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Unidade 5 - ESTRUTURAS Sistemas constituídos por arcos unidirecionais Aeroporto Augusto Severo - Natal / 2000 5.1 Projeto em geral: plantas de execução 5.2 Estrutura de Concreto Armado 5.3 Concreto protendido 5.4 Concreto pré-moldado 5.5 Estrutura Metálica 5.6 Alvenaria Estrutural 5.7 Parede estrutural (formas metálicas, EPS, PVC) 5.8 Steel frame Unidade 5 - ESTRUTURA 5.5 - ESTRUTURAS METÁLICAS Introdução ao estudo : A utilização do Aço na Construção de estruturas metálica é recente no Brasil no exterior , principalmente nos EUA, tem alto percentual de aplicação em relação a outros tipos de estruturas. 1901 – Estação da Luz - SP 1910 a 1913 – Viaduto Sta. Efigênia 1851 – Início da utilização em grandes coberturas (naves), Palácio de Cristal - Londres projeto por Joseph Paxton. 1779 – Primeira obra importante de ferro, ponte Rio Severn Coalbrookdale Inglaterra. • Por ser mais resistente e constituir-se de um material homogêneo e de comportamento linear, viabiliza peças trabalhando à compressão com pequenas seções, relativa à magnitude das cargas. World Trade Center (altura - 417m) Estrutura desenvolvida em torno de um núcleo central em concreto Lajes constituídas por estrutura nervurada mista aço x concreto GRANDES EDIFÍCIOS - Esbeltez dos pilares - • Desta forma, aplica-se com vantagens em Edifícios Altos, tendo em vista que as menores seções de pilares ocupam menor área de arquitetura, que os pilares de concreto. • Esta vantagem se torna muito significativa para edifícios com mais de 50 pavimentos. Novo World Trade Center - 417 m World Trade Center (altura - 417m) Estrutura desenvolvida em torno de um núcleo central em concreto Lajes constituídas por estrutura nervurada mista aço x concreto World Trade Center (altura - 417m) Estrutura desenvolvida em torno de um núcleo central em concreto Lajes constituídas por estrutura nervurada mista aço x concreto Anos 30 – Nova York – EUA Empire State Building • Área construída: 185.000 m2 • Peso da estrutura metálica: 60.000 ton • Fundações: a 17 m abaixo do nível da rua em Concreto armado • Esqueleto estrutural: Pilares e vigas metálicas • Laje de piso: Sistema misto especial • Paredes externas: Alvenaria convencional com esquadrias • Paredes internas: Alvenaria convencional • Instalações: completas e serviços Hidráulicas, sanitárias, elétricas, telefônicas, TV, ar condicionado, aquecimento • Altura: até o 103 andar 373 m • Altura: até o topo da antena 443 m • Início das escavações p/ fundações: 22/01/1930 • Data de inauguração: 01/05/1931 • Tempo total da obra: 1 ano e 5 meses Empire State Building (103 andares) Gate Capital Tower - Abu Dhabi - Emirados Arabes O splash (grelha de aço inoxidável) imita ondas e serve p/ sombra . Peso total do aço de 21.500 ton . A torre mais inclinada do mundo (4 vezes mais inclinada que a Torre de Pisa, na Itália) 53 mil m² de construção, com esqueleto do tipo diagonagrid, usado em edificações de grande porte, pois exige menor quantidade menor de aço estrutural. Capital Tower – Abu Dabhi APLICAÇÕES OBRAS DE FORMAS LIVRES As estruturas metálicas passam a tomar um espaço que era exclusivo do concreto, o das formas livres. As maiores conquistas ocorreram com a possibilidade de encurvar as peças de aço. Esta posição se deu em decorrência dos grandes avanços tecnológicos tanto na produção de aços de ligas especiais que lhe conferem resistência e durabilidade, como de técnicas aplicadas à própria confecção das estruturas. Museu Gulggenhein – Bilbao – ESP Estruturas em aço revestidas com titânio Museu Gulggenhein Apesar da irregularidade, todos os pilares chegam às fundações • Criadas empresas nacionais para fornecer produtos e serviços • Vasto e concorrido mercado de materiais atualmente • Metade dos aços não existia no início dos anos 90 Concreto sistema construtivo mais usado no Brasil Aprimoramento da tecnologia Menor tempo na construção Estruturas metálicas melhor opção Evolução da indústria no Brasil Após a 2a Guerra Usina de Volta Redonda a maior na America Latina A indústria no Brasil Anos 50/60 Ed. Avenida Central - RJ 4. Proximidade de orla marítima A escolha do aço é feita em função de aspectos ligados a : 1. Meio ambiente onde as estruturas se localizam, 2. Previsão do comportamento estrutural das partes face à geometria e esforços solicitantes. 3. Meio industrial com atmosfera agressiva à estrutura, 5. Manutenção necessária e disponível ao longo do tempo Custos : No Brasil, construções convencionais de edificações: · 40% custo de mão de obra direta ou indireta; · 60% custo de materiais. Custo (Mão de obra em campo = 2 x Indústria). Construção industrializada: · Diminuição das operações construtivas em campo; · Racionalização e uso de materiais de melhor qualidade e de menores preços. Numericamente a construção industrializada metálica, pode levar a uma economia de até 25%. Ponte sobre Rio Pinheiros - SP Içamento da Chaminé - Caldeira Peso da peça içada: 13 ton. INTEGRAÇÃO TOTAL • Para evitar interferências físicas e incompatibilidades durante a execução. • A estrutura metálica é formada por perfis de seção aberta e a geometria deve ser contemplada na solução arquitetônica. • Compatibilização com outras disciplinas e atualização constante das informações evita pontos cegos na interface e modificações. • 95% dos problemas podem ser sanados com combinação de técnica, interpretação dos projetos e compatibilização eliminando conflitos. NORMAS DE PROJETO DE ESTRUTURAS DE AÇO NBR 8.800 Estabelece requisitos básicos que devem ser obedecidos no projeto a temperatura ambiente de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edificações. NBR 14.323 Dimensionamento de estruturas em situação de incêndio. Proteção antifogo (fire proofing) no caso de T > 3000o C NBR 15421 Para estruturas sujeita a ação de sismos NBR 14762 Dimensionamento de estruturas de perfis formados a frio DESENHOS DE PROJETO - Desenhos de montagem • Indicam as dimensões principais da estrutura, marcas das pecas, dimensões das barras, elevação das placas de base de pilares, dimensões para colocação dos chumbadores, locação, tipo e dimensão dos parafusos, soldas no campo, posição de montagem e outras informações necessárias a montagem da estrutura. São indicados todos elementos essenciais a integridade da estrutura. - Desenhos de fabricação • Traduzem para a fábrica informações contidas para a produção dos elementos da estrutura, incluindo materiais e especificações, tipo e dimensão dos parafusos e soldas de fabrica e campo. • Deve indicar a sequencia de execução de ligações importantes, evitando o aparecimento de empenos ou tensões residuais excessivos. As colunas de edifícios são dimensionadas fundamentalmente à compressão. São utilizados então perfis que possuam inércia significativa também em relação ao eixo de menor inércia, como é o caso dos perfis “H” que têm largura da mesa, igual ou próxima à altura da seção. Abaixo alguns perfis usados. PEÇAS ESTRUTURAIS E DISTRIBUIÇÃO DE ESFORÇOS COLUNAS Os perfis de aço utilizados nas vigas dos edifícios são dimensionados pressupondo-se que terão a mesa superior travada pelas lajes. Assim as vigas não estarão portanto sujeitas ao fenômeno da flambagem lateral com torção. VIGAS No caso de vigas bi-apoiadas, é comum usar vigas mistas ondeo perfil em aço trabalha solidário com a laje, obtendo-se uma solução mais econômica. A fig. abaixo mostra o funcionamento de algumas soluções para as vigas de estrutura metálica. Da mesma forma que as estruturas de aço de coberturas os edifícios estruturados em aço necessitam de um sistema que garanta a estabilidade do conjunto estrutural. Este sistema pode ser composto de elementos que formam triângulos em determinados planos da estrutura ou por elementos que são unidos rigidamente. CONTRAVENTAMENTOS • Devem ser fabricados conforme as normas brasileiras (NBR’s). • As NBR’s contem disposições para fabricação dos materiais segundo normas estrangeiras, especialmente as: - ASTM (American Society for Testing and Materials) - AWS (American Weldung Society) - DIN (Deutsche Industrie Normen) - ou segundo codificação dos fabricantes. Perfis I: para vigas H: para pilares Perfis U: para vigas secundárias secundárias, Terças. Perfis L (cantoneiras): treliças e peças secundárias FABRICAÇÃO DE AÇOS ESTRUTURAIS : TIPOS DE AÇOS ESTRUTURAIS Os aços mais usados estão listados na tabela abaixo: - OBSERVAÇÕES: • O aço mais utilizado em estruturas é o aço carbono ASTM A 36 (0,29 % de C), • A CSN fabrica o aço denominado CORTEN, com elevada resistência a corrosão atmosférica com (0,25-0,40) % de Cu. A Usiminas fabrica análogo, chamado SAC 50, • Os parafusos de alta resistência utilizados como conectores são fabricados com aço carbono sujeito a tratamento térmico (especificação ASTM A 325). PERFIS – É o aço carbono laminado, apresentado nas mais diversas formas Formas Dimensões comerciais I (6 – 24) " H (6 – 24) " U (3 – 15) " L (5/8 – 2) " Designação: Nome / Espessura / Largura / Comprimento. Ex. Chapa 1"x 1,10m x 2,20 m Tabela de perfis I e H laminados - Dimensões e propriedades geométricas d - altura do perfil d´ - altura livre da alma h - altura interna bf - largura da aba tf - espessura da aba tw - espessura da alma R - raio de concordância Massa Linear d bf ESPESSURA h d' Área rt It Esbeltez Cw u BITOLA mm x kg/m Kg/m mm mm mm mm mm mm cm2 cm cm4 bf/2tf d'/tw cm6 m²/m W 150 x 13,0 13,0 148 100 4,3 4,9 138 118 16,6 2,60 1,72 10,20 27,49 4.181 0,67 W 200 x 15,0 15,0 200 100 4,3 5,2 190 170 19,4 2,55 2,05 9,62 39,44 8.222 0,77 W 250 x 115,0 (H) 115,0 269 259 13,5 22,1 225 201 146,1 7,16 212,00 5,86 14,87 975.265 1,53 W 310 x 125,0 (H) 125,0 312 312 17,4 17,4 277 245 159,0 8,38 177,98 8,97 14,09 1.911.029 1,81 W 530 x 109,0 109,0 539 211 11,6 18,8 501 469 139,7 5,44 131,38 5,61 40,47 1.991.291 1,87 W 610 x 174,0 174,0 616 325 14,0 21,6 573 541 222,8 8,58 286,88 7,52 38,63 10.915.665 2,48 Tabela de PERFIS U LAMINADOS Padrão Americano h, c, tf, ho, constantes para cada grupo hxpeso h hg,c,tf to to b Área h/btf Ix Wx ix Iy Wy iy xg polXkg/m mm mm pol mm mm cm² 1/cm cm4 cm² cm cm4 cm³ cm cm 3"x 6,1 76,2 62,4 170 4,32 35,8 7,78 3,06 68,9 18,1 2,98 8,2 3,32 1,03 1,11 4"x 8,0 101,6 86,6 180 4,57 40,1 10,1 3,37 159,5 31,4 3,97 13,1 4,61 1,14 1,16 6"x 12,2 152,4 135,0 200 5,08 48,8 15,5 3,59 546 71,7 5,94 28,8 8,06 1,36 1,30 12"x 37,2 302,8 - 387 9,83 77,4 47,4 3,02 6010 394 11,3 186,1 30,9 1,98 1,71 15"x 52,1 381,0 - 422 10,7 86,9 66,4 2,66 13360 701 14,2 347 51,8 2,29 1,99 Tabela de CANTONEIRAS Abas iguais ( 5/8" a 2" ) Perfil Dimensões Altura Espessura Área Peso Ix = Iy Wx = Wy ix = iy i máx i min Xg = Yg h (pol) h (mm) to (pol) cm² kg/m cm4 cm³ cm cm cm cm 3/4 x 3/4 19 x 19 1/8 1,16 0,88 0,37 0,28 0,58 0,73 0,38 0,58 1 x 1 25 x 25 1/8 1,48 1,19 0,83 0,49 0,76 0,96 0,51 0,76 2 x 2 51 x 51 3/16 4,58 3,63 11,23 3,11 1,57 1,99 0,99 1,44 Tabela de CANTONEIRAS Abas iguais ( 5/8" a 2" ) Perfil Dimensões Altura Espessura Área Peso Ix = Iy Wx = Wy ix = iy i máx i min Xg = Yg h (pol) h (mm) to (pol) cm² kg/m cm4 cm³ cm cm cm cm 3/4 x 3/4 19 x 19 1/8 1,16 0,88 0,37 0,28 0,58 0,73 0,38 0,58 1 x 1 25 x 25 1/8 1,48 1,19 0,83 0,49 0,76 0,96 0,51 0,76 2 x 2 51 x 51 3/16 4,58 3,63 11,23 3,11 1,57 1,99 0,99 1,44 Tabela de CANTONEIRAS Abas iguais ( 5/8" a 2" ) Perfil Dimensões Altura Espessura Área Peso Ix = Iy Wx = Wy ix = iy i máx i min Xg = Yg h (pol) h (mm) to (pol) cm² kg/m cm4 cm³ cm cm cm cm 3/4 x 3/4 19 x 19 1/8 1,16 0,88 0,37 0,28 0,58 0,73 0,38 0,58 1 x 1 25 x 25 1/8 1,48 1,19 0,83 0,49 0,76 0,96 0,51 0,76 2 x 2 51 x 51 3/16 4,58 3,63 11,23 3,11 1,57 1,99 0,99 1,44 Tubo sem Costura Tubo com costura Tubos MSH Retangular Redondo, Quadrado, Retangular, Mecânico Laminado, Perfilado Quadrado, Perfilado Redondos 1, 2 e 3 Industrial com Costura, Quadrado, Retangular, Fórmulas, Tubos Condutores API SL/line pipe Circulares, Quadrados, Retangulares Desenho Isométrico TUBULAÇÕES Tubos sem costura São produzidos por processo de laminação a quente, a partir de bloco maciço de seção redonda de aço, o qual será laminado e perfurado por mandril, obtendo-se dessa maneira, suas dimensões finais. São resfriados em leito de resfriamento, até temperatura ambiente, e, por possuírem uniforme distribuição de massa em torno de seu centro,mantém temperatura praticamente constante ao longo de todo o seu comprimento e em qualquer ponto de sua seção transversal. Por esse motivo possuem baixo nível de tensões residuais. Tubos com costura Produzidos a partir de chapas de aço calandrada e costurados (soldados) no encontro das mesmas. A zona termicamente afetada pelo processo de soldagem (ZTA) possui níveis de tensões residuais diferente das demais regiões da seção transversal do tubo, também tensionadas devido ao processo de calandragem e expansão. 1. Colaboração estreita entre a fábrica e a obra para que o processo de fabricação acompanhe a evolução da construção. Por esta razão em estruturas complexas, ambas fases devem ser executadas pela mesma entidade; 2. Grande precisão geométrica necessária para executar a montagem e ligação dos elementos; CONSTRUÇÃO E MONTAGEM Considerações iniciais: 3. Planejamento de medidas de correção de desvios, bem como estipular tolerâncias de execução na fase de montagem (ventos, ...) IMPLANTAÇÃO DA ESTRUTURA NO TERRENO • Topografia para construção das fundações: - Sistema de referência no terreno coordenado nas 3 dimensões. Erro comum é o desalinhamento entre o posicionamento real dos pontos de ligação entre as fundações e a estrutura; • Fixações dos pilares nas fundações: - Os pilares são fixados nos blocos de fundações por placas em aço, aparafusadas em chumbadores imersos no concreto. FUNDAÇÕES E LIGAÇÃO À ESTRUTURA Ligação Fundações à Estrutura • Normalmente, a construção de fundações e a montagem da estrutura metálica são executadas por diferentes executantes. Desta forma, é necessária uma coordenação estreita entre os chumbadores nas fundações com o posicionamento da estrutura. • A ligação entre fundações e a estrutura é uma fase que pode originar erros irreversíveis no alinhamento e posicionamento da estrutura elevada. • Uma forma de minimizar estes erros é colocação dos chumbadores pela empresa de montagem na execução das fundações; • Outra forma, consiste em deixar por concretar os pontos da fundação onde serão chumbadas as ligações, deixando a sua colocação para o executante da montagem da estrutura, sendo os chumbadores depois fixados com “grout”; Fixações: - Para não haver corrosão das placasde fixação, se eleva a ligação acima do piso por meio de um pescoço de concreto. - Se não for possível a ligação deve ser embutida no concreto, através de concretagem posterior. Devido à grande precisão geométrica do projeto (mm), a montagem tanto das colunas como das vigas, deve ser executada cuidadosamente, não só porque é um procedimento crítico no que diz respeito à segurança, mas também porque pode danificar o revestimento dos elementos, constituindo-se um ponto fraco na proteção da estrutura. A sua reparação em altura também consiste num processo de difícil execução. Após a montagem da estrutura, procede-se ao seu alinhamento de acordo com o projeto. Os elementos da estrutura são movidos para a sua correta posição através do auxílio de equipamentos de sustentação (tirfors), cabos de aço e sistemas de roldanas. Com o apoio da topografia é feita conferência e controle. • O vento é das ações mais condicionantes para a estrutura acabada, mas também em todas fases de montagem. O problema é agravado pela variabilidade da sua direção e intensidade e pela mudança das condições aerodinâmicas inerentes ao edifício durante a construção já que a sua forma vai sendo alterada. Segurança: • Existem fatores que podem inviabilizar a segurança de uma estrutura parcialmente montada, sendo os mais condicionantes o vento e a temperatura. • A temperatura é responsável por grande parte dos desvios de verticalidade que podem ocorrer durante a construção do edifício, pelo que a sua verificação deve ser efetuada em dias frescos ou com pouca incidência solar ou depois da estrutura ter uma temperatura uniforme, o que acontece normalmente ao fim do dia. Segurança: • No caso de edifícios altos a ação do vento dificulta os trabalhos de colocação dos elementos metálicos e de manuseio dos guindastes, bem como as condições para os trabalhadores em altura, devendo ser garantida a segurança ao vento das plataformas de trabalho temporárias. • Assim, para mitigar ações horizontais devem ser dimensionadas estruturas provisórias de travamento, para contraventar. ARMAZENAGEM DAS PEÇAS ESTRUTURAIS • As peças metálicas devem chegar à obra pintadas e embaladas, ser distribuídas em local seco e, de preferência, abrigadas das intempéries e colocadas próximas ao local de montagem. Nos lotes, devem constar claramente a numeração e a posição das peças, que devem ser retiradas da embalagem pela programação diária de montagem. EQUIPAMENTOS - PLANO DE ELEVAÇÃO DE CARGAS • Os equipamentos pesados usados na construção de um edifício alto em estrutura metálica consistem essencialmente em dispositivos de elevação de material, como é o caso de gruas, fixas ou móveis, plataformas elevatórias e guindastes de lança telescópica. Guindastes telescópicos Operação com dois guindastes telescópicos Cabrea no mar Guindaste sobre esteiras Gruas Guindastes Fixos PLANEJAMENTO DA MONTAGEM - ELEVAÇÃO DE CARGAS Na montagem de uma estrutura metálica, a movimentação das peças, tanto na recepção como na posterior montagem é um processo que deve ser planejado pormenorizadamente. Assim, no planejamento de montagem devem ser considerados os meios de movimentação utilizados na obra, o seu posicionamento, a sua capacidade de carga e à área abrangida pela sua lança. Procura-se a otimização operacional dos equipamentos usados, tendo como principais condicionantes de decisão os pontos: Localização da obra; Duração da obra; O peso da peça a montar; As dimensões e a forma geométrica das peças; As condições geotécnicas do terreno; O posicionamento das peças a montar; Caminho a se movimentado; Distância máxima e os prováveis obstáculos; As condições geotécnicas do terreno; Ângulos da lança do guindaste; Recepção do material e áreas de armazenagem; Montagem e desmontagem dos equipamentos. A movimentação de peças em obra é um processo que deve ser executado cuidadosamente, em que a condicionante principal deve ser a segurança dos operadores. Assim todo o equipamento a usar na obra deve ser acompanhado dos correspondentes certificados que atestam a sua segurança. CONSIDERAÇÕES SOBRE A ELEVAÇÃO DE CARGAS: • O terreno onde o guindaste se encontra apresenta um papel preponderante, no que diz respeito às suas características geotécnicas e ao seu nivelamento. o O empilhamento das peças, quer seja no transporte ou na obra, deve prever a sua posterior movimentação permitindo com facilidade a operação dos guindastes. o As peças devem estar dispostas sobre barrotes de madeira resistentes para suportar o seu peso e com espessura suficiente para permitir a colocação de correias ou cabos para o içamento. As gruas, depois de montadas, devem ser testadas até à sua capacidade de carga máxima para evitar o derrubamento. A movimentação das peças pode danificar o revestimento do aço, essencial para garantir a proteção da estrutura metálica tanto ao fogo como à corrosão. Por esta razão, a utilização de correias é sempre preferível face cabos de aço, até porque são menos susceptíveis a escorregamentos. Outra forma de proteção é a colocação de lonas e calços em madeira entre as correias e a superfície da peça a içar. Estes calços permitem também o nivelamento da peça na posição pretendida e aumentam o atrito entre superfícies, pelo que reduzem o risco de escorregamentos. Correias de amarração No caso da existência de peças muito pesadas para os equipamentos disponíveis pode ser solicitado ao projetista reposicionar as ligações da peça à estrutura, na tentativa de alterar as suas dimensões e peso, permitindo a sua elevação. Projeto Carajás, em São Luís (MA) Pode ser necessária a construção de equipamentos de movimentação específicos para cumprir os requisitos de operacionalidade da obra em particular, sendo sempre soluções a evitar, já que o equipamento fica obsoleto após a conclusão da obra, o que acarreta custos significativamente acrescidos para o empreiteiro de montagem. 11.NOV.1994 TRADE DARING PARTE AO MEIO NO TERMINAL DA CVRD Exercício: Verificar se o guindaste suporta içar uma viga de 5 toneladas há 20 m de altura numa edificação. 5.6 – ALVENARIA ESTRUTURAL 5.6 – ALVENARIA ESTRUTURAL É um sistema construtivo racionalizado, no qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, ou seja, os próprios blocos. No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, encarregados de receber o peso da obra. Os pilares e vigas são desnecessários, pois as paredes – chamadas portantes – distribuem a carga uniformemente ao longo da fundação. Na alvenaria estrutural elimina-se a estrutura convencional, o que conduz a importante simplificação do processo construtivo, reduzindo etapas e mão-de-obra, com conseqüente redução do tempo de execução e dos custos. A utilização desse sistema permite diminuição significativa no custo total da obra. Bem utilizado, o sistema pode baratear a construção em média 30%, em relação ao sistema convencional de estrutura em concreto armado, conforme ilustra as diversas fotos dessa página e a lista de vantagens do sistema mais adiante. Hoje nos EUA, Inglaterra, Alemanha e muitos outros países, a Alvenaria Estrutural atinge níveis de cálculo, execução e controle similares às aplicadas na estrutura de aço e concreto, constituindo num econômico e competitivo sistema racionalizado, versátil e de fácil industrialização. . L’Acqua Condominium Club Natal (RN) 5 torres de18 e 20 andares A utilização desse sistema permite diminuição significativa no custo total da obra. Bem utilizado, o sistema pode baratear a construção em média 30%, em relação ao sistema convencional de estrutura em concreto armado, conforme ilustra as diversas fotos dessa página e a lista de vantagens do sistema mais adiante. Abaixo vantagens na utilização do sistema de Alvenaria Estrutural na execução da obra, gerando redução média de custo de 30%: 1 - Economia de fôrmas, armaduras e concreto 2 - Redução de mão-de-obra e tipos de materiais 3 - Facilidade de projeto, detalhamento e supervisão da obra 4 - Técnica de execução simplificada 5 - Eliminação de rasgos para embutir instalações 6 - Redução do resserviço e do retorno ao imóvel para corrigir falhas 7 - Redução de espessuras de revestimentos 8 - Resistência ao fogo, bom isolamento térmico e acústico 9 - Durável, exige pouca manutenção 10 - Racionalização da execução das obras e maior velocidade 11 - Redução de quebras, desperdícios e entulho na obra 12 - Os blocos podem ser produzidos em resistências variadas 13 - Podem ser produzidos com diferentes formas, cores e texturas 14 - Possuem vazados de grandes dimensões que permitem a passagem de tubulação elétrica e, em alguns casos, sanitárias 15 - Apresentam baixíssima variação de dimensões, evitando desperdícios por quebras em obra ALVENARIA ESTRUTURAL: • Suporta o peso da edificação e cargas • NÃO-ARMADA: compressão • ARMADA: compressão / tração ALVENARIA de VEDAÇÃO: • Não tem função estrutural • Sendo dimensionada apenas para suportar o seu próprio peso. ALVENARIAS - CONCEITOS ALVENARIA ESTRUTURAL - USOS RECOMENDADO: Edificações com paredes limitando vãos médios ≥ 4,5 m ou pouco mais em vãos repetitivos. EXEMPLOS: casas, sobrados, edifícios residenciais / comerciais, motéis, hotéis, hospitais, escolas, muros de arrimo, piscinas, reservatórios. USO SOB ANÁLISE ESPECÍFICA: • Grandes vãos, alternância de cargas, balanços. Condomínios horizontais ECONOMIA – ALVENARIA ESTRUTURAL ELIMINAÇÃO DE FORMAS a madeira cara e restrita ecológicamente REDUÇÃO DO VOLUME DE CONCRETO E AÇO as armaduras são indispensáveis em qualquer elemento de concreto armado as etapas no CA são obrigatoriamente seqüenciais, consumindo tempo ESPESSURA MENOR DE REVESTIMENTO MAIOR PRODUTIVIDADE DA M. O. Armaduras trabalhadas e em grande quantidade Estrutura: ≥ 20% do custo da obra Fôrmas representam ≥ 5% (até 7,5%) do custo da obra ECONOMIA – ALVENARIA ESTRUTURAL Formas: ≥ 25% do custo da estrutura NORMALIZAÇÃO • ABNT NBR 15270:1 – Componentes Cerâmicos – Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação - Terminologia e requisitos. • ABNT NBR 15270:2 – Componentes Cerâmicos – Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria Estrutural - Terminologia e requisitos. • ABNT NBR 15270:3 – Componentes Cerâmicos – Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria Estrutural e Vedação - Métodos de ensaio. • ABNT NBR 15812 -1:2010 - Alvenaria estrutural — 15/04/2010 Blocos cerâmicos - Parte 1: Projetos • ABNT NBR 15812 -2:2010 - Alvenaria estrutural — 15/04/2010 Blocos cerâmicos - Parte 2: Execução e controle de obras Componentes básicos da Alvenaria Estrutural MÓDULOS DE BLOCOS • Otimização de projetos já racionalizados • Maior produtividade • Maior flexibilidade • Melhor gerenciamento da execução • Distribuição de cargas BLOCO DE VEDAÇÃO CERÂMICO FURO VERTICAL MÓDULOS DE BLOCOS - 15 ou 20 BLOCO INTEIRO ESPESSURAS: 7 / 9 / 11,5 / 14 / 19 cm MEIO BLOCO FRACIONÁVEIS MELHOR AJUSTE MODULAR QUAL O CONTEÚDO? Planta de compatibilização (conferência); Planta de marcação; Plantas de locação de passagens de elétrica e hidráulica; Caderno de detalhes e especificações técnicas; Caderno de elevações. BLOCO DE VEDAÇÃO CERÂMICO - PROJETO TUBULAÇÕES ELÉTRICAS NAS ALVENARIAS SEM QUEBRAS E DESPERDÍCIOS BLOCO DE VEDAÇÃO CERÂMICO - PROJETO Porque utilizar PROJETO DE ALVENARIA? as vedações verticais correspondem, de 2 à 3% do custo do edifício; considerando interfaces com subsistemas - 20% - grande potencial de racionalização; menores índices de desperdícios de materiais e de patologias; COMO CONHECER O PRODUTO ADEQUADO? • Adesão ao PSQ – PBQP-H • Certificações por OCC credenciadas pelo INMETRO. • Referências de mercado. • Resumindo: PRODUTOS dentro da Norma ABNT NBR 15.270:2005 e Portaria 127:2005 - INMETRO • Comprovação de desempenho por ensaios feitos em laboratórios credenciados. CONTROLE DE QUALIDADE ENSAIOS FÍSICOS • compressão • dimensionais • desvios de esquadros • planeza de face ENSAIO DE COMPRESSÃO DE PAREDES Ensaio de compressão axial em paredes construídas aos 28 dias. Relações de eficiência fcparede/fcbloco = 36% fcprisma oco / fcbloco = 50% ffissuração / fruptura = 50% BLOCO ESTRUTURAL CERÂMICO Altas resistências fbmin > 10 MPa Excelente conforto termoacústico Flexibilidade para projetos. Menor peso, Maior produtividade Maior inércia térmica, Menor fadiga. Menor permeabilidade MÓDULO 15 - CARACTERÍSTICAS RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO fbk > 10 MPa RELAÇÕES DE EFICIÊNCIA fcparede/fcbloco = 36% fcprisma oco / fcbloco = 50% ffissuração / fruptura = 50% ATRASO TÉRMICO = 4,5 h ÍNDICE DE ENFRAQUECIMENTO ACÚSTICO = 48 db RESISTÊNCIA AO FOGO • corta-fogo: 1,5h • para-chamas: 3 h • estável: 3 h OBRAS ESTRUTURAIS Porto Alegre – RS 11 pavimentos 2005 8 PAVIMENTOS / MÓDULO 15 - BARUERI Condomínios horizontais OBRIGADO !!
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