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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Centro de Ciências da Saúde e Desporto Integrantes: Tomita João Pacheco João Campos Melquior Otávio Mikael Gil Caetano Ibrahim Alimentação Complementar AC / Abril 2015 Módulo Tucumã Curso: Bacharelado em Medicina 3º Período Alimentação complementar Qualquer alimento nutritivo diferente do leite humano oferecido à criança amamentada. Introdução da alimentação complementar na dieta Em torno de seis meses de idade Prejuízo a saúde se introduzido antes dos seis meses - Infecção intestinal - Crescimento Aumento de mortalidade em locais de higiene precária Diminuição da absorção de nutrientes do leite materno Importante evitar alimentes alergênicos no inicio Qualidade da alimentação complementar Para o crescimento saudável da criança o alimento deve ser adequado além de ser introduzido no momento oportuno Alimentação adequada: Rica em energia, proteínas e micronutrientes( particularmente ferro, zinco, cálcio e vitamina c ), isenta de contaminação, fácil de ser consumida(adequada para idade) Conteúdo calórico O requerimento total de energia para crianças é de aproximadamente : 615kcal/dia dos 6 aos 8 meses de idade; 686kcal/dia dos 9 aos 11 messes; 894kcal/dia dos 12 aos 23 meses. Conteúdo proteico A densidade recomendada é de 0,7g/100kcal dos 5 aos 24 meses, e deve ser recomendada em locais no qual há uma alimentação rica em carboidratos e pobre em proteínas; Importante o fornecimento de vegetais ricos em proteína. Conteúdo lipídico Recomenda-se que seja responsável por 30 a 45% da energia total; Importante para a absorção de outros micronutrientes; Importante a limitação do suplemento gorduroso na alimentação, a fim de evitar obesidade e futura doença cardíacas. Suplementação alimentar com ferro O ferro é um micronutriente de extrema importância na dieta humana. A sua carência leva à anemia, atraso no desenvolvimento psiconeuromotor, diminuição de imunidade celular e da capacidade fagocítica e bactericida dos neutrófilos, e principalmente à anemia. 8 O que é mais importante? Inserir alimentos ricos em ferro: Ovos, carne vermelha, feijão, lentilha, soja e vegetais verde escuros. Associação de alimentos ricos em vitamina C. Evitar chá, café e leite junto às refeições principais. Orientar a mãe. Quando a suplementação deve ser feita? Prematuros Baixo peso ao nascer (menor ou igual a 2,5 kg) Gêmeos Todas as crianças entre 6 meses e 5 anos Como fazer a suplementação? Vitaminas A criança alimentada exclusivamente por uma mãe bem nutrida não necessita de suplementação com vitaminas, com exceção da vitamina K (ofertada rotineiramente nas maternidades), e da vitamina D em situações selecionadas Vitamina A Vitamina lipossolúvel Origem animal ------------- retinóides Origem vegetal ------------- carotenóides 13 Crianças que recebem leite materno em concentrações adequadas de vit. A suprem facilmente suas necessidades com uma alimentação adequada. No entanto, em áreas endêmicas (região nordeste) de deficiência nessa vitamina, a alimentação complementar se torna essencial pois, possivelmente, sua concentração no leite materno é deficitária. Benefícios Visão – proteção da córnea Pele e Mucosas – mantem integridade e função Crescimento – proliferação celular e GH Antioxidante Vitamina D É um hormônio esteróide sintetizado a partir de um pró-esteróide que é produzido mediante à exposição direta da pele à luz do sol. A exposição direta, casual, da pele à luz do sol é o meio mais importante para atingir níveis suficientes da vitamina, sendo a ingestão dietetica importante em casos de produção endogena inadequada ou depleção das reservas. As fontes biologicamente normais em crianças amamentadas é o estoque pré-natal e a exposição ao sol. A exposição, por poucas horas, à luz do sol no verão produz vitamina D suficiente para evitar deficiência por vários meses. Bebês com pigmentação escura da pele podem requer de 3 à 6 vezes mais exposição ao sol para produzir a mesma quantidade de vitamina D. O leite humano contem relativamente pouca quantidade de vitamina D aproximadamente 26 UI/L. Fatores de risco para deficiência de Vitamina D Deficiência materna durante a gravidez Confinamento durante as horas de luz diurna Viver em altas latitudes Viver em áreas com prédios e poluição bloqueando a luz solar. Pigmentação cutânea escura Uso de protetor solar Variações sazonais Exposição ao chumbo Substituição do leite materno por alimentos pobres em cálcio ou que reduzem a absorção do cálcio. Em abril de 2003 a Associação Americana de Pediatria recomendou que todas as crianças americanas deveriam consumir no mínimo 200 UI de vitamina D por dia, sendo que crianças amamentadas deverias receber suplementação medicamentosa. Fatores controversos à suplementação Não há evidências conclusivas de que a suplementação não traga efeitos deletérios para o bebê, como: como a suplementação afeta a prevalência de raquitismo em bebês em risco. como essa suplementação afetaria crenças e comportamentos sobre aleitamento materno como a exposição direta do bebê ao sol influenciaria na possibilidade de desenvolver um câncer de pele durante a vida Custo proibitivos para países em desenvolvimento A quantidade solar mínima para prevenir a deficiência de vitamina D é de 30 min à 2 hrs semanais, com exposição somente da face e das mãos do bebê. Fibras Ajudam a regular o funcionamento do intestino Ajudam a regular o nível de gordura no sangue Se ingeridos em exagero podem afetar de forma negativa o balanço dos sais minerais, por haver eliminação excessiva nas fesez A Academia Americana de Pediatria recomenda a ingestão de 0,5 gr de fibras por quilo de peso por dia Quantidade e Frequência da alimentação complementar Oferecer pequenas quantidade de alimentos complementares - Aumentar gradativamente - OMS: 12 meses -> recebe 5x (3 refeições +2 lanches) - Infrequente: 5 vezes desde os 6 meses Evitar muitas refeições -> Diminuição da ingestão leite materno Quantidade energia (alimentos complementares) = Idade + Quantidade leite materno + Frequência Criança -> tende a rejeitar os novos alimentos -> 8-10 exposições IMPORTANTE: Freq de mamadas não deve ser afetada em função da alimentação complementar Frequência: densidade energética + quantidade de leite materno + tamanho da criança Densidade energética= quantidade calorias/peso (ou volume) Alimentos macios (amassados) sem diluir (líquido) 8 meses -> alimentação da família -> adequado para a criança -> repousar talher: evita ansiedade Antes ou depois das mamadas? Sem misturar muitos os alimentos -> dificuldade aprendizagem 90% crianças em estudos -> pelo menos 4X Prática de Higiene Metade episódios diarréicos -> alim compl transm doenças Contaminação Água Higiene pessoal Utensílios Estocagem inadequada Desfavoráveis (Temp e sem reaquecer) -> PATÓGENOS Práticas de Higiene Lavar as mãos Alimentos frescos Lavagem adequada Utensílios limpos Alimentos pereciveis na geladeira Consumo antes 2h Uganda: COPO (contagem bact) Fatores que facilitam / dificultam alimentação complementar adequada Menor quantidade de energia -> Déficit de crescimento Apetite/anorexia Variedade/monotonia Sabor/aroma Anorexia 2,2% primeiro mês -> 31,7% décimo segundo mês Doenças infecciosas, dietas monótonas, deficiencia de micronutrientes (Fe e Zn) e problemas emocionais Importante assistir e incentivar os horarios regulares das refeições Não deixar a criança esperar muito Não forçar, coagir Em casos de doenças: Horários mais flexíveis, maior frequência Alimentos prediletos Evitar desconforto ao deglutir Vitamina A (sarampo, diarréia, coqueluxe, IAR) Apetite acima do normal, na convalescença Proteínas Dieta variada Dieta brasileira é monotona 70% das calorias -> 5 a 8 produtos (de 6 a 12 meses de idade) Segundo ano –> 8 a 11 produtos Baixo consumo de frutas e legumes – Crianças menores de 2 anos Continuar oferecendo alimentos variados às crianças, mesmo após uma recusa inicial. Mães devem consumir os alimentos que oferecem à criança Oferecer primeiro alimentos com baixo teor de acúcar e de sal Tendência a alimentos calóricos Modificação leite materno Doce -> Salgado Alimentos complementares -> Colher e copo Evitar o uso de mamadeiras Fonte de infecção Diminuição do tempo de sucção das mamas Alteração da dinâmica oral 6 a 7 meses 8 a 12 meses > 12 meses Aleitamentomaterno livre Aleitamentomaterno livre Aleitamentomaterno livre 1 papa de frutasno meio da manhã 1 papa de frutasno meio da manhã 1 papa de frutasno meio da manhã 1 papa salgadano final da manhã 1 papa salgadano final da manhã 1 papa salgadano final da manhã 1 papa de frutas no meio da tarde 1 papa de frutas no meio da tarde 1 papa de frutas no meio da tarde Mais 2lanches ao dia, com frutas ou mingau Alimentação complementar para crianças que estão sendo amamentadas Grupos de alimentos e seus componentes Cereais e tubérculos Grãos Hortaliças e frutas Origemanimal Arroz, aipim, batata-doce,macarrão, batata, cará, farinhas e inhame Feijões, lentinha, ervilha-seca, soja e grão-de-bico Folhas verdes, laranja, abobora,banana, beterraba, abacate, quiabo, cenoura, mamão, melancia, tomate, manga, etc Frango, codorna,peixe, boi, ovos e vísceras (fígado, miúdos) Alimentação da criança não-amamentada Leite artificial Leite modificado Leite integral Não utilizar leite de vaca em menores de 12 meses Pobre em Fe e Zn Melena Anemia ferropriva Distúrbios hidroeletrolíticos Reações alérgicas à proteínas Quantidade inadequada de vitaminas e ácido linoléico Predisposição: obesidade, aterosclerose, catarata, dor abdominal recorrente Considerações finais. A alimentação complementar ótima não depende apenas da qualidade dos alimentos, mas também de como, quando, onde e por quem a criança está sendo alimentada; "Guia alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos" - publicado em 2002 10 passos para uma alimentação saudável. 39 1- Dar somente leite materno ate os 6 meses, sem água, chás ou qualquer outro alimento; 2- A partir dos 6 meses introduzir de forma lenta e gradual outras formas de alimento, mantendo o leite materno ate os 2 anos de idade ou mais; 3- Após 6 meses dar alimentos complementares ( tubérculos, carnes, cereais, leguminosas, frutas e legumes) 3x ao dia, se a criança receber leite materno e 5x ao dia se a criança for desmamada; 4- Alimentação complementar deve ser ofertada sem rigidez de horário, respeitando os horários da criança; sono, frio, calor, fraldas molhadas ou sujas, dor, necessidade de carinho 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o inicio e oferecida com a colher, começar com consistência pastosa( papas e purês), e gradativamente aumentar a consistência ate chegar a alimentação da família; 6- Oferecer a criança diferentes alimentos ao dia, uma alimentação variada é uma alimentação colorida; 7- Estimular o consumo diário de frutas e legumes durante as refeições; *ferro *vitaminas 8- Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes...... Nos primeiros anos de vida. Usar sal moderadamente; Açucar apenas após um ano de idade. Alimentos condimentados 9- Cuidar da higiene adequada dos alimentos no preparo e no manuseio, garantindo o seu armazenamento e conservação; alimentos frescos, maduros e em bom estado de conservação. nunca oferecer restos de uma refeição. lavar bem as mãos e os alimentos 10- Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. crianças doentes, têm menos apetite oferecer os alimentos de sua preferência e aumentar a oferta de líquidos. com pouco apetite oferecer um volume menor de alimentos por refeição e aumentar a freqüência de oferta de refeições ao dia Sentar-se ao lado, oferecer alimento com outra colher. Bibliografia Medicina Ambulatorial – Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências; 4ª Edição; Autor: Bruce B. Duncan; Maria Inês Schmidt; Elsa R. J. Giugliani; Michael Schmidt Duncan; Camila Giugliani. GIUGLIANE, E. R. J; Tópicos básicos em aleitamento materno: seção 8, Cap 1 p. 327-338 Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. – 2.ed. – Barueri, SP : Manole, 2010; Vieira GO, Almeida JAG. Leite materno como fator de proteção contra doenças do tubo digestivo. In: Silva LR, organizadora. Urgências clínicas e cirúrgicas em gastroenterologia e hepatologia pediátricas. Rio de Janeiro: MEDSI; 2004. p. 951-9; BALABAN, G; SILVA, G. A P; Efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade infantil. Jornal de Pediatria – Vol. 80, Nº1, 2004; MARQUES, R. F. S. V; LOPES, A. L; BRAGA, J. A. P; O crescimento de crianças alimentadas com leite materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. Jornal de Pediatria – Vol. 80, Nº2, 2004; Vieira, G.O; et all. Hábitos alimentares de crianças menores de 1 ano. Jornal de Pediatria – Vol. 80, Nº5, 2004; MARCONDES, E. et al. Pediatria Básica Tomo I, Pediatria Geral e Neonatal. 9 ed. São Paulo: Savier Editora de Livros Médicos, 2005. p.73-75; EUCLYDES, M. P. Nutrição do Lactente: base científica para uma alimentação saudável. 3 ed. Viçosa: s. e. 2005; GUYTON, C. A; HALL, E. A: Tratado Médico de Fisiologia – 11ª Ed. Rio de Janeiro ELSEVIER, 2006; FEFERBAUM, R; FALCÃO, M. C. Nutrição do Recém-nascido de Termo Normal. IN: BARROS, J. C. R.; FERRARI, V. P. M. (Ed.) Pediatria Neonatal: Nutrição do Recém-nascido. São Paulo, Rio de Janeiro Ribeirão Preto, Belo Horizonte: ATHENEU, 2003. Cap. 18, p. 229-234; PINHO, A. L. N. Prevenção e Tratamento das Fissuras Mamárias Baseadas em Evidências Científicas Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva – Disponível em: http://www.nescon.medicina.ufmg.br/_e_tratamento_das_fissuras_mamarias_baseadas_em_evidencias_cientificas__uma_revisao_integrativa_da_literatura/183 REA, F. M. Os Benefícios da Amamentação para a Saúde da Mulher – J Pediatr (Rio J). 2004;80(5 Supl):S142-S146.
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