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Manual do bom jornalista

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Manual do 
Bom 
Jornalista 
Por Arquimedes de Castro 
Manual do Bom Jornalista 2 
 
 
 
 
 
Índice 
APRESENTAÇÃO 4 
COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE COMO ESCREVER 5 
COMO ESCREVER DECENTEMENTE, E SER UM BOM JORNALISTA 5 
O BOM E O MAU 8 
SAIBA O QUE É UM BOM OU MAU JORNALISTA NA OPINIÃO DE QUEM ENTENDE (OU NÃO) DO ASSUNTO 8 
OS 10 MANDAMENTOS 10 
 10 
PRIMEIRO 10 
SEGUNDO 11 
TERCEIRO 11 
QUARTO 12 
QUINTO 12 
SEXTO 13 
SÉTIMO 13 
Manual do Bom Jornalista 3 
OITAVO 13 
NONO 14 
DÉCIMO 14 
FRASES 15 
 15 
FRASES QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE JORNALISMO 15 
ARTIGOS DO AUTOR 21 
OS COVARDES SE ESCONDEM NO ANONIMATO 21 
MANDEM O BOBO DA CÔRTE TOMAR BANHO 22 
A DECISÃO DO STF É IRRECORRÍVEL: LIBERDADE DE EXPRESSÃO DOS NÃO DIPLOMADOS É CONQUISTADA NO 
BRASIL 24 
NÃO REELEJA NINGUÉM: OU RESTAURAMOS A MORALIDADE OU VAMOS NOS LOCUPLETAR TODOS. 26 
MANIPULAÇÃO DA MÍDIA 28 
CHECK LIST ELEITORAL 29 
TODA A HISTÓRIA DA REPÚBLICA BRASILEIRA É UMA DEMONSTRAÇÃO DE COMO É FALSA A PROPAGANDA DE QUE 
VIVEMOS EM UMA DEMOCRACIA. 30 
APARTHEID TECNOLÓGICO SEPARA OS CIDADÃOS NA FILA DO CAIXA ELETRÔNICO 32 
DIÁRIO DE UM REPÓRTER NA VISITA PRESIDENCIAL 34 
PARTIDO DO NÃO NEGOCIO COM A OPOSIÇÃO – PNNO – PARTE I 36 
NOSSA SORTE É QUE O CRIME NA PARAÍBA AINDA É DESORGANIZADO. 38 
EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS E O DIREITO A AMPLA DEFESA 39 
7 EM CADA 3 ELEITORES PARAIBANOS SÃO ANALFABETOS FUNCIONAIS. 41 
SOBRE O AUTOR 42 
Manual do Bom Jornalista 4 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O "Manual do Bom Jornalista" é uma tentativa bem humorada de falar sobre o 
difícil trabalho do qual se ocupam os profissionais de jornalismo. 
 
Este livro surgiu de um site. 
 
A idéia era escrever um livro sobre o assunto, mas descobrimos que para fazê-
lo, precisávamos da contribuição dos colegas. 
 
Com a ajuda de abnegados companheiros coloquei uma pitada de humor no 
árduo lide diário. 
 
Boa leitura. 
 
Arquimedes de Castro 
Manual do Bom Jornalista 5 
COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE COMO ESCREVER 
 
 
COMO ESCREVER DECENTEMENTE, E SER UM BOM JORNALISTA 
 
1.Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, 
conforme deve ser do conhecimento de V.Sa. Outrossim, tal prática advém de 
esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico. 
 
2.Evite abrev.compl., etc... 
 
3.Anule aliterações altamente abusivas. 
 
4."não esqueça das maiúsculas", com já dizia carlos machado, meu professor lá 
no colégio santa efigênia, em solânea, na paraíba. 
 
5.Evite lugares comuns e ponha as barbas de molho, fugindo desse erro como o 
diabo da cruz. 
 
6.O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário. 
Manual do Bom Jornalista 6 
 
7.Estrangeirismos estão out, palavras de origem portuguesa estão in. 
 
8.Aí brou, seja esperto antes de emplacar uma gíria, mano, mesmo que a 
galera toda ache muito louco. Se liga, certo? 
 
9.Palavras de baixo calão podem transformar o cacete do seu texto num 
caralho que ninguém vai entender, e vão mandar você se foder, tomar no cú. 
 
10.Nunca generalize: generalizar é sempre um erro. 
 
11.Evite repetir a mesma palavra, pois de tanto repetir a mesma palavra, ela 
pode ficar repetitiva. A repetição vai fazer com que a palavra seja repetida 
várias vezes, tornando o texto repetido de novo. 
 
12.Não abuse das citações. Como dizia meu avô: "Quem cita os outros não tem 
idéias próprias". 
 
13.Frases incompletas po. 
 
14.Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas 
diferentes, isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras 
palavras, não fique repetindo a mesma idéia. 
Manual do Bom Jornalista 7 
 
15.Seja mais ou menos específico. 
 
16.Use a pontuaçao corretamente o ponto e a virgula especialmente sera que 
ninguem sabe mais usar o sinal de interrogaçao e acentuar as palavras. 
 
17.Nunca use siglas desconhecidas, como prescreve o M.R.J.J.P. 
 
18.Exagerar e estratosfericamente pior que a moderação. 
 
19.Evite mesoclises. Repita comigo: "mesoclises: evita-las-ei!" 
 
20.Evite parágrafos exageradamente longos, por dificultarem a compreensão 
da idéia contida neles, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia 
central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível forçando, desta 
forma, o pobre leitor, ou ouvinte, ou telespectador, a separá-la em seus 
componentes diversos, de forma a torná-las acessíveis, o que não deveria ser, 
sobretudo, parte do processo de informação, hábito que devemos estimular 
através do uso de frases mais curtas. 
 
21.Coidado coma orthographia, para não estrupar a lingoa purtoguesa. 
 
22.Seja incisivo e coerente. Ou talvez seja melhor não?? 
 
 
Manual do Bom Jornalista 8 
O BOM E O MAU 
 
 
SAIBA O QUE É UM BOM OU MAU JORNALISTA NA OPINIÃO DE QUEM 
ENTENDE (OU NÃO) DO ASSUNTO 
 
 
Lillian Witte Fibe – apresentadora do Jornal da Lillian, no portal Terra. 
"Um bom jornalista terá que apresentar sempre determinadas características, 
não importa o veículo. Saber apurar e redigir uma notícia, ser dono de uma 
agenda inseparável, recheada de fontes honestas e saber selecionar as notícias 
mais importantes são apenas alguns exemplos. Dispensável lembrar a 
necessária cultura geral evidente”. 
 
Luiz Nassif – diretor superintendente da Agência Dinheiro Vivo. 
“Hoje, ser empreendedor, ter iniciativa, buscar soluções, viraram as virtudes 
principais em qualquer atividade, e certamente assim será no jornalismo. Ao 
apuro técnico, à curiosidade inata da profissão, há que se acrescentar a visão 
estratégica e a coragem empreendedora, para buscar novos caminhos e correr 
alguns riscos”. 
Manual do Bom Jornalista 9 
 
Paulinho Boa Pessoa – apresentador da rádio Record AM. 
“O mal jornalista é aquele que não cita sua fontes, que copia os textos alheios e 
não diz quem os produziu”. 
 
Ricardo Sanchez (Picá) – Programador musical e discotecário da Rádio 
Trianon. 
“Na minha opinião o mal jornalista é aquele que é alienado, que não participa, 
que não lê os jornais diários, que num...(interrompido por Zancopé Simões, 
rindo da resposta) mal jornalista na minha opinião é aquele que é um 
alienado, que não lê jornal, que não fica sabendo da pauta, não tem interesse 
pela matéria que vai pro ar, fica alienado”. 
 
Zancopé Simões – Locutor noticiarista do Jornal É, da Rádio Trianon. 
“Eu desconheço, só sei como ser bom jornalista, tem que ser bom jornalista, 
mal jornalista não serve prá nada. Não adianta você dá a informação para 
prejudicar a profissão. Tem que ser um bom jornalista, tem que ler...mal 
jornalista é a antítese do bom jornalista”. 
 
Sérgio – Operador de gravação e central da Rádio Trianon. 
“Não sei cara...dá licença deixa eu trabalhar”. 
 
Maurício Calil – Editor do jornal É da Rádio Trianon. 
“Não sei, pergunta a quem entende de rádio, eu não sei nada”. 
 
Claudia de Souza – Diretora da sucursal do Jornal do Brasil em São Paulo. 
“Para ser um bom jornalista, é preciso hoje ter sólida formação acadêmica. É 
claro que muitos grandes repórteres, treinados na rua no exercício da 
profissão, donos de textos fantásticos, não precisaram de escola”. 
 
Juca Kfouri – jornalista esportivo. 
“Jornalista faz jornalismo, empresário faz negócios, publicitário faz 
propaganda. Cada macaco no seu galho, enfim.” 
Manual do Bom Jornalista 10 
OS 10 MANDAMENTOS 
 
PRIMEIRO 
 
 Sua opinião é interessante na relação direta entre o valor da sua conta 
bancária.Nunca esqueça que trabalhamos para empresas privadas, fazemos 
jornalismo com objetivo de obter lucros, auferir resultados. Costumam ter 
mais credibilidade àqueles que, por sua posição socio-econômica, foram 
ungidos pela benção da sabedoria.Opinar é um tabu para jornalistas de rádio e 
tv. Curiosamente o mesmo não acontece com quem escreve para jornal. Parece 
haver um medo explícito, que os comunicadores possam convencer o povo que 
para manter-se no poder é preciso controlar a informação. Essa tem sido 
durante décadas a maneira pela qual os donos do poder, democrático ou não, 
usaram para manter a população sobrecontrole.Mas como esse não é um 
manifesto comunista, vamos mudar de assunto... 
 
 
Manual do Bom Jornalista 11 
 
SEGUNDO 
 
 Lembre-se: nunca conteste seu editor. É sabido que esses indivíduos de 
mente privilegiada são responsáveis pela separação do joio do trigo, para 
publicar o joio.Numa tentativa de sistematizar o exaustivo trabalho de 
escolher o que é bom, o que não é, o que interessa ao "nosso público", o que não 
interessa, os triadores (editores) cometem o grande erro de burocratizar o 
processo jornalístico contribuindo para a formação de idéias distorcidas, e 
elevando o nível de desinformação da sociedade. 
Há excessões...mas aqui tratamos apenas das regras. 
 
 
 
TERCEIRO 
 
 Notícias de economia e esporte estão sempre recheadas de especulações. 
Nunca confie em jornalistas que escrevem citando “comenta-se”, “existe grande 
tendência”, “é grande a expectativa”, “estaria”, etc... Primeiro apure os fatos, 
depois pode distorcê-los a vontade. 
Saber ler nas entrelinhas é uma virtude... Para os jornalistas é uma 
necessidade. 
Os fatos são contados por pessoas, que ao relatarem o que viram ou sentiram, 
imprimem ao acontecido suas impressões pessoais e experiências, isso termina 
por ocultar a verdade, distanciando o apurador do objeto a ser apurado. 
Nunca confie em ninguém, em nenhuma fonte e em nada. Desconfie até da 
caneta que escreve, do computador, da internet, das intenções, e 
principalmente do óbvio. 
O mais improvável e que nada de improvável aconteça, as histórias que 
seguem uma lógica muito perfeita podem estar ocultando mentiras e 
distorções. Pense ao contrário, ouça também quem não é autoridade no 
assunto, pergunte o que todo mundo já perguntou de maneira diferente. Inove, 
não seja uma máquina de produzir informação. Escrever é uma arte... Evite o 
excesso de coerência. 
 
Manual do Bom Jornalista 12 
 
 
QUARTO 
 
 Jornalistas de rádio escrevem telegraficamente, de jornal complicam ao 
máximo o óbvio para “encher lingüiça”,de internet estão sempre com as 
orelhas vermelhas, de televisão são mais bonitos. 
Essa é apenas uma tentativa medíocre de fornecer pistas sobre o 
comportamento das mulheres e homens imbuídos do desejo de informar. 
Mas os jornalistas são mesmo diferentes, dependendo do veículo para o qual 
trabalham. 
Numa coletiva agem como lobos acuando uma lebre, mordem-se mutuamente, 
degladeiam-se pela lebre. 
Chega a ser ridículo o esforço sobre-humano dos jornalistas de rádio, 
segurando, as vezes por mais de meia-hora, um gravador com o braço esticado 
para obter uma qualidade de som melhor. 
Também é divertido observar o rosto dos jornalistas de tv. As vezes a 
quantidade de maquiagem é tão grande que não é preciso muito acuidade para 
diferenciá-los dos demais. É, as luzes da ribalta cobram um preço. 
E a galera da internet...será que sobreviverão a nova desvalorização das ações 
do Nasdaq???? 
Com suas orelhas inchadas e o cérebro contaminado de radiação advinda do 
aparelho celular, que passa horas encostado na pele, transmitindo radiação 
cancerígena... Esses deveriam receber adicional por trabalho insalubre. 
O mesmo também aplica-se aos colegas de jornal. Sempre tomando notas 
taquigráficas na velocidade do som para não perder...O que foi mesmo que ele 
disse, quantos por cento, milhões ou bilhões?????? 
 
 
 
QUINTO 
 
 Avise ao proprietário que espécies eqüinas costumam gostar de folhas 
verdes, mas sempre “amarre o burro no pé de alface”, caso assim seja 
solicitado. 
É um erro acreditar que o trabalho dos que atuam no jornalismo é mais 
glamuroso que os demais. Somos apenas operários digitais, garis da 
informação, peões a tocar o rebanho de fatos e acontecimentos. 
Cumpra seus deveres, seja funcional e compenetrado. Ousadia e ideologia não 
dão de comer nem de beber a ninguém. 
 
 
Manual do Bom Jornalista 13 
 
SEXTO 
 
 Sete em cada dez estudantes de comunicação começam a estudar na 
intenção de tornarem-se repórteres do “Globo Repórter”, mal sabendo que o 
ambiente de uma redação é normalmente idêntico ao do Pavilhão 9, do 
Carandirú. 
Pode parecer engraçado, mas é trágico. Já ví muita gente se decepcionar com o 
jornalismo. Não é coisa para gente que gosta de festas, vida boa, muita grana e 
diversão. Jornalismo é uma seita. Trabalha-se muito, ganha-se pouco. 
Plantões no feriado, domingo, sábado. Aqueles dias nos quais seus amigos se 
reúnem para uma merecida confraternização podem ser atrapalhados por uma 
notícia, um acontecimento. Creia, as coisas mais impensáveis acontecem 
quando ninguém espera. 
É preciso amar a profissão para continuar nela, disso todo mundo sabe, mas 
com jornalismo as coisas são levadas ao limite do insuportável. É preciso 
gostar para não morrer de stress. 
 
 
 
SÉTIMO 
 
 Cuidado com as pessoas que não têm função definida na empresa. Estes são 
os indivíduos que compensam a incompetência com fuxicos e fofocas. 
É útil não falar aquilo que você não tem coragem de falar na frente das 
pessoas por trás. 
Aproveite e siga aquele ditado que diz: "Notícia ruim sobre o comportamento 
alheio nunca deu boa fama a quem divulga". 
 
 
 
OITAVO 
 
 Esteja sempre ocupado, mesmo quando não tem nada para fazer “trabalhe”. 
Mesmo que tudo já tenha sido feito, permaneça escrevendo. Faça cara de 
conteúdo rapaz. 
Você acordou às 3 da manhã, está o dia todo trabalhando, no meio da tarde 
pega um copinho de café, acende um cigarro, respira um pouco e aí chega um 
gaiato para dizer: "Vida boa hein!". 
 
 
Manual do Bom Jornalista 14 
 
NONO 
 
 Os jornalistas são machistas, as jornalistas são feministas. Essa é uma lei 
da natureza, simplesmente aceite-a. 
As pessoas bem informadas e inteligentes vivem a buscar alibes que 
justifiquem o modo como usam o poder que têm. 
Toda forma de poder. 
 
 
 
DÉCIMO 
 
 Jornalismo é falar da desvalorização dos títulos públicos da Eslovênia, para 
quem não sabia da existência desse país. 
Manual do Bom Jornalista 15 
FRASES 
 
FRASES QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE JORNALISMO 
 
Ao escrever ou editar matérias, não conte os buraquinhos do chuveiro, o 
importante é se está saindo água. (do autor) 
 
 
O Sindicato dos Jornalistas está para a categoria assim como o DENARC está 
para os traficantes. (anônimo) 
 
 
“O que caracteriza o verdadeiro âncora é a autonomia. Sem autonomia para 
exercer livremente o seu papel, não se trata de âncora. Trata-se de um 
apresentador ou apresentadora cujo espaço de decisão está delimitado por 
outras pessoas, por exemplo, que zelam pelos interesses políticos e econômicos 
da empresa para a qual prestam seus serviços.” (Boris Casoy) 
 
 
Manual do Bom Jornalista 16 
“O sensacionalismo barato, o interesse dos patrocinadores, dos patrões e do 
governo transformaram a mídia e a TV numa colcha de retalhos apressadinha. 
Não há tempo para se explicar nada e, com isso, as pessoas têm só uma vaga 
impressão de que estão sendo informadas”. (Diléa Frate) 
 
 
“De tanto se repetir uma mentira uma mentira, ela acaba se transformando 
em verdade”. (Josef Goebbels) 
 
 
“De um ponto de vista mais amplo do que os malefícios causados por falhas 
éticas à reputação de pessoas, a anti-ética da não-“denúncia” situa-se, com 
certeza, entre os procedimentos mais responsáveis pelo atraso social, 
administrativo, institucional e político do Brasil”. (Jânio de Freitas) 
 
 
“O poder é o melhor tônico, o segredo da eterna juventude”. (Tancredo Neves) 
 
 
“Grandes repórteres já se tornaram grandes políticos” (José Nêumanne Pinto) 
 
 
“Ah, como seria bom se o jornalismo esportivo pudesse se limitar a contar com 
emoção os feitos de nossos atletas!” (Juca Kfouri) 
 
 
Com poucas exceções, uma imprensa livre significa uma imprensa livre do 
controle público, uma imprensa suficientemente isolada do espectro do Estado. 
(Theodore Glasser) 
 
 
“É preferível pedir desculpas depois, do que pedir licença antes”. (pe. Gaspar 
Blanco Ramos) 
 
 
“O nosso trabalho em rádio só tem uma diferença em relaçãoao trabalho de 
outros brasileiros: que é o de bater o ponto no ar”. (José Paulo de Andrade) 
Manual do Bom Jornalista 17 
 
 
“Jornalista se brinca no ar perde o emprego. Humorista se falar sério também 
perde”. (Oscar Pardini) 
 
 
“A principal chama do jornalista e do radialista é o ouvinte. Em primeiro lugar 
a verdade, se você não tiver a verdade para contar no rádio, vire as costas e vá 
embora. Nem que ela seja difícil de conseguir, como nós que ficávamos muitas 
e muitas noites no tempo da rádio Pan-americana, a emissora dos esportes, até 
duas, três até quatro horas da madrugada para pegar o resultado de uma 
partida de futebol, para transmiti-la aos jornais, que não tinham Embratel 
fácil naquele tempo. Tínhamos que ficar na escuta até duas, três horas da 
madrugada, para que no dia seguinte os jornais publicassem os resultados, 
que a nossa rádio já estava fora do ar...só no dia seguinte...” (Narciso Vernizzi) 
 
 
“Nós temos que nos preocupar, tem rádio demais para pouco dinheiro no 
mercado publicitário, nós temos que nos preparar cada vez mais, por quê 
realmente a competição é muito grande”. (Milton Neves) 
 
 
“Rabo e conselho só se deve dar a quem pede”. (Stanislaw Ponte Preta) 
 
 
“No Brasil, homem público é o masculino de mulher pública”. (Ziraldo) 
 
 
“Se Cristo tivesse sido enforcado, a forca teria a mesma força simbólica da 
Cruz?”. (Millôr Fernandes) 
 
 
“A democracia é o governo nas mãos de homens de baixa extração, sem posses 
e com empregos vulgares”. (Aristóteles) 
 
 
Manual do Bom Jornalista 18 
“Se um jornalista fala com Deus, é porque está orando. Mas se Deus fala 
com um jornalista, é porque ele deve estar louco”. (anônimo) 
 
 
“Não use drogas! Elas acabam com o fígado, o coração e os rins, fodem a sua 
mente e, de modo geral, fazem com que você fique igualzinho aos seus pais!”. 
(Frank Zappa) 
 
 
“O fotógrafo é como um bacalhau, que produz um milhão de ovos para que um 
deles chegue à maturidade”. (Earl Wilson) 
 
 
“Não foi o mundo que piorou. As coberturas jornalísticas é que melhoraram 
muito”. (G. K. Chesterton) 
 
 
“Um jornal é um instrumento incapaz de discernir entre uma queda de 
bicicleta e o colapso da civilização”. (George Bernard Shaw) 
 
 
“Um correspondente estrangeiro é um sujeito que vive de hotel em hotel e 
pensa que o mais importante sobre qualquer coisa que esteja acontecendo 
naquele país é o fato de que ele chegou para cobri-la”. (Tom Stoppard) 
 
 
“O jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. Ao nos oferecer a opinião 
dos deseducados, ele nos mantém em dia com a ignorância da comunidade”. 
(Oscar Wilde) 
 
 
“Levei quinze anos para descobrir que não sabia escrever, mas aí já não podia 
parar – tinha ficado famoso demais”. (Robert Benchley) 
 
 
“Se quiser ficar rico escrevendo, escreva o tipo de coisa que é lida por pessoas 
que movem os lábios ao ler”. (Don Marquis) 
Manual do Bom Jornalista 19 
 
 
“Nada me faria ler qualquer romance, exceto a necessidade de ganhar dinheiro 
escrevendo sobre ele. Detesto romances”. (Virginia Woolf) 
 
 
“A publicidade pode ser descrita como a ciência de prender a inteligência 
humana o tempo suficiente para lhe arrancar algum dinheiro”. (Stephen 
Leacock) 
 
 
“O ouvinte só é respeitoso quando não está entendendo nada”. (Nelson 
Rodrigues) 
 
 
“Noticiários de rádio até que são suportáveis. Principalmente porque, 
enquanto as notícias estão sendo transmitidas, os DJ’s ficam fora do ar”. (Fran 
Lebowitz) 
 
 
“Uma celebridade é uma pessoa que trabalha duro a vida inteira para se 
tornar conhecida e depois passa a usar óculos escuros para não ser 
reconhecida”. (Fred Allen) 
 
 
“Na Califórnia não se joga o livro fora. Eles o reciclam na forma de programas 
de TV”. (Woody Allen) 
 
 
“Gosto de televisão porque ele me permite falar coisas sobre as quais não acho 
que valha a pena escrever”. (Truman Capote) 
 
 
“Adoro a televisão. Antes dela, sempre se dizia que o cinema era a arte mais 
vagabunda que existia. Agora já estamos em segundo lugar”. (Billy Wilder) 
 
 
Manual do Bom Jornalista 20 
“A televisão é um veículo de diversão que permite a milhões de pessoas 
ouvir a mesma piada ao mesmo tempo e, ainda assim, continuar solitárias”. (T. 
S. Eliot) 
 
"Falar menos, pensar e escrever mais." (Pedroso – Rádio Trianon) 
 
"Não escrever manuais sobre como ser um bom jornalista." (idem) 
 
 
"Não ser cagador de regras." (idem) 
 
 
"Ande sempre com um estoque de no mínimo 5 canetas esferográficas, 12 
pilhas pequenas, ½ resma de papel sulfite e 2 baterias para celular. Caso seja 
surpreendido pela falta desses materiais ninguém vai dizer que você não é um 
bom jornalista." (do autor) 
 
 
"Segundo consta nos anais da radiodifusão um grande número de radialistas 
costumam sentir excitação esfinquital nas primeiras horas da 
manhã."(Pedroso – Rádio Trianon) 
 
"O bom jornalista só confia o suficiente para copiar, em matérias publicadas 
nas primeiras páginas do Globo, Folha ou Estadão. Se algum editor reclamar 
você simplesmente diz de onde tirou a informação e normalmente ele fica 
calado, sinal claro que ele admite estar sem razão." (Daniel B pontocom – 
Rádio Trianon) 
 
 
"O bom jornalista para alcançar as glórias divinas, e ser ungido nos braços de 
Deus, terá que pelo menos uma vez por semana ouvir o programa “A voz do 
Brasil”. Além de ficar bem informado sobre todas as informações que o governo 
quer que você pense que é verdade, o profissional deverá editar uma ou duas 
matérias a título de exercício de aperfeiçoamento. Amém?" (domínio público) 
Manual do Bom Jornalista 21 
ARTIGOS DO AUTOR 
OS COVARDES SE ESCONDEM NO ANONIMATO 
 
Devido a algumas coisas que escreví recentemente, tenho recebido uma série 
de comentários de funcionários públicos comissionados incompetentes (Bôbos 
da Côrte), que se escondem no anonimato. Fazem os comentários mais 
agressivos possíveis, mas não se identificam, por que temem mostrar a cara. 
Eu não ajo no anonimato. Minhas posições são públicas, assinadas, pelas quais 
assumo ampla e total responsabilidade. Não faço acusações vazias, não me 
escondo em e-mail's falsos e atrás de telas de plasma anônimas. Eu sou 
censurado por que tenho coragem de mostrar a cara. 
Sei que minhas posições incomodam os donos do poder, mas incomodam ainda 
mais os bôbos da côrte, funcionários públicos comissionados incompetentes 
demais para a iniciativa privada, são recepcionados pelos governos corruptos, 
por que estão dispostos a fazerem o que for necessário para manterem os seus 
empregos medíocres. 
Luiz Inácio não lê jornal, disse que lhe provocam náuseas. Ele confessou algo 
que é comum em muitos governantes. Principalmente em aristocratas e na 
turma que queria e quer implantar a ditadura do proletariado. Não suportam 
a imprensa, amam os marqueteiros e a propaganda chapa branca oficial, que 
maqueia a realidade e distorce os fatos para que caibam no ego de quem só 
quer ouvir o eco da própria voz. 
Os governadores, prefeitos e o presidente, assim como alguns parlamentares 
não ouvem a mídia, não leêm nada, apenas acompanham sínteses preparadas 
por bôbos da côrte, que fazem a leitura do governo a respeito da imprensa, 
rotulando quem é do esquema e quem não é. 
Não me rotulem, pois o que faço é jornalismo público, defendendo os interesses 
do população, dando voz aos que não tem, defendendo a democracia e os ideais 
republicanos. Não sou Cunha Lima, nem Vital do Rêgo, nem Coutinho, nem 
Maranhão e nem muito menos babão. 
Sou radialista, jornalista, contabilista, comunicologo e filosofo amador, com 
mandato até o último dia da minha vida, que sustento com o suor do meu rosto 
sem dever favor a ninguém. Sei que isso dá inveja a quem depende da bondade 
do poderoso de plantão no palácio, mas nada posso fazer por essas pobres 
almas, senão rogar a Deus que apiede-se delas na próxima encarnação. 
 
Manual do Bom Jornalista 22 
MANDEM O BOBO DA CÔRTE TOMAR BANHO 
 
Os governantesbrasileiros são absolutamente intolerantes com a crítica. Essa 
é uma característica de governos ilegítimos, do poder usurpado pela mentira, 
pelo golpe no estado democrático, através da compra de consciências, da 
prática da arte de enganação do povo, mas particularmente orquestrada pela 
manipulação da mídia. 
 
Os novos Bobos das Côrtes são jornalistas, que se esmeram em fazer por 
merecer seus gordos salários, funcionários públicos pagos com o dinheiro 
suado de nossas testas, privatizados para manterem no poder os novos 
ditadores que se proliferam como piolhos na América Latina. 
 
Governo Autoritário não suporta jornalismo. Os aristocratas gostam mesmo é 
de propaganda partidária, disfarçada de informe jornalístico. Sabem os 
discípulos de Paul Joseph Goebbels, que basta repetir incessantemente 
informações travestidas de verdade para serem tidos como salvadores da 
pátria, redentores do povo e responsáveis por novos paradigmas históricos. 
 
Os filhos da aristocracia paraibana, salvo honrosas exceções, estão 
entorpecidos pelo poder. O ópio deles, quando não o próprio composto químico 
resultante da planta, também é se transformarem em funcionários públicos de 
alta patente, vereadores, depois prefeitos, aí sonham em serem governadores, 
senadores, deputados, etc. Não querem exercer a função pública para melhorar 
a vida das pessoas, mas usam o cargo para saciarem a sede voraz de 
exercerem sobre as pessoas um poder ditatorial. Para fazer isso é preciso antes 
de tudo amordaçar a mídia. 
 
A mídia paraibana está amordaçada. Sempre esteve, mas agora está um pouco 
mais, asfixiada num vórtice do tempo, que contrariando a ordem natural das 
coisas, criou o governador sem voto, o prefeito sem popularidade e a casa da 
notícia se transformou em sucursal do departamento de comunicação oficial. 
Onde estão às denúncias nos jornais, os dossiês mostrando os desvios de 
conduta e de dinheiro? Ninguém acompanha a tramitação de ações judiciais 
contra os governantes, nenhuma TV mostra o que realmente está acontecendo 
nos porões do poder? Transformou-se a mídia toda num imenso House Organ, 
onde a promessa virou coisa feita, a ordem de serviço em obra pronta e a 
falácia, na mais pura verdade. 
 
Quem se opõe a essa máquina partidária de fazer governos supostamente 
democráticos não tem vez. Estamos na República da Mediocridade. Do alto de 
seus paletós bradam os pequenos ditadores “fui eleito pelo povo, quem está 
contra mim está contra o povo” e dane-se a liberdade de imprensa. 
Manual do Bom Jornalista 23 
 
Liberdade fundamental de expressão que nunca esteve tão ameaçada, tanto 
aqui, como em toda a América Latina. Os venezuelanos, os colombianos e os 
peruanos têm os seus, e nós temos os nossos sempre ávidos por transformarem 
a imprensa num grande e imenso jornaleco chapa branca. 
 
Minha religião é a liberdade, portanto, não me calarei, não deixarei de 
denunciar os abusos cometidos pelos Bobos das Côrtes, pelos Reizinhos e pelos 
seus bajuladores. Ao Bobo da Côrte um conselho: Vá tomar banho, pois suas 
vestes fedem, sua boca fede e suas idéias estão podres, como podre é o regime 
ditatorial que você defende. 
 
Quanto gastou o governo da Paraíba com jornais, rádios, tv’s e portais de 
notícias em 2009? Mais de R$ 6 milhões 676 mil 623 reais e 68 centavos, 
foram pagos para veículos de comunicação e agências de publicidade. Isso 
equivale a todo o orçamento da cultura no ano passado. Dados do TCE. 
 
Quanto gastou o governo municipal de Campina Grande com jornais, rádios, 
tv’s e portais de notícias em 2009? Mais de R$ 2 milhões 026 mil 932 reais e 91 
centavos. Os gastos com saúde foram menores R$ 1.196.571,42, com 
Agricultura, Ciência e Tecnologia, Cultura, Desporto e Lazer, Direito e 
Cidadania, Gestão Ambiental, Habitação e Previdência Social, somados R$ 
1.003.839,90, não atingiram o gasto com mídia. Dados do TCE. 
 
Da próxima vez que ouvir uma notícia enaltecendo um governante pense 
assim: “Sou eu que estou pagando para esse cara aparecer bem na foto!”. 
Quando ouvir um jornalista amenizando o grande erro cometido pelo 
governante, pense: "Quanto será que ele ganha para fazer isso?". Se quiser 
descobrir, basta pesquisar, mas vou logo avisando que é difícil, pois esses 
gastos estão disfarçados, em nomes insuspeitos, CNPJ's obscuros e transações 
medonhas que fraudam o estado de direito e é óbvio, a Lei das Licitações. 
 
Manual do Bom Jornalista 24 
A DECISÃO DO STF É IRRECORRÍVEL: LIBERDADE DE EXPRESSÃO DOS NÃO 
DIPLOMADOS É CONQUISTADA NO BRASIL 
 
No primeiro mundo não existe exigência de diploma de jornalista para o 
repórter, comentarista, produtor, apresentador, colunista ou editor. Silio 
Bocanera manifestou-se de Londres dizendo que na Inglaterra não existe tal 
exigência para o exercício da profissão e ele, pessoalmente, é contra que para o 
exercício da profissão de jornalista, seja necessário o diploma em jornalismo ou 
em comunicação social. 
Também nos Estados Unidos não existe a exigência para o exercício da 
profissão de comunicador social ou de jornalista. Existem centenas de cursos 
de graduação em jornalismo e em comunicação social por lá e a grande maioria 
- cerca de 80% dos jornalistas na mídia americana - são graduados em 
jornalismo e em comunicação social. 
Aos que não leram a verdadeira história do Brasil, resta lembrar que quando a 
profissão foi regulamentada pelo regime militar implantado em 1964 o foi, 
exatamente, para afastar das redações a intelectualidade que se manifestava 
contra o regime dos militares e, por extensão, obter melhor controle dos 
jornalistas através da exigência do registro do diploma no Ministério do 
Trabalho. 
A profissão do jornalista é ser intelectual. Não há como escrever, ler e falar 
sem ser intelectual. As habilidades de escrita, leitura e oratória devem ser 
objeto de ensino desde o fundamental. É necessário fomentar a criação de 
jornais nas escolas, escrito pelos estudantes. É com a divulgação das 
informações de interesse público que cresce a sociedade. Aqueles que por 
talento e vocação, entenderem que precisam se aprofundar no estudo da 
comunicação social, devem buscar a formação superior, ou não, caso não 
sintam tal necessidade. 
Uma coisa é certa: A decisão do STF é irrecorrível. 
O fundamento da decisão judicial interpretativa da Constituição Federal no 
que tange à profissão de jornalismo foi tão somente a de que a 
regulamentação, conforme estabelecida, ofendia as disposições pétreas 
constitucionais que garantem amplo direito à manifestação de opinião e de 
obtenção de informação. 
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes disse que não há 
possibilidade de o Congresso reverter a decisão do órgão de acabar com a 
exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. "Não há 
possibilidade de o Congresso regular isso, porque a matéria decorre de uma 
interpretação do texto constitucional", disse. 
Não sou contrario a formação superior em jornalismo e sim, contrário a 
OBRIGATORIEDADE do diploma para o exercício da profissão de jornalista. A 
exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo é um anacronismo e 
atenta contras as Liberdades de Expressão e de Imprensa asseguradas pela 
Manual do Bom Jornalista 25 
Constituição. Não se trata de comparar jornalista com médico, advogado ou 
cozinheiro. A liberdade de expressão é um direito do Homem e não pode ser 
objeto de corporativismo. 
O Decreto-Lei nº 972, de 17 de outubro de 1969 era arbitrário, filho da 
Ditadura Militar, bem como um entulho autoritário a liberdade do cidadão. 
Não representava a vontade do Poder Legislativo (Congresso Federal), não 
representava a vontade do Poder Executivo (Presidência da República) e sim a 
vontade de um domínio anti-democrático, ou seja o Decreto-Lei 972/69 foi 
editado sob Constancia do regime militar, por Juntar Militar formada pelos 
Ministros da Marinha, do Exercito e da Aeronáutica que no uso de suas 
atribuições que lhes conferiam o Ato Institucional nº 5, de 13/12/1968 queteve 
o reitor da Universidade de São Paulo, Luiz Antônio da Gama e Silva, o 
Gaminha, futuro ministro de Justiça do general Costa e Silva como redator. 
Em meio ao debate, vale dizer que para bons jornalistas há sempre emprego e 
que não existe obrigatoriedade de diploma nos Estados Unidos, na Alemanha, 
Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, China, Colômbia, Dinamarca 
Espanha, Inglaterra, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, 
Itália, Japão, Luxemburgo, Peru, Polônia, Reino Unido, Suécia, Suíça e em 
vários outros países. 
 
Manual do Bom Jornalista 26 
 
NÃO REELEJA NINGUÉM: OU RESTAURAMOS A MORALIDADE OU VAMOS NOS 
LOCUPLETAR TODOS. 
 
Eu sei que em time que está ganhando não se mexe. Que 35.040 horas de 
mandato pode ser pouco. É óbvio que as políticas públicas bem sucedidas 
devem ter continuidade. Não há dúvida que a estabilidade é mais confortável 
que a mudança. Mas não foi assim que tudo começou! 
A reeleição para cargos do Poder Executivo entrou em vigência no país em 
1998, após a aprovação da emenda constitucional n° 16, de 4 de julho de 1997. 
Com a mudança, promovida durante o governo do então presidente Fernando 
Henrique Cardoso, o político disputou e venceu o pleito de outubro de 1998, 
tornando-se o terceiro presidente da República a se reeleger no país, depois de 
Rodrigues Alves e Getúlio Vargas, e o primeiro reeleito no chamado modelo 
americano, com dois mandatos consecutivos. 
O principal argumento em defesa da reeleição se baseia na racionalidade do 
eleitor. Em um ambiente no qual o voto é obrigatório, pode-se supor que o 
efeito da chamada ignorância racional seja minimizado. Através do exercício 
do voto, o eleitor pode premiar a boa administração com a continuidade por 
mais um mandato ou, da mesma forma, punir a má administração através da 
negativa nas urnas. Na prática a ignorância racional tem vencido nas urnas. 
Em disputas entre dois candidatos, o voto individual possui um efeito 
negligível 
em termos de decisão da eleição. Sabendo disto, os eleitores não se informam 
de maneira racional – no sentido de minimizarem custos nesta busca por 
informações – e permanecem “racionalmente ignorantes”. Isso não significa 
que eles não votem em um dos candidatos, mas significa que outros fatores 
(como a ideologia ou o jingle da campanha) sejam mais fortes em sua escolha 
do que os projetos dos candidatos, por exemplo. Por outro lado, pode-se 
imaginar que a competição partidária seja, em si, um bom mecanismo de 
incentivo à 
minimização desta ignorância. Isto porque os próprios partidos podem buscar 
informar os eleitores de suas propostas. 
A PEC do Terceiro Mandato obteve mais assinaturas do que necessitava e 
começou a tramitar na Câmara Federal. 176 deputados assinaram a proposta, 
entre eles, Vital do Rêgo Filho, Marcondes Gadelha, Wilson Santiago, Damião 
Feliciano, Wellington Roberto e Armando Abílio. “Assinei apenas para 
levantar o debate, não acredito que haja tempo para votar até setembro.”, me 
disse Abílio. 
O problema é que não se trata apenas de mais um mandato para Luís Inácio, 
também haverá mais um mandato, se assim o quiserem, para Ricardo 
Coutinho, Veneziano Vital do Rêgo e José Maranhão. Também abre janela 
Manual do Bom Jornalista 27 
para outros tantos prefeitos de pequenas cidades controladas a mão de ferro, 
no esquema do curral eleitoral. 
A PEC 373/09 abre janela para 3 mandatos sucessivos, mas determina a 
realização de um referendo para legalizar a medida, que seria realizado no dia 
13 de setembro de 2009. Numa enquete realizada pela Rádio Campina FM nas 
ruas de Campina Grande, a maioria absoluta dos eleitores mostrou disposição 
em dizer sim a um terceiro mandato. 
Para quebrar essa lógica de 12 anos de Luís Inácio no Palácio do Planalto, 
uma questão levantada em entrevista que me concedeu recentemente o juiz 
Antônio Silveira Neto, presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba, 
questionou a legalidade de mudança no § 5º do artigo 14 da Carta Política, 
ocorrer por Proposta de Emenda Constitucional. Ele lembrou que tal alteração, 
segundo alguns juristas, só é possível após convocação de uma nova 
Constituinte. A questão nunca chegou a ser avaliada em sua profundidade, ou 
seja, no mérito, pelo STF, que poderá ainda, considerar inconstitucional a 
proposta, por ferir o princípio da alternância de poder. 
Não vejo nenhuma vantagem em terceiro mandato, nem muito menos em 
segundo. 35.040 horas são mais que suficientes para um projeto de governo 
sério. Boas políticas públicas são as que deixam de ser projeto e passam a ser 
processo, redundando em políticas de Estado e não de governo. Não há como 
impedir um governante de se abster da interferência no processo eleitoral, 
quando ele próprio é candidato, não há limite claro entre uso e abuso de poder 
político. Não à reeleição. O único jeito democrático de dar moralidade e 
dignidade ao Congresso Nacional, às Assembléias Legislativas, às Câmaras 
Municipais e aos governos Federal, Estadual e Municipal é a alternância de 
poder. Que venham as novas lideranças, que permaneçam os bons projetos, 
mas que se restaure a República. 
 
Manual do Bom Jornalista 28 
MANIPULAÇÃO DA MÍDIA 
 
Lista com as maiores manipulações da mídia da história recente do Brasil: 
 
1. Fazer todo mundo acreditar que o cometa Halley poderia ser visto a olho 
nú por todos os brasileiros e que isso ia mudar a vida de todo mundo; 
2. Realizar uma eleição indireta para presidente, manipulando o congresso 
nacional e a opinião pública através da mídia, fazendo todo mundo acreditar 
que se tratava de um processo de redemocratização do país; 
3. Roubar a poupança privada e a conta corrente das pessoas, fazendo todo 
mundo acreditar que se tratava de uma solução mágica para matar o "Dragão 
da Inflação"; 
4. Promover um golpe de estado durante a democracia, aumentando o 
mandato de um presidente através da reeleição, fazendo todo mundo acreditar 
que isso daria estabilidade política ao país; 
5. Mandar todos os cidadãos apagarem as luzes das suas casas para 
encobrir o fato de que o governo não teve competência para gerenciar o 
sistema elétrico do país; 
6. Dizer para a população que Lula iria desmontar o Plano Real, quando na 
verdade ele iria servir aos interesses dos banqueiros e especuladores 
internacionais, do mesmo jeito que fez FHC; 
7. Fazer todo mundo acreditar que temos uma democracia consolidada só 
porque temos eleições de 2 em 2 anos, e mesmo assim esse tipo de eleição cheia 
de vícios e deturpações, que precisa das Forças Armadas na rua. (Contribuição 
do cientista político Gilbergues Santos.) 
8. Entrevistar um desembargador perguntar se ele viu algum movimento 
onde todo mundo falava de compra de votos, pra ele dizer: "estive no bairro 
mais crítico e criticado nas emissoras de rádio e não ví nada. Tudo tranquilo, a 
democracia a olhos vistos, as baideirinhas em todas as casas". E o repórter 
muito bem a justiça fez valer a democracia. Ai eu finalmente depois de toda a 
minha vida, como gente entendido de mundo, cheguei ao porque da "venda no 
rosto da estátua da justiça". 
 
Manual do Bom Jornalista 29 
CHECK LIST ELEITORAL 
 
Tenho algumas manias pessoais. Uma delas é fazer uma lista de checagem ao 
sair de determinado lugar, ao sair de casa, ao sair de um processo qualquer, ao 
concluir um projeto. É um hábito saudável para evitar que algo seja esquecido, 
servindo também para aperfeiçoar as ações, de quem como eu, vive sob o signo 
da renovação periódica. 
 
Vamos então ao check list eleitoral. O que não devemos esquecer?: 
 
1. Revisar a legislação eleitoral, aplicar regras claras para todos os 
candidatos em todas as cidades; 
2. Definir o que é ficha-suja e o que não é; 
3. Estabelecer os limites da atuação da mídia eletrônica, sem censurar a 
divulgação de informações vitais para o eleitor tomar a sua decisão de voto; 
4. Criar mecanismos eficientes de controle para que a justiça eleitoral possa 
barrar a compra de votos às vesperas da votação; 
5.Aumentar exponencialmente o número de fiscais da justiça eleitoral, que 
precisam atuar como polícia judiciária; 
6. Não convocar tropas federais para aterrorizar a população e criar 
factóides políticos; 
7. Acabar com essa história de "Festa da Democracia" e admitir que as 
eleições são oportunidades de acirramento dos ânimos políticos na disputa pelo 
poder; 
8. Impedir o financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas 
privadas com interesse explícito na continuidade de governos com candidatos à 
reeleição. A relação dessas empresas com o poder público abre brecha para 
ações imorais, que não são consideradas ilegais; 
9. Equipar o poder judiciário com uma estrutura capaz de barrar a 
litigância de má fé dos batalhões de advogados contratados pelos grandes 
partidos, que acabam por ocupar desnecessariamente os juízes afim de evitar 
que eles possam punir os crimes eleitorais; e, 
10. Manter as campanhas de esclarecimento do eleitor para além do processo 
eleitoral propriamente dito, com o poder judiciário promovendo eventos e 
abrindo debates sobre como ocorre a transferência de poder na política 
brasileira. 
 
Manual do Bom Jornalista 30 
TODA A HISTÓRIA DA REPÚBLICA BRASILEIRA É UMA DEMONSTRAÇÃO DE 
COMO É FALSA A PROPAGANDA DE QUE VIVEMOS EM UMA DEMOCRACIA. 
 
A idéia é simples, vamos declarar estado de sítio durante as eleições 
municipais na Paraíba inteira. 
A constituição prevê que isso só deve ocorrer (art.146) sic: nos casos de ameaça 
a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade 
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
Existe ameaça a estabilidade institucional na Paraíba? Existe ameaça similar 
em Campina Grande, ou em qualquer município paraibano? Estão as forças 
estaduais de segurança agindo sistematicamente para prejudicar algum 
candidato? Existem provas reais de que isso esteja acontecendo? 
O pedido de intervenção federal no sistema de segurança pública estadual 
funciona como um factóide, ou seja, a criação de um fato inexistente, para por 
medo no eleitor. Um soldado armado com pistola automática e um FN Fuzil 
Automático Leve (FAL) põe medo em qualquer um. Eles são treinados para 
obedecer cegamente as ordens dos seus comandantes, são treinados em tiro 
mortal, diferente dos policiais que perdem pontos nos estandes de tiros quando 
acertam órgãos que podem ser letais, os garotos da farda verde oliva ganham 
pontos quando com um só tiro atingem esses mesmos órgãos. O treinamento 
do exército é para atuação em guerras e/ou ações humanitárias em zona de 
guerra, não está no currículo controlar manifestações políticas legítimas 
durante o embate eleitoral. 
Que democracia é essa a nossa que o exército tem que ser convocado para 
supostamente restabelecer a ordem institucional? Entendo a necessidade de 
tropas federais nas eleições no Afeganistão e no Iraque, mas por que isso é 
necessário após mais de 20 anos de democracia no nosso País? A quem serve 
essa decisão? 
Toda a história da república brasileira é uma demonstração de como é falsa a 
propaganda de que vivemos em uma democracia. 
Assim como nos longos momentos de ditadura fascista declarada, os períodos 
"democráticos" foram todos caracterizados pelas mesmas políticas que, de 
modo sofisticado ou não, têm colocado a nação brasileira sob as garras do 
imperialismo e o povo sob a mais infamante ditadura da burguesia. 
Chega de exército nas ruas! 
Vale lembrar que o FN - FAL utilizado pelos soldados tem o dobro da energia 
da munição do AR-15. Isso sem mencionar que ele é 100% automático, 
enquanto o AR-15 não é. 
Fuzil de assalto automático e semi-automático. É o fuzil de assalto padrão do 
exército brasileiro. Essa enorme arma tem um poder de fogo que poucos fuzis 
no mundo possuem. Seu calibre é 7,62 x 51 mm, também chamado de "7,62 
longo" provoca ferimentos gravíssimos. Só perde o título de fuzil de assalto 
mais "pesado" do mundo para o HK G3. É extremamente usado pelo 
Manual do Bom Jornalista 31 
narcotráfico por intimidar a polícia apenas com o som de seu disparo. Seu 
"StoppingPower" (poder de parada com apenas um tiro) é de 100% na maioria 
das vezes. 
A quem interessa pessoas com essas armas protegendo urnas e impedindo 
manifestações políticas legítimas dos eleitores? 
Diga não ao FN - FAL ou institua-se o estado de sítios durante as eleições e 
vamos assumir que ainda somos uma República de Bananas. 
 
Manual do Bom Jornalista 32 
APARTHEID TECNOLÓGICO SEPARA OS CIDADÃOS NA FILA DO CAIXA 
ELETRÔNICO 
 
 
Eram por volta das 8 horas da manhã de uma segunda-feira, final de mês, 
agência do Banco do Brasil em Solânea, no Brejo Paraíbano. A cena se repete 
todos os meses segundo os que são obrigado a enfrentar a via crucis rumo ao 
banco para retirar o benefício social distribuído pela Previdência. 
Senhores e senhoras, com mais de 80 anos, numa fila única para acessar um 
caixa eletrônico. Observei a cena dantesca que contrasta com a propaganda 
oficial da previdência e também da instituição financeira. Os aposentados 
viram reféns do analfabetismo tecnológico, obrigados a enfrentar uma fila para 
um caixa único. Dos 8 que existiam na bateria, apenas 1 estava disponível 
para saques, onde se acotovelavam jovens, adultos, crianças e idosos. 
Na frente do caixa eletrônico nenhum funcionário do banco fornecia 
informações aos idosos que se espremiam na fila. Cerca de 90 minutos para 
atendimento em média. 
A senhora ao meu lado, Dona Maria, 84 anos, disse que não sabia operar o 
caixa eletrônico. Mensalmente comparecia ao banco e fornecia seu cartão e sua 
senha para um rapaz que se apresentava como intermediário informal, entre 
aqueles que não sabem operar o sistema operacional do caixa e o banco. 
Na verdade os bancos nunca lucraram tanto quanto como agora. 
O Banco do Brasil registrou no terceiro trimestre lucro líquido de R$ 1,979 
bilhão, crescimento de 6% ante igual período do ano passado. Esse resultado 
corresponde a um retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (PL) de 
26,2%, ante 30,5% registrado em igual período do ano passado. 
Desconsiderando os efeitos extraordinários, o lucro recorrente chegou a R$ 
1,764 bilhão, crescimento de 2,2%, o que corresponde a um retorno sobre o PL 
de 23,1%, ante 33,6% no terceiro trimestre de 2008. O BB considerou como 
extraordinário no trimestre a opção de lote suplementar da VisaNet, de R$ 209 
milhões; a alienação parcial do restante da participação na Visa Inc, 
totalizando R$ 141 milhões; a cessão de créditos baixados, gerando receitas de 
R$ 119 milhões e despesas de demandas cíveis, de R$ 84 milhões. 
Nos nove primeiros meses de 2009, o lucro líquido atingiu R$ 5,992 bilhões, o 
que indica avanço de 2,29% sobre o período de janeiro a setembro do ano 
passado. Esse resultado equivale a um retorno sobre o PL de 25,9%, ante 31% 
em igual período de 2008. O lucro recorrente no período foi de R$ 5,014 
bilhões, queda de 0,89%, com um retorno sobre o PL caindo de 26,7% para 
21,6%. 
Apesar dos números extraordinários, os cidadãos, são tratados como se não 
fossem importantes pela instituição financeira. E de fato não são. 
Para colocar um funcionário que atendesse a demanda das pessoas sem 
conhecimento para operar um caixa eletrônico, o banco teria que investir na 
Manual do Bom Jornalista 33 
qualidade do seu atendimento, o que não parece ser interessante. O 
investimento é feito no marketing institucional, vendendo a imagem que não 
se pode observar na agência, num total desrespeito por idosos, gestantes e 
mulheres com crianças de colo. 
O que observei na agência de Solânea infelizmente não é exceção. É regra. A 
regra do tratamento VIP para as grandes contas e do “se vire” para idosos. 
 
Manual do Bom Jornalista 34 
DIÁRIO DE UM REPÓRTER NA VISITA PRESIDENCIAL 
 
Acordei no dia 28 de julho de 2009 para cumprir a missão de cobrir 
jornalisticamente a visita presidencial do Sr. Luis Inácio Lula da Silva à 
cidade de Campina Grande. 
Na tarde anterior, participeide uma coletiva de imprensa, onde a assessora 
presidencial, Patrícia Lindem, detalhou o roteiro da visita. Ela disse que o 
presidente chegaria ao aeroporto às 10h30 e que não adiantaria a imprensa 
esperá-lo no João Suassuna, porque após o pouso do avião a comitiva seguiria 
imediatamente para o IFPB. Patrícia Lindem, mentiu para mim e para meus 
colegas que se deram ao trabalho de ir àquela coletiva. Mentiu e nos enganou. 
Pois fui instado a credenciar-me, apresentar documentos, fotos 3x4, que de 
nada serviram, pois o acesso que tive ao presidente foi menor que o dispensado 
a quem nem sabe o que é credenciamento de imprensa. 
Organizei a equipe de radiojornalismo da Campina FM, de forma que 
pudéssemos dar toda a repercussão que merece a vinda do presidente à cidade, 
mas estava sem a informação crucial da agenda. A visita do petista visava 
apenas à satisfação de interesses político-eleitorais e seu contato com a mídia 
se resumiria a falar com os jornalistas “chapa branca”, que trabalham para o 
rádio oficial do estado. 
Equipe a postos. Fui ao aeroporto, mesmo sabendo que o presidente não 
falaria, pois não havia entrevista coletiva prevista, pois era possível 
entrevistar alguma fonte importante, dentre os aliados do governo que iriam 
esperá-lo. Entrevistei o senador Roberto Cavalcanti, que me disse de sua 
intenção de não mais concorrer ao cargo que assumiu após a vacância 
determinada pela renúncia de José Maranhão. 
Ao chegar ao local, percebi que a minha credencial não tinha valor nenhum, 
pois fui impedido de acessar áreas do aeroporto, às quais, só era facultado 
acesso aos jornalistas que trabalham para o órgão oficial do governo estadual. 
Para impedir que qualquer outro jornalista tivesse acesso, havia seguranças e 
o deputado federal Vital do Rêgo Filho, que articulava com os jornalistas 
governistas o que seria a maior demonstração de desrespeito com a imprensa 
que eu já tive a oportunidade de acompanhar, após o processo de 
redemocratização. 
Não entendi quais foram os motivos que levaram o presidente Lula, que já 
tentou expulsar um jornalista do país por dizer que ele era um bebedor 
contumaz de álcool, que revelou não ler jornais para não sentir indisposição 
estomacal, que critica a liberdade de imprensa, que já tentou criar um 
Conselho Nacional de Imprensa, para cadastrar e controlar a atividade 
jornalística, a escolher a Rádio Correio como privilegiada, em detrimento dos 
demais veículos de comunicação. 
Só existem duas explicações: 1ª O presidente tem medo de falar com a 
imprensa livre, que poderia lhe fazer alguma pergunta constrangedora. 2ª O 
Manual do Bom Jornalista 35 
presidente fez um favor político ao senador Roberto Cavalcanti, proprietário 
da emissora. 
Mesmo diante de um flagrante desrespeito, com tratamento privilegiado a um 
órgão de comunicação em prejuízo dos demais, fui até o IFPB, acompanhar a 
inauguração de uma obra que já está em pleno funcionamento há muito 
tempo. 
Disputei com uma multidão a entrada no evento. Havia uma porteira, com um 
detector de metais, por onde todos deveriam passar. Lá estávamos nós, 
secretários municipais, vereadores, uma senhora com uma criança de colo 
chorando, todos se acotovelando para passar pelo controle da segurança. Em 
nenhum momento me pediram nenhuma identificação, ou seja, a credencial 
que me foi dada de nada serviu para que pudesse fazer o meu trabalho. 
Patrícia Lindem, mentiu para mim, mas também mentiu para toda a 
imprensa paraibana. Poderia ter poupado todo mundo disso simplesmente 
dizendo que a imprensa local deveria fazer a cobertura pela NBR e pelo 
Sistema Correio de Comunicação. 
A API não comentou, a ACI também não, os sindicatos das categorias da mídia 
também não. A ASSERP, eu soube, vai enviar uma nota de protesto para 
Franklin Martins. Eu, não atendo mais a esses chamados. Ficarei na redação, 
cobrindo o evento pela NBR. 
A atitude de Lula foi antidemocrática, desrespeitosa e medíocre. Nada novo 
para quem queria implantar no país a ditadura do proletariado. Figueiredo 
tratava mal os jornalistas, mas pelo menos falava com eles. A atitude do 
presidente só encontra paralelo com Costa e Silva. Rasguei a credencial que 
me foi dada e entreguei a assessoria do presidente. 
Bem feito, deveria ter me lembrado da primeira grande lição de jornalismo que 
aprendi com Fernando Vieira de Melo: “Político só deve ser notícia quando 
paga ou quando morre!”. Quanto pagou Lula à emissora para dar-lhe 
exclusividade? 
 
Manual do Bom Jornalista 36 
PARTIDO DO NÃO NEGOCIO COM A OPOSIÇÃO – PNNO – PARTE I 
 
 
Infelizmente em nosso Estado da Paraíba as negociações se exaurem mais 
rapidamente que éter ao ar livre. Aqui em Campina Grande o sindicalista 
Napoleão Maracajá, presidente do sindicato dos funcionários públicos da 
Prefeitura de Campina Grande diz: ”O Sintab chegou ao seu limite”. Doutro 
lado, o chefe de Gabinete do prefeito, Hermano Nepomuceno: “A PMCG chegou 
ao seu limite”. Isso após apenas 20 dias de greve dos servidores, que pedem 
aumento de 12% nos seus vencimentos. 
Em João Pessoa, o governo do Estado pede aprovação de um empréstimo. O 
secretário de Finanças, Marcus Ubiratan, aponta perdas de R$ 175 milhões no 
FPE, mas o site do ministério da Fazenda, mostra que essas perdas, nos 5 
primeiros meses do ano não ultrapassam R$ 44 milhões. O secretário ameaça 
parar obras e atrasar salários, caso o empréstimo não seja aprovado. Os 
deputados reagem, e o líder da oposição, Manoel Ludgério, promete fechar 
questão e impedir o empréstimo. 
Esses são apenas casos recentes dos impasses sem fim sobre os quais repousa 
a anti-diplomática política paraibana, controlada por famílias, que formam 
grupos, que se confundem ideologicamente numa grande massa fisiológica e 
amorfa, que vou acunhar de Partido do Não Negocio com a Oposição – PNNO. 
Os mais óbvios princípios diplomáticos são esquecidos, como se o conflito fosse 
o objetivo final e não um impasse a ser superado na busca por um 
entendimento. 
Realmente falta aos nossos políticos relé psicossocial. O relé é um dispositivo 
que interrompe um circuito, quando a tensão aumenta, evitando danos 
irreparáveis ao sistema como um todo. Ao não adotarem um relé psicossocial 
em suas negociações, os políticos paraibanos explodem na primeira negociação, 
impedem o andamento das discussões e explodem o circuito. 
Até aí tudo bem, mas o problema é que nós é que estamos do outro lado do 
circuito. E somos nós, sociedade civil desorganizada que recebemos a descarga 
elétrica das decisões incorretas, dos decretos impensados, das leis reprovadas, 
dos vetos mantidos, dos empréstimos rejeitados. 
A quem servem os políticos paraibanos, à sociedade? Eles conhecem 
profundamente os interesses permanentes do Estado e do povo aos quais 
servem; têm absolutamente claros quais são os grandes princípios de atuação 
do Estado a serviço do qual se encontram. 
O político (governador, deputado, secretário, prefeito, vereador) é um agente 
do Estado e, ainda que ele deva obediência ao governo ao qual serve, deve ter 
absoluta consciência de que o Estado e o Município têm interesses mais 
permanentes e mais fundamentais do que, por vezes, orientações 
momentâneas de uma determinada administração, que pode estar guiada por 
considerações “partidárias” de reduzido escopo estadual ou municipal. 
Manual do Bom Jornalista 37 
Em resumo, queremos na Paraíba políticos que não sejam subservientes ao 
poder político, que, como tudo mais, é passageiro, mas procure inserir uma 
determinada ação particular no contexto mais geral dos interesses estaduais. 
 
Manual do Bom Jornalista 38 
NOSSA SORTE É QUE O CRIME NA PARAÍBA AINDA É DESORGANIZADO. 
 
Eu quero me sentir seguro, ou quero estar seguro mesmo sem me sentir. Como 
me sentir seguro em Campina Grande? 
O cidadão comum já percebeu que a criminalidade na Rainha da Borborema 
aumentou, mas ao reclamar dos serviços de segurança o contribuinte é 
confundido com o eleitor e não raramente tem seu pedido ou suadenúncia 
desqualificada, pelo argumento partidarizado, pela falácia governamental de 
que a violência está aumentando em todo o lugar do mundo, em todo o Brasil e 
também não seria diferente em Campina Grande. 
Mas há um dado objetivo. 
Veja no mapa abaixo o Mapa da Violência na Paraíba, extraído da pesquisa 
coordenada pelo Dr. Julio Jacobo Waiselfisz e financiada pelo Ministério da 
Justiça com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde. 
Os municípios em verde mais escuro, são os que registram índices de 
homicídios em relação a população muito acima do registrado no resto do País. 
Em Campina Grande ocorre um fator que precisa ser melhor estudado pelas 
autoridades locais, deixando de ser tratado como fenômeno comum e passando 
a merecer a atenção devida e medidas emergenciais, bem como planejamentos 
estratégicos de médio e longo prazos. 
Ao contrário do que ocorreu na maioria dos municípios brasileiros após a Lei 
do Desarmamento, em Campina Grande o número de homicídios aumentou, 
numa curva ascendente, tendo taxa de mortes violentas entre jovens de 37,7, 
semelhante a municípios muito maiores como Feira de Santana (35,5), na 
Bahia, que tem uma população superior a 600 milhões de habitantes. 
O pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, não aponta a solução para o problema, 
não faz um diagnóstico da situação, mas revela dados que as autoridades 
fazem questão de esconder, esforçam-se para minimizar, desacreditar, mas 
têm muita dificuldade de refutar, pois tratam-se de dados oficiais. 
Na entrevista que eu fiz com o pesquisador é possível entender em parte a 
problemática da violência urbana e rural, não só em Campina Grande, mas em 
toda a Paraíba, permitindo apenas uma conclusão, segurança nunca foi, não é 
e talvez nunca venha a ser a prioridade dos governadores paraibanos. Mãos ao 
alto e passe o seu título! 
Manual do Bom Jornalista 39 
 
 
EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS E O DIREITO A AMPLA DEFESA 
 
 
É importante destacar na abertura deste artigo que quem o escreve não é nem 
tem nenhuma formação jurídica. Escrevo apenas como observador, em relação 
aos casos diversos que acompanhei nesses 21 anos atuando como rádio-escuta, 
repórter, produtor, apresentador e editor, em rádios, jornais, revistas e 
televisão. 
Por que algumas decisões da justiça são tão demoradas ou simplesmente não 
têm eficácia, em suma, aquilo que foi decidido pelo juiz ou côrte, apesar de ser 
fato jurídico, carece de efeitos práticos objetivos, que levem ao cidadão a 
sensação que foi feita a justiça? Que de fato vivemos num estado de direito, 
onde todos estão sob o julgo da lei. 
O ex-governador Cássio, foi investigado durante 7 meses pelo Ministério 
Público Eleitoral da Paraíba, por ter cometido abuso de poder político e 
econômico e também conduta vedada a agente público, julgado pelo Tribunal 
Regional Eleitoral, condenado a perda de mandato e a inelegibilidade, além de 
multa. Recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral, conseguindo manter-se no 
cargo por mais de 2 anos, quando definitivamente, após avaliação dos 
embargos declaratórios do julgamento, foi afastado do Palácio da Redenção. A 
justiça eleitoral levou 26 meses para reparar o fato de não ter podido evitar o 
crime eleitoral cometido pelo ex-chefe do executivo estadual. 
O atual prefeito de Campina Grande, Veneziano, foi investigado por 20 meses 
pelo Ministério Público Eleitoral, por ter usado recursos públicos, do Fundo 
Municipal de Saúde, para financiar gastos de campanha. Condenado pelo juiz 
Francisco Antunes da 16ª Zona Eleitoral a perda de mandato, recorreu ao 
Tribunal Regional Eleitoral e conseguiu liminar em Ação Cautelar que lhe 
garante permanecer no cargo, por até 6 meses, segundo a acusação e talvez até 
o fim do mandato como defendeu o vereador petista Perón Japiassu. 
Os juízes citam juristas, jurisprudências e súmulas para justificarem as 
decisões que tiram a eficácia das sentenças no âmbito da justiça eleitoral. O 
Manoel Monteiro, desembargador do T.R.E. citou o renomado Vicente Greco 
Filho, para argumentar em sua decisão “o poder geral de cautela atua como 
poder integrativo de eficácia global da atividade jurisdicional. Se esta tem por 
finalidade declarar o direito de que tem razão e satisfazer esse direito, deve 
ser dotada de instrumentos para a garantia do direito enquanto não 
definitivamente julgado e satisfeito.”. 
É estranho que o desembargador, ao mesmo tempo em que indica haver no 
processo provas mais que suficientes para que a decisão do juiz seja 
respeitada, conforme transcrevo; “O mérito da ação principal fundamenta-se 
no extenso acervo probatório constante da decisão do Juiz de primeiro grau 
Manual do Bom Jornalista 40 
sobre a eventual existência de desvio de verbas para financiamento de 
campanha por empresa que presta serviços ao Poder público municipal, 
através de terceiros doadores ou até mesmo oriunda de recursos públicos.” Age 
de forma a manter o governante no cargo, alegando a suposta normalidade 
jurídica. Mas qual foi a normalidade jurídica observada quando Cássio foi 
destituído e por fax o segundo colocado foi empossado no Tribunal Regional 
Eleitoral? Não pode também o ex-governador recorrer ao Supremo Tribunal 
Federal, onde poderia igualmente conseguir voltar ao cargo? 
Não é forçoso concluir que o amplo direito de defesa acaba por imprimir na 
sociedade a sensação de impunidade, de que vale a pena não cumprir a 
legislação eleitoral, mesmo correndo o risco de cassação, já que uma decisão 
definitiva demora até mais de dois anos. Ou seja, ao infrator o prêmio de 
governar meio mandato, até que todas as formas possíveis de procrastinar a 
decisão final sejam usadas? 
Cega, surda, muda e paraplégica a justiça eleitoral que não dá eficácia as suas 
decisões. Perde o povo, perde a democracia, perde também a liberdade, que é o 
bem maior do estado de direito. Perdemos todos. 
Manual do Bom Jornalista 41 
7 EM CADA 3 ELEITORES PARAIBANOS SÃO ANALFABETOS FUNCIONAIS. 
 
O Indicador de Alfabetismo Funcional mede os níveis de analfabetismo 
funcional na população brasileira entre 15 e 64 anos, dividindo em quatro 
níveis: analfabetismo, alfabetismo rudimentar, alfabetismo básico e 
alfabetismo pleno. São considerados analfabetos funcionais aqueles que se 
encaixam nas duas primeiras categorias. 
Analfabeto funcional é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a 
capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, 
sentenças e textos curtos e os números, não desenvolve a habilidade de 
interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas. 
Também é definido como analfabeto funcional o individuo maior de quinze 
anos e que possui escolaridade inferior a quatro anos. 
Pois bem, o TRE-PB classificou o perfil do eleitorado paraibano. 12% são 
analfabetos, 28% possuem analfabetismo rudimentar e 30% possuem ensino 
fundamental incompleto, ou seja, são capazes de escrever o nome e uma carta 
para a mãe, mas não conseguem compreender textos, interpretá-los e analisá-
los. 
A maioria decide na democracia. E no nosso caso a maioria é formada por 
pessoas que não lêem jornal, revistas ou acessar portais de internet com 
informações políticas e eleitorais. Está aí a explicação para o que as vezes não 
parece óbvio, a classe política paraibana é o reflexo de um eleitorado que não 
sabe interpretar discursos, não tem condições de entender o funcionamento do 
Estado e muito menos percebe a necessidade de ética na gestão pública. 
A Paraíba está condenada a passar os próximos 10 anos imersa neste lamaçal 
de estupidez, isso se a partir de hoje, o atual governador e os prefeitos 
municipais passarem a investir fortemente em educação infantil e ensino 
fundamental. Como isso não vai acontecer, teremos pelo menos 15 há 20 anos 
de eleitores analfabetos elegendo neo-coronéis midiáticos. 
Para se ter uma idéia do parâmetro, cerca de 28% da população brasileira 
ainda pode ser classificada como analfabeta funcional, enquanto somente 25% 
dominam plenamente o uso da língua. 
Os dadosapontam que houve uma melhora no índice de analfabetismo 
funcional. O Brasil tinha, em 2007, 34% de pessoas nessa condição, sendo que 
9% eram considerados analfabetos e 25% tinham habilidades rudimentares de 
leitura e escrita. Em 2009, o percentual de analfabetos funcionais caiu para 
28% - 21% possuem nível de alfabetização rudimentar e 7% são analfabetos. 
A Paraíba permanece sendo o último vagão da locomotiva Brasil. 
Manual do Bom Jornalista 42 
SOBRE O AUTOR 
 
Arquimedes de Castro é 
formado em Rádio e TV pela 
Faculdade Cásper Líbano e em 
Ciências Contábeis pela 
Universidade São Judas. 
 
E editor-chefe da Rádio 
Campina FM; Produz 
reportagens, apresenta 
programas jornalísticos e 
desenvolve debates nos 
noticiários: 
 
- Jornal Integração – Campina 
FM e Serra Branca FM” 
- Campina, Grande Notícia – Campina FM 
- Paraíba Agora – Rede Paraíba Sat – 20 emissoras. 
- Foi o principal executivo de mídia da De León Comunicações, assessorando 
clientes como: 
- IOB Thompson; 
- Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo; 
- Associação Nacional de Factoring; 
- Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário; 
- Associação de Defesa dos Contribuintes; 
- WS Factoring; 
- Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo. 
 
Apresentou e dirigiu programas em 6 emissoras AM e FM de São Paulo: 
 
- Rádio Tupi AM; Atual AM; Apolo FM; CBN-SP; Super Sucesso; impressa FM 
- Rede da Américan Sat para 45 emissoras do Brasil 
 
 
Foi sub-editor, redator e repórter do: 
 
- Mesário de Contabilidade; 
- Revista Brasileira de Planejamento Tributário; 
- Jornal Fecontesp 
- Revista Paulista de Contabilidade

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