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* SAE: Exame Neurológico Profa.Msd. Cléria Rodrigues * Algodão Alfinete Lanterna pequena Diapasão Cartão de Snellen Martelo Exame Neurológico * Exame neurológico: complexidade e necessidade Objetivo: identificar disfunções no sistema nervoso do paciente avaliando seus efeitos e detectar situações de risco Desenvolvimento do estudo: anamnese neurológica; avaliação do estado mental; inspeção; avaliação do nível de consciência; avaliação pupilar; da coluna; do equilíbrio; da função motora; sensitiva; cerebelar; reflexos superficiais e profundos e por fim de nervos cranianos * Anamnese neurológica: História da doença atual: inicio, instalação e evolução; avaliação do sono; perdas de consciência, presença de acidentes, traumatismos.... Historia pessoal: habitação, hábitos alimentares, vícios, alterações emocionais recentes * AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL * Avaliação do estado mental: minimental state Orientação temporal (0-5): ano, mês, dia do mês, dia da semana e estação Orientação espacial (0-5): Rua, cidade, local, andar e estado Registro (0-3) : nomear e “decorar”(memorizar) objetos como pente, caneta e copo Calculo (0-5): subtrair de sequencia logica de numeros como 20 diminuir 3 de cada resultado encontrado (30, 27, 24....) * Evocação( 0-3): pedir para que fale as três palavras memorizadas anteriormente Linguagem 1 (0-2): nomear dois objetos- como se chama isto? Linguagem 2 (0-1): repetir – nem aqui, nem ali, nem lá Linguagem 3 (0-3): cliente deverá seguir seus comandos: Quando eu lhe der esta folha de pa pel, pegue nela com a mão direita, dobre-a ao meio e ponha sobre a mesa“. Oferecer a folha com as duas mãos e ver o resultado * Linguagem 4(0-1) ler e obedecer: Mostrar um Cartão com a frase bem legivel "FECHE OS OLHOS"; sendo analfabeto lê-se a frase. Linguagem 5(0-1): observar se na frase tem sujeito e verbo Linguagem 6 (0-1): copiar o desenho Considera-se como normal as pontuações entre 27 e 30 e anormais as pontuações abaixo de 23. Analfabetos são dispensados leituras e escritas * Avaliação do estado mental: minimental state Orientação temporal: (1 ponto por cada resposta correta) Em que ano estamos? _____ Em que mês estamos? _____ Em que dia do mês estamos? _____ Em que dia da semana estamos? _____ Em que estação do ano estamos? _____ Nota: ________ * Distúrbios das funções cerebrais superiores Afasia motora ou verbal ( afasia de Brocca): dificuldade de expressar pela fala ou pela escrita Afasia receptiva ou sensorial (Wernicke): dificuldade de compreensão da linguagem Afasia global; dificuldade de expressar e compreender a linguagem Afasia de condução: repetição de vocábulos e dificuldade de escrita Afasia amnésica: incapacidade de nomear objetos * Disfasia: diminuição da capacidade de utilizar ou compreender a linguagem Disartria: alteração da fala por comprometimento neuro-muscular Disfonia: alteração da voz * Outros: Gnosias( reconhecimento) Agnosias auditiva: perda do reconhecimento de som Somatoagnosia: perda do próprio corpo em relação ao espaço Apraxia: incapacidade de atividade gestual consciente Apraxia construtiva: perda de capacidade de gestos organizados(desenhar) * Estado Mental Nível de consciência A capacidade de falar e de compreender Atenção Memória Humor Capacidade de Julgamento * Avaliação do nível do consciência: percepção de si e do meio ambiente Função cognitiva: memória, raciocínio, concentração, interpretação de informações, aprendizagem Função emocionais e psiquiátricas * Alterações do nível de consciência: Letargia: cliente acorda aos estímulos auditivos ou ruidos provocados, está orientado no tempo e espaço, responde de forma lenta ao estimulo verbal, e adormece novamente. Confusão mental:apresenta periodos alternados de confusão e lucidez Obnubilação: mostra-se muito sonolento e responde apenas a estímulos verbais e táteis vigorosos. Responde bem aos estímulos dolorosos * Escala de Coma de Glasgow: Avalia rebaixamento global do nivel de consciencia. * Torpor: estado de sonolência profunda, não responde a estímulos verbais e ao toque; responde aos estímulos dolorosos com abertura ocular e/ou sons incompreensíveis Coma: estado em que o individuo não demonstra conhecer a si próprio e o meio ambiente. Encontra-se inconsciente e não interage com o meio ambiente e estímulos internos * Avaliação pupilar Observar e anotar diâmetro, forma e reação à luz Diâmetro pupilar: dilatação ( SNA simpático) e contração (SNA parassimpático) Diâmetro pupilar: varia de 1 a 9 mm normal: 2 a 6 mm médio: 3,5 mm * Pupilas isocóricas: mesmo diâmetro Pupilas anisocóricas: uma pupila é maior que outra ( D>E) * Pupilas anormais Ovóide: herniação devido hipertensão intra craniana Irregulares: trauma de órbita Buraco de fechadura: pacientes submetidos a cirurgias de catarata * Fotorreação pupilar Lanterna clínica Fecha-se o olho aguarda alguns segundos, abre-se rapidamente a pálpebra e inserira o foco de luz diretamente sobre a area temporal da pupila. Repetir com o outro olho. Achado normal: constrição que se normaliza ao retirar a luz * Nervo Óptico - Reflexo Reflexo Fotomotor Ipsilateral (aferente) Pupila contrai no lado em que está o feixe de luz * Motricidade ocular Observar movimentos oculares espontâneos Reflexo oculo-cefálico: manter paciente com pálpebras abertas e realizar movimentos bruscos da cabeça de um lado p o outro, bem como flexão e extensão. A resposta esperada: olhos desviados na direção oposta ao movimento da cabeça; diz-se resposta positiva ou reflexo presente * Reflexo corneo-palpebral Sensibilidade Face – tocar entre a pálpebra e esclera usando algodão ou gaze Resposta normal: fechamento bilateral da pálpebra e desvio dos olhos para cima ( integridade do tronco cerebral) * Exame Neurológico Marcha Avaliação de Pares Cranianos Exame de Força Motora Sensibilidade Táctil e Dolorosa Sensibilidade Profunda Reflexos Profundos e Superficiais Coordenação * MARCHA * Marcha Avaliação de coordenação, força , equilíbrio, da associação perfeita sistema osteomuscular e neurológico. Testa a integração que deve existir entre os sistemas motor, sensitivo, cerebelar e musculoesquelético. Observar postura, equilíbrio, balanço dos braços, movimento das pernas (simetria) e posição dos pés. Observando-se a maneira como o paciente se move, é possível, em algumas infecções neurológicas, suspeitar-se ou melhorar assistência de enfermagem * * Marcha hemiplégica:perna paralisada por espasticidade dos músculos extensores fazendo movimentos de circundação com a ponta do pe apontada para o chão. Cliente apoia-se com a outra perna no chão e ao andar primeiro locomove a perna sã. AVC Marcha de pequenos passos: passos pequenos e curtos, e ao caminhar arrastam os pés, pernas parecem “travadas” * Marcha parkinsoniana: andar em bloco enrijecido, com passos pequenos, sem movimento espontâneos de braços e mantém cabeça inclinada para frente e pés arrastados pelo chão Marcha paraparética ou em tesoura:mebros inferiores enrijedos, semi-fletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra * Marcha atáxica: caminhar em zigue-zague como um bêbado, descoordenação de movimentos Marcha talonante: olhar fixo no chão, membros levantam-se de forma abrupta e tocam o solo pesadamente. Se fechar os olhos o cliente praticamente não consegue andar * Marcha claudicante: Principal causa: Insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor .-Ao caminhar, o paciente “manca” para um dos lados Marcha escarvante ou do pé caído: fraqueza ou paralisia dos dorsiflexores, com elevaçao do joelho além do normal, * * * Marchas Anormais Pequenos passos Ataxica Espastica * PARES CRANIANOS Deve-se seguir a ordem anatômica na avaliação neurológica, ou seja do I ao XII par * Pares Cranianos I nervo olfativo VII facial II nervo óptico VIII vestibulococlear III oculomotor IX glossofaríngeo IV troclear X vago V trigêmio XI acessório VI abducente XII hipoglosso * * I par: Nervo Olfatório: originam-se de células olfatórias na mucosa nasal Observar: obstruções das vias ( desvio de septo, secreções) Com olhos fechados identificar odores: Pó de café, limão, cravo da índia, Chocolate, Flor (rosa) Cada narina deverá ser ocluída separadamente * Anormalidades: uni ou bilateral anosmia : ausência Anosmia unilateral: tumores no lobo frontal Anosmia bilateral: TCE grave Hiposmia: redução hiperosmia: exacerbação Disosmia: olfato distorcido * II PAR-Nervo Óptico – Acuidade Visual * Campo visual Campo visual nasal Campo visual lateral Solicitar que o paciente feche um olho e com o outro fixar no nariz do examinador. Ete deverá mover seu dedo do campo TEMPORAL para o NASAL, o cliente deve informar qdo ver o dedo do examinador Fazer o mesmo com o outro olho * Anormalidades Hemianopsia ( hemicegueira): não possui visão em metadade do campo visual Amaurose: perda total da visão,, ocorre qdo lesão do n. óptico Uni ou bilateral * Nervo Óptico – Campo Visual Medial Sup. Medial Inf. Lateral Sup Lateral Sup Lateral Inf Lateral Inf * Nervo Óptico – Campo Visual * Nervo Oculomotor, troclear e abducente: movimento ocular Funções respectivas: Abertura Palpebral, rotação para dentro, abdução do globo ocular Anormalidades: Ptose palpebral Diplopia: visão dupla Nistagmo: abalo ritmico do globo ( movimentos oculares continuos) Paralisia do olhar * Pesquisa do Movimento Ocular * V PAR TRIGÊMIO: NERVO MISTO Possui raiz motora: músculos da mastigação Raiz sensitiva: dolorosa, térmica e tátil (ramo oftálmico, maxilar e mandibular) Pedir que o paciente feche os olhos e com uma gaze tocar as regiões: fronte, queixo e parte lateral do rosto e o cliente deverá identificar o toque Para o teste motor pedir ao paciente que abra bem a boca, e usando as mãos o examinador deve tentar fechá-la * VII PAR Nervo Facial MOTORA E SENSITIVA MOTORA: Mimica facial – frontal, rima labial SENSITIVA: inervam glandulas salivares, submandibular e sublingual, e inervam musc. Abaixador da pálpebra Avaliar a simetria dos movimentos faciais, e testa-se sabores como doce e salgado Lesões do nervo: HEMIPARESIA FACIAL NÃO FECHAMENTO DA PÁLPEBRA * Não consegue deixar palpebra aberta Ptose palpebral Comprometimento do nervo facial * VIII PAR Nervo VESTIBULOCOCLEAR Formado por duas fibras: acustico e vestibular Acustico: sistema auditivo Cobrir um dos condutos auditivos e testar audição usando relogio, sussurro ou estalar os dedos. Fazer em ambos os lados e o paciente deve distinguir os sons. Achados: hipoacusia acusia * Vestibular: Pedir ao paciente que fique de pé e de olhos fechados, pernas esticadas e aproximadas com braços e mãos paralelas ao corpo por 10 segundos, verificar equilibrio e depois pedir que caminhe unindo o calcanhar de um pé com o dedo do outro. Achados: vertigem compensatória nistagmo desvio postural * IX PAR Nervo Glossofaríngeo: misto Musculatura da Língua e faringe Pedir ao cliente que abra a boca e diga “AH” e oberva-se contração do palato mole e úvula; avalia-se ainda deglutição ( disfagia) * X PAR NERVO VAGO Função motora: músculos do palato mole, faringe e laringe Função sensitiva: mucosa da laringe e porção inferior da faringe Função vegetativa: parassimpática da árvore traqueobrônquica Examinador deve tocar a parte posterior da lingua com um abaixador de língua para desencadear reflexo de vômito * XI PAR NERVO ACESSÓRIO Examinar se o paciente consegue encolher os ombros e fazer rotação com a cabeça contra resistência imposta Anormalidade: desvio do queixo para baixo contra a resistência indica lado paralisado * XII PAR NERVO HIPOGLOSSO Inerva musc. intrínsecos e extrínsecos da língua Pedir ao paciente que empurre a língua contra as bochechas, para os dois lados e o examinador com a ponta dos dedos avalia movimentos anormais da língua, paralisia, debilidade dos músculos bem como dificuldade para falar, mastigar e deglutir. * Musculatura Tonus Força * Tônus muscular Estado de semicontração do músculo, fazer com o paciente deitado e relaxado Inspeção: achatamento de massa muscular Palpação; verificar as massas musculares Realizar movimentos de flexão e extensão: avaliação da passividade (resistência). Pedir ao paciente que faça flexão da perna e observe se o calcanhar toca o gluteo. Se tocar com facilidade: diminuição do tonus * Tonus Muscular Hipotonia: achatamento das massas musculares, consistência muscular diminuída, extensibilidade e passividade aumentada Hipertonia: consistência muscular aumentada, extensibilidade aumentada e passividade diminuida * Força muscular Demonstra dependência ou independência na realização de atividades Comparar os membros Depende do nível de consciência do paciente para sua realização Se consciente: pedir para apertar as mãos do avaliador ( aperto deverá ser firme, forte e igual) pedir que o paciente se deite na cama e estenda e flexione os MMII e abaixar e levantar cada membro - Se inconsciente: estimulo doloroso * Plegia ou paralisia: ausência de força muscular Hemiparesia: diminuição da força muscular em metade do corpo Hemiplegia: paralisia em metade do corpo Paraplegia: ausencia de força muscular dos MMII Tetraplegia: paralisia dos quatro membros * Força muscular: escala 0- Nenhuma contração muscular visível 1- vê ou palpa-se uma contração muscular, sem movimentos articulares 2- Capacidade de mover o membro, sem conseguir movimento antigravitacional 3- movimento ativo contra a gravidade, porém não contra resistência 4- movimento ativo contra gravidade, vencendo pequena resistência 5- Força muscular normal * Exame Motor Prova de Mingazzini dos membros superiores: olhos fechados, braços estendidos, dedos abertos. Observar queda das mãos, e oscilações dos membros * Prova de Mingazzini dos membros inferiores Paciente em decúbito dorsal e flexão das coxas Oscilação e queda progressiva: insuficiência dos quadríceps ( extensor da perna) Queda isolada da coxa: insuficiência do psoas Queda simultanea da coxa e perna * Manobra de Barré Paciente em decubito ventral, pernas fletidas sobre as coxas, verificar movimentos. Oscilação e queda indicam insuficiência dos flexores da perna. * Manobra dos braços estendidos com o paciente sentado: Manter braços estendidos: se oscilações e quedas indicam déficit motor * Avaliação da função cerebelar e coordenação motora Disfunção cerebelar: falta de coordenação motora Dificuldade de realizar movimentos sincrônicos e corretos Instabilidade na marcha Falta de coordenação de movimentos MMSS, fala e olhar * Coordenação adequada Prova dedo-nariz: fazer a prova com olhos abertos e fechados. MMSS estendidos lateralmente Prova calcanhar joelho * Prova dos movimentos alternados Solicitar que o paciente realize movimentos rápidos e alternados como extensão e flexão dos pes Eudiadococinesia: capacidade de realizar movimentos Disdiadococinesia: incapacidade de tais movimentos * Avaliação de reflexos superficiais: Reflexo é uma resposta do organismo a um estímulo qualquer * Reflexos Superficiais Cutaneoplantar Normal: flexão dos dedos * Reflexos Superficiais Cutaneo abdominal: espera-se contração dos musculos abdominais * Reflexos profundos Percute-se o tendão da rótula; resposta normal é a extensão * Reflexos profundos Reflexo calcaneano: estimula nervo tibial e resposta normal é flexão do pé * Reflexos profundos Flexor dos dedos: percute-se a face anterior do punho e espera-se flexão dos dedos * * Reflexos profundos Percute-se o tendão distal do bíceps e espera-se flexão do braço Percute-se tendão distal do tríceps e espera-se extensão do braço * Sensibilidade Superficial tátil dolorosa * Função sensitiva Tatil: Gaze ou algodão seco Dolorosa: objeto de ponta romba Térmica: agua fria e agua quente Comparar os hemi corpos * Analgesia Analgesia: ausencia de sensação de dor Hipoalgesia: Hiperalgesia Anestesia: ausencia de sensibilidade Hipoestesia: diminuição da sensibilidade Hiperestesia; aumento da sensibilidade Parestesia: sensação de formigamento ou adormecimento de um membro * Sensibilidade Profunda Com Diapasão de 128 vibrações por segundo Com Movimento do Hálux para cima e para baixo *
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