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Direito Constitucional I - Regimes Políticos

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Direito Constitucional I
Direito Constitucional I
Regimes Políticos
Podemos entender regime político como sendo a forma como o Estado se relaciona com a sociedade civil, ou seja, o conjunto das organizações, instituições e entidades através das quais os indivíduos se organizam e se manifestam.
Segundo José Afonso da Silva, “regime político é um complexo estrutural de princípios e forças políticas que configuram determinada concepção do Estado e da sociedade, e que inspiram seu ordenamento jurídico”. [1: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 124.]
Hodiernamente estabeleceu-se a distinção (e até mesmo a separação) entre o Estado e a sociedade civil, entre a esfera política e a econômico-social. A noção de regime político foi elaborada com referência exclusivamente à esfera estatal, sem dizer respeito às relações de poder que se estabelecem no seio da sociedade civil.
Os regimes políticos se apresentam, basicamente, de duas formas: o regime democrático ou Estado de Direito, e o regime ditatorial também denominado Estado de Exceção.
O Regime Democrático
Segundo Dantas, regime democrático é aquele em que as decisões políticas são tomadas em estreita vinculação com a vontade popular. É o governo do povo, feito pelo povo, para o próprio povo. [2: DANTAS, Paulo Roberto de Figueiredo. Curso de Direito Constitucional. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012.]
Para um Estado ser considerado Estado de Direito os seguintes requisitos devem ser atendidos:
Participação política do povo: o povo exerce seu direito de participar das decisões políticas através da eleição de seus representantes (democracia indireta ou representativa), ou mediante mecanismos de consulta popular (democracia semidiretas) como plebiscitos e referendos.
Divisão funcional do Poder Público: a fim de evitar a concentração de poder nas mãos de uma pessoa ou grupo, Montesquieu, seguindo os estudos de Aristóteles e Locke, sugeriu a divisão dos poderes de forma tripartite, no qual um poder é autônomo em relação ao outro, e um poder observa o outro a fim de evitar abusos de determinada esfera potente.
Vigência do Estado de Direito: a fim de evitar práticas absolutistas, tanto o Estado, quanto a sociedade civil, devem se submeter à lei.
O Regime Ditatorial ou Totalitário
O totalitarismo é o regime político onde toda a estrutura do Estado é controlada, normalmente, por uma única pessoa (na figura do ditador. Ex.: Kim Jong-un, na Coréia do Norte) ou de um único partido (Ex.: Partido Comunista, na China), ao passo que esse regime define uma relação onde o Estado detém um grande poder interventor na vida de seu povo.
No totalitarismo não é aceita a existência de diversos partidos, diversas orientações político-partidárias, tendo apenas a visão do partido principal como verdadeira.
Ao Estado são disponibilizados os instrumentos de repressão necessários para que haja atendimento imediato de seus interesses. Em nome da unidade e dos interesses nacionais, o Estado encerra com as liberdades civis de seus cidadãos.
São exemplos de Estados totalitários a Coréia do Norte e Cuba.

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