Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Teias Alimentares O que é uma teia alimentar? Conjunto de CADEIAS ALIMENTARES ligadas entre si, representando as RELAÇÕES TRÓFICAS entre as diversas espécies do ECOSSISTEMA. As teias alimentares dão uma visão mais realista do que acontece nos diferentes ecossistemas porque a relação entre dois organismos não é sempre a mesma. Produtores Consumidores primários Consumidores secundários Consumidores terciários Cadeia alimentar Teia alimentar Realidade ecológica Estudo das teias alimentares Ecologia de Comunidades Ecologia de Ecossistemas TEIA ALIMENTAR Interações entre espécies diferentes Fluxo de energia e nutrientes Importância das Teias alimentares em estudos ecológicos Como os recursos alimentares e os predadores estão entre os principais fatores limitantes do crescimento populacional de qualquer espécie, as interações alimentares são componentes essenciais para o entendimento da dinâmica das populações, e dos padrões de coexistência e diversidade nos ecossistemas. Uma das formas mais tradicionais de estudar a ecologia trófica está na identificação das rotas alimentares dentro dos ecossistemas. Identificar e quantificar... Cadeias alimentares Teia alimentar Como representar uma teia alimentar? GRAFOS ... OU MATRIZES Características de uma teia alimentar Tamanho (N) Conectância Força de interação 3 componentes da estrutura de uma teia alimentar Funcionamento de uma teia alimentar Através da remoção de uma espécie... Predador Competidor Aumento na densidade de sua presa Aumento das espécies competidoras Mas nem sempre isso acontece... ...Efeitos diretos X Efeitos indiretos Efeitos indiretos Se sobressaem quando a remoção de espécies ocorre de forma proposital: controle biológico de uma praga ou erradicação de uma espécie invasora. Ex: O “problema” dos gatos selvagens que escaparam da domesticação e ameaçam de extinção espécies nativas de aves. Eliminar os gatos seria a solução???? Efeitos indiretos Os ratos também predam as aves... Os gatos mantêm os ratos sob controle e todas as espécies coexistem. Sem os gatos... ... os ratos levam as aves à extinção. O que é uma cascata trófica? É o efeito indireto dentro de uma teia alimentar. Sistema: predador, presa e produtor. Manipulação experimental Larus glaucescens Haematopus bachmani Costa dos Estados Unidos Verificações nas densidades 3 espécies de gastrópodos, cracas e mexilhões, algas. Resultados da Manipulação experimental Predação das aves ↓ área coberta por por cracas; Na ausência das aves, ↑ abundância das cracas. ↑ abundância das cracas = ↓ abundância de mexilhões ↑ abundância das cracas, ↑ abundância de L. digitalis. ↓ abundância de mexilhões, espera-se ↓ abundância de L. pelta. Mas, L. strigatella é competitivamente inferior às outras. O ↑ de L. digitalis levou a ↓ L. strigatella e liberou L. pelta da pressão e sua abundância foi pouco alterada. Cracas Mexilhões O consumo dos gastrópodes diminue o pastejo =↑ abundância das algas. O consumo de cracas ↑ área exposta = ↑ abundância das algas. Cracas Mexilhões Quando uma cascata trófica é uma cascata trófica? Quando ocorre em nível de comunidades: os predadores controlam a abundância dos herbívoros, de tal modo que as plantas são liberadas do controle pelos herbívoros. Mas uma cascata também pode ocorrer em nível de população... E nesse caso: aumentos em um determinado predador originam diminuições em certos herbívoros e aumentos em plantas em particular. Em um sistema com 4 níveis tróficos... Espera-se que as abundâncias dos carnívoros-topo e herbívoros sejam positivamente relacionadas, como são dos carnívoros primários e vegetais. Carnívoro-topo Carnívoros primários Herbívoro Produtores Truta marrom Insetos predadores Insetos herbívoros Algas ... E COM A ONIVORIA 3 níveis, pois efeitos dos onívoros sobre os herbívoros são mais fortes. IMPORTÂNCIA DA ONIVORIA NAS TEIAS ALIMENTARES!!! Controle das teias alimentares: como acontece? Controle de cima para baixo (“top-down”): abundância, biomassa ou diversidade dos níveis tróficos inferiores dependem dos efeitos dos consumidores; Controle de baixo para cima (“bottom-up”): a estrutura da comunidade depende de fatores que atuam a partir de níveis tróficos inferiores, como concentração de nutrientes e disponibilidade de presas (competição por recursos). E que tipo de controle domina as teias alimentares? Hairston et al. (1960): Por que o mundo é verde? Controle de cima para baixo predomina: a biomassa de plantas verdes se acumula porque os predadores mantêm os herbívoros ameaçados. Murdoch (1966): O mundo é espinhoso e tem o gosto ruim. Muitas plantas desenvolveram defesas físicas e químicas que tornaram a vida difícil para os herbívoros. Não existem padrões claros sobre qual tipo de controle é predominante. O que se sabe é que... ...os controles de baixo para cima e de cima para baixo se alternam à medida que nos movemos de um nível trófico para o outro. No geral.. Comunidades com cascatas tróficas em nível de comunidade: controle de cima pra baixo; Comunidades com cascatas tróficas em nível de espécies: controle de cima pra baixo ou de baixo pra cima; Comunidades em que os consumidores têm pouca influência: controle de baixo para cima (detritívoros, consumidores de néctar, consumidores de semente e insetos fitófagos). Ainda outros pormenores... Em ecossistemas brancos (extremamente improdutivos): o pastejo é fraco, pois não há alimento suficiente para sustentar populações efetivas de herbívoros. Controle de baixo para cima. Em ecossistemas verdes (altamente produtivos): o pastejo também é fraco, pois há um controle efetuado pelos predadores. Controle de cima para baixo imposto pelos predadores. Em ecossistemas amarelos (condição intermediária): o pastejo é forte sobre as plantas. Controle de cima para baixo imposto pelos herbívoros. Espécies-chave Espécie cuja remoção produz um efeito significativo que se propaga através da rede. Outra definição... * Uma espécie cujo impacto é desproporcionalmente grande em relação a sua abundância. * Pode ocorrer em qualquer nível trófico. Chen caerulescens caerulescens Reprodução em zonas de água salobra e pântanos de água doce. Espécie Herbívora: Consumo de raízes de gramíneas em áreas secas; partes aéreas de ciperáceas em áreas úmidas. Criação de manchas sem vegetação. Essencial para o estabelecimento e manutenção da vegetação. ESPÉCIE-CHAVE Referências BEGON, M.; TOWNSEND, C. R. & HARPER, J. L. 2007. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora S.A. 740p. TOWNSEND, C. R.; BEGON, M. & HARPER, J. L. 2010. Fundamentos em ecologia. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora S.A. 576p. PUTMAN, R. J. 1996. Community ecology. London: Chapman & Hall. 178p.
Compartilhar