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CRIOTERAPIA aula TERMO

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CRIOTERAPIA
Prof. Ulisses Camargo
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Objetivos: 
Definição
Histórico
Entidade física
Efeitos fisiológicos locais e sistêmicos
Modalidades, Técnicas
Indicações e contra-indicações 
frio
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Definição CRIOTERAPIA
Definição 
Crioterapia é a aplicação de qualquer substância ao corpo que resulta em remoção do calor corporal, diminuindo a temperatura dos tecidos.
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Histórico CRIOTERAPIA
Hipócrates
A crioterapia é um método utilizado há mais de 200 anos para o tratamento de diversas patologias. Atualmente muito usada pela maioria dos fisioterapeutas nas clínicas de reabilitação, principalmente no tratamento de disfunções neurológicas e traumáticas. 
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Entidade física CRIOTERAPIA
Crioterapia variação 0oC a18,3oC
Frio é um estado relativo caracterizado pela diminuição de movimento molecular
Respostas locais e sistêmicas
MAGNITUDE
Temperatura da modalidade
Duração
Superfície exposta
 MODALIDADES
AUSÊNCIA DE CALOR
CALOR
Modalidade com maior capacidade de absorver calor, > será seu potencial para ↓ tº tecidual
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	- Efeitos Terapêuticos – Temperatura da pele deve cair para aproximadamente 13,8 ºC, para que ocorra a redução ideal do fluxo sangüíneo local e para cerca de 14,4 ºc para que ocorra analgesia.
	- A temperatura da pele e a temperatura intra-articular estão em co-relação moderada (a temperatura da pele deve estar no mínimo em 2,2 ºC, para ser transmitida para a articulação).
	- A temperatura intra-articular pode cair até 8,3 ºC durante a aplicação de bolsa no joelho.
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Entidade física CRIOTERAPIA
 FATORES QUE DETERMINAM A CAPACIDADE DE UMA MODALIDADE DE FRIO EM ABSORVER CALOR
Massa da modalidade
Tamanho da área de contato
Diferença da temperatura entre a modalidade e o tecido
Distância através da qual a temperatura deve ser transferida (espessura do tecido)
Duração necessária para a crio causar uma ↓7ºC intramuscular da coxa em diferentes espessuras de tecido adiposo (Otte; Merrick; Ingersoll; Cordova;:2002) 
Gordura
(isolante)
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Efeitos locais e sistêmicos CRIOTERAPIA
35ºC—
30ºC—
25ºC—
20ºC—
15ºC—
10ºC—
05ºC—
I I I I I I I I I I I I I 
0 10 20 30 40 50 60 
minutos
PELE
SINOVIAL
GORDURA
INTRA-ARTICULAR
ÓSSEA
tº
PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO DURANTE APLICAÇÃO DE BOLSA DE GELO, eletrodos implantados no joelho de um cão; BOCOBO et al.
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Efeitos locais e sistêmicos CRIOTERAPIA
Vasoconstrição
 metabolismo
 produção resíduos
 inflamação
 dor
 espasmo mm
0,2ºC
HIPOTÁLAMO
VASOCRONSTRIÇÃO
REDUÇÃO FC e R
TREMORES
AUMENTO TÔNUS
LOCAIS SISTÊMICOS
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Efeitos Sistêmicos Gerais da Exposição ao Frio 
- Se a temperatura do sangue circulante diminuí em 0,2 ºC, o hipotálamo responde iniciando vários efeitos sistêmicos: 
	
-Vasoconstrição geral em resposta ao esfriamento do hipotálamo posterior
-Redução das freqüências respiratória e cardíaca
-Tremores e aumento do tônus muscular (não ocorre durante a aplicação de bolsa de 	gelo)
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
Se uma grande área for resfriada, o hipotálamo reflexamente induzirá tremedeira, produzindo calor para aumentar temperatura central
Resfriamento de grande área causa vasoconstrição arterial em partes distantes do corpo, resultando em aumento da pressão sanguínea
Tecido adiposo subcutâneo tem baixa condutividade térmica e necessita maior tempo de exposição para resfriar tecidos mais profundos 
Tempo longo de exposição pode ser prejudicial ao processo de cura/reparação
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EFEITOS DA CRIOTERAPIA
Os efeitos fisiológicos do frio:
 
Diminuição da temperatura
Diminuição do metabolismo
Diminuição do fluxo circulatório
Diminuição da excitabilidade
Aumento da rigidez tecidual
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Crioterapia - No espasmo muscular
Diminui a dor, altera o limiar das terminações nervosas
 Diminui a sensibilidade do fuso muscular
( queda de 12,70C da pele reduz a sensibilidade do fuso)
A inibição do fuso e das vias aferentes, inibe o reflexo de estiramento reduzindo o espasmo muscular.
 Quebra-se o ciclo dor- espasmo- dor.
Atenção!
20 minutos de frio no quadríceps, diminui potência, força e resistência, concêntrica, excêntrica por 30 min.
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Efeitos sobre a Inflamação
	- As alterações na função celular e na dinâmica sangüínea servem para controlar os efeitos da inflamação aguda. A aplicação do frio suprime a resposta inflamatória ao: 
	- Reduzir a liberação de mediadores inflamatórios.
	- Reduzir a síntese de prostaglandinas. 
	- Diminuir a permeabilidade capilar.
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	Os efeitos benéficos do frio em reduzir a formação do edema não estão esclarecidos (Baker e cols., 1991) pois a vasoconstrição arterial ocorre em concordância com a vasoconstrição linfática e venosa podendo levar a um aumento do membro (Cote e cols, 1988).
	Um efeito demonstrado em modelo animal (Smith e cols., 1993) e posteriormente em modelo clínico (Weston e cols., 1994) demonstrou vasodilatação das vênulas e manutenção do diâmetro das arteríolas ajudando assim na reabsorção do edema.
No edema
	Está bem fundamentado que gelo, elevação e compressão é o tratamento ideal para o edema. 
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Dinâmica do Sangue e dos Fluídos
	-Ocorre vasoconstrição devido à estimulação dos 	receptores nervosos locais (simpático).
	- Aumenta a viscosidade sangüínea. 
	- Diminuição do hematoma. 
	- Knight, descreveu uma vasodilatação induzida pelo frio.
	-Uma aplicação de gelo durante 20 min. diminui o fluxo sangüíneo para os tecidos em 26% e para o esqueleto 19%.
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-Diminuição da taxa metabólica celular, conseqüentemente reduzindo a quantidade de oxigênio necessária para a sobrevivência das células.
- Num tratamento de 20 min o metabolismo celular é diminuído em 19%.
- Diminui o número de células mortas por hipóxia secundária, diminuindo assim, a quantidade de mediadores inflamatórios.
Resposta Celular
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Crioterapia variação 0oC a18,3oC
13,8ºC
IDEAL FLX. SANG. LOCAL
14,4ºC
ANALGESIA
BENEFÍCIOS
TERAPÊUTICOS
Efeitos locais CRIOTERAPIA
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Efeitos Fisiológicos CRIOTERAPIA 
Efeitos do Frio
 a temperatura local
 o metabolismo
Provoca vasoconstrição
 o fluxo sangüíneo 
 a velocidade de condução nervosa 
 o fornecimento de leucócitos e fagócitos
 a drenagem linfática e venosa
 a despolarização do fuso muscular
 a formação e o acúmulo do edema 
Efeitos anestésicos extremos
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Efeito sobre o processo de Resposta à Lesão
A resposta do corpo ao frio dá origem a uma ampla variedade de respostas celulares, vasculares e do sistema nervoso central, que regulam a resposta inflamatória, reduzem a dor e o espasmo muscular e limitam a área da lesão original. 
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Efeitos fisiológicos e uso clínico CRIOTERAPIA
efeito fisiológico 
Redução da temperatura
Redução da taxa de metabolismo
Redução da perfusão
Redução da inflamação
 uso 
clínico
 da lesão secundária;
 da formação do edema;
 do sangramento;
 da dor.
Em resumo:
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Efeitos fisiológicos CRIOTERAPIA
Efeitos sobre a circulação sangüínea
Considerações:
Lewis, em 1930 constatou que os vasos sangüíneos apresentam uma série de vasoconstrições e vasodilatações, o que parecia uma tentativa de se adaptarem à temperatura. 
Segundo Knight, o suposto aumento no fluxo sangüíneo como resultado da vasodilatação induzida pelo frio, sugere que o grau de vasodilatação
apenas diminui o grau de vasoconstrição inicial. Apesar da vasodilatação, ainda há uma vasoconstrição residual em relação ao diâmetro do vaso antes da aplicação.
SNA
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Efeitos Fisiológicos CRIOTERAPIA
Fonte: Starkey 2001 – Recursos Terapêuticos em Fisioterapia Ed. Manole
AÇÃO VASCULAR
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Efeitos fisiológicos CRIOTERAPIA
Taxa de redução metabólica
 (aumenta a capacidade de um tecido sobreviver aos eventos da lesão secundária que se seguem ao trauma primário)
Mudança de tº
Enzimas e radicais liberados na inflamação
Isquemia pós-lesão,↓O2
Diminuição do fluxo sangüínio
ambíguo
Benéfico (<flx sg, <hemorr.,
< edema; < cél. Inflam.)
* Deletério ( < flx sg, ↓O2 e nutrientes; < remoção resíduos)
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Lesões por congelamento
Quando a temperatura subcutânea cai abaixo de 12,7 0C, ocorre dano tissular.
Durante o tratamento de 20 min gelo+ água ocorre um resfriamento de 7,7 a 12,7 0C
Após 5 min = Hiperemia, cuidar se palidez ou cianose.
	
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Efeitos do tratamento Imediato
	Repouso, gelo, compressão e elevação (RGCE) – neutraliza a resposta inicial do corpo à lesão.
	O repouso previne novos traumatismos 
	O gelo diminui o metabolismo celular e dessa forma diminui a necessidade de oxigênio na área lesada, (gelo triturado é a forma ideal).
	Compressão impede futuros extravasamentos dos leitos capilares para o interstício e favorece a drenagem linfática.
	 
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Efeitos fisiológicos CRIOTERAPIA
Comparativo: lesão com crio imediato e sem crio
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Efeitos Fisiológicos CRIOTERAPIA
Efeitos sobre a Lesão 
A aplicação do frio diminui a temperatura dos tecidos:
causando uma redução da taxa metabólica celular, 
diminuindo a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos esse aumenta o limiar de dor, 
o espasmo muscular diminui,
resultando na diminuição da liberação dos mediadores inflamatórios. 
Quando associado com compressão e elevação, o edema na área fica reduzido e a compressão age fazendo com que o frio atinja tecidos mais profundos. Limitando a área da lesão original e reduzindo o grau de lesão hipóxica secundária.
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Sensações associadas ao Frio
Frio
Queimação
Dor
Analgesia (↓ dor)
ANESTESIA
Entre 18 a 21 minutos
< veloc. condução nervosa
↑limiar excitabilidade
dor-espasmo-dor
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Reação vascular normal
Após 5 minutos a pele fica c/ hiperemia, indicando que o sistema circulatório continua a enviar sg aquecido, mesmo que a temperatura da pele tenha caído substancialmente. Palidez significa incapacidade do sistema manter a temperatura tissular dentro dos limites fisiológicos; a vasculatura superficial se contrai para conservar o calor nos tecidos subjacentes. 
Se continuar 
Cianose
Monitoração fluxo sg leito ungueal
Reaquecer imergindo em água a 37,7oC
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Resposta vascular
A medida que os vasos resfriam, a parede de sua musculatura começa a contrair (constrição). Acredita-se que seja mais pronunciada em artérias e veias com diâmetros menores
A constrição não ocorre em capilares porque suas paredes constituem-se de endotélio com uma única camada celular, portanto sem camada muscular passível de contração
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Resposta alérgica 
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
RESPOSTA REFLEXA (de caça; de busca) – hipotetiza que quando a temp. local é diminuída por 30 min., períodos intermitentes de vasodilatação induzidas pelo frio (VDIF) acontecem, com duração de 4 a 6 minutos. Em seguida, uma vasocronstrição retorna por um ciclo de 15 a 30 min., seguido novamente de vasodilatação. Este fenômeno é fato, porém com pouca importância nas mudanças do fluxo sanguíneo
35 *C
28
21
14
07
0
10 20 30 40 50 60 minutos
Lewis – 1930 – introduziu tal conceito e a denominou VIF, conhecida também como “reação oscilatória”
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Crioterapia causa lesões ?
Compressão excessiva torniquete >50mmHg
Uso prolongado sobre nervos (fibular, ulnar)
Tecido congelamento (↓ 0oC) - cristalização
PARALISIAS - ULCERAÇÕES
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Sinais e Sintomas da lesão por Congelamento
Dor intensa
 Desaparecimento do eritema – brilho branco
 Bolhas
 Edema
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DECIDINDO QUANDO USAR CALOR OU FRIO
A área afetada está quente a palpação
A área traumatizada ainda está sensível ao toque leve a moderado
O edema continua a aumentar com o tempo
O edema aumenta durante a atividade (movimento articular)
A dor limita a amplitude de movimento
O processo de inflamação aguda ainda está ativo
O paciente continua a apresentar melhora com o uso das modalidades de frio
MAIORIA NÃO = CALOR
MAIORIA SIM = FRIO
?
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Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA
TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA
*
Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA
Aplicação de gelo ou compressa gelada pós lesão imediata;
Massagem com gelo;
Criocinética; 
Crioalongamento;
Imersão em água fria (em piscina ou balde);
Resfriamento dos trigger points. 
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Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA
Métodos ou Formas de Aplicação
 - Sprays
Compressas Frias 
Gelo (cubo ou moído)
Gel
Cubos de gelo artificial
Química (em reservatório, com sal e/ou com éter)
Imersão
Balde
Turbilhão
Tanque ou piscina
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Modalidades, Técnicas CRIOTERAPIA
Métodos ou Formas de Aplicação 
RICE 
Massagem com Gelo
Aparelhos de Resfriamento
Cryo Cuff
Polar Care
Ice/Hot
Cryomatic
Sprays
*
*
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Modalidades CRIOTERAPIA
TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA:
BOLSA DE GELO
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Modalidades CRIOTERAPIA
TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA:
IMERSÃO NO GELO
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Modalidades CRIOTERAPIA
TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA:
MASSAGEM COM GELO
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Modalidades CRIOTERAPIA
TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA:
TURBILHÃO FRIO 
CRIOCINESIO
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Modalidades CRIOTERAPIA
TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA:
SPRAY REFRIGERANTE
CRIOCINESIO/pós-aguda
Cloreto de etila م
Fluorometano
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Modalidades CRIOTERAPIA
TÉCNICAS COMUNS DE APLICAÇÃO NA CRIOTERAPIA:
FRIO COMPRESSIVO 
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Modalidades CRIOTERAPIA
R.I.C.E.
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	A compressão pode ser aplicada: 
Compressão circunferencial
	A mesma pressão em torno de toda circunferência (enfaixamentos elásticos, pneumáticos ou manguitos preenchidos com água).
Compressão co-lateral
	Pressão em apenas dois lados (suportes infláveis).
Compressão focal
	Coxins em formas de U, pressão direta sobre o tecido mole envolvido, seguindo-se um enfaixamento. 
A compressão e a elevação atuam para diminuir a pressão hidrostática no interior dos leitos capilares e induzem a absorção do edema pelo sistema linfático (em um ângulo de 45 ºC a gravidade é igual à 71%)
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Criocinética
	Elimina ou reduz a dor 
	Aumenta a reação macrofágica
	Diminui hematomas
	Aumento do crescimento vascular
	Regeneração mais rápida do músculo e cicatriz
	Aumento da força tênsil do músculo
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	A criocinética pode ser iniciada quando não
 houver lesão ligamentar ou óssea, e a dor limita o
 grau de movimento funcional
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
Para tratar lesões músculos esqueléticas – agudo/crônico – tempo de exposição recomendado entre 5 e 45 minutos. Depende da modalidade e das características anatômicas
O gelo é mais eficiente para alcançar tecidos profundos quando comparado com o calor; dentre os fatores (modalidade, anatomia vascular e adiposa) o principal é o tempo
de exposição
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OBJETIVOS DA CRIOTERAPIA
Redução de dor 
Redução do edema
Redução da hipoxia secundária à lesão aguda e/ou ortopédica 
Exercício ativo precoce nas entorses articulares aguda
Redução do espasmo muscular
Destruição de tecido durante a cirurgia 
Auxílio no alongamento de tecido conjuntivo
Redução de dor e cólica em período menstrual
Eliminação ou minimização de úlceras
Prevenção de perda de cabelo (quimioterapia) 
Minimização da dor ao injetar medicamentos
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Indicações CRIOTERAPIA
INDICAÇÕES
	- Traumatismo ou inflamação aguda, subaguda
	- Dor aguda ou crônica
	- Queimaduras de primeiro grau, pequenas e superficiais
	- Edema e dor pós-cirúrgica
	- Uso em conjunto com exercício de reabilitação 
	- Espasticidade que acompanha distúrbio do SNC
	- Espasmo muscular agudo ou crônico
	- Nevralgia
	- Trigger Points 
	- Espasticidade 
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Contra-indicações CRIOTERAPIA
CONTRA-INDICAÇÕES
Sobre feridas abertas*
Insuficiência cardíaca
Hipersensibilidade e/ou alergia ao frio
Área anestesiada - Diabetes
Suspeita de fratura
Alteração cardíaca e ou respiratória 
Alergia ao aerossol 
Raynaud
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Questões pertinentes CRIOTERAPIA
QUAIS TEORIAS PODEM EXPLICAR A EFICÁCIA DO ALÍVIO DA DOR PELO FRIO; COMENTE
É FATO QUE A CRIOTERAPIA PODE CAUSAR LESÕES; APONTE AS FORMAS E COMENTE
O QUE É A “VASODILATAÇÃO REBOTE”
NOTA: PRÓXIMA AULA DISCUTIR QUESTÕES E FORÇA DE STARLING
“TAREFA”
?
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BIBLIOGRAFIA 
Básica:
KNIGHT, K., Crioterapia no tratamento das Lesões Esportivas, 2. ed. São Paulo: Manole, 2000 
STARKEY, C., Recursos Terapêuticos em Fisioterapia, 1. ed. São Paulo: Manole, 2001
Complementar:
ANDREWS, J. R.; HARRELSON, G. L.; WILK, K. E.; Reabilitação Física do Atleta, 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005
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			 Calor 
O calor é o aumento da vibração molecular e da taxa metabólica celular, podendo ser dividido de acordo com suas fontes:
1- Ação química associada com o metabolismo celular
2- Correntes elétricas ou magnéticas como encontradas nas diatermias
3- Ação mecânica como encontrada no ultra som
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Formas de transferência de calor
	Condução – dois objetos em contato, colisão de moléculas (compressas úmidas quentes)
	Convecção – o transporte de calor se dá por um meio (água ou ar), (turbilhões)
	Radiação – todas as modalidades terapêuticas térmicas produzem energia radiante
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 tº - efeitos fisiológicos
Aumenta a vel. dos processos metabólicos. 1º = 13% no processo metabólico (aumenta atividade enzimática que é importante na decomposição dos substratos)
Maior circulação com dilatação dos capilares em região muscular, proporcionando melhor abastecimento de O2 e substratos, pré requisito para aumento do metabolismo
Cronaxia (tempo que a corrente elétrica necessita para desencadear excitação) aumentada
Reduz a resistência viscoelástica de músculos, tendões e ligamentos, profilaxia em lesões esportivas
Melhora a produção e absorção de líquido sinovial, hidratando e lubrificando cartilagem, aumenta sua espessura = melhor suporte de cargas
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Transferência Térmica
Hipotálamo
termostato
termogênese
termólise
Calor transferido
corpo
ambiente
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Meios termoterapêuticos
A condutividade térmica dos tecidos corporais é relativamente baixa, comportam-se como isolantes térmicos. Propriedade relacionada com conteúdo de água, proteína e lipídeos; maior riqueza de água, maior condutividade térmica. O ar têm baixa condutividade térmica
Termoterapia com sistema de condução deve recorrer-se ao contato direto ou por meios de interpostos de alta condutividade = ricos em água
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Importância
O aquecimento prévio de estruturas como mm e tendões torna-se imprescindível para a prática cinesioterápica, manipulações e eletroestimulação
Podemos elevar a tº tecidual com recursos termoterapêuticos
SUPERFICIAL
PROFUNDO
?
Dependem da enfermidade e localização
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Calor Superficial
	Lâmpadas infra vermelhas
	Compressas quentes úmidas
	Banhos de parafina
	Turbilhão e ou imersão aquecidos
Calor Profundo
	Diatermia de microondas
	Diatermia de ondas curtas
	Ultra som 
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CLASSIFICAÇÃO DA VARIEDADE DE MEIOS TERMOTERÁPICOS
PROFUNDIDADE DA AÇÃO
- superficial ou profundo
MODALIDADE TÉRMICA
- condução 
- convecção 
- radiação / conversão
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	Calor superficial – deve atingir 40 à 45 ºC, na superfície da pele, para produzir efeitos terapêuticos (Lehman e Cols., 1974).
	A transferência para os tecidos subjacentes é por condução com o limite de 2 cm.
 
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O uso do calor é indicado nos estágios inflamatórios subagudos e crônicos de uma lesão
Indicações
	Inflamação subaguda e crônica
	Redução da dor crônica e subaguda
	Espasmo muscular crônico e subaguda
	Redução da amplitude de movimento 
	Resolução de hematomas
	Redução de contraturas articulares
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 Contra indicações
	Traumatismos agudos
	Circulação insuficiente
	Regulação térmica insuficiente
	Áreas anestésicas
	Neoplasia
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Efeitos sistêmicos ao CALOR
	Aumento da temperatura corporal
	Aumento da pulsação
	Aumento da freqüência respiratória
	Redução da pressão arterial
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Efeitos locais da aplicação do calor
	Vasodilatação
	Aumento da taxa do metabolismo celular
	Aumento da liberação de leocócitos
	Aumento da permeabilidade capilar
	Aumento da drenagem venosa e linfática
	Formação de edema
	Remoção de resíduos metabólicos
	Aumento da elasticidade dos ligamentos, 	cápsulas e músculos
	Analgesia e sedação dos nervos
	Redução do tônus muscular
	Redução do espasmo muscular
	Transpiração
	Aumento da velocidade de condução nervosa
*
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Efeitos sobre o processo de resposta à lesão
	Apesar de o calor e frio produzirem muitos resultados semelhantes, o momento de começar a usar o calor é mais crítico. 
	O aumento do metabolismo celular e da taxa de inflamação poderá levar a um aumento do número de células lesadas e aumentar a dor
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Resposta celular
	O metabolismo celular aumenta em resposta à elevação da temperatura, para um aumento de 7,7 ºC na temperatura do tecido o metabolismo aumenta de duas à três vezes (Cox e Cols., 1989)
	O aumento da temperatura aumenta a taxa metabólica celular que aumenta a temperatura tissular.
	Ocorre dilatação arteriolar e aumento do fluxo capilar
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Dinâmica do Sangue e dos Fluídos
	Fatores locais promovem vasodilatação periférica.
	Aumenta o edema mas, aumentam também as trocas com interstício. (com a estimulação do retorno venoso pode se diminuir o edema) 
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Efeitos sobre a Inflamação
Aumento de liberação de leocócitos aumentando a fagocitose
Aumento do suprimento sangüíneo com maior retirada de restos celulares e metabólitos inflamatórios
*
ALTERAÇÕES DO TECIDO COLAGENOSO
Tem se mostrado que o colágeno derrete a temp. acima de 50º C (Mason e Rigby, 1963).
Com temperaturas terapêuticas (40 a 45ºC) a extensibilidade do tecido colagenoso aumenta (Lehmann et al., 1970).
Isso ocorre apenas se o tecido for simultaneamente alongado e requer temperaturas próximas do limite terapêutico.
*
Espasmo Muscular e Elasticidade
	Reduz sensibilidade dos fusos musculares ou estiramento diminuindo o grau de espasmo muscular
	O aumento do fluxo sangüíneo e a redução local dos metabólitos diminuem ainda mais o espasmo 
	Aumenta a extensibilidade do colágeno e a viscosidade e de formação plástica dos tecidos (Swenson e Cols., 1996).
	(É necessário alongar o músculo e os tecidos cápsulares para obter ganho de flexibilidade)
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A deformação mecânica e ou a irritação química estimulam a dor. 
Em lesões agudas o dano mecânico é o responsável.
Nos estágio subagudo e crônico a isquemia e a irritação química causam a dor.
A dor mecânica é causada por pressão tissular (edema) e espasmo
muscular e hipóxia.
A dor mecânica é diminuída quebrando-se o ciclo 	do espasmo dor.
O calor leva a um estado de analgesia e sedação com um efeito contra-irritante. (whitney e Cols., 1989)
Controle da Dor
*
FATORES QUE DETERMINAM AS REAÇÕES FISIOLÓGICAS RELACIONADOS AO CALOR
Nível de tº tecidual. A faixa terapêutica aproximada estende-se de 40 a 45º
Duração da elevação de tº tecidual. Faixa entre 3 a 30 minutos
Velocidade da elevação da tº nos tecidos
Tamanho da área tratada
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EFEITOS FISIOLÓGICOS relacionados ao CALOR 
Aumento da extensibilidade do tecido colágeno
Diminui a rigidez das articulações
Produz diminuição da dor
Alivia o espasmo muscular
Aumenta o fluxo sanguineo
Ajuda na resolução dos infiltrados, edema e exsudatos inflamatórios
*
Analgesia – sedação dos nervos
Os nervos aferentes estimulados pelo calor podem ter um efeito analgésico agindo no mecanismo de controle da comporta.
Ocorre hiperalgesia na área aquecida durante uns poucos minutos após a aplicação do calor.
Tem-se sugerido que o aquecimento das terminações nervosas dos fusos musculares aferentes e das terminações tendíneas de Golgi pode ser o modo pelo qual o espasmo muscular se reduz com aquecimento (Lehmann e de Lauter, 1982).
*
PRECAUÇÕES
Regiões com alteração da sensibilidade
Pacientes inconscientes
Suprimento vascular inadequado
Região hemorrágica
Suspeitas de tumores
Próximo ao útero gravídico
Região de gônadas
Partes metálicas
*
Comparação entre os Tratamentos com Frio e Calor
Efeito
Profundidade
Duração dos efeitos
Fluxo sangüíneo.
Taxa metabólica
Consumo de O2
Resíduos celulares
Viscosidade dos fluídos
Permeabilidade. Capilar
Inflamação 
Dor
Espasmo muscular
Veloc. Contração muscular.
Frio
5 cm
Horas
Diminuído
Diminuída
Diminuído
Diminuídos
Aumentada
Diminuída
Diminuída
Diminuída
Diminuído
Diminuída
Calor
1-2 cm (sup), 2-5 cm (prof)
Após o tratamento dissipa-se
Aumentado
Aumentada
Aumentado
Aumentados
Diminuída
Aumentada
Aumentada
Diminuída
Diminuído
Aumentada
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MODALIDADES 
RADIAÇÃO / CONVERSÃO
*
Termoterapia por conversão RADIAÇÃO
O aquecimento se produz por transformação de outras formas de energia em energia térmica. Os agentes são eletromagnéticos (OC, MO e IV) e mecânicos (US)
O corpo humano apresenta uma resistência específica elevada na passagem da corrente elétrica, o que produz calor nesta passagem; 
A CORRENTE ELETRICA OU ELETROMAGNÉTICA DE ALTA FREQUENCIA SE CONVERTE EM CALOR AO ATRAVESSAR OS TECIDOS 
*
INFRA VERMELHO
*
Espectro eletromagnético
770nm – 10000nm
TERAPÊUTICA – IR-A = 1.000nm
INFRA VERMELHO
Transmissão de Calor radiante (E eletromagnética)
Radiante, não necessita contato: fonte e corpo
*
IV-A
Aquecimento por conversão
Penetração 5 a 10 mm
*
*
*
1 m
S = 1 m2
Int. = 1m2 (100W)
2 m
S = 4m2
Int. = ¼ m2 (25W)
A PARTIR DA FONTE, A DOSE DIMINUI AO QUADRADO DA DISTÂNCIA DESTA
α 1/d2
*
*
*
*
*
FORNO DE BIER
*
*
BANHO DE PARAFINA
*
*
*
MÉTODOS DE APLICAÇÃO
DIRETO OU IMERSÃO – PINCELAMENTO – ENFAIXAMENTO OU COMPRESSAS - BATIDA
*
EFEITOS DA PARAFINA
*
Banhos de Parafina
*
Banhos de Parafina
*
*
ULTRA VIOLETA
*
RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
6% UV; 48% LUZ VISIVEL; 46% IR
Hora do dia; condições da camada atmosférica; proximidade do equador
além do sol = câmaras bronzeadoras e lâmpadas fluorescentes (artificiais) 
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Curiosidades em relação ao UV
Entre 10 e 15 horas
Camada de ozônio
Altura sobre nível do mar (< densa)
Nublado = 80% passa UV
Reflexões = água, areia, lâminas, plásticos, alumínio, cimento
Medicamentos fotossensíveis
Frutas cítricas e bebidas alcoólicas ↑ sens.
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Entre luz visível e Rx
λ 400 – 100nm
Biológicamente interessa 400 e 200 nm
UVA = 400 – 320nm (< ENERGIA) 
 bronzeamento e psoríase
UVB = 320 – 290nm (+-1000X>E) 
 psoríase – intenso eritema até queimaduras
UVC = 290 – 200nm (BACTERICIDA) trata micoses fúngicas e úlceras de decúbito; artificial = não atravessa camada
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
UV
IR
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Dosimetria / tipo de pele
Tipo I (demasiado sensível) sempre se queima, nunca se bronzeia
Tipo II (muito sensível) queima-se facilmente, raramente se bronzeia
Tipo III (sensível) queima-se algumas vezes, se bronzeia gradualmente
Tipo IV (pouco sensível) raro se queimar, sempre se bronzeia
Tipo V (não sensível) nunca se queima
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Tipos de pele – classificação Fitzpatrick
Tipo I – cabelo ruivo, pele branca
Tipo II – cabelo loiro, pele branca, olhos claros
Tipo III – cabelo preto ou castanho, pele branca, olhos castanhos ou pretos
Tipo IV – cabelo castanho escuro ou preto, pele jambo ou amarela, olhos castanhos escuros ou pretos
Tipo V – Mulato, pele escura, cabelo preto , olhos pretos
Tipo VI – Negro, pele negra, cabelo preto, olhos pretos
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FOTOSSENSIBILIDADE
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DOSIMETRIA
TESTE DE SAIDMAN 
DEM (DOSE DE ERITEMA MÍNIMO)
MATERIAL: 2 cartolinas pretas (10 orifícios +/- 1 cm e a outra inteira)
Distância lâmpada = 25cm
Região sensível p/ teste; abdomen, anterior antebraço
Definir tempo de exposição = 15 a 60”
Numerar na pele cada orifício irradiado
Proteger olhos
Tabelar número do orifício com o tempo correspondente
Observar após +/- 8 horas o DEM
Iniciar tratamento de acordo com o DEM; manter distância do teste, quando em tratamento
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ERITEMA
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GRAUS DE ERITEMA
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