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Direito Penal III (respostas dos casos concretos 1 ao 15)

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Direito Penal III - Casos concretos 1 ao 15
Plano de aula 01
Adamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, do Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões descritas no auto de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a causa de sua morte. Na ocasião, o denunciado utilizando-se de um pedaço de madeira, uma “trama” para cerca, desferiu pauladas na vítima, quando esta tentava se retirar do pátio da residência do acusado. Por outro lado, não se pode deixar de registrar que, momentos antes do fato, a vítima estaria embriagada no pátio da casa do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele e sua cunhada, além de tentar invadir sua residência e agredi-los fisicamente, razão pela qual, Adamastor Vale interpôs recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da nulidade da decisão proferida pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado quesito relativo à forma privilegiada do delito, consoante entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal (Verbete de Súmula n.162), pedido julgado improcedente, haja vista a tese relativa à forma privilegiada do ilícito não ter sido ventilada pela defesa técnica em nenhum momento processual, nem mesmo no julgamento em plenário, ocasião em que propugnou apenas pelo afastamento da qualificadora e pela absolvição. 
Sucessivamente: 
1. Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). 
R: Terá êxito o reconhecimento do “privilegio”, uma vez que estamos tratando de homicídio
qualificado-privilegiado que não é crime hediondo, que poderia o réu ser enquadrado pela
prática de homicídio privilegiado pela violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, combinada com a qualificadora do emprego de recurso que dificultou
a defesa do ofendido. II. Não existe incompatibilidade entre o privilégio previsto no § 1.º do
art. 121 do Código Penal e as circunstâncias qualificadoras previstas no § 2.º do mesmo
dispositivo legal, desde que estas não sejam de caráter subjetivo.
Daí a inexistência de contradição no reconhecimento da qualificadora, cujo caráter é
objetivo (modo de execução do crime=paulada), e do privilégio, afinal reconhecido (sempre
de natureza subjetiva=insulto, forte emoção)
2. Afastamento da hediondez do delito.
R: Sim, por ser um crime de homicídio qualificado-privilegiado
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre a teoria da pena, os crimes contra a vida e os institutos repressores da lei de crimes hediondos (Lei n.8072/1990) analise a procedência dos pedidos sucessivos.
R: O pedido é procedente, tendo em vista a existência de homicídio privilegiado qualificado, que ocorre quando o homicídio qualificado é praticado sob influência do disposto no parágrafo 1º do art. 121 do CP. Apesar de não ser pacífico, alguns tribunais admitem o homicídio privilegiado qualificado ou desclassificação do homicídio qualificado para privilegiado. Para efeito de dosimetria da pena, o parágrafo 1º do art. 121 funciona como atenuante do parágrafo 2º deste mesmo artigo.
Plano de aula 02
Uma mulher de 37 anos, que cometeu um autoaborto em 2006, vai a júri popular. Dependente de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada pelo Ministério Público, absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no banco dos réus por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu ao recurso da promotoria. Keila Rodrigues mora em Paulo de Faria, uma cidadezinha no interior de São Paulo com pouco mais de 8,5 mil habitantes, distante 150 quilômetros de São José do Rio Preto. Ela pagou R$ 100 por dois comprimidos Cytotec, um abortivo de uso restrito, comprados clandestinamente. No dia 31 de outubro de 2006, grávida de cinco meses, ela foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os comprimidos na vagina. Pouco tempo depois, passou a ter fortes contrações e precisou ser internada imediatamente. Como a gravidez era avançada, o feto não foi expulso naturalmente, e Keila entrou em trabalho de parto antecipado. O bebê - que recebeu o nome de Amanda - nasceu de parto normal no dia 2 de novembro, pesando 615 gramas. A menina viveu por 20 dias, mas não resistiu. Morreu em decorrência de uma infecção neonatal, provocada pela prematuridade extrema. O caso foi parar na polícia depois que uma enfermeira do hospital registrou uma queixa contra Keila numa delegacia. A atitude da enfermeira é condenada pelo Ministério da Saúde na nota técnica Atenção Humanizada ao Abortamento e pelo Código de Ética de Profissionais da Enfermagem. O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público, que entrou com uma denúncia formal contra Keila na Justiça. Sem dinheiro para contratar advogado, Keila recebeu o benefício da assistência gratuita - uma parceria da Defensoria Pública com a Ordem dos Advogados. A advogada Maria do Carmo Rocha Chareti foi então nomeada para defender Keila no processo. E ela mesma teve dificuldade para localizar a acusada. "Keila mora nas ruas. É pobre, alcoólatra, dependente de drogas. Nos vimos uma única vez antes da audiência com a juíza", conta. Na audiência, Keila compareceu aparentemente alcoolizada - o que, segundo Maria do Carmo, demonstra as condições precárias em que vive. Ela confirmou que tentou praticar o aborto, mas disse estar "profundamente arrependida". Diante da situação, Keila foi absolvida sumariamente pela juíza Milena Repuo Rodrigues, que entendeu que, diante das condições expostas por Keila, a conduta dela foi legítima e ela não poderia ser responsabilizada pelo crime de prática de aborto. Recurso. O promotor Marco Antônio Lélis Moreira, no entanto, não ficou satisfeito com a absolvição e recorreu ao Tribunal de Justiça. Na argumentação, Moreira diz que não há dúvida de que houve o aborto. E emenda: "É lamentável, em pleno século 21, uma mulher experiente não se utilizar dos meios impeditivos de uma gravidez para depois, grávida, escolher a via criminosa do aborto e encontrar a benevolência do magistrado". Em entrevista ao Estado, o promotor Moreira diz que fez a denúncia contra Keila porque ela já tinha antecedentes criminais e porque ela não apresentou provas suficientes para demonstrar que vivia em condições subhumanas e seus dois filhos estavam sob a guarda da avó. "Além disso, ela confessou ter cometido o aborto. Essa ação vai servir de exemplo para a juventude da cidade prevenir a gravidez", afirmou o promotor. "No júri vou pedir a condenação de Keila como forma de prevenção geral. É uma punição moral para que as pessoas entendam que o aborto é criminoso", diz Moreira, admitindo que é raro que casos de aborto sejam denunciados e terminem em júri. A advogada Maria do Carmo diz que ficou surpresa com a decisão do TJ de mandá-la para júri popular. "Keila está arrependida. Tenho certeza de que os jurados vão absolvê-la."
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a vida, identifique. 
a) As figuras típicas do delito de aborto. 
R: As figuras típicas são a) autoaborto (art. 124); b) aborto sem consentimento (art. 125) e; c) aborto com consentimento
b) O momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: a consumação ocorre no momento da morte do feto, independentemente do momento da ação (utilização de meios que efetivamente poderiam provocar o aborto).
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado
c) O fato da criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Não, o crime continua sendo caracterizado como aborto, mesmo seu resultado se produzindo após o momento da ação. Conforme o art. 4º do Código Penal.
Plano de aula 03
Deyse Neves foi denunciada como incursa no delito tipificado no art. 1º, II, da Lei n.9455/1997,
por ter havido,mediante a utilização de uma escova de cabelo de cabo de madeira e correia
de cinto, agredido seu filho Wallace, de três anos de idade. Em juízo, confessou a ré ter tido
como motivo das agressões físicas a negativa de seu filho em utilizar o banheiro para a
realização de suas necessidades, bem como sua “pirraça” ao fazê-las no chão da sala de casa
(fls.132/133). Restadas comprovadas autoria e materialidade das agressões e, consectárias
lesões à integridade física da criança, o Ministério Público entendeu estarem presentes os
elementos configuradores do delito de tortura e não do delito de maus-tratos, previsto no
art.136, do Código Penal.
Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre o tema, indique,
fundamentadamente, a correta tipificação à conduta de Deyse Neves, bem como diferencie
os delitos supracitados.
A questão versa sobre delito de tortura e maus tratos.
Segundo TJRJ provada a autoria e materialidade das ofensas a integridade física da criança
praticada pelo apelante e terceira pessoa. No crime de maus tratos ao indispensável (Animus
corrigendi vel disciplinand), enquanto no delito de tortura a intenção é fazer com que a
pessoa sofra, passando por suplício, causando padecimento. No delito previsto na lei
especial o fim é a tortura, a utilização das agressões físicas e mentais. Já nos delitos de maus
tratos a finalidade é a correção, podendo ter como meio o uso exagerado e inexplicável da
violência.
Plano de aula 04
O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a empregada Rosa das Neves, portadora de deficiência física, apresentasse sua demissão, passou a afirmar que ela estava desviando dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua relação extraconjugal com um colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas reiteradamente para todos os colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um ambiente de trabalho insustentável. O Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício para apuração de delitos. (TRT 14R - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Juiz do Trabalho MODIFICADA). A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a honra:
a) Avalie a possibilidade de concurso de crimes entre os delitos de calúnia, difamação e
injúria quando praticados no mesmo contexto fático.
R: Todos são crimes contra a honra objetiva e subjetiva.
b) Identifique as consequências jurídico-penais caso o gerente promova a retratação antesda prolação da sentença.
R: Tem que observar o contraditório dos depoimentos.
c) O fato de Rosa das Neves ser portadora de deficiência física possui relevância para a
tipificação da conduta do gerente?
R: Sim a prática de assédio moral e no qual o gerente poderá ser condenado, pelo crime de calúnia, difamação e injúria assim como os demais empregados que tenham reproduzido a história, sabendo que era falsa.
Plano de aula 05
Walter Weber, conhecido por seu comportamento agressivo, foi denunciado e condenado como incurso nas sanções do art. 147 do Código Penal, a uma pena de 03 (três) meses de detenção, substituída por uma pena restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade, durante três meses, à razão de 07 (sete) horas semanais, por ter havido, no dia 05 de maio de 2010, por volta das 19 horas, ameaçado sua ex companheira Jacinta Silva, por meio da utilização de um facão. A referida conduta teve por elemento propulsor o fato de Walter não aceitar a separação do casal. Consoante provas testemunhais (fls.101/102) dos vizinhos, que a tudo assistiram, haja vista a conduta de Walter ter sido praticada no portão da garagem da casa do então casal, Walter teria ameaçado Jacinta de matá-la caso a visse com outro homem. Inconformado com a decisão interpôs recurso inominado, com vistas à reforma da decisão e consequente absolvição por insuficiência de provas, bem como sustentou, que o fato não passara de uma mera “discussão entre marido e mulher” não tendo a mulher prestado “queixa”.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a liberdade individual, identifique.  
a) Os elementos da figura típica de ameaça e seu momento consumativo.  Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Para se configurar a ameaça, o gesto deve ser sério, capaz de intimidar a maioria das pessoas na sociedade. O caso concreto não passa de mera discussão de casal
b) A natureza da ação penal aplicável ao caso. Responda de forma objetiva e fundamentada
R: Ação penal pública condicionada, tendo em vista que MP apresenta a denuncia , mas a vítima tem que decidir se dará ou não prosseguimento a ação.
Plano de aula 06
Roberto Carlos, profissional autônomo, conhecido na pequena cidade em que trabalha pela qualidade de seus serviços nas reformas de cozinhas e banheiros foi surpreendido em determinado dia, durante o horário de almoço, pela subtração de sua máquina de cortar cerâmica. Desesperado por tratar-se de maquinário indispensável à sua atividade laborativa perguntou a todos os conhecidos sobre o ocorrido. Alguns dias após a subtração encontrou a máquina jogada à porta da casa na qual estava trabalhando. Os moradores da casa viram quando um homem, identificado posteriormente como Leozinho, a jogou na porta e saiu correndo. Dos fatos, Leozinho restou denunciado pela conduta incursa no art.155, caput, do Código Penal. Inconformado alegou em defesa a aplicação do princípio da insignificância com vistas à exclusão da tipicidade material de sua conduta e, sucessivamente, a isenção de pena em decorrência da devolução da máquina e consequente ausência de prejuízo a Roberto Carlos. 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre o crime de furto, responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) A defesa deve prosperar?
R: Não deve prosperar, tendo em vista que o princípio da insignificância não está ligado necessariamente ao valor pecuniário do objeto em si, mas também ao prejuízo que a perda da coisa pode causar ao seu proprietário. Como o furto da máquina repercutiu diretamente no sustento da vítima, não há que se falar em aplicação do mencionado princípio.
b) O fato de Leozinho ter restituído a máquina de cortar cerâmica poucos dias após a subtração possui alguma relevância jurídico-penal? Caso a res furtiva fosse restituída no curso da ação penal a reposta seria a mesma?
R: Caberia a aplicação de redução da pena, consoante art. 16 do CP, pois a coisa foi devolvida antes da denúncia.
Plano de aula 07
Por volta das 7h de uma segunda feira, Jesuíno e Lorrany, casal de namorados, ambos de 20 anos, abordaram o carro de Cláudia, parada em um semáforo em frente à escola do seu filho após deixá-lo. Jesuíno portava um revólver calibre 38 municiado e obrigou Cláudia a sentar no banco de trás do veículo ao lado de Lorrany. Jesuíno conduziu o veículo até a esquina mais próxima onde, então, Wallace Augusto entrou no carro e sentou-se na frente, no banco do carona portando a arma de Jesuíno apontada para a cabeça de Cláudia. Circularam por cerca de duas horas com a vítima fazendo com que esta efetuasse diversos saques de sua conta corrente e cartões de crédito em caixas eletrônicos quando, então, decidiram por largá-la no local em que havia sido rendida. Os agentes fugiram com o veículo, todavia alguns funcionários da escola que conheciam Cláudia viram o que acontecia e avisaram à Polícia, vendo ainda que os dois criminosos apanharam um homem que os aguardava nas cercanias. Dos fatos, restou provado no curso da ação penal que Jesuíno, Lorrany e Wallace Augusto associaram-se de forma estável e permanente para a prática de crimes contra o patrimônio.
A partir do caso concreto narrado, com base nos estudos realizados sobre os delitos de roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro identifique:
a) A correta tipificação das condutas. Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Há concurso de crimes entre os crimes de extorsão qualificada pela privação de liberdade e roubo.
b)Caso os agentes sejam denunciados pelas condutas contra o patrimônio com a majorante e ou qualificadora resultante de concurso de pessoas, é possível a cumulação de penas com o delito de associação criminosa? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Não, pois implicaria na vedação bis in idem.
c) Caso no momento em que Cláudia fosse  rendida pelos agentes, tivesse reagido e levado um tiro de Jesuíno que empreendeu fuga deixando a vítima ferida, qual seria a correta tipificação da conduta de Jesuíno?
R: Homicídio tentado.
Plano de aula 08
Claudinei Bom de Papo, proprietário de um veículo BMW, ano 1995, decide convidar Anabellla, colega de faculdade, para jantar em um caro restaurante próximo à casa da jovem a fim de impressioná-la. Combina de se encontrarem às 21h na porta do restaurante. Ao término do jantar romântico, Claudinei Bom de Papo estende o convite para um cineminha próximo à sua casa e pede que Anabella o acompanhe até o serviço de manobrista do restaurante para que ele possa retirar seu BMW. Poucos minutos após entregar o ticket de estacionamento ao manobrista recebe seu carro com um pequeno plus fornecido pelo restaurante ? outro carro, BMW, da mesma cor, mas 20 anos mais novo. Ciente do engano do manobrista e sem tecer qualquer comentário pega as chaves de seu novo carro e vai embora do restaurante com Anabella.  A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio, responda de forma objetiva e fundamentada: sendo certo que Claudinei Bom de Papo não provocou o engano e tampouco não o informou ao manobrista qual a correta tipificação de sua conduta?
R: Seria crime de estelionato e não crime de furto mediante fraude.
Plano de aula 09
O relator do caso fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das instâncias inferiores que haviam inocentado
BRASÍLIA - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformou decisão do Judiciário paulista que havia absolvido um homem acusado de praticar sexo com a enteada de 13 anos. Por unanimidade, os ministros da 6ª. Turma do STJ decidiram condená-lo. O processo será encaminhado ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para que a pena seja fixada.
Relator do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das instâncias inferiores da Justiça, que tinham absolvido o padrasto. "Repudiáveis os fundamentos empregados pela magistrada de primeiro grau e pelo relator do acórdão impugnado (no TJ) para absolver o recorrido, reproduzindo um padrão de comportamento judicial tipicamente patriarcal, amiúde observado em processos por crimes dessa natureza, nos quais o julgamento recai inicialmente sobre a vítima para somente a partir daí julgar-se o réu", afirmou.
Para os ministros do STJ, a presunção de violência nos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra menores de 14 anos tem caráter absoluto. "A interpretação que vem se firmando sobre tal dispositivo é no sentido de que responde por estupro o agente que, mesmo sem violência real, e ainda que mediante anuência da vítima, mantém relações sexuais (ou qualquer ato libidinoso) com menor de 14 anos", disse o relator. O caso chegou à Justiça após o padrasto ter sido denunciado pela própria companheira.  A juíza de 1ª. Instância concluiu que a menina não foi vítima de violência presumida porque "se mostrou determinada para consumar o coito anal com o padrasto". "O que fez foi de livre e espontânea vontade, sem coação, ameaça, violência ou temor. Mais: a moça quis repetir e assim o fez", disse: "A vítima foi etiquetada como uma adolescente desvencilhada de preconceitos, muito segura e informada sobre os assuntos da sexualidade, pois 'sabia o que fazia'. Julgou-se a vítima, pois, afinal, 'não se trata de pessoa ingênua'. Desse modo, tangenciou-se a tarefa precípua do juiz de direito criminal, que é a de julgar o réu, ou, antes, o fato delituoso a ele atribuído", concluiu Schietti. 
A partir do caso concreto narrado, identifique:
a) Quais os reflexos da caracterização da expressão vulnerabilidade como absoluta ou relativa? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: A forma absoluta permite a aplicação ao caso concreto sem que seja necessário fazer a difícil constatação de que o menor realmente teria maturidade para manter a relação carnal com sua anuência.
b) Nos casos de estupro contra vulnerável quem possui legitimidade para a propositura da ação penal?
R: O Ministério Público
c) O fato da conduta ter sido praticada pelo padrasto da vítima possui alguma relevância jurídica para fins de aplicação de pena?
R: Sim, neste caso a pena será  aumentada pela metade.
d) Caso na situação descrita a vítima tivesse 14 anos e a relação sexual fosse oriunda de grave ameaça proferida pelo padrasto as respostas anteriores se alterariam? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Sim, pois houve emprego de violência.
Plano de aula 10
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como ?garotas de programa? para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela ?administração? do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns meses do início das ?atividades?, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de ?estranhos? no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do art.230, do Código Penal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: O fato é atípico, tendo-se em vista que os crimes referentes à prostituição necessitam ter o elemento exploração sexual para serem tipificados.
Plano de aula 11
Claudirene, às 20 horas do dia 15 de março de 1994, deu à luz um menino na única maternidade existente na pequena cidade onde morava. Ocorre, porém, que tão logo sai da maternidade, Claudirene, que havia sido abandonada pelo pai da criança e não desejava criá-la sozinha, acaba por entregar o recém-nascido para Lúcia, uma velha conhecida sua. Esta, visando evitar o trâmite legal do processo de adoção, registra o menino como sendo seu filho, levando-o para morar com ela em uma cidade distante. Em janeiro de 2010, o ex-companheiro de Claudirene a procurou, pois desejava conhecer o filho que havia abandonado dezesseis anos antes. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido, vai até a Delegacia de Polícia e relata o fato às autoridades. Instaurado inquérito policial, Lúcia acaba sendo indiciada pelo crime previsto no art. 242, do Código Penal. Seu advogado, no entanto, impetra habeas corpus visando obter o arquivamento do procedimento inquisitorial em razão da ocorrência de prescrição da pretensão punitiva. Com base nos estudos realizados, diga fundamentadamente se deve prosperar a pretensão defensiva.
R: Neste caso, Lucia é beneficiada pelo perdão judicial, pois agiu com boa-fé, visando o bem-estar da criança.
Plano de aula 12
Jonas Maurílio foi denunciadopela prática das seguintes condutas, in verbis:
Consta do presente Inquérito Policial que no dia 10 de julho de 2014, por volta das 20:00 horas, na Rua -----, n.----, Bairro -----, nesta capital, o denunciado JONAS MAURÍLIO  ameaçou causar mal injusto e grave à vítima Maria Amália, sua cunhada, pois a filha desta, sobrinha de JONAS MAURÍLIO, pegou emprestado uma ventilador na casa do autor para  utilizar em conjunto com a mãe e o irmãozinho caçula.  JONAS MAURÍLIO, irritado, armou-se com uma faca e disse à  vítima que "iria pegar o ventilador de qualquer jeito, que esfaquearia Maria Amália, pois não se simpatiza com a mesma" (sic). Ato contínuo, o denunciado causou incêndio na cama da filha de Maria Amália que havia pego o aparelho de sua residência, que fica encostado na parede que faz divisão com o imóvel de Maria Amália, visto que as casas são geminadas, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. No local, encontrava-se a outra filha da vítima  e sobrinha do agente, uma criança de apenas 02(dois) anos. Em momento posterior, ao ser detido por policiais militares, novamente proferiu ameaças à vítima, dizendo-lhe que "não ficaria preso e seria liberado, mas quando ele saísse, a situação ficaria pior para a vítima". A vítima representou criminalmente contra o denunciado (fls. X). Insta salientar que o denunciado possui outros boletins de ocorrência com suposta prática de delitos desta natureza (violência doméstica), conforme fls.X2.
A partir do caso concreto narrado, identifique a correta tipificação da conduta de JONAS MAURÍLIO.
R: Crime de ameaça com o crime de incêndio com causa de aumento pelo fato de ter sido cometido em edifício destinado a uso público.
Plano de aula 13
Olimar, Lucivaldo e Hergílio com unidade de vontade e desígnios, no dia 20 de dezembro de 2012, por volta das 20h, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, subtraíram para si um telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando este saía do estacionamento do shopping center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o veículo que vinha logo atrás de Antônio Pereira e subtraíram quinhentos reais em espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, marca Ford, placa EDV-XXXX, de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes foram presos em flagrante. 
Após instrução probatória, Olimar restou condenado à pena de 20 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pela prática dos crimes de roubo qualificado (art.157,§2º, I e II, CP) duas vezes, em concurso material,(art.69, CP) roubo qualificado na forma tentada (art.157,§2º, I e II, n.f art. 14, II, ambos do CP) e associação criminosa armada (art.288, parágrafo único, CP), em concurso material de crimes. 
Inconformado com a decisão condenatória a defesa de interpôs recurso de apelação com vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da causa de aumento wwwdo parágrafo único do art.288, do Código Penal sob o argumento de configurar-se bis in idem, bem como ao reconhecimento da continuidade delitiva entre os delitos e não concurso material, como aplicado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada se os pedidos deverão ser julgados procedentes.
R: NÃO CABERÁ BIS IN IDEM, TAMPOUCO CRIME CONTINUADO.
Plano de aula 14
Cláudio Esperto adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de 10 reais. Resolvido a testar a qualidade de suas notas se dirigiu à uma padaria, adquiriu pães e bolo  e pagou as compras com  4 notas falsas. Ainda que descoberta posteriormente a falsidade das notas em decorrência do  prejuízo causado ao estabelecimento, sustentou em tese defensiva a incidência do princípio da insignificância para fins de exclusão de responsabilidade jurídico-penal de sua conduta.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de moeda falsa:   
a) Aplique a correta tipificação às condutas praticadas por Cláudio Esperto.
R: O crime praticado é a falsificação de moeda e colocação em circulação. É um crime que tutela a fé pública e, portanto, não é aplicado o princípio da bagatela.
b) Avalie a tese defensiva apresentada por Cláudio Esperto.
R: Tem que levar a ofensividade da conduta do agente.
Plano de aula 15
Adriano Chefe confiou a Alessandro Correto o preenchimento de uma folha de papel assinada em branco, na qual deveria constar proposta de trabalho com orçamento que seria remetida a um cliente. Alessandro Correto guardou a folha em uma gaveta, planejando preenchê-la assim que retornasse do almoço. Aproveitando-se da ausência de Alessandro, Haroldo Ocara retirou o papel da gaveta, redigiu uma confissão de dívida de duzentos mil reais de Adriano Chefe a seu favor, embora este não lhe devesse coisa alguma, e se apropriou do documento. 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de contra a fé pública: 
a) Aplique a correta tipificação à conduta praticada por Haroldo Ocara.
R: Trata-se de crime de falsidade material, Art. 298
b) Caso Haroldo Ocara tivesse recebido a folha de papel assinada em branco de Adriano Chefe e tivesse redigido a referida confissão de dívida, a resposta seria a mesma?
R: Neste caso, seria crime de falsidade ideologia, Art. 299

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