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* CRIOTERAPIA Prof. Ulisses Camargo * Objetivos: Definição Histórico Entidade física Efeitos fisiológicos locais e sistêmicos Modalidades, Técnicas Indicações e contra-indicações frio * Definição CRIOTERAPIA Definição Crioterapia é a aplicação de qualquer substância ao corpo que resulta em remoção do calor corporal, diminuindo a temperatura dos tecidos. * Histórico CRIOTERAPIA Hipócrates A crioterapia é um método utilizado há mais de 200 anos para o tratamento de diversas patologias. Atualmente muito usada pela maioria dos fisioterapeutas nas clínicas de reabilitação, principalmente no tratamento de disfunções neurológicas e traumáticas. * Entidade física CRIOTERAPIA Crioterapia variação 0oC a18,3oC Frio é um estado relativo caracterizado pela diminuição de movimento molecular Respostas locais e sistêmicas MAGNITUDE Temperatura da modalidade Duração Superfície exposta MODALIDADES AUSÊNCIA DE CALOR CALOR Modalidade com maior capacidade de absorver calor, > será seu potencial para ↓ tº tecidual * - Efeitos Terapêuticos – Temperatura da pele deve cair para aproximadamente 13,8 ºC, para que ocorra a redução ideal do fluxo sangüíneo local e para cerca de 14,4 ºc para que ocorra analgesia. - A temperatura da pele e a temperatura intra-articular estão em co-relação moderada (a temperatura da pele deve estar no mínimo em 2,2 ºC, para ser transmitida para a articulação). - A temperatura intra-articular pode cair até 8,3 ºC durante a aplicação de bolsa no joelho. * Entidade física CRIOTERAPIA FATORES QUE DETERMINAM A CAPACIDADE DE UMA MODALIDADE DE FRIO EM ABSORVER CALOR Massa da modalidade Tamanho da área de contato Diferença da temperatura entre a modalidade e o tecido Distância através da qual a temperatura deve ser transferida (espessura do tecido) Duração necessária para a crio causar uma ↓7ºC intramuscular da coxa em diferentes espessuras de tecido adiposo (Otte; Merrick; Ingersoll; Cordova;:2002) Gordura (isolante) * Efeitos locais e sistêmicos CRIOTERAPIA 35ºC— 30ºC— 25ºC— 20ºC— 15ºC— 10ºC— 05ºC— I I I I I I I I I I I I I 0 10 20 30 40 50 60 minutos PELE SINOVIAL GORDURA INTRA-ARTICULAR ÓSSEA tº PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO DURANTE APLICAÇÃO DE BOLSA DE GELO, eletrodos implantados no joelho de um cão; BOCOBO et al. * Efeitos locais e sistêmicos CRIOTERAPIA Vasoconstrição metabolismo produção resíduos inflamação dor espasmo mm 0,2ºC HIPOTÁLAMO VASOCRONSTRIÇÃO REDUÇÃO FC e R TREMORES AUMENTO TÔNUS LOCAIS SISTÊMICOS * * Efeitos Sistêmicos Gerais da Exposição ao Frio - Se a temperatura do sangue circulante diminuí em 0,2 ºC, o hipotálamo responde iniciando vários efeitos sistêmicos: -Vasoconstrição geral em resposta ao esfriamento do hipotálamo posterior -Redução das freqüências respiratória e cardíaca -Tremores e aumento do tônus muscular (não ocorre durante a aplicação de bolsa de gelo) * CONSIDERAÇÕES GERAIS Se uma grande área for resfriada, o hipotálamo reflexamente induzirá tremedeira, produzindo calor para aumentar temperatura central Resfriamento de grande área causa vasoconstrição arterial em partes distantes do corpo, resultando em aumento da pressão sanguínea Tecido adiposo subcutâneo tem baixa condutividade térmica e necessita maior tempo de exposição para resfriar tecidos mais profundos Tempo longo de exposição pode ser prejudicial ao processo de cura/reparação * EFEITOS DA CRIOTERAPIA Os efeitos fisiológicos do frio: Diminuição da temperatura Diminuição do metabolismo Diminuição do fluxo circulatório Diminuição da excitabilidade Aumento da rigidez tecidual * Crioterapia - No espasmo muscular Diminui a dor, altera o limiar das terminações nervosas Diminui a sensibilidade do fuso muscular ( queda de 12,70C da pele reduz a sensibilidade do fuso) A inibição do fuso e das vias aferentes, inibe o reflexo de estiramento reduzindo o espasmo muscular. Quebra-se o ciclo dor- espasmo- dor. Atenção! 20 minutos de frio no quadríceps, diminui potência, força e resistência, concêntrica, excêntrica por 30 min. * Efeitos sobre a Inflamação - As alterações na função celular e na dinâmica sangüínea servem para controlar os efeitos da inflamação aguda. A aplicação do frio suprime a resposta inflamatória ao: - Reduzir a liberação de mediadores inflamatórios. - Reduzir a síntese de prostaglandinas. - Diminuir a permeabilidade capilar. * Os efeitos benéficos do frio em reduzir a formação do edema não estão esclarecidos (Baker e cols., 1991) pois a vasoconstrição arterial ocorre em concordância com a vasoconstrição linfática e venosa podendo levar a um aumento do membro (Cote e cols, 1988). Um efeito demonstrado em modelo animal (Smith e cols., 1993) e posteriormente em modelo clínico (Weston e cols., 1994) demonstrou vasodilatação das vênulas e manutenção do diâmetro das arteríolas ajudando assim na reabsorção do edema. No edema Está bem fundamentado que gelo, elevação e compressão é o tratamento ideal para o edema. * Dinâmica do Sangue e dos Fluídos -Ocorre vasoconstrição devido à estimulação dos receptores nervosos locais (simpático). - Aumenta a viscosidade sangüínea. - Diminuição do hematoma. - Knight, descreveu uma vasodilatação induzida pelo frio. -Uma aplicação de gelo durante 20 min. diminui o fluxo sangüíneo para os tecidos em 26% e para o esqueleto 19%. * -Diminuição da taxa metabólica celular, conseqüentemente reduzindo a quantidade de oxigênio necessária para a sobrevivência das células. - Num tratamento de 20 min o metabolismo celular é diminuído em 19%. - Diminui o número de células mortas por hipóxia secundária, diminuindo assim, a quantidade de mediadores inflamatórios. Resposta Celular * Crioterapia variação 0oC a18,3oC 13,8ºC IDEAL FLX. SANG. LOCAL 14,4ºC ANALGESIA BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS Efeitos locais CRIOTERAPIA * Efeitos Fisiológicos CRIOTERAPIA Efeitos do Frio a temperatura local o metabolismo Provoca vasoconstrição o fluxo sangüíneo a velocidade de condução nervosa o fornecimento de leucócitos e fagócitos a drenagem linfática e venosa a despolarização do fuso muscular a formação e o acúmulo do edema Efeitos anestésicos extremos * Efeito sobre o processo de Resposta à Lesão A resposta do corpo ao frio dá origem a uma ampla variedade de respostas celulares, vasculares e do sistema nervoso central, que regulam a resposta inflamatória, reduzem a dor e o espasmo muscular e limitam a área da lesão original. * Efeitos fisiológicos e uso clínico CRIOTERAPIA efeito fisiológico Redução da temperatura Redução da taxa de metabolismo Redução da perfusão Redução da inflamação uso clínico da lesão secundária; da formação do edema; do sangramento; da dor. Em resumo: * Efeitos fisiológicos CRIOTERAPIA Efeitos sobre a circulação sangüínea Considerações: Lewis, em 1930 constatou que os vasos sangüíneos apresentam uma série de vasoconstrições e vasodilatações, o que parecia uma tentativa de se adaptarem à temperatura. Segundo Knight, o suposto aumento no fluxo sangüíneo como resultado da vasodilatação induzida pelo frio, sugere que o grau de vasodilatação apenas diminui o grau de vasoconstrição inicial. Apesar da vasodilatação, ainda há uma vasoconstrição residual em relação ao diâmetro do vaso antes da aplicação. SNA * Efeitos Fisiológicos CRIOTERAPIA Fonte: Starkey 2001 – Recursos Terapêuticos em Fisioterapia Ed. Manole AÇÃO VASCULAR * Efeitos fisiológicos CRIOTERAPIA Taxa de redução metabólica (aumenta a capacidade de um tecido sobreviver aos eventos da lesão secundária que se seguem ao trauma primário) Mudança de tº Enzimas e radicais liberados na inflamação Isquemia pós-lesão,↓O2 Diminuição do fluxo sangüínio ambíguo Benéfico (<flx sg, <hemorr., < edema; < cél. Inflam.) * Deletério ( < flx sg, ↓O2 e nutrientes; < remoção resíduos) * Lesões por congelamento Quando a temperatura subcutânea cai abaixo de 12,7 0C, ocorre dano tissular. Durante o tratamento de 20 min gelo+ água ocorre um resfriamento de 7,7 a 12,7 0C Após 5 min = Hiperemia, cuidar se palidez ou cianose. * Efeitos do tratamento Imediato Repouso, gelo, compressão e elevação (RGCE) – neutraliza a resposta inicial do corpo à lesão. O repouso previne novos traumatismos O gelo diminui o metabolismo celular e dessa forma diminui a necessidade de oxigênio na área lesada, (gelo triturado é a forma ideal). Compressão impede futuros extravasamentos dos leitos capilares para o interstício e favorece a drenagem linfática. * Efeitos fisiológicos CRIOTERAPIA Comparativo: lesão com crio imediato e sem crio * Efeitos Fisiológicos CRIOTERAPIA Efeitos sobre a Lesão A aplicação do frio diminui a temperatura dos tecidos: causando uma redução da taxa metabólica celular, diminuindo a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos esse aumenta o limiar de dor, o espasmo muscular diminui, resultando na diminuição da liberação dos mediadores inflamatórios. Quando associado com compressão e elevação, o edema na área fica reduzido e a compressão age fazendo com que o frio atinja tecidos mais profundos. Limitando a área da lesão original e reduzindo o grau de lesão hipóxica secundária. * Sensações associadas ao Frio Frio Queimação Dor Analgesia (↓ dor) ANESTESIA Entre 18 a 21 minutos < veloc. condução nervosa ↑limiar excitabilidade dor-espasmo-dor * Reação vascular normal Após 5 minutos a pele fica c/ hiperemia, indicando que o sistema circulatório continua a enviar sg aquecido, mesmo que a temperatura da pele tenha caído substancialmente. Palidez significa incapacidade do sistema manter a temperatura tissular dentro dos limites fisiológicos; a vasculatura superficial se contrai para conservar o calor nos tecidos subjacentes. Se continuar Cianose Monitoração fluxo sg leito ungueal Reaquecer imergindo em água a 37,7oC * Resposta vascular A medida que os vasos resfriam, a parede de sua musculatura começa a contrair (constrição). Acredita-se que seja mais pronunciada em artérias e veias com diâmetros menores A constrição não ocorre em capilares porque suas paredes constituem-se de endotélio com uma única camada celular, portanto sem camada muscular passível de contração * Resposta alérgica * CONSIDERAÇÕES GERAIS RESPOSTA REFLEXA (de caça; de busca) – hipotetiza que quando a temp. local é diminuída por 30 min., períodos intermitentes de vasodilatação induzidas pelo frio (VDIF) acontecem, com duração de 4 a 6 minutos. Em seguida, uma vasocronstrição retorna por um ciclo de 15 a 30 min., seguido novamente de vasodilatação. Este fenômeno é fato, porém com pouca importância nas mudanças do fluxo sanguíneo 35 *C 28 21 14 07 0 10 20 30 40 50 60 minutos Lewis – 1930 – introduziu tal conceito e a denominou VIF, conhecida também como “reação oscilatória” * Crioterapia causa lesões ? Compressão excessiva torniquete >50mmHg Uso prolongado sobre nervos (fibular, ulnar) Tecido congelamento (↓ 0oC) - cristalização PARALISIAS - ULCERAÇÕES * Sinais e Sintomas da lesão por Congelamento Dor intensa Desaparecimento do eritema – brilho branco Bolhas Edema * DECIDINDO QUANDO USAR CALOR OU FRIO A área afetada está quente a palpação A área traumatizada ainda está sensível ao toque leve a moderado O edema continua a aumentar com o tempo O edema aumenta durante a atividade (movimento articular) A dor limita a amplitude de movimento O processo de inflamação aguda ainda está ativo O paciente continua a apresentar melhora com o uso das modalidades de frio MAIORIA NÃO = CALOR MAIORIA SIM = FRIO ? * Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA * Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA Aplicação de gelo ou compressa gelada pós lesão imediata; Massagem com gelo; Criocinética; Crioalongamento; Imersão em água fria (em piscina ou balde); Resfriamento dos trigger points. * Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA Métodos ou Formas de Aplicação - Sprays Compressas Frias Gelo (cubo ou moído) Gel Cubos de gelo artificial Química (em reservatório, com sal e/ou com éter) Imersão Balde Turbilhão Tanque ou piscina * Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA Métodos ou Formas de Aplicação RICE Massagem com Gelo Aparelhos de Resfriamento Cryo Cuff Polar Care Ice/Hot Cryomatic Sprays * * * Modalidades CRIOTERAPIA TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA: BOLSA DE GELO * Modalidades CRIOTERAPIA TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA: IMERSÃO NO GELO * Modalidades CRIOTERAPIA TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA: MASSAGEM COM GELO * Modalidades CRIOTERAPIA TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA: TURBILHÃO FRIO CRIOCINESIO * Modalidades CRIOTERAPIA TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA: SPRAY REFRIGERANTE CRIOCINESIO/pós-aguda Cloreto de etila م Fluorometano * Modalidades CRIOTERAPIA TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA: FRIO COMPRESSIVO * Modalidades CRIOTERAPIA R.I.C.E. * A compressão pode ser aplicada: Compressão circunferencial A mesma pressão em torno de toda circunferência (enfaixamentos elásticos, pneumáticos ou manguitos preenchidos com água). Compressão co-lateral Pressão em apenas dois lados (suportes infláveis). Compressão focal Coxins em formas de U, pressão direta sobre o tecido mole envolvido, seguindo-se um enfaixamento. A compressão e a elevação atuam para diminuir a pressão hidrostática no interior dos leitos capilares e induzem a absorção do edema pelo sistema linfático (em um ângulo de 45 ºC a gravidade é igual à 71%) * Criocinética Elimina ou reduz a dor Aumenta a reação macrofágica Diminui hematomas Aumento do crescimento vascular Regeneração mais rápida do músculo e cicatriz Aumento da força tênsil do músculo * A criocinética pode ser iniciada quando não houver lesão ligamentar ou óssea, e a dor limita o grau de movimento funcional * CONSIDERAÇÕES GERAIS Para tratar lesões músculos esqueléticas – agudo/crônico – tempo de exposição recomendado entre 5 e 45 minutos. Depende da modalidade e das características anatômicas O gelo é mais eficiente para alcançar tecidos profundos quando comparado com o calor; dentre os fatores (modalidade, anatomia vascular e adiposa) o principal é o tempo de exposição * OBJETIVOS DA CRIOTERAPIA Redução de dor Redução do edema Redução da hipoxia secundária à lesão aguda e/ou ortopédica Exercício ativo precoce nas entorses articulares aguda Redução do espasmo muscular Destruição de tecido durante a cirurgia Auxílio no alongamento de tecido conjuntivo Redução de dor e cólica em período menstrual Eliminação ou minimização de úlceras Prevenção de perda de cabelo (quimioterapia) Minimização da dor ao injetar medicamentos * Indicações CRIOTERAPIA INDICAÇÕES - Traumatismo ou inflamação aguda, subaguda - Dor aguda ou crônica - Queimaduras de primeiro grau, pequenas e superficiais - Edema e dor pós-cirúrgica - Uso em conjunto com exercício de reabilitação - Espasticidade que acompanha distúrbio do SNC - Espasmo muscular agudo ou crônico - Nevralgia - Trigger Points - Espasticidade * Contra-indicações CRIOTERAPIA CONTRA-INDICAÇÕES Sobre feridas abertas* Insuficiência cardíaca Hipersensibilidade e/ou alergia ao frio Área anestesiada - Diabetes Suspeita de fratura Alteração cardíaca e ou respiratória Alergia ao aerossol Raynaud * Questões pertinentes CRIOTERAPIA QUAIS TEORIAS PODEM EXPLICAR A EFICÁCIA DO ALÍVIO DA DOR PELO FRIO; COMENTE É FATO QUE A CRIOTERAPIA PODE CAUSAR LESÕES; APONTE AS FORMAS E COMENTE O QUE É A “VASODILATAÇÃO REBOTE” NOTA: PRÓXIMA AULA DISCUTIR QUESTÕES E FORÇA DE STARLING “TAREFA” ? * BIBLIOGRAFIA Básica: KNIGHT, K., Crioterapia no tratamento das Lesões Esportivas, 2. ed. São Paulo: Manole, 2000 STARKEY, C., Recursos Terapêuticos em Fisioterapia, 1. ed. São Paulo: Manole, 2001 Complementar: ANDREWS, J. R.; HARRELSON, G. L.; WILK, K. E.; Reabilitação Física do Atleta, 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 * * * * * Calor O calor é o aumento da vibração molecular e da taxa metabólica celular, podendo ser dividido de acordo com suas fontes: 1- Ação química associada com o metabolismo celular 2- Correntes elétricas ou magnéticas como encontradas nas diatermias 3- Ação mecânica como encontrada no ultra som * Formas de transferência de calor Condução – dois objetos em contato, colisão de moléculas (compressas úmidas quentes) Convecção – o transporte de calor se dá por um meio (água ou ar), (turbilhões) Radiação – todas as modalidades terapêuticas térmicas produzem energia radiante * tº - efeitos fisiológicos Aumenta a vel. dos processos metabólicos. 1º = 13% no processo metabólico (aumenta atividade enzimática que é importante na decomposição dos substratos) Maior circulação com dilatação dos capilares em região muscular, proporcionando melhor abastecimento de O2 e substratos, pré requisito para aumento do metabolismo Cronaxia (tempo que a corrente elétrica necessita para desencadear excitação) aumentada Reduz a resistência viscoelástica de músculos, tendões e ligamentos, profilaxia em lesões esportivas Melhora a produção e absorção de líquido sinovial, hidratando e lubrificando cartilagem, aumenta sua espessura = melhor suporte de cargas * Transferência Térmica Hipotálamo termostato termogênese termólise Calor transferido corpo ambiente * Meios termoterapêuticos A condutividade térmica dos tecidos corporais é relativamente baixa, comportam-se como isolantes térmicos. Propriedade relacionada com conteúdo de água, proteína e lipídeos; maior riqueza de água, maior condutividade térmica. O ar têm baixa condutividade térmica Termoterapia com sistema de condução deve recorrer-se ao contato direto ou por meios de interpostos de alta condutividade = ricos em água * Importância O aquecimento prévio de estruturas como mm e tendões torna-se imprescindível para a prática cinesioterápica, manipulações e eletroestimulação Podemos elevar a tº tecidual com recursos termoterapêuticos SUPERFICIAL PROFUNDO ? Dependem da enfermidade e localização * Calor Superficial Lâmpadas infra vermelhas Compressas quentes úmidas Banhos de parafina Turbilhão e ou imersão aquecidos Calor Profundo Diatermia de microondas Diatermia de ondas curtas Ultra som * CLASSIFICAÇÃO DA VARIEDADE DE MEIOS TERMOTERÁPICOS PROFUNDIDADE DA AÇÃO - superficial ou profundo MODALIDADE TÉRMICA - condução - convecção - radiação / conversão * * Calor superficial – deve atingir 40 à 45 ºC, na superfície da pele, para produzir efeitos terapêuticos (Lehman e Cols., 1974). A transferência para os tecidos subjacentes é por condução com o limite de 2 cm. * O uso do calor é indicado nos estágios inflamatórios subagudos e crônicos de uma lesão Indicações Inflamação subaguda e crônica Redução da dor crônica e subaguda Espasmo muscular crônico e subaguda Redução da amplitude de movimento Resolução de hematomas Redução de contraturas articulares * Contra indicações Traumatismos agudos Circulação insuficiente Regulação térmica insuficiente Áreas anestésicas Neoplasia * Efeitos sistêmicos ao CALOR Aumento da temperatura corporal Aumento da pulsação Aumento da freqüência respiratória Redução da pressão arterial * Efeitos locais da aplicação do calor Vasodilatação Aumento da taxa do metabolismo celular Aumento da liberação de leocócitos Aumento da permeabilidade capilar Aumento da drenagem venosa e linfática Formação de edema Remoção de resíduos metabólicos Aumento da elasticidade dos ligamentos, cápsulas e músculos Analgesia e sedação dos nervos Redução do tônus muscular Redução do espasmo muscular Transpiração Aumento da velocidade de condução nervosa * * Efeitos sobre o processo de resposta à lesão Apesar de o calor e frio produzirem muitos resultados semelhantes, o momento de começar a usar o calor é mais crítico. O aumento do metabolismo celular e da taxa de inflamação poderá levar a um aumento do número de células lesadas e aumentar a dor * Resposta celular O metabolismo celular aumenta em resposta à elevação da temperatura, para um aumento de 7,7 ºC na temperatura do tecido o metabolismo aumenta de duas à três vezes (Cox e Cols., 1989) O aumento da temperatura aumenta a taxa metabólica celular que aumenta a temperatura tissular. Ocorre dilatação arteriolar e aumento do fluxo capilar * Dinâmica do Sangue e dos Fluídos Fatores locais promovem vasodilatação periférica. Aumenta o edema mas, aumentam também as trocas com interstício. (com a estimulação do retorno venoso pode se diminuir o edema) * Efeitos sobre a Inflamação Aumento de liberação de leocócitos aumentando a fagocitose Aumento do suprimento sangüíneo com maior retirada de restos celulares e metabólitos inflamatórios * ALTERAÇÕES DO TECIDO COLAGENOSO Tem se mostrado que o colágeno derrete a temp. acima de 50º C (Mason e Rigby, 1963). Com temperaturas terapêuticas (40 a 45ºC) a extensibilidade do tecido colagenoso aumenta (Lehmann et al., 1970). Isso ocorre apenas se o tecido for simultaneamente alongado e requer temperaturas próximas do limite terapêutico. * Espasmo Muscular e Elasticidade Reduz sensibilidade dos fusos musculares ou estiramento diminuindo o grau de espasmo muscular O aumento do fluxo sangüíneo e a redução local dos metabólitos diminuem ainda mais o espasmo Aumenta a extensibilidade do colágeno e a viscosidade e de formação plástica dos tecidos (Swenson e Cols., 1996). (É necessário alongar o músculo e os tecidos cápsulares para obter ganho de flexibilidade) * A deformação mecânica e ou a irritação química estimulam a dor. Em lesões agudas o dano mecânico é o responsável. Nos estágio subagudo e crônico a isquemia e a irritação química causam a dor. A dor mecânica é causada por pressão tissular (edema) e espasmo muscular e hipóxia. A dor mecânica é diminuída quebrando-se o ciclo do espasmo dor. O calor leva a um estado de analgesia e sedação com um efeito contra-irritante. (whitney e Cols., 1989) Controle da Dor * FATORES QUE DETERMINAM AS REAÇÕES FISIOLÓGICAS RELACIONADOS AO CALOR Nível de tº tecidual. A faixa terapêutica aproximada estende-se de 40 a 45º Duração da elevação de tº tecidual. Faixa entre 3 a 30 minutos Velocidade da elevação da tº nos tecidos Tamanho da área tratada * EFEITOS FISIOLÓGICOS relacionados ao CALOR Aumento da extensibilidade do tecido colágeno Diminui a rigidez das articulações Produz diminuição da dor Alivia o espasmo muscular Aumenta o fluxo sanguineo Ajuda na resolução dos infiltrados, edema e exsudatos inflamatórios * Analgesia – sedação dos nervos Os nervos aferentes estimulados pelo calor podem ter um efeito analgésico agindo no mecanismo de controle da comporta. Ocorre hiperalgesia na área aquecida durante uns poucos minutos após a aplicação do calor. Tem-se sugerido que o aquecimento das terminações nervosas dos fusos musculares aferentes e das terminações tendíneas de Golgi pode ser o modo pelo qual o espasmo muscular se reduz com aquecimento (Lehmann e de Lauter, 1982). * PRECAUÇÕES Regiões com alteração da sensibilidade Pacientes inconscientes Suprimento vascular inadequado Região hemorrágica Suspeitas de tumores Próximo ao útero gravídico Região de gônadas Partes metálicas * Comparação entre os Tratamentos com Frio e Calor Efeito Profundidade Duração dos efeitos Fluxo sangüíneo. Taxa metabólica Consumo de O2 Resíduos celulares Viscosidade dos fluídos Permeabilidade. Capilar Inflamação Dor Espasmo muscular Veloc. Contração muscular. Frio 5 cm Horas Diminuído Diminuída Diminuído Diminuídos Aumentada Diminuída Diminuída Diminuída Diminuído Diminuída Calor 1-2 cm (sup), 2-5 cm (prof) Após o tratamento dissipa-se Aumentado Aumentada Aumentado Aumentados Diminuída Aumentada Aumentada Diminuída Diminuído Aumentada * MODALIDADES RADIAÇÃO / CONVERSÃO * Termoterapia por conversão RADIAÇÃO O aquecimento se produz por transformação de outras formas de energia em energia térmica. Os agentes são eletromagnéticos (OC, MO e IV) e mecânicos (US) O corpo humano apresenta uma resistência específica elevada na passagem da corrente elétrica, o que produz calor nesta passagem; A CORRENTE ELETRICA OU ELETROMAGNÉTICA DE ALTA FREQUENCIA SE CONVERTE EM CALOR AO ATRAVESSAR OS TECIDOS * INFRA VERMELHO * Espectro eletromagnético 770nm – 10000nm TERAPÊUTICA – IR-A = 1.000nm INFRA VERMELHO Transmissão de Calor radiante (E eletromagnética) Radiante, não necessita contato: fonte e corpo * IV-A Aquecimento por conversão Penetração 5 a 10 mm * * * 1 m S = 1 m2 Int. = 1m2 (100W) 2 m S = 4m2 Int. = ¼ m2 (25W) A PARTIR DA FONTE, A DOSE DIMINUI AO QUADRADO DA DISTÂNCIA DESTA α 1/d2 * * * * * FORNO DE BIER * * BANHO DE PARAFINA * * * MÉTODOS DE APLICAÇÃO DIRETO OU IMERSÃO – PINCELAMENTO – ENFAIXAMENTO OU COMPRESSAS - BATIDA * EFEITOS DA PARAFINA * Banhos de Parafina * Banhos de Parafina * * ULTRA VIOLETA * RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 6% UV; 48% LUZ VISIVEL; 46% IR Hora do dia; condições da camada atmosférica; proximidade do equador além do sol = câmaras bronzeadoras e lâmpadas fluorescentes (artificiais) * Curiosidades em relação ao UV Entre 10 e 15 horas Camada de ozônio Altura sobre nível do mar (< densa) Nublado = 80% passa UV Reflexões = água, areia, lâminas, plásticos, alumínio, cimento Medicamentos fotossensíveis Frutas cítricas e bebidas alcoólicas ↑ sens. * Entre luz visível e Rx λ 400 – 100nm Biológicamente interessa 400 e 200 nm UVA = 400 – 320nm (< ENERGIA) bronzeamento e psoríase UVB = 320 – 290nm (+-1000X>E) psoríase – intenso eritema até queimaduras UVC = 290 – 200nm (BACTERICIDA) trata micoses fúngicas e úlceras de decúbito; artificial = não atravessa camada ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO UV IR * * Dosimetria / tipo de pele Tipo I (demasiado sensível) sempre se queima, nunca se bronzeia Tipo II (muito sensível) queima-se facilmente, raramente se bronzeia Tipo III (sensível) queima-se algumas vezes, se bronzeia gradualmente Tipo IV (pouco sensível) raro se queimar, sempre se bronzeia Tipo V (não sensível) nunca se queima * Tipos de pele – classificação Fitzpatrick Tipo I – cabelo ruivo, pele branca Tipo II – cabelo loiro, pele branca, olhos claros Tipo III – cabelo preto ou castanho, pele branca, olhos castanhos ou pretos Tipo IV – cabelo castanho escuro ou preto, pele jambo ou amarela, olhos castanhos escuros ou pretos Tipo V – Mulato, pele escura, cabelo preto , olhos pretos Tipo VI – Negro, pele negra, cabelo preto, olhos pretos * * * * FOTOSSENSIBILIDADE * DOSIMETRIA TESTE DE SAIDMAN DEM (DOSE DE ERITEMA MÍNIMO) MATERIAL: 2 cartolinas pretas (10 orifícios +/- 1 cm e a outra inteira) Distância lâmpada = 25cm Região sensível p/ teste; abdomen, anterior antebraço Definir tempo de exposição = 15 a 60” Numerar na pele cada orifício irradiado Proteger olhos Tabelar número do orifício com o tempo correspondente Observar após +/- 8 horas o DEM Iniciar tratamento de acordo com o DEM; manter distância do teste, quando em tratamento * ERITEMA * GRAUS DE ERITEMA * * * * * * * *
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