Crianças de 6 a 59 meses de idade; � Puérperas no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar). Expansão: � Amazônia Legal (Região Norte e Estado de Mato Grosso): desde 2010. � Em 2012 (com o lançamento da Ação Brasil Carinhoso) para todos os municípios da Região Norte; � Aos 585 municípios integrantes do Plano Brasil Sem Miséria das Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste e todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Brasil (2013) População Mundial mais afetada (OMS, 2011): � 19 milhões de mulheres grávidas; � 190 milhões de crianças em idade pré-escolar; � Maioria localizada nas regiões da África e Sudoeste da Ásia. No Brasil (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS, 2006): � Crianças menores de 5 anos; � População feminina em idade fértil. O PNDS encontrou no Brasil níveis inadequados de vitamina A em: � 17,4% das crianças � 12,3% das mulheres Crianças, maiores prevalências: • Sudeste (21,6%); • Nordeste (19%). Mulheres, maiores prevalências: • Sudeste (14%); • Centro-Oeste (12,8%); • Nordeste (12,1%); • Norte (11,2%); • Sul (8%). (BRASIL, 2009). Promoção do AM exclusivo e complementar (2 ou + anos de idade); Introdução adequada da alimentação complementar. Promoção da alimentação adequada e saudável, assegurando o consumo de alimentos fontes em vitamina A. Suplementação profilática de crianças de 6 a 59 meses de idade. Suplementação profilática para mulheres no pós-parto imediato (puérpera), antes da alta hospitalar. Medidas importantes de prevenção da deficiência de vitamina A: Vitamina A • Leite humano; • Fígado; • Gema de ovo; • Leite; Origem animal (retinol/pré- formada) • Vegetais folhosos verdes; • Vegetais amarelos; • Frutas amarelo- alaranjadas; • Óleos; Origem vegetal (provitamina A/carotenóides) Nota: As provitaminas se convergem em vitamina A ativa e agem como potentes antioxidantes. Deficiência de Vitamina A � Essa vitamina não é sintetizada; � Toda necessidade é exógena; � Armazenamento hepático; Deficiência clínica Deficiência subclínica D e f i c i ê n c i a c l í n i c a • Xeroftalmia: atinge três estruturas oculares: retina, conjuntiva e córnea. ↓ a sensibilidade à luz até cegueira parcial ou total. • Cegueira noturna. D e f i c i ê n c i a s u b c l í n i c a • ↓ [...] contribuem para: diarreia e morbidades respiratórias. • A suplementação pode reverter a condição subclínica e impedir o avanço da deficiência para a forma clínica. Casos que podem indicar deficiência de vitamina A: � Criança/gestante com dificuldade para enxergar à noite ou em baixa luminosidade (cegueira noturna). � Presença de alguma alteração ocular sugestiva de xeroftalmia (ressecamento do olho). � Ocorrência frequente de diarreia. � Crianças com desnutrição energético-proteica. • A partir do 6º mês, é essencial para o crescimento e o desenvolvimento Crianças •Nutrizes/lactantes necessitam de mais vitamina A para manter a saúde Mulheres População vulnerável Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Consiste na suplementação profilática medicamentosa para: � Crianças de 6 a 59 meses de idade; � Mulheres no pós-parto; Motivo: não atinge, pela alimentação, a quantidade diária necessária para prevenir a deficiência dessa vitamina. As cápsulas são distribuídas em duas dosagens: � 100.000 UI � 200.000 UI Cada frasco contem 50 cápsulas gelatinosas moles. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A As cápsulas apresentam cores diferentes de acordo com a concentração de vitamina A. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Segue o seguinte calendário em crianças: OBS.: o registro das doses deve ser anotado na caderneta da criança obrigatoriamente. Registro na Caderneta de Saúde da Criança � No cartão existe o espaço para o registro. Registro no Cartão da Gestante � Caso o Estado utilize um cartão que não tem esse espaço deve-se fazer um registro separado e anexa-lo ao cartão. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Nas puérperas é uma única dose de vitamina A na maternidade ou hospital: Obs.: pois em grandes doses podem causar problemas de má-formação fetal (teratogenicidade). Obs.: A suplementação de mulheres no pós-parto imediato acontece somente na Região Nordeste e em alguns municípios localizados na Região Norte, estados de Minas Gerais e Mato Grosso. Registro no Cartão da Gestante � No cartão existe o espaço para o registro. Registro no Cartão da Gestante � Caso o Estado utilize um cartão que não tem esse espaço deve-se fazer um registro separado e anexa-lo ao cartão. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A • Algumas estratégias para prevenção da deficiência de vitamina A. • Cada uma com suas vantagens e limitações. • Mas, podem ser eficazes. • Essas estratégias incluem: 1) Suplementação com megadoses de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e em puérperas no pós-parto imediato residentes em áreas consideradas endêmicas; 2) Educação nutricional: - ênfase na diversificação da dieta; - ↑ do consumo de alimentos ricos em vitamina A; - estímulo ao consumo de alimentos enriquecidos e/ou fortificados com vitamina A. 3) Estímulo ao consumo de alimentos fontes de vitamina A: podem ser garantidos com o fomento à produção e cultivo desses alimentos. Considerando a diversidade regional brasileira e entre outras alternativas, as hortas caseiras, comunitárias ou escolares. Educação nutricional � Corresponsabilidade (família e serviço de saúde) pela adoção de medidas preventivas. � Considerar os hábitos culturais e regionais da comunidade, utilizando os alimentos regionais fontes em vitamina A. � Iniciar a EAN desde a infância. � O profissional de Saúde pode proporcionar à população os conhecimentos necessários e a Motivação necessária para a promoção da alimentação saudável pelo profissional de saúde. Proporcionar programas educativos que ensinem a: � Comprar; � Cozinhar; e, � Consumir alimentos ricos em vitamina A. Programas que envolvam a família podem influenciar o comportamento alimentar DE TODA a família. As ações de EAN devem ocorrer regularmente e por longo período. Educação nutricional � Deve ser iniciada com o leite materno exclusivo até o 6º mês de vida. � Garante o ideal para crescimento e desenvolvimento. � Garante estoques hepáticos de vitamina A. Educação nutricional � Após o 6º mês o leite maternocontinua ser importante. � Mas a alimentação complementar se torna essencial para completar as necessidade e favorecer EAN. OBS.: Mas, a OMS (2011) ressalta que a dieta materna é fator determinante para a concentração da vitamina A no leite materno. Educação nutricional Adequação do consumo de vitamina A em todas as regiões do País. Baixa qualidade da dieta do brasileiro, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008 – 2009). Educação nutricional Especialmente nas regiões endêmicas. O consumo rotineiro de alimentos fontes de vitamina A pré-formada é mais limitado. Os alimentos fontes de beta- caroteno são mais acessíveis às populações de baixa renda. Educação nutricional � 72% das mulheres em idade fértil têm consumo inadequado de vitamina A (POF, 2008-09). � Reforçando a necessidade de suplementação profilática em grupos prioritários. Educação nutricional Fortificação de Alimentos � A fortificação de alimentos com vitamina A constitui-se em uma intervenção a médio e a longo prazos; � Ação de desenvolvida a nível mundial desde o início do séc. XX; � No Brasil também existem esforços neste sentido Fortificação de Alimentos • Óleo vegetal: soja; • Margarina; • Bolachas e bebidas fortificadas com micronutrientes inclusive vitamina A Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica: Carências de Micronutrientes. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Disponível em: <http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/abcad20.pdf.> Acesso em: 22 set. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
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