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ALICE DA SILVA GUNDIM ANA MICHELE P. DA CONCEIÇÃO CARLOS EDUARDO S. ANDRADE FELIPE BARROS MASCARELLO LARYSSA OLIVEIRA DE ARAUJO RELATÓRIO DE DESCRIÇÃO DE PERFIL DE SOLO A CAMPO RIO BRANCO - AC 2015 ALICE DA SILVA GUNDIM ANA MICHELE P. DA CONCEIÇÃO CARLOS EDUARDO S. ANDRADE FELIPE BARROS MASCARELLO LARYSSA OLIVEIRA DE ARAUJO RELATÓRIO DE DESCRIÇÃO DE PERFIL DE SOLO A CAMPO RIO BRANCO - AC 2015 Relatório apresentado à disciplina de Gênese, Morfologia e Física do Solo, do curso de Engenharia Agronômica, Centro de Ciências Biológicas e da Natureza, Universidade Federal do Acre, como parte de suas avaliações. Professora: Ma. Lya Januária V. Beiruth SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3 2 MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................................5 3 DESCRIÇÃO GERAL................................................................................................6 4 DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA.................................................................................7 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................8 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................9 3 INTRODUÇÃO Segundo Prado (1991) "O estudo da morfologia do solo é extremamente importante, uma vez que através dele se faz o julgamento dos diversos aspectos morfológicos visando à classificação do solo para posterior aproveitamento e estudos de gênese”. A partir dos ensinamentos aprendidos com o estudo da morfologia é capaz a realização da descrição do perfil de solo. Essa descrição é muito importante para que se tenha uma visão completa do solo, e permite que sejam vistas características que nem sempre as análises de laboratório permitem, e também é útil para saber o melhor uso do solo analisado. Para a realização da descrição do solo é preciso que se abra uma trincheira onde ocorrerá a análise das características e de onde será recolhido as amostras de solo. A trincheira, geralmente, terá 2,0 m de profundidade, 1,5 m de comprimento e 1,2 m de largura. A fase da trincheira que será analisada precisa estar lisa e de frente para o sol para que se tenha uma boa visualização, é necessário também que se façam degraus para fácil acesso. Depois da trincheira aberta se inicia a análise do perfil de solo, onde, inicialmente, se separa os horizontes do perfil do solo e medem a profundidade e espessura em cm. A transição é feita observando a mudança de cor entre os horizontes, e se divide entre grau de transição - que pode ser abrupta, clara, gradual ou difusa - e forma de topografia - que pode ser plana, ondulada, irregular ou descontínua. As características morfológicas começam a ser analisadas pela cor, comumente, se utiliza a caderneta de Munsell para determinar a cor do horizonte. Na caderneta de Munsell se observa a matiz (pigmento), o valor (tonalidade) e o croma (intensidade). A textura mede a porcentagem de silte, argila e areia no solo. Os solos com mais areia é possível perceber que são mais ásperos, os solos com mais silte tem textura sedosa e os com muita argila são mais plásticos e pegajosos. As partículas de argila, silte e areia juntas formam agregados, que se referem a estrutura que é classificada em tipo (laminar, prismática, blocos e granular), tamanho (muito pequena, pequena, média, grande e muito grande) e grau de desenvolvimento ( fraca, forte, grãos simples, maciça e moderada). E a consistência se 4 refere as forças de adesão e coesão, que muda de acordo com a umidade do solo. Se o solo estiver seco a consistência pode ser: solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura, extremamente dura; a consistência quando tiver úmida pode ser: solta, muito friável, friável, firme, muito firme, extremamente firme; e a consistência quando tiver molhado vai indicar plasticidade e pegajosidade. No decorrer do trabalho será possível ver a descrição do perfil do solo, dividido em descrição geral e morfológica, realizado no Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre, utilizando as normas brasileiras de classificação citadas acima. 5 MATERIAL E MÉTODOS A descrição do perfil de solo a campo foi realizada no Parque Zoobotânico em uma trincheira aberta com dimensões 1,5 m, 1,2 m, 2,0 m. A primeira etapa efetuada foi a limpeza da trincheira com o auxílio de baldes para retirada da água e com uma pá e enxada foi retirada a camada superficial do solo para melhor visualização do perfil. Após a limpeza, com um canivete foi feita a delimitação visual dos horizontes, assim como a caracterização da transição entre os mesmos. Traçou-se uma linha perpendicular em relação a linha de delimitação, onde ao longo da linha pressionou-se o canivete no solo 1 cm para baixo e para cima continuamente até o ponto em que houve dificuldade para pressionar. Em seguida, mediu-se a profundidade do perfil e a espessura de cada camada. No exame do perfil do solo, todos os horizontes foram separadamente descritos, sendo definidas características como cor, textura, estrutura, consistência e transição de cada um. Com a separação dos horizontes definida, foi coletada uma amostra de cada um para identificação da cor, atentando-se à mesclas de cores, utilizando a caderneta de Munsell. Posteriormente foi verificada a textura, onde uma amostra de terra foi umedecida e amassada na mão até ficar homogênea, dessa amostra uma pequena porção foi passada entre os dedos polegar e indicador para sentir a correlação entre as proporções de areia, silte e argila, depois foi avaliada a arenosidade através da fricção também de uma pequena porção entre a língua e o palato. Em seguida, avaliou-se a estrutura, recolhendo um torrão de solo e com os dedos, levemente separou-se as unidades estruturais e foi observada a facilidade com que se separa uma unidade da outra para determinar o grau de desenvolvimento da estrutura, com a forma da unidade deu-se o tipo e o tamanho das unidades caracterizou o tamanho da estrutura. Na última etapa foi determinada a consistência do solo para a descrição. Foi possível saber somente a consistência no solo úmido, onde a amostra foi esboroada na mão e verificou-se a friabilidade do material. 6 DESCRIÇÃO GERAL PERFIL 1 DATA - 16.11.2015 CLASSIFICAÇÃO ATUAL - Argissolo LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - BR 364, km 04, Distrito Industrial, Universidade Federal do Acre - UFAC, Parque Zoobotânico, próximo ao lago, Rio Branco - Ac 9° 57' 8" S e 67° 52' 25" W. ALTITUDE - 160 metros. LITOLOGIA - não informado. FORMAÇÃO GEOLÓGICA - não informado. MATERIAL ORIGINÁRIO - não informado. PEDREGOSIDADE - não pedregoso. ROCHOSIDADE - não rochoso. RELEVO LOCAL - suave ondulado. RELEVO REGIONAL - plano. EROSÃO - não aparente. DRENAGEM - moderadamente drenado. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - mata. USO ATUAL - plantio de açaí. CLIMA - Am, da classificação de Köppen. DESCRITO E COLETADO POR - Alice da S. Gundim,Ana Michele P. da Conceição, Carlos Eduardo S. Andrade, Felipe B. Mascarello e Laryssa O. de Araujo. 7 DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA Ap Bt Btf RAÍZES - Abundantes finas e médias no horizonte Ap; poucas finas no Bt; raras muito finas no Btf. 0-27 cm, bruno (7,5 YR 4/3, úmida); franco-arenosa; fraca média a blocos subangulares; ligeiramente dura, muito friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; topografia plana e clara. 27-59 cm; vermelho amarelado (5 YR 4/6, úmida); franco-argilossiltosa; moderada média a grande blocos angulares; ligeiramente dura, firme, plástica e ligeiramente pegajosa; topografia plana e clara. 59-97 cm+, coloração variegada, composta de vermelho (10 R 4/6, úmida) e amarelo-oliváceo (2,5 Y 6/6, úmida); franco-argilosa; fraca média a grande blocos subangulares; ligeiramente dura, friável, plástica e ligeiramente pegajosa; topografia plana. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Dessa forma, a realização do trabalho na aula prática ajuda a fixar e reforçar o que foi passado em sala de aula como teoria. Durante a descrição do solo foram retratadas as etapas do processo, como a limpeza do solo, corte e raspagem da parte a ser descrita, separação e identificação dos horizontes. Portanto, com a descrição geral e morfológica do perfil foi possível inferir que o solo analisado é um argissolo. Na análise de solo é fundamental a descrição do perfil, para aplicação do manejo de solo correto para fins desejáveis. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Secretaria Geral. Projeto RADAMBRASIL: Folha SC. 19. Rio Branco, 1976. 464 p. (Levantamento de Recursos Naturais, v. 12). PRADO, H. do; Manejo dos solos: descrições pedológicas e suas implicações. São Paulo: Nobel, 1991. 116 p. SANTOS, R. D. dos; LEMOS, R. C. de; SANTOS, H. G. dos; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. dos. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2005. 9
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