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Aula 07 - Argumentos

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Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
 
AULA 07 
ARGUMENTOS 
 
Estou de volta! 
Terminarei, enfim, as aulas sobre lógica matemática, com um tema que, na verdade, é um 
resumo de tudo o que visto até agora: argumento. Pois bem, como manda o ditado “como era no 
princípio...”, vamos retroceder à primeira aula e resgatar aquela nossa 1ª questão. 
(MPOG-2003) Ana é artista ou Carlos é carioca. Se Jorge é juiz, então Breno não é bonito. Se 
Carlos é carioca, então Breno é bonito. Ora, Jorge é juiz. Logo: 
 
a) Jorge é juiz e Breno é bonito 
b) Carlos é carioca ou Breno é bonito 
c) Breno é bonito e Ana é artista 
d) Ana não é artista e Carlos é carioca 
e) Ana é artista e Carlos não é carioca 
 
No enunciado, há uma série de proposições: 
 
P1: Ana é artista ou Carlos é carioca 
P2: Se Jorge é juiz, então Breno não é bonito 
P3: Se Carlos é carioca, então Breno é bonito 
P4: Jorge é juiz 
Na ocasião, tínhamos atribuído para cada proposição simples do enunciado o seguinte: 
p: Ana é artista 
q: Carlos é carioca 
r: Jorge é juiz 
t: Breno é bonito 
 
Reescrevendo tal enunciado em linguagem simbólica: 
 
p v q 
r → ~t 
q → t 
r 
 
(p v q) ^ (r → ~t) ^ (q → t) ^ r 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
Vejam que existe todo um enunciado, e uma uma resposta: “Ana é artista e Carlos não é 
carioca” (p ^ ~q). Quer dizer, existe um argumento, uma sequência determinada (finita) de 
proposições que gera uma proposição final. Podemos representar assim: 
 
(p v q) ^ (r → ~t) ^ (q → t) ^ r → (p ^ ~q) 
 
Denomina-se as proposições P1, P2, P3 e P4 de premissas do argumento, e a proposição 
final de conclusão do argumento, a qual denomina-se de Q. O nosso Q, para a referida questão, é 
a proposição (p ^ ~q). 
 
P1, P2, P3 ,P4, ...., Pn → Q 
 
Temos, então, como escrever a representação geral de um argumento: 
 
P1, P2, P3 ,P4, ...., Pn | Q 
 
E lemos de uma das seguintes maneiras: 
 
P1, P2, P3 ,P4, ...., Pn acarretam Q 
Q decorre de P1, P2, P3 ,P4, ...., Pn 
Q se deduz de P1, P2, P3 ,P4, ...., Pn 
Q se infere de P1, P2, P3 ,P4, ...., Pn 
 
Se tivermos duas premissas e uma conclusão em um argumento, chamaremos isso de 
silogismo. Pois é, você deve está lembrado agora daquela regra de implicação lógica, lá da Aula 
04, chamada silogismo hipotético, não é verdade? É por isso que assim a chamamos! 
 
 
VALIDADE DE UM ARGUMENTO 
 
 
Note que, na maioria de questões de lógica matemática, sempre temos, lá no final, uma 
expresão do tipo “ora... logo”, “pode-se concluir”, “se... então”, ou mesmo uma das maneiras de se 
lê um argumento, ditas anteriormente. Ora, toda questão, com essas expressões ditas no final do 
seu enunciado, leva-nos a concluir que trata-se de um argumento. Assim, ao responder a estas 
questões, estaremos sempre a marcar a opção (a, b, c, d ou e) que torne válido o argumento. 
Na nossa questão do MPOG-2003, quando marcamos o item “e) Ana é artista e Carlos 
não é carioca”, estamos escolhendo uma conclusão para as premissas que deixa o argumento 
válido. Não entendeu? Pois vai entender! Colocarei a tabela-verdade desta questão novamente, 
para você não ter que ir até a Aula 05. Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
linha P q r t ~t p v q r → ~t q → t (p v q) ^ (r → ~t) ^ (q → t) 
1) V V V V F V F V F 
2) V V V F V V V F F 
3) V V F F V V V F F 
4) V F F F V V V V F 
5) F V V V F V F V F 
6) F F V V F F F V F 
7) F F F V F F V V F 
8) V F V V F V F V F 
9) V V F V F V V V F 
10) F F V F V F V V F 
11) F V F F V V V F F 
12) V F V F V V V V V 
13) F V F V F V V V F 
14) F V V F V V V F F 
15) V F F V F V V V F 
16) F F F F V F V V F 
 
 
Você está vendo a linha 12... percebeu? Claro! Quer dizer, relembrou o que eu já havia 
dito na Aula 05? Tenho certeza que sim! 
 Na linha 12, temos um argumento válido, pois temos 
(p v q), (r → ~t), (q → t) (premissas) 
(p v q) ^ (r → ~t) ^ (q → t) (conclusão) 
todos com valores lógicos verdadeiros. Aliás, é única linha onde isso se verifica. 
Então, amigos, estávamos, na resolução desta questão, atrás da linha 12, na qual se 
verifica a validade do argumento, como também os valores lógicos das proposições simples p, q, r 
e t. 
linha p q r t 
12) V F V F 
 
Podemos, então, dizer que um argumento é válido se e somente se a conclusão é 
verdadeira todas a vezes que as premissas são verdadeiras. Não entendeu? Vou dizer com 
outras palavras: um argumento é válido se e somente se a conclusão for V todas as vezes 
que as premissas tiverem valor lógico V. É o que vemos na linha 12 da tabela. 
Em tempo, é essa a característica do argumento válido: a verdade das premissas é 
incompatível com a falsidade da conclusão. Ao contrário do argumento válido, um argumento 
não-válido chamamos de sofisma. 
 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
A Lógica Matemática só se preocupa com a validade (V) ou não (F) do argumento, não 
importando os valores lógicos (V ou F) das premissas e da conclusão. Foi o que tinha adiantado, 
com outras palavras, na Aula 04. Lá eu disse que na resolução de provas de concurso, na maioria 
das vezes, estamos atrás do atributo tautológico ou contraditório de uma proposição. Quando 
vamos escolher um item para gabaritar em uma questão de lógica, estaremos atrás da verdade ou 
falsidade da proposição composta (leia-se argumento). 
Ademais, o argumento válido nos leva a afirmar que, quando as premissas são 
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa. 
Êta, quanto conceito! Não penso assim. Você pode perguntar: “será necessário?”. E eu 
respondo: sim, pode ser que alguma questão venha a abordá-los. Se caso isso ocorra, estaremos 
preparados. Fato é que algumas bancas costumam exagerar nos enunciados das questões para 
confundir os candidatos (ou até mesmo tomá-los o tempo, que é precioso!) com um monte de 
conceitos. Foi o que fez o CESPE em 2004, na prova de papiloscopista. 
“Denomina-se contradição uma proposição que é sempre falsa. Uma forma de 
argumentação lógica considerada válida é embasada na regra da contradição, ou seja, no caso 
de uma proposição ¬R verdadeira (ou R verdadeira), caso se obtenha uma contradição, então 
conclui-se que R é verdadeira (ou ¬R é verdadeira)”. 
Porém, creio que você venha a fixar todos esses conceitos, porque, além de mostrá-los, já 
fiz uma exposição prática de todos eles. 
Vamos em frente! 
 Um argumento P1, P2, P3 ,P4, ...., Pn | Q só é válido se e somente se a condicional é 
tautológica. Temos: 
(P1 ^ P2 ^ P3 ^ ,P4, ...., Pn) → Q 
E para não se falar mais nisso, a regra é clara: todas as premissas e a conclusão do 
argumento devem ser verdadeiras para a condicional ser verificada, isto é, as premissas implicam 
logicamente a conclusão se a condicional é tautológica. Pronto! Você já deve ter fixado bem esse 
assunto. Se não, basta ir até a tabela verdade anterior e verificar todos os conceitos já ditos. 
Moral de toda a história: as questões de lógica, quando não pedem uma proposição 
equivalente, exige que se verifique se algum argumento é válido. Para isso, usamos, muitas 
vezes, o método dedutivo. ISSO É O RESUMO DE TUDO O QUE VIMOS ATÉ AQUI. 
Legal, não? Pois é, estamos aptos a resolver qualquer questão de lógica matemática 
agora. Você pode dizer então: “e que venham as questões...!”. Como eu acho que você já deve 
está dizendo isso, vou trazer mais dois exercícios e os resolverei. Umbora lá, resolvê-los! 
 
(AFC/TCU-1999) Se Beraldo briga com Beatriz, então Beatriz briga com Bia. Se Beatriz briga com 
Bia, então Bia vai ao bar. Se Bia vai ao bar, então Beto briga com Bia. Ora, Beto não briga com 
Bia. Logo, 
 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
a) Bia nãovai ao bar e Beatriz briga com Bia 
b) Bia vai ao bar e Beatriz briga com Bia 
c) Beatriz não briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz 
d) Beatriz briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz 
e) Beatriz não briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz 
 
 
Representando primeiro as proposições simples: 
 
p: Beraldo briga com Beatriz 
q: Beatriz briga com Bia 
r: Bia vai ao bar 
t: Beto briga com Bia 
 
Agora, difente de antes, ao invés de proposição, chamaremos de premissas a representação do 
enunciado, para uma melhor distinção entre as proposições do problema. Escrevendo as 
premissas em linguagem simbólica: 
 
p → q 
q → r 
r → t 
~t 
 
(p → q) ^ (q → r) ^ (r → t) ^ ~t 
 
Ora amigos, como eu já falei, temos que admitir que uma destas premissas é verdadeira. E 
obviamente admitiremos, sempre que possível, uma proposição simples com tal. Pois bem, então 
vamos admitir, para o nosso problema a premissa ~t como verdadeira. 
 
(p → q) ^ (q → r) ^ (r → t) 
 
Ok! Veja que eu retirei a premissa ~t do enunciado simbólico, pois foi esta que admitimos como 
verdadeira. Estamos pronto agora para resolver a referida questão pelo nosso conhecido método 
dedutivo. Aliás, isso nós já fazíamos antes. Usando o método dedutivo: 
 
(p → q) ^ (q → r) ^ (r → t) (admitindo que “t” tem valor falso) 
(p → q) ^ (q → r) ^ (r → F) (silogismo hipotético) 
(p → q) ^ (q → F) (silogismo hipotético) 
p → F (equivalente) 
~p v F (disjunção) 
~p 
 
Ora, você chegou a esta conclusão! Aí você pergunta: e agora, eu fiz as contas de maneira 
errada? Não, está tudo certo. Uma conclusão possível para o problema é ~p. Mas quando olhamos 
para as respostas, não vemos nenhuma conclusão dizendo apenas que “Beraldo não briga com 
Beatriz”. 
 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
Aí é que está o conhecimento do candidato. Se já sabemos dos valores lógicos de t (falso) e p 
(falso), então vamos atrás das premissas do problema para encontrar os valores lógicos de q e r. 
Temos a seguinte premissa: r → t. Como sabemos que t é falso, então r → F. 
 
Hoje aprendemos que todas as premissas precisam ser verdadeiras para a conclusão ser também 
verdadeira. Deste modo, para a premissa r → F ser verdadeira, r deverá ter valor lógico falso, de 
acordo com a condicional. 
 
Igualmente, como descobrimos que r é falso, então a premissa q → r pode ser escrita q → F. 
Então, para q → F ser uma premissa verdadeira, q deverá ter valor lógico falso. 
 
Pronto, questão parcialmente resolvida, vamos conferir os itens: 
 
a) Bia não vai ao bar e Beatriz briga com Bia 
~r ^ q = ~F ^ F = V ^ F = FALSO 
 
b) Bia vai ao bar e Beatriz briga com Bia 
r ^ q = F ^ F = FALSO 
 
c) Beatriz não briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz 
~q ^ ~p = ~F ^ ~F = V ^ V = VERDADEIRO 
 
d) Beatriz briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz 
q ^ p = F ^ F = FALSO 
 
e) Beatriz não briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz 
~q ^ p = ~F ^ F = V ^ F = FALSO 
 
Resposta letra c). 
 
Êta, questãozinha arretada! É nada, é muito fácil. Quer ver? Tínhamos no início o seguinte: 
 
(p → q) ^ (q → r) ^ (r → t) 
 
Sabíamos, de início, que o valor lógico de t era falso. Se você substitui na 3ª premissa, já saberá 
logo o valor lógico de r, falso. E vai seguindo... pegando agora o valor lógico de r e substituindo na 
2ª premissa, descobrindo o valor de q, falso... até saber que p é verdadeiro. 
 
Você pode está me perguntando: “e pra que serve o método dedutivo, se poderia ter feito 
logo direto, substituindo os valores lógicos já conhecidos nas premissas”? 
PRESTE ATENÇÃO! Em questões de concursos, nem sempre vem esse 
“encadeamento” de condicionais que facilitam sobremaneira a resolução do problema. Mas, é 
perfeitamente possível resolvê-las através destes conceitos básicos da lógica matemática. Aliás, 
muitas questões podem ser resolvidas desta maneira, economizando o precioso tempo, porém é 
necessário que a pessoa conheça “de-cabeça” todas as operações lógicas fundamentais (negação, 
conjunção, disjunção etc.). Vai ter ocasiões em que aparecerão determinadas questões “quase 
impossíveis” de se resolver pelo método dedutivo, pois, como nesta, você ficará se perguntando “o 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
que foi que eu fiz?”. Olhem lá, hein! Fiquem atententos! Foi por isso que falei lá no início desta 
aula: 
“As questões de lógica, quando não pedem uma proposição equivalente, exige que se 
verifique se algum argumento é válido. Para isso, usamos, muitas vezes, o método 
dedutivo”. 
A expressão “muitas vezes” significa que nem sempre será conveniente resolver questões 
de lógica matemática pelo método dedutivo. 
Em outros momentos, também aparecerão certas questões com o mesmo problema de 
não se encontrar a resposta pelo método dedutivo. E você vai perguntar na hora da prova: “e 
agora, José?”. E quando ocorrerá este último caso? Darei a dica agora, resolvendo uma 
questãozinha. Ademais, o método dedutivo pode sempre ser usado sem mais problemas. 
 
(AFC-2002) Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se Iara fala italiano, então ou Ching 
fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas 
Elton fala espanhol se e somente se não for verdade que Francisco não fala francês. Ora, 
Francisco não fala francês e Ching não fala chinês. Logo, 
 
a) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarquês. 
b) Ching não fala chinês e Débora fala dinamarquês. 
c) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol. 
d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano. 
e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês. 
Resolução 
 
Representando primeiro as proposições simples: 
 
p: lara fala italiano 
q: Ana fala alemão 
r: Ching fala chinês 
t: Débora fala dinamarquês 
y: Elton fala espanhol 
z: Francisco fala francês 
 
Escrevendo as premissas em linguagem simbólica 
 
~p → q 
p → (r v t) 
t → y 
y ↔ ~(~z) 
 
(~p → q) ^ (p → (r v t)) ^ (t → y) ^ (y ↔ ~(~z)) 
 
Nas questões até aqui resolvidas pelo método dedutivo, tínhamos apenas uma proposição simples 
encerrando o enunciado, a qual considerávamos como verdadeira, e a partir daí começavamos a 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
resolver o problema. Confira a última e observe que lá está escrito “Ora, Beto não briga com Bia. 
Logo”. 
 
Voltando para a questão do AFC-2002, você deve ter ficado assustado com o tamanho da 
proposição. Mas não se assuste. No enunciado, lá no final, temos “Ora, Francisco não fala francês 
e Ching não fala chinês (~z ^ ~r). Logo”. Quando temos uma proposição composta encerrando um 
enunciado, e as demais proposições todas compostas, resolvemos a questão através dos 
operadores lógicos fundamentais, considerando a última proposição como verdadeira, no nosso 
caso (~z ^ ~r). 
 
Vamos por etapas, pegando as premissas de trás pra frente. Primeiro, se (~z ^ ~r) é verdadeira, 
pela conjunção, ~z e ~r devem ser obrigatoriamente verdadeiras. Se ~z e ~r são ambas 
verdadeiras, então z e r, ambas, tem valor lógico falso. 
 
Prosseguindo.... temos a premissa (y ↔ ~(~z)), que é a mesma (y ↔ z). Se z é falso, então, pela 
bicondicional, y é falso. 
 
Olhando a outra premissa (t → y), se y é falso, t também é falso. 
 
A segunda premissa é (p → (r v t)) . Sabemos que o valores de r e t são, ambos, falso. Assim, 
escrevemos (p → (F v F)). Temos que, pela disjunção exclusiva, (p → F). Logo, pela condicional, p 
é falso. 
 
A última premissa é (~p → q). Se p é falso, ~p é verdadeiro. Aí escrevemos (V → q), que, de 
acordo com a condicional, para ser toda a proposição verdadeira, o q deverá ser verdadeiro. 
 
Encontrado todos os valores lógicos de p, q, r, t, y e z, vamos testar em cada enunciado 
 
a) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarquês. 
~p ^ ~t = ~F ^ ~F = V ^ V = VERDADEIRO 
b) Ching não fala chinêse Débora fala dinamarquês. 
~r ^ t = ~F ^ F = V ^ F = FALSO 
c) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol. 
~z ^ y = ~F ^ F = V ^ F = FALSO 
d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano. 
~q v p = ~V v F = F v F = FALSO 
e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês. 
 q ^ t = V ^ F = FALSO 
 
Resposta letra a). 
 
Fácil, não?! Até porque a banca examinadora colocou a resposta logo no item a), o que 
acaba economizando um bom tempo para sua resolução. 
Não tema esse tipo de questão, pois quando você fizer a mão, verá que as contas não são 
tão trabalhosas assim. 
Lógica Matemática para concursos – Dudu cearense 
Querem mais? Perdoem-me, agora é com vocês. Vou deixar 3 questões (na próxima 
página) para vocês resolverem, as quais abordarei na próxima aula. Agora em diante é só 
exercícios...! 
Tenho que ir, pois também sou filho de Deus. 
Fui! 
Exercícios 
 
 
(AFC-1997) Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à África, ou Rui vai a Roma. Se Ana vai à 
África, então Luís compra um livro. Se Luís compra um livro, então Rui vai a Roma. Ora, Rui não 
vai a Roma, logo: 
 
a) Celso compra um carro e Ana não vai à África 
b) Celso não compra um carro e Luís não compra o livro 
c) Ana não vai à África e Luís compra um livro 
d) Ana vai à África ou Luís compra um livro 
e) Ana vai à África e Rui não vai a Roma 
 
(AFC/TCU-1999) Se Flávia é filha de Fernanda, então Ana não é filha de Alice. Ou Ana é filha de 
Alice, ou Ênia é filha de Elisa. Se Paula não é filha de Paulete, então Flávia é filha de Fernanda. 
Ora, nem Ênia é filha de Elisa nem Inês é filha de Isa. 
 
a) Paula é filha de Paulete e Flávia é filha de Fernanda. 
b) Paula é filha de Paulete e Ana é filha de Alice. 
c) Paula não é filha de Paulete e Ana é filha de Alice. 
d) Ênia é filha de Elisa ou Flávia é filha de Fernanda. 
e) Se Ana é filha de Alice, Flávia é filha de Fernanda. 
 
(AFT-2003) Investigando uma fraude bancária, um famoso detetive colheu evidências que o 
convenceram da verdade das seguintes afirmações: 
 
1) Se Homero é culpado, então João é culpado. 
2) Se Homero é inocente, então João ou Adolfo são culpados. 
3) Se Adolfo é inocente, então João é inocente. 
4) Se Adolfo é culpado, então Homero é culpado. 
 
As evidências colhidas pelo famoso detetive indicam, portanto, que: 
 
a) Homero, João e Adolfo são inocentes. 
b) Homero, João e Adolfo são culpados. 
c) Homero é culpado, mas João e Adolfo são inocentes. 
d) Homero e João são inocentes, mas Adolfo é culpado. 
e) Homero e Adolfo são culpados, mas João é inocente.

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