Buscar

A Ciência Semiótica e a Comunicação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Milton Julio Faccin
Conceitos de 
Semiótica e Comunicação
Comunicação
É possível não comunicar?
 Cada objeto, cada pessoa, 
cada elemento natural ou 
artificial de nossa 
paisagem, cada força ou 
organização “comunicam-
se” continuamente.
O que é comunicar?
 Comunicação é um processo 
que envolve a troca de 
informações através de 
sistemas simbólicos 
(linguagens e canal). É 
apresentar-se ao mundo, ter 
um aspecto que é 
interpretado.
 Estão envolvidos neste 
processo uma infinidade de 
maneiras de se comunicar: 
duas pessoas tendo uma 
conversa face a face, ou 
através de gestos com as 
mãos, mensagens enviadas 
pelas redes sociais, a fala, a 
escrita etc. 
Conceituando a comunicação
 Comunicação não é apenas transporte de informações, é 
fundamentalmente uma relação entre uma pessoa que 
procura de alguma forma um encontro com alguém, que por 
sua vez é procurado.
 Esta relação é estabelecida por um meio – a mensagem – 
que se torna, então, um meio de entrar em relação, ocorrida 
em um tempo (contexto) e um espaço (canal).
Daí que também a comunicação é um ato, uma ação; uma 
ação que relaciona indivíduos que se relacionam.
 Assim, a produção de sentido está nesta relação. 
Protocolos da comunicação
O ato de comunicação é regido por alguns 
protocolos, a saber:
- LUGAR DE FALA
- RITUAL COMUNICATIVO
- CAPACIDADE DE RECONHECIMENTO
- CONTEXTO
- LINGUAGEM
Este último interessa sobremaneira à Ciência Semiótica, ou 
seja, as teorias semióticas recaem sobre as formas 
comunicativas regidas e originadas por diferentes 
linguagens.
Protocolos da comunicação
 LUGAR DE FALA 
Emissor e receptor – 
define os 
posicionamentos da 
relação.
Protocolos da comunicação
 RITUAL 
Procedimentos a serem 
respeitados na relação, 
dado através dos 
contratos 
comunicacionais.
Protocolos da comunicação
 CONTEXTO 
Conjunto de 
circunstâncias em 
que se produz a 
mensagem (lugar e 
tempo) e que 
permite a sua 
correta 
compreensão. 
Protocolos da comunicação
 CAPACIDADE DE RECONHECIMENTO 
 Lembranças e associações oriundas do imaginário coletivo (cultura).
 Todas as coisas do mundo têm sentido para nós enquanto membros de um mesmo grupo cultural.
Protocolos da comunicação
 LINGUAGEM 
Determina a 
codificação da 
mensagem, 
formando uma 
narrativa que 
elimina as 
surpresas na 
relação.
Resumindo ...
 Para a Semiótica, o ato de comunicar é 
a materialização das ideias 
(pensamentos e sentimentos) em 
signos conhecidos pelos indivíduos 
envolvidos, codificados por meio das 
linguagens disponíveis culturalmente. 
Quais são os elementos da comunicação?
Partindo de um exemplo ...
 Texto A
Caro Jorge, Amanhã não poderei ir à aula. Por favor, avise o 
professor que entregarei o trabalho na semana que vem. 
Joaquim.
 Texto B
Nos dois exemplos de comunicação, podemos perceber que 
uma pessoa (o emissor) escreveu alguma coisa a outra ou 
outras (o destinatário), dando uma informação 
(a mensagem). 
 Para isso precisou de papel ou da tela do computador 
(canal), transformou o que tinha a dizer em um código, (a 
língua - no texto A, a língua portuguesa; no texto B, a língua 
russa). 
 Além disso, o emissor, precisou selecionar um conjunto de 
códigos - no caos, as palavras - (codificação) da linguagem 
escolhida. 
Partindo de um exemplo ...
Pelo ato, a comunicação torna-se um processo que envolve:
EMISSOR
codificação
RECEPTOR
decodificaçãocanal
mensagem
Elemento da comunicação
Elementos de Comunicação
 Emissor ou destinador: alguém que emite a mensagem. Pode ser 
uma pessoa, um grupo, uma empresa, uma instituição.
 
 Receptor ou destinatário: a quem se destina a mensagem. Pode ser 
uma pessoa, um grupo ou mesmo um animal, como um cão, por 
exemplo.
 
 Código: a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é 
formado por um conjunto de sinais, organizados de acordo com 
determinadas regras, em que cada um dos elementos tem 
significado em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou 
escrita, gestos, código Morse, sons etc. O código deve ser de 
conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e destinatário.
 
 Canal de comunicação: meio físico ou virtual, que assegura a 
circulação da mensagem, por exemplo, ondas sonoras, no caso da 
voz. O canal deve garantir o contato entre emissor e receptor.
 
 Mensagem: é o objeto da comunicação, é constituída pelo conteúdo 
das informações transmitidas.
Decifrando ...
• Codificação: 
É feita pelo emissor. Ou seja, a parte 
que envia a mensagem escolhe um 
determinado código (verbal ou não 
verbal) para dar forma à mensagem 
desejada.
• Decodificação: 
É feita pelo receptor. É o ato de 
cruzar o código da mensagem 
enviada com o repertório do 
receptor para compreender a 
mensagem.
E a linguagem?
 Linguagem é o sistema que fornece os 
CÓDIGOS, através do qual o 
homem comunica suas ideias e 
sentimentos, seja através da fala, 
da escrita ou de outros signos 
convencionais, como os sonoros, 
gráficos, gestuais etc.
 Portanto, a LINGUAGEM organiza a 
codificação, e esta será sempre um ato 
de seleção, de escolha a partir das 
diferentes possibilitadas oferecidas pelo 
repertório da linguagem. 
 Assim, LINGUAGEM é construção de certa 
representação da realidade.
O que é Semiótica?
No belíssimo romance de ficção científica Um Canto 
Para Leibowitz, os monges de uma ordem religiosa 
copiam fielmente e conservam os escritos científicos 
que sobraram depois de uma guerra atômica que 
devastou o planeta Terra.
Mas os copistas do legado científico não sabem o 
que estão copiando. Não entendem os complicados 
gráficos, as fórmulas e, mesmo, os textos que 
reproduzem. Eles apenas evitam a perda da 
informação que sobrou dos velhos tempos.
Mas, um dia, surge um gênio que lê e entende a 
documentação científica reproduzida pelos monges 
de São Leibowitz. E, com isso, volta a ameaça à 
vida na Terra. O conhecimento de como fabricar 
bombas atômicas é recuperado e produz a última 
guerra do nosso planeta... 
Pra começo de conversa ...
No cenário desta história de ficção, vemos claramente que livros são 
armazéns de informação, não de conhecimento. 
Conhecimento exige a atividade de alguém capaz de dar sentido aos 
símbolos copiados pelos monges. 
Em outras palavras, conhecimento é sempre atividade de agentes 
capazes de representar o mundo, a experiência etc. É a dimensão 
subjetiva do saber.
Saber é a capacidade de articulações entre conhecimento e 
informação. 
Para a Semiótica, 
informação, conhecimento e saber são importantes
INFORMAÇÃO 
(aquilo que está armazenado em 
algum lugar) 
SABER
(vem da cultura, que possibilita o 
reconhecimento dos códigos da 
linguagem e dos signos das 
mensagens)
CONHECIMENTO 
(a interpretação que damos às coisas, 
sentimentos e ações do mundo; fruto 
da produção de sentido da 
mensagem) 
Informação, Saber e Conhecimento
E a Semiótica?
Palavra proveniente da raiz grega 
Semeiotikos, 
que significa interprete de sinais.
Os sinais são vitais para a existência humana porque estão 
presentes na base de todas as formas de comunicação.
Signo deriva da palavra grega σημε ον (sēmeion) havendo, desde a ῖ
antiguidade, uma disciplina médica chamada de "semiologia". 
Foi usada pela primeira vez em Inglês por Henry Stubbes (1670), 
em um sentido muito preciso, para indicar o ramo da ciência 
médica dedicado ao estudo da interpretação de sinais.
 
Origem etimológica
Semiótica é a ciência geral dos signos e da semiose 
que estuda todos os fenômenos culturais como se 
fossem sistemas signicos, isto é, sistemas de 
significação.
Ciências que estuda todas as linguagens possíveis como 
fenômenos de produção de sentido no processo 
comunicacional. 
(SANTAELLA, 2001)
O que é, afinal, Semiótica?
Semiótica na História
A semiótica propriamente 
dita teve seu início com 
filósofos como o inglês 
John Locke (1632-1704) 
que, no seu Essay on 
human understanding, de 
1690, postulou uma 
"doutrina dos signos"com 
o nome de Semeiotiké.
Semiótica na História
 "O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que 
quer dizer signo." 
 A ciência é relativamente nova e teve como maiores 
expoentes o americano Charles S. Peirce e o suíço 
Ferdinand de Saussure. Os problemas concernentes à 
semiótica, também chamada semiologia (apesar de 
muitos teóricos diferenciarem os dois termos), podem 
retroceder a pensadores como Platão e Santo 
Agostinho, por exemplo. 
 Somente no início do século XX com os trabalhos 
paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, 
começa a adquirir estatuto de ciência e autonomia.
Semiótica na História
 A semiótica medieval desenvolveu-se no âmbito da teologia 
e do trívio das artes liberais (gramática, retórica e 
dialética).
No séc XIX, "símbolos e imagem são as noções centrais da 
semiótica".
Vemos o emergir das teorias moderna de significado, 
sentido e referência da semântica lingüística e o início do 
questionamento científico da linguagem.
O período moderno (século XX) é inaugurado por Edmund 
Husserl (1859-1938) com a sua teoria fenomenológica dos 
signos e significados, mas não obstante, na história da 
semiótica moderna, Charles Sanders Peirce (1839-1914) é 
visto como uma das maiores figuras deste período, o 
fundador da teoria moderna dos signos.
A semiótica surge simultaneamente em três paises, entre o 
final do século XIX e inicio do século XX:
 Estados Unidos, 
 com Charles Sanders Peirce, 
 Rússia, 
 com Viesse-Iovski
 França e Suíça (Europa Ociedental), 
 com Ferdinand de Saussure
Semiótica na História
Semiótica fenomenológica (Peirce)
Foco de atenção: 
signos das linguagens não-verbais
Semiótica estruturalista (Saussure; Lévi-Strauss; Barthes; Greimas) 
Foco de atenção: 
signos das linguagens verbais
Semiótica russa ou semiótica da cultura (Viesse-Iovski
Jakobson; Hjelmslev; Lotman) 
Foco de atenção: 
linguagem, literatura e outros fenômenos 
culturais, mito e religião.
Vertentes da Semiótica
A Semiótica de Peirce
 Segundo Peirce, a Semiótica é a ciência que tem por objeto de 
investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem 
por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e 
qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido; "é 
a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na 
natureza e na cultura." 
 A Semiótica, como teoria geral dos signos, tem a sua etimologia 
do "grego semeîon, que significa ‘signo’, e sêma, que pode ser 
traduzido por ‘sinal’ ou ‘signo’."
A Semiótica de Peirce
 Para Peirce, a palavra signo será usada para denotar um objeto 
perceptível, ou apenas imaginável, ou mesmo inatingível num 
certo sentido.
 Para que algo possa ser um signo esse algo deve representar, 
como costumamos dizer, alguma outra coisa, chamada seu 
objeto apesar de ser talvez arbitrária a condição a qual um 
signo deve ser algo distinto de seu objeto, dado que, se 
insistirmos nesse ponto, devemos abrir uma exceção para o 
caso em que o signo é parte de um signo.
 "Defino um Signo como qualquer coisa que, de um lado, é assim 
determinada por um Objeto e, de outro, assim determina uma 
idéia na mente de uma pessoa, esta última determinação, que 
denomino o Interpretante do signo, é, desse modo, 
mediatamente determinada por aquele Objeto. Um signo, 
assim, tem uma relação triádica com seu Objeto e com seu 
Interpretante .
A Semiologia de Saussure 
 Ferdinand de Saussure (1857 - 1913) - Lingüista suíço, fundador da 
análise estruturalista. Criou muitos desenvolvimentos da linguística 
no século XX.
 Filho de um eminente naturalista, foi logo introduzido aos estudos 
lingüísticos por um filólogo e amigo da família, Adolphe Pictet. 
Saussure estudou Física e Química, mas continuou fazendo cursos de 
gramática grega e latina. Por fim, convenceu-se que sua carreira 
estava nos estudos da linguagem e ingressou na Sociedade Lingüística 
de Paris. 
 Estudou línguas européias em Leipzig e aos vinte e um anos publicou 
uma dissertação sobre o primitivo sistema das vogais nas línguas 
indo-européias, a qual foi muito bem aceita. Retornou à Genebra, 
onde lecionou sânscrito e lingüística histórica em geral.
 Em 1906 foi encarregado de ensinar Lingüística Geral, e com isso 
realizou conferências, a partir das quais seus discípulos elaboraram o 
Cours, em 1913, após sua morte.
A Semiologia de Saussure
 "Um signo é a unidade básica da língua. Toda língua é um sistema 
completo de signos. A fala (parole em francês; speech em inglês) é 
uma manifestação externa da língua." Ele também fez importante 
distinção entre as relações sintáticas e as relações paradigmáticas 
que existem em qualquer texto.
 Sua definição de signo como uma entidade de dupla face (signifiant 
e signifié) antecipou e determinou todas as definições posteriores 
da função sígnica.
 Na medida em que a relação entre significante e significado se 
estabelece com base em um sistema de regras (a língua), a 
semiologia saussureana pareceria uma rigorosa semiologia da 
significação.
 Saussurre jamais definiu claramente o significado, deixando-o a 
meio caminho entre imagem mental, um conceito e uma realidade 
psicológica não circunscrita diversamente.
Para pensar
• O real não existe 
fora do sentido.
• O real é uma 
construção da 
linguagem.
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37

Outros materiais