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AULA 09 - Tecnologia da Construção - Estruturas Metálicas - Alvenaria Estrutural

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Unidade 5 - ESTRUTURAS 
Sistemas constituídos por arcos unidirecionais
Aeroporto Augusto Severo - Natal / 2000
5.1 Projeto em geral: plantas de execução
5.2 Estrutura de Concreto Armado
5.3 Concreto protendido
5.4 Concreto pré-moldado
5.5 Estrutura Metálica
5.6 Alvenaria Estrutural
5.7 Parede estrutural (formas metálicas, EPS, PVC)
5.8 Steel frame
Unidade 5 - ESTRUTURA 
5.5 - ESTRUTURAS METÁLICAS
Introdução ao estudo :
A utilização do Aço na Construção de estruturas metálica é
recente no Brasil  no exterior , principalmente nos EUA, tem alto
percentual de aplicação em relação a outros tipos de estruturas.
1901 – Estação da Luz - SP 1910 a 1913 – Viaduto Sta. Efigênia
1851 – Início da utilização em 
grandes coberturas (naves), 
Palácio de Cristal - Londres 
projeto por Joseph Paxton.
1779 – Primeira obra 
importante de ferro, 
ponte Rio Severn 
Coalbrookdale
Inglaterra.
• Por ser mais resistente e
constituir-se de um material
homogêneo e de comportamento
linear, viabiliza peças
trabalhando à compressão com
pequenas seções, relativa à
magnitude das cargas.
 
 
 
 
World Trade Center 
(altura - 417m) 
 
 Estrutura desenvolvida em torno 
 de um núcleo central em concreto 
 Lajes constituídas por estrutura 
nervurada mista aço x concreto 
 
 
GRANDES EDIFÍCIOS
- Esbeltez dos pilares -
• Desta forma, aplica-se com
vantagens em Edifícios Altos,
tendo em vista que as menores
seções de pilares ocupam menor
área de arquitetura, que os
pilares de concreto.
• Esta vantagem se torna muito
significativa para edifícios com
mais de 50 pavimentos.
Novo World Trade Center - 417 m
 
 
 
 
World Trade Center 
(altura - 417m) 
 
 Estrutura desenvolvida em torno 
 de um núcleo central em concreto 
 Lajes constituídas por estrutura 
nervurada mista aço x concreto 
 
 
 
 
 
 
World Trade Center 
(altura - 417m) 
 
 Estrutura desenvolvida em torno 
 de um núcleo central em concreto 
 Lajes constituídas por estrutura 
nervurada mista aço x concreto 
 
 
Anos 30 – Nova York – EUA
Empire State Building
• Área construída: 185.000 m2
• Peso da estrutura metálica: 60.000 ton
• Fundações: a 17 m abaixo do nível da rua em Concreto armado
• Esqueleto estrutural: Pilares e vigas metálicas
• Laje de piso: Sistema misto especial
• Paredes externas: Alvenaria convencional com esquadrias
• Paredes internas: Alvenaria convencional
• Instalações: completas e serviços Hidráulicas, sanitárias, 
elétricas, telefônicas, TV, ar condicionado, aquecimento
• Altura: até o 103 andar 373 m
• Altura: até o topo da antena 443 m
• Início das escavações p/ fundações: 22/01/1930
• Data de inauguração: 01/05/1931
• Tempo total da obra: 1 ano e 5 meses
Empire State Building (103 andares)
Gate Capital Tower - Abu Dhabi - Emirados Arabes
O splash (grelha 
de aço inoxidável) 
imita ondas e 
serve p/ sombra .
Peso total do aço
de 21.500 ton .
A torre mais inclinada do mundo 
(4 vezes mais inclinada que a Torre de Pisa, na Itália)
53 mil m² de 
construção, com 
esqueleto do tipo 
diagonagrid, 
usado em 
edificações de 
grande porte, pois 
exige menor 
quantidade menor 
de aço estrutural. Capital Tower – Abu Dabhi
APLICAÇÕES
OBRAS DE FORMAS LIVRES
 As estruturas metálicas passam a tomar um
espaço que era exclusivo do concreto, o das
formas livres.
 As maiores conquistas ocorreram com a
possibilidade de encurvar as peças de aço.
 Esta posição se deu em decorrência dos
grandes avanços tecnológicos tanto na
produção de aços de ligas especiais que lhe
conferem resistência e durabilidade, como de
técnicas aplicadas à própria confecção das
estruturas.
Museu Gulggenhein – Bilbao – ESP
Estruturas em aço revestidas com titânio
Museu Gulggenhein
Apesar da irregularidade, todos os pilares chegam às fundações
• Criadas empresas nacionais para fornecer produtos e serviços
• Vasto e concorrido mercado de materiais atualmente
• Metade dos aços não existia no início dos anos 90
Concreto 
sistema 
construtivo
mais usado
no Brasil
Aprimoramento
da tecnologia
Menor tempo
na construção
Estruturas
metálicas 
melhor
opção
Evolução da indústria no Brasil
Após a 2a Guerra 
Usina de Volta Redonda 
a maior na America Latina
A indústria no Brasil
Anos 50/60 
Ed. Avenida Central - RJ
4. Proximidade de orla marítima
A escolha do aço é feita em função de aspectos ligados a :
1. Meio ambiente onde as estruturas se localizam,
2. Previsão do comportamento estrutural das partes face 
à geometria e esforços solicitantes.
3. Meio industrial com atmosfera agressiva à estrutura, 
5. Manutenção necessária e disponível ao longo do tempo
Custos :
 No Brasil, construções convencionais de edificações:
· 40% custo de mão de obra direta ou indireta;
· 60% custo de materiais.
 Custo (Mão de obra em campo = 2 x Indústria).
 Construção industrializada:
· Diminuição das operações construtivas em campo;
· Racionalização e uso de materiais de melhor 
qualidade e de menores preços.
 Numericamente a construção industrializada
metálica, pode levar a uma economia de até 25%.
Ponte sobre Rio Pinheiros - SP
Içamento da Chaminé - Caldeira
Peso da peça içada: 13 ton.
INTEGRAÇÃO TOTAL
• Para evitar interferências físicas e
incompatibilidades durante a execução.
• A estrutura metálica é formada por perfis de seção
aberta e a geometria deve ser contemplada na
solução arquitetônica.
• Compatibilização com outras disciplinas e
atualização constante das informações evita pontos
cegos na interface e modificações.
• 95% dos problemas podem ser sanados com
combinação de técnica, interpretação dos projetos e
compatibilização eliminando conflitos.
NORMAS DE PROJETO DE ESTRUTURAS DE AÇO
NBR 8.800  Estabelece requisitos básicos que devem ser
obedecidos no projeto a temperatura ambiente de estruturas
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edificações.
NBR 14.323  Dimensionamento de estruturas em situação de 
incêndio. Proteção antifogo (fire proofing) no caso de T > 3000o C
NBR 15421  Para estruturas sujeita a ação de sismos
NBR 14762  Dimensionamento de estruturas de perfis formados a frio
DESENHOS DE PROJETO
- Desenhos de montagem
• Indicam as dimensões principais da estrutura, marcas das pecas,
dimensões das barras, elevação das placas de base de pilares,
dimensões para colocação dos chumbadores, locação, tipo e
dimensão dos parafusos, soldas no campo, posição de montagem e
outras informações necessárias a montagem da estrutura. São
indicados todos elementos essenciais a integridade da estrutura.
- Desenhos de fabricação
• Traduzem para a fábrica informações contidas para a produção
dos elementos da estrutura, incluindo materiais e especificações,
tipo e dimensão dos parafusos e soldas de fabrica e campo.
• Deve indicar a sequencia de execução de ligações importantes,
evitando o aparecimento de empenos ou tensões residuais
excessivos.
As colunas de edifícios são dimensionadas fundamentalmente à
compressão. São utilizados então perfis que possuam inércia
significativa também em relação ao eixo de menor inércia, como
é o caso dos perfis “H” que têm largura da mesa, igual ou
próxima à altura da seção. Abaixo alguns perfis usados.
PEÇAS ESTRUTURAIS E DISTRIBUIÇÃO DE ESFORÇOS
COLUNAS
 Os perfis de aço utilizados nas vigas dos edifícios são
dimensionados pressupondo-se que terão a mesa superior
travada pelas lajes. Assim as vigas não estarão portanto sujeitas
ao fenômeno da flambagem lateral com torção.
VIGAS
 No caso de vigas bi-apoiadas, é comum usar vigas mistas ondeo
perfil em aço trabalha solidário com a laje, obtendo-se uma
solução mais econômica. A fig. abaixo mostra o funcionamento
de algumas soluções para as vigas de estrutura metálica.
Da mesma forma que as estruturas de aço de coberturas os edifícios
estruturados em aço necessitam de um sistema que garanta a
estabilidade do conjunto estrutural. Este sistema pode ser composto de
elementos que formam triângulos em determinados planos da estrutura
ou por elementos que são unidos rigidamente.
CONTRAVENTAMENTOS
• Devem ser fabricados conforme as normas brasileiras (NBR’s).
• As NBR’s contem disposições para fabricação dos materiais
segundo normas estrangeiras, especialmente as:
- ASTM (American Society for Testing and Materials)
- AWS (American Weldung Society)
- DIN (Deutsche Industrie Normen)
- ou segundo codificação dos fabricantes.
Perfis 
I: para vigas
H: para pilares
Perfis 
U: para vigas secundárias
secundárias, Terças.
Perfis 
L (cantoneiras): treliças 
e peças secundárias
FABRICAÇÃO DE AÇOS ESTRUTURAIS :
TIPOS DE AÇOS ESTRUTURAIS
Os aços mais usados estão listados na tabela abaixo:
- OBSERVAÇÕES:
• O aço mais utilizado em estruturas é o aço carbono ASTM A 36 (0,29 % de C),
• A CSN fabrica o aço denominado CORTEN, com elevada resistência a corrosão
atmosférica com (0,25-0,40) % de Cu. A Usiminas fabrica análogo, chamado SAC 50,
• Os parafusos de alta resistência utilizados como conectores são fabricados com aço
carbono sujeito a tratamento térmico (especificação ASTM A 325).
PERFIS
– É o aço carbono laminado, apresentado nas mais diversas formas
Formas Dimensões comerciais 
I (6 – 24) " 
H (6 – 24) " 
U (3 – 15) " 
L (5/8 – 2) " 
 Designação: Nome / Espessura / Largura / Comprimento.
Ex. Chapa 1"x 1,10m x 2,20 m
Tabela de perfis I e H laminados - Dimensões e propriedades geométricas 
 
d - altura do perfil 
d´ - altura livre da alma 
h - altura interna 
bf - largura da aba 
tf - espessura da aba 
tw - espessura da alma 
R - raio de concordância 
Massa 
Linear d bf ESPESSURA h d' Área rt It Esbeltez Cw u BITOLA 
mm x kg/m 
Kg/m mm mm mm mm mm mm cm2 cm cm4 bf/2tf d'/tw cm6 m²/m 
W 150 x 13,0 13,0 148 100 4,3 4,9 138 118 16,6 2,60 1,72 10,20 27,49 4.181 0,67 
W 200 x 15,0 15,0 200 100 4,3 5,2 190 170 19,4 2,55 2,05 9,62 39,44 8.222 0,77 
W 250 x 115,0 (H) 115,0 269 259 13,5 22,1 225 201 146,1 7,16 212,00 5,86 14,87 975.265 1,53 
W 310 x 125,0 (H) 125,0 312 312 17,4 17,4 277 245 159,0 8,38 177,98 8,97 14,09 1.911.029 1,81 
W 530 x 109,0 109,0 539 211 11,6 18,8 501 469 139,7 5,44 131,38 5,61 40,47 1.991.291 1,87 
W 610 x 174,0 174,0 616 325 14,0 21,6 573 541 222,8 8,58 286,88 7,52 38,63 10.915.665 2,48 
 
Tabela de PERFIS U LAMINADOS Padrão Americano 
 
h, c, tf, ho, constantes para cada grupo 
hxpeso h hg,c,tf to to b Área h/btf Ix Wx ix Iy Wy iy xg 
polXkg/m mm mm pol mm mm cm² 1/cm cm4 cm² cm cm4 cm³ cm cm 
3"x 6,1 76,2 62,4 170 4,32 35,8 7,78 3,06 68,9 18,1 2,98 8,2 3,32 1,03 1,11 
4"x 8,0 101,6 86,6 180 4,57 40,1 10,1 3,37 159,5 31,4 3,97 13,1 4,61 1,14 1,16 
6"x 12,2 152,4 135,0 200 5,08 48,8 15,5 3,59 546 71,7 5,94 28,8 8,06 1,36 1,30 
12"x 37,2 302,8 - 387 9,83 77,4 47,4 3,02 6010 394 11,3 186,1 30,9 1,98 1,71 
15"x 52,1 381,0 - 422 10,7 86,9 66,4 2,66 13360 701 14,2 347 51,8 2,29 1,99 
 Tabela de CANTONEIRAS Abas iguais ( 5/8" a 2" ) 
 
Perfil 
Dimensões 
Altura Espessura Área Peso 
Ix = 
Iy 
Wx = 
Wy 
ix = 
iy 
i 
máx 
i 
min 
Xg = 
Yg 
h (pol) h (mm) to (pol) cm² kg/m cm4 cm³ cm cm cm cm 
3/4 x 3/4 19 x 19 1/8 1,16 0,88 0,37 0,28 0,58 0,73 0,38 0,58 
1 x 1 25 x 25 1/8 1,48 1,19 0,83 0,49 0,76 0,96 0,51 0,76 
2 x 2 51 x 51 3/16 4,58 3,63 11,23 3,11 1,57 1,99 0,99 1,44 
 
Tabela de CANTONEIRAS Abas iguais ( 5/8" a 2" ) 
 
Perfil 
Dimensões 
Altura Espessura Área Peso 
Ix = 
Iy 
Wx = 
Wy 
ix = 
iy 
i 
máx 
i 
min 
Xg = 
Yg 
h (pol) h (mm) to (pol) cm² kg/m cm4 cm³ cm cm cm cm 
3/4 x 3/4 19 x 19 1/8 1,16 0,88 0,37 0,28 0,58 0,73 0,38 0,58 
1 x 1 25 x 25 1/8 1,48 1,19 0,83 0,49 0,76 0,96 0,51 0,76 
2 x 2 51 x 51 3/16 4,58 3,63 11,23 3,11 1,57 1,99 0,99 1,44 
 
Tabela de CANTONEIRAS Abas iguais ( 5/8" a 2" ) 
 
Perfil 
Dimensões 
Altura Espessura Área Peso 
Ix = 
Iy 
Wx = 
Wy 
ix = 
iy 
i 
máx 
i 
min 
Xg = 
Yg 
h (pol) h (mm) to (pol) cm² kg/m cm4 cm³ cm cm cm cm 
3/4 x 3/4 19 x 19 1/8 1,16 0,88 0,37 0,28 0,58 0,73 0,38 0,58 
1 x 1 25 x 25 1/8 1,48 1,19 0,83 0,49 0,76 0,96 0,51 0,76 
2 x 2 51 x 51 3/16 4,58 3,63 11,23 3,11 1,57 1,99 0,99 1,44 
 
Tubo sem Costura Tubo com costura Tubos MSH 
 
Retangular Redondo, 
Quadrado, Retangular, 
Mecânico Laminado, 
Perfilado Quadrado, 
Perfilado 
Redondos 1, 2 e 3 Industrial 
com Costura, Quadrado, 
Retangular, Fórmulas, 
Tubos Condutores API 
SL/line pipe 
Circulares, Quadrados, 
Retangulares 
 
Desenho Isométrico
TUBULAÇÕES
Tubos sem costura
São produzidos por processo de laminação a quente, a partir de bloco
maciço de seção redonda de aço, o qual será laminado e perfurado por
mandril, obtendo-se dessa maneira, suas dimensões finais.
São resfriados em leito de resfriamento, até temperatura ambiente, e, por
possuírem uniforme distribuição de massa em torno de seu
centro,mantém temperatura praticamente constante ao longo de todo o
seu comprimento e em qualquer ponto de sua seção transversal. Por esse
motivo possuem baixo nível de tensões residuais.
Tubos com costura
Produzidos a partir de chapas 
de aço calandrada e costurados 
(soldados) no encontro das 
mesmas. 
A zona termicamente afetada 
pelo processo de soldagem 
(ZTA) possui níveis de tensões 
residuais diferente das demais 
regiões da seção transversal do 
tubo, também tensionadas 
devido ao processo de 
calandragem e expansão. 
1. Colaboração estreita
entre a fábrica e a obra
para que o processo de
fabricação acompanhe a
evolução da construção.
Por esta razão em
estruturas complexas,
ambas fases devem ser
executadas pela mesma
entidade;
2. Grande precisão geométrica necessária para executar a
montagem e ligação dos elementos;
CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Considerações iniciais:
3. Planejamento de medidas de correção de
desvios, bem como estipular tolerâncias de
execução na fase de montagem (ventos, ...)
IMPLANTAÇÃO DA ESTRUTURA NO TERRENO
• Topografia para construção das fundações:
- Sistema de referência no terreno coordenado nas 3 dimensões.
Erro comum é o desalinhamento entre o posicionamento real dos
pontos de ligação entre as fundações e a estrutura;
• Fixações dos pilares nas fundações:
- Os pilares são fixados nos blocos de fundações por placas 
em aço, aparafusadas em chumbadores imersos no concreto.
FUNDAÇÕES E LIGAÇÃO À ESTRUTURA
Ligação Fundações à Estrutura
• Normalmente, a construção de 
fundações e a montagem da 
estrutura metálica são executadas 
por diferentes executantes. Desta 
forma, é necessária uma 
coordenação estreita entre os 
chumbadores nas fundações com o 
posicionamento da estrutura. 
• A ligação entre fundações e a estrutura é 
uma fase que pode originar erros irreversíveis 
no alinhamento e posicionamento da estrutura 
elevada. 
• Uma forma de minimizar estes erros é colocação dos chumbadores
pela empresa de montagem na execução das fundações;
• Outra forma, consiste em 
deixar por concretar os pontos 
da fundação onde serão 
chumbadas as ligações, 
deixando a sua colocação para 
o executante da montagem da 
estrutura, sendo os 
chumbadores depois fixados 
com “grout”;
Fixações:
- Para não haver corrosão 
das placasde fixação, se 
eleva a ligação acima do 
piso por meio de um 
pescoço de concreto.
- Se não for possível a 
ligação deve ser embutida 
no concreto, através de 
concretagem posterior.
Devido à grande precisão geométrica do projeto (mm), a
montagem tanto das colunas como das vigas, deve ser
executada cuidadosamente, não só porque é um procedimento
crítico no que diz respeito à segurança, mas também porque
pode danificar o revestimento dos elementos, constituindo-se
um ponto fraco na proteção da estrutura.
A sua reparação em altura também consiste num
processo de difícil execução.
Após a montagem da estrutura, procede-se ao seu
alinhamento de acordo com o projeto. Os elementos da
estrutura são movidos para a sua correta posição através
do auxílio de equipamentos de sustentação (tirfors),
cabos de aço e sistemas de roldanas. Com o apoio da
topografia é feita conferência e controle.
• O vento é das ações mais 
condicionantes para a 
estrutura acabada, mas 
também em todas fases de 
montagem. O problema é 
agravado pela variabilidade 
da sua direção e intensidade 
e pela mudança das 
condições aerodinâmicas 
inerentes ao edifício durante 
a construção já que a sua 
forma vai sendo alterada.
Segurança:
• Existem fatores que podem inviabilizar a segurança de uma 
estrutura parcialmente montada, sendo os mais condicionantes 
o vento e a temperatura.
• A temperatura é 
responsável por grande 
parte dos desvios de 
verticalidade que podem 
ocorrer durante a 
construção do edifício, 
pelo que a sua verificação 
deve ser efetuada em dias 
frescos ou com pouca 
incidência solar ou depois 
da estrutura ter uma 
temperatura uniforme, o 
que acontece normalmente 
ao fim do dia.
Segurança:
• No caso de edifícios altos a ação do vento dificulta os
trabalhos de colocação dos elementos metálicos e de
manuseio dos guindastes, bem como as condições para
os trabalhadores em altura, devendo ser garantida a
segurança ao vento das plataformas de trabalho
temporárias.
• Assim, para 
mitigar ações 
horizontais 
devem ser 
dimensionadas 
estruturas 
provisórias de 
travamento, 
para 
contraventar. 
ARMAZENAGEM DAS PEÇAS ESTRUTURAIS
• As peças metálicas devem chegar à obra pintadas e
embaladas, ser distribuídas em local seco e, de preferência,
abrigadas das intempéries e colocadas próximas ao local de
montagem. Nos lotes, devem constar claramente a
numeração e a posição das peças, que devem ser retiradas
da embalagem pela programação diária de montagem.
EQUIPAMENTOS - PLANO DE ELEVAÇÃO DE CARGAS
• Os equipamentos pesados usados na construção de um
edifício alto em estrutura metálica consistem
essencialmente em dispositivos de elevação de material,
como é o caso de gruas, fixas ou móveis, plataformas
elevatórias e guindastes de lança telescópica.
Guindastes 
telescópicos
Operação com dois guindastes telescópicos
Cabrea no mar
Guindaste sobre 
esteiras
Gruas
Guindastes
Fixos
PLANEJAMENTO DA MONTAGEM - ELEVAÇÃO DE CARGAS
Na montagem de uma estrutura metálica, a
movimentação das peças, tanto na recepção como na
posterior montagem é um processo que deve ser
planejado pormenorizadamente.
Assim, no planejamento de montagem devem ser
considerados os meios de movimentação utilizados na
obra, o seu posicionamento, a sua capacidade de carga
e à área abrangida pela sua lança.
Procura-se a otimização operacional dos equipamentos
usados, tendo como principais condicionantes de decisão
os pontos:
 Localização da obra;
 Duração da obra;
 O peso da peça a montar;
 As dimensões e a forma geométrica das peças;
 As condições geotécnicas do terreno;
 O posicionamento das peças a montar;
 Caminho a se movimentado;
 Distância máxima e os prováveis obstáculos;
 As condições geotécnicas do terreno;
 Ângulos da lança do guindaste;
 Recepção do material e áreas de armazenagem;
 Montagem e desmontagem dos equipamentos.
A movimentação de peças em obra é um processo que deve ser
executado cuidadosamente, em que a condicionante principal
deve ser a segurança dos operadores. Assim todo o
equipamento a usar na obra deve ser acompanhado dos
correspondentes certificados que atestam a sua segurança.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ELEVAÇÃO DE CARGAS:
• O terreno onde o guindaste 
se encontra apresenta um 
papel preponderante, no que 
diz respeito às suas 
características geotécnicas e 
ao seu nivelamento.
o O empilhamento das peças, 
quer seja no transporte ou na 
obra, deve prever a sua 
posterior movimentação 
permitindo com facilidade a 
operação dos guindastes.
o As peças devem estar 
dispostas sobre barrotes de 
madeira resistentes para 
suportar o seu peso e com 
espessura suficiente para 
permitir a colocação de 
correias ou cabos para o 
içamento.
As gruas, depois de 
montadas, devem ser 
testadas até à sua 
capacidade de carga 
máxima para evitar o 
derrubamento. 
A movimentação das peças pode danificar o revestimento do aço,
essencial para garantir a proteção da estrutura metálica tanto ao
fogo como à corrosão. Por esta razão, a utilização de correias é
sempre preferível face cabos de aço, até porque são menos
susceptíveis a escorregamentos. Outra forma de proteção é a
colocação de lonas e calços em madeira entre as correias e a
superfície da peça a içar. Estes calços permitem também o
nivelamento da peça na posição pretendida e aumentam o atrito
entre superfícies, pelo que reduzem o risco de escorregamentos.
Correias 
de amarração
No caso da existência de peças muito pesadas para os
equipamentos disponíveis pode ser solicitado ao projetista
reposicionar as ligações da peça à estrutura, na tentativa de
alterar as suas dimensões e peso, permitindo a sua elevação.
Projeto Carajás, em São Luís (MA)
Pode ser necessária a construção de equipamentos de
movimentação específicos para cumprir os requisitos de
operacionalidade da obra em particular, sendo sempre
soluções a evitar, já que o equipamento fica obsoleto após a
conclusão da obra, o que acarreta custos significativamente
acrescidos para o empreiteiro de montagem.
11.NOV.1994
TRADE DARING PARTE AO MEIO NO TERMINAL DA CVRD
Exercício:
Verificar se o guindaste suporta içar uma viga de 5
toneladas há 20 m de altura numa edificação.
5.6 – ALVENARIA ESTRUTURAL 
5.6 – ALVENARIA ESTRUTURAL 
É um sistema construtivo racionalizado, no qual os elementos que
desempenham a função estrutural são de alvenaria, ou seja, os
próprios blocos. No sistema convencional de construção, as
paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, encarregados
de receber o peso da obra.
Os pilares e vigas são desnecessários, pois as paredes – chamadas
portantes – distribuem a carga uniformemente ao longo da
fundação. Na alvenaria estrutural elimina-se a estrutura
convencional, o que conduz a importante simplificação do processo
construtivo, reduzindo etapas e mão-de-obra, com conseqüente
redução do tempo de execução e dos custos.
A utilização desse sistema permite diminuição significativa no
custo total da obra. Bem utilizado, o sistema pode baratear a
construção em média 30%, em relação ao sistema convencional de
estrutura em concreto armado, conforme ilustra as diversas fotos
dessa página e a lista de vantagens do sistema mais adiante.
Hoje nos EUA, Inglaterra,
Alemanha e muitos outros países,
a Alvenaria Estrutural atinge níveis
de cálculo, execução e controle
similares às aplicadas na estrutura
de aço e concreto, constituindo
num econômico e competitivo
sistema racionalizado, versátil e de
fácil industrialização. .
L’Acqua Condominium Club
Natal (RN)
5 torres de18 e 20 andares
A utilização desse sistema permite diminuição significativa no
custo total da obra. Bem utilizado, o sistema pode baratear a
construção em média 30%, em relação ao sistema convencional de
estrutura em concreto armado, conforme ilustra as diversas fotos
dessa página e a lista de vantagens do sistema mais adiante.
Abaixo vantagens na utilização do sistema de Alvenaria Estrutural
na execução da obra, gerando redução média de custo de 30%:
1 - Economia de fôrmas, armaduras e concreto 
2 - Redução de mão-de-obra e tipos de materiais 
3 - Facilidade de projeto, detalhamento e supervisão da obra 
4 - Técnica de execução simplificada 
5 - Eliminação de rasgos para embutir instalações 
6 - Redução do resserviço e do retorno ao imóvel para corrigir falhas 
7 - Redução de espessuras de revestimentos 
8 - Resistência ao fogo, bom isolamento térmico e acústico 
9 - Durável, exige pouca manutenção 
10 - Racionalização da execução das obras e maior velocidade 
11 - Redução de quebras, desperdícios e entulho na obra 
12 - Os blocos podem ser produzidos em resistências variadas 
13 - Podem ser produzidos com diferentes formas, cores e texturas 
14 - Possuem vazados de grandes dimensões que permitem a 
passagem de tubulação elétrica e, em alguns casos, sanitárias 
15 - Apresentam baixíssima variação de dimensões, evitando 
desperdícios por quebras em obra 
ALVENARIA ESTRUTURAL:
• Suporta o peso da edificação e cargas
• NÃO-ARMADA: compressão
• ARMADA: compressão / tração ALVENARIA de VEDAÇÃO: 
• Não tem função estrutural 
• Sendo dimensionada apenas para 
suportar o seu próprio peso.
ALVENARIAS - CONCEITOS
ALVENARIA ESTRUTURAL - USOS
RECOMENDADO:
Edificações com paredes limitando vãos médios ≥ 4,5 m ou pouco mais em vãos repetitivos.
EXEMPLOS: casas, sobrados, edifícios residenciais / comerciais, motéis, hotéis, hospitais, 
escolas, muros de arrimo, piscinas, reservatórios.
USO SOB ANÁLISE ESPECÍFICA:
• Grandes vãos, alternância de cargas, balanços.
Condomínios horizontais
ECONOMIA – ALVENARIA ESTRUTURAL
ELIMINAÇÃO DE FORMAS
a madeira cara e restrita ecológicamente
REDUÇÃO DO VOLUME DE 
CONCRETO E AÇO
as armaduras são indispensáveis em
qualquer elemento de concreto armado
as etapas no CA são obrigatoriamente
seqüenciais, consumindo tempo ESPESSURA MENOR DE REVESTIMENTO
MAIOR PRODUTIVIDADE DA M. O.
Armaduras trabalhadas 
e em grande quantidade
Estrutura: ≥ 20% do custo da obra
Fôrmas representam ≥ 5% (até 
7,5%) do custo da obra
ECONOMIA – ALVENARIA ESTRUTURAL
Formas: ≥ 25% do custo da estrutura
NORMALIZAÇÃO
• ABNT NBR 15270:1 – Componentes Cerâmicos – Parte 1:
Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação - Terminologia e requisitos.
• ABNT NBR 15270:2 – Componentes Cerâmicos – Parte 2:
Blocos cerâmicos para alvenaria Estrutural - Terminologia e requisitos.
• ABNT NBR 15270:3 – Componentes Cerâmicos – Parte 3:
Blocos cerâmicos para alvenaria Estrutural e Vedação - Métodos de ensaio.
• ABNT NBR 15812 -1:2010 - Alvenaria estrutural — 15/04/2010
Blocos cerâmicos - Parte 1: Projetos
• ABNT NBR 15812 -2:2010 - Alvenaria estrutural — 15/04/2010
Blocos cerâmicos - Parte 2: Execução e controle de obras
Componentes básicos da Alvenaria Estrutural
MÓDULOS DE BLOCOS
• Otimização de projetos já racionalizados
• Maior produtividade
• Maior flexibilidade
• Melhor gerenciamento da execução
• Distribuição de cargas
BLOCO DE VEDAÇÃO CERÂMICO FURO VERTICAL
MÓDULOS DE BLOCOS - 15 ou 20
BLOCO INTEIRO ESPESSURAS: 7 / 9 / 11,5 / 14 / 19 cm
MEIO BLOCO FRACIONÁVEIS
MELHOR AJUSTE MODULAR
QUAL O CONTEÚDO?
 Planta de compatibilização (conferência);
 Planta de marcação;
 Plantas de locação de passagens de elétrica e hidráulica;
 Caderno de detalhes e especificações técnicas;
 Caderno de elevações.
BLOCO DE VEDAÇÃO CERÂMICO - PROJETO
TUBULAÇÕES ELÉTRICAS NAS
ALVENARIAS SEM QUEBRAS E
DESPERDÍCIOS
BLOCO DE VEDAÇÃO CERÂMICO - PROJETO
Porque utilizar
PROJETO DE ALVENARIA?
as vedações verticais 
correspondem, de 2 à 3% 
do custo do edifício;
considerando interfaces 
com subsistemas - 20% -
grande potencial de 
racionalização;
menores índices de 
desperdícios de materiais 
e de patologias;
COMO CONHECER O PRODUTO ADEQUADO?
• Adesão ao PSQ – PBQP-H
• Certificações por OCC credenciadas pelo INMETRO.
• Referências de mercado.
• Resumindo: PRODUTOS dentro da Norma ABNT NBR 15.270:2005 e Portaria 127:2005 
- INMETRO
• Comprovação de desempenho por ensaios feitos em laboratórios credenciados.
CONTROLE DE QUALIDADE
ENSAIOS FÍSICOS
• compressão
• dimensionais
• desvios de esquadros
• planeza de face
ENSAIO DE COMPRESSÃO DE PAREDES
Ensaio de compressão axial em 
paredes construídas aos 28 dias.
Relações de eficiência
fcparede/fcbloco = 36%
fcprisma oco / fcbloco = 50%
ffissuração / fruptura = 50%
BLOCO ESTRUTURAL CERÂMICO
Altas resistências
fbmin > 10 MPa
Excelente conforto 
termoacústico
Flexibilidade
para projetos.
Menor peso,
Maior produtividade
Maior inércia térmica, 
Menor fadiga.
Menor
permeabilidade
MÓDULO 15 - CARACTERÍSTICAS
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
fbk > 10 MPa
RELAÇÕES DE EFICIÊNCIA
fcparede/fcbloco = 36%
fcprisma oco / fcbloco = 50%
ffissuração / fruptura = 50%
ATRASO TÉRMICO = 4,5 h
ÍNDICE DE ENFRAQUECIMENTO ACÚSTICO = 48 db
RESISTÊNCIA AO FOGO
• corta-fogo: 1,5h
• para-chamas: 3 h
• estável: 3 h
OBRAS ESTRUTURAIS
Porto Alegre – RS
11 pavimentos
2005
8 PAVIMENTOS / MÓDULO 15 - BARUERI
Condomínios horizontais
OBRIGADO !!

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