A Função Social da Escola

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Educação a Distância
Abigail dobbert cruz
Ijuí-RS
2015
Curso de Graduação – HISTÓRIA - UNOPAR
Educação a Distância
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 função social da escola
Ijuí-RS
2015
Sumário
Introdução ________________________________________________04
Desenvolvimento _________________________________________ 5,7
Considerações Finais ______________________________________ 08
Referências bibliográficas __________________________________ 09
Introdução 
 Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a função social da escola, e através dele contribuir para uma reflexão de melhorias nas escolas públicas, de forma teórica e seu contexto histórico.
A escola tem sido tratada, através de muitas literaturas especializadas, como uma constituição complexa, no que diz respeito, a escola pública; se por um lado, á função da escola em relação ás origens sociais contribui para o entendimento da complexidade da instituição, por outro volta a ser uma escola abstrata, em especial nas redes publicas onde á maioria dos alunos são de famílias pobres e acaba tornando-se uma reprodutora das relações sociais. 
 A função social da escola é muito ampla, complexa e diversificada, com carências de dedicação exclusiva do professor no acompanhamento das mudanças desse campo de trabalho, para uma melhor atualização em seus métodos de ensino, onde a escola tenha um olhar constante, voltado para a sociedade.
 
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Desenvolvimento
 
 A ampliação/generalização do acesso ao ensino obrigatório no país deu-se a partir da década de 60 foi se constituindo uma verdadeira escola de massas, e esse acesso generalizado trouxe problemas graves, ha medida que foi ampliando-se o acesso de alunos de diversificadas classes a escola fundamental, também como a quantidade de turnos de aula, também baixou á qualidade do ensino, ou seja, mesmo que anteriormente a escola publica se apoiasse em processos altamente seletivos nas ofertas de vagas, no decorrer de sua ampliação, nas ultimas décadas do Brasil, a tradição de ensino de qualidade se deteriorou. Além do impacto do crescimento vertiginoso, a universalização do acesso á escola fundamental, permitiu que crianças que crianças que anteriormente eram excluídas por mecanismos de seletividade passaram a frequentar a escola, aflorando os problemas de seletividade escolar, tornando-se motivo de preocupação em diversos setores, educacionais, científicos e políticos.
 Assim, de um lado, as teorias da “carência cultural” e dos “distúrbios de aprendizagem”, ou as teorias críticas, como as de Saviani e Freire, e do outro, a respeito do fracasso escolar que se abateu sobre os alunos de camadas populares, apesar das diferenças passaram a buscar soluções para os processos de seletividade e exclusões escolares. Apesar de todos os discursos e da quantidade crescente de estudos voltados para essa questão do fracasso escolar, é fato que geralmente o problema tem sido encoberto de forma despercebida, até mesmo, pelos agentes educacionais.
Se no passado, os processos de seletividade escolar eram bem mais visíveis, como na não oferta de vagas ou nos processos de reprovação nas séries iniciais, com a pressão dos órgãos centrais para a diminuição das reprovações e repetências escolares, atualmente uma grande parcela de alunos tem passado pelas escolas sem dela usufruir, onde crianças são aprovadas, mas quase nada aprendem. A deterioração das condições gerais de vida no Brasil têm trazido consequências graves nas escolas fundamentais localizadas em áreas afetadas pela violência, tráfico e consumo de drogas e elevação de índices de criminalidade, porém a queda na qualidade de ensino da escola pública não se abateu somente por esses motivos, a “cultura de escola de baixa qualidade” passou a fazer parte do imaginário dos profissionais e estudiosos da área da educação. 
A escola tem como função a formação das novas gerações em termos de acesso a cultura social valorizada, formação do cidadão, e de constituição do sujeito social, no passado a escola tinha função dar aos alunos o acesso aos bens culturais valorizados pela humanidade, e os outros espaços sociais (família, vizinhos, amigos) contribuíam para a formação do sujeito, os processo de urbanização tem incumbido a escola também a função de formação de sujeito, passando assim a ser um espaço social de convivência e referência privilegiados na formação da identidade de cada aluno. Porem, atualmente, é imposto á escola toda a responsabilidade em relação à educação dos alunos, mas não pode ser desse modo, por mais que a escola tenha consciência da sua função, ela jamais poderá suprir a família. O papel dos pais na educação é de extraordinária importância para a formação integral do educando, pois os filhos espelham-se nos atos dos pais para construir modelos de personalidade e caráter para a própria vida.
Nesse contexto a escola que deseja atingir de forma gradativa e consciente, crescentes índices de democratização não deve deixar de considerar como parte de seus projetos o compromisso de participação. Para o alunado, esse espaço de convivência social, se torna um centro de referência pessoal, que os marcam, através das oportunidades de convívio, atividades realizadas, e como “vivem” no cotidiano escolar. 
 Não há como pensar em melhorias na qualidade de ensino, sem haver mudanças drásticas nas politicas educacionais, através de viabilização em todos os aspectos: materiais, pedagógicos, de pessoal e de trabalho. Porem as politicas educacionais limita o alcance das ações da escola, mas uma escola comprometida com sua qualidade pode buscar, apesar das condições, atingir suas finalidades. 
Se houver um luta conjunta das politicas educativas e a qualificação das escolas, consequentemente haverá uma real democratização da escola pública. Um dos pontos de partida, para obter sucesso, poderia vir através de projetos pedagógicos envolvendo a comunidade como um todo (professores, alunos, pais, funcionários), além de metas de acesso ao conhecimento, formação do cidadão e convívio social. A escola deve estar focada no pleno desenvolvimento dos alunos, buscando fazer do processo educativo algo estimulante, onde esses alunos sintam prazer em estar no ambiente escolar, e sinta-se desafiado a participar ativamente e dinamicamente na construção do aprendizado. 
Saviani (2000, p.35) questiona “(...) a educação visa o homem; na verdade, que sentido terá a educação se ela não estiver voltada para a promoção do homem?" E continua sua indagação ao refletir "(...) uma visão histórica da educação mostra como esta esteve sempre preocupada em formar determinado tipo de homem. Os tipos variam de acordo com as diferentes exigências das diferentes épocas. Mas a preocupação com o homem é uma constante”. 
Nessa perspectiva pode-se apontar que a origem dos fatores que impedem a universalização da educação, uma educação igualitária e que promova o ser humano e o ser social está na ideologia imposta pelo capital. A função social se amplia a fim de converter-se em centro privilegiado de educação, cidadania e cultura. A escola, enquanto instituição ética e socializadora consistem num dos principais meios para a formação crítica e cidadã. E para o exercício dessa incumbência a escola precisa assegurar a realização de atividades que possuem relação com todos os aspectos que envolvem a tarefa maior da escola: a qualidade em educação. 
 Os conteúdos programados devem ter como objetivo estabelecer uma ligação entre teoria e prática através de realidades próximas as vividas pelos alunos, permitindo que o conhecimento adquirido melhore sua vida cotidiana, uma vez que, os homens se constroem na convivência, na troca de experiências. É função daqueles que educam levar os alunos a romperem com a superficialidadede uma relação onde muitos se relacionam protegidos por máscaras sociais, rótulos. Cabe ao governo investir em política educacional de qualidade, garantindo infraestrutura de funcionamento, condições adequadas de trabalho e salário, programas de capacitação e a adoção de uma gestão participativa e democrática. Assim é direito e dever de todos os segmentos sociais, que buscam e acreditam numa sociedade democrática, exigir o cumprimento e realização das funções primordiais da educação. Sabe-se que só existem três maneiras de se transformar uma sociedade: guerra, revolução e educação. Dentre as três, a Educação é a mais viável, a mais passiva, porém a que os efeitos só se tornam visíveis em longo prazo. 
Considerações finais 
 A sociedade espera que a escola realize a função de preparação do aluno para o mercado de trabalho, assim como, espera que seja a responsável pela formação de identidade dos jovens, mas sozinha, a escola não pode cumprir com essa tarefa social, afinal ela não existe isolada do contexto, existem outros fatores, que devem auxiliar na formação ética e moral dos alunados. No passado os responsáveis pelas políticas sociais foram os alunos devido as suas carências ou dificuldades, e também os professores e a falta de preparação e formação, hoje essa tarefa foi transferida para as escolas. 
A baixa qualidade de ensino no Brasil é fruto de politicas educacionais que apregoam a democratização, mas não privilegiam o crescimento da qualidade no ensino para todos, algo que afeta principalmente as escolas públicas, onde estão as camadas populares. Apesar disso, as escolas dentro de suas limitações conseguem contribuir para uma formação básica para todos os alunos.
É preciso estimular o crescimento em favor dos pobres, sem crescimento, um país como o Brasil, não consegue suprir as necessidades de sua população esse crescimento precisa vir acompanhado de escolarização que ressalte a qualidade. Precisa assegurar um mínimo de qualidade num setor de suma importância para o desenvolvimento social e econômico do país. 
 
Referencias bibliográficas
http://www.educaremrevista.ufpr.br/arquivos_17/silveira_bueno.pdf
BUENO, José Geraldo Silveira. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Educar, Curitiba, n. 17, p. 101-110, 2001.
http://matematica2009moju.xpg.uol.com.br/download/GERALDO/funcao_social_escola.pdf.
COSTA, Vera Lúcia. Função social da escola. 2009. 
http://www.uninove.br/PDFs/Publicacoes/dialogia/dialogia_v5/dialogv5_4j28.pdf
COMIS, Daniela. A função social da escola e da avaliação da aprendizagem.
Dialogia, São Paulo, v. 5, p. 135-144, 2006. 
http://www.izabelsadallagrispino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1226 
GRISPINO, Izabel Sadalla. Função Social da Escola. 2006.