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Seminário de Sociologia Rural e Ambiental

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UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Campus de Marechal Cândido Rondon
Centro de Ciências Agrárias
Curso de Zootecnia
Acadêmicos: Cleber Sônego
 Josias Fornari
 Vanessa Kaufert
SEMINÁRIO BIMESTRAL DE 
SOCIOLOGIA RURAL E AMBIENTAL
Marechal Cândido Rondon
Paraná
2013
Ouro azul
Como as grandes corporações estão se apoderando da água doce do nosso planeta.
MAUDE BARLOW / TONY CLARKE
Ponto de vista
É uma estrutura ética que informa o propósito e o trabalho de alguém;
Traz um senso de prioridade, de proporção, de obrigação;
Ponto de vista exclusivo para o lucro e nega o ponto de vista da comunidade;
Encruzilhadas
As queimadas e os despejamentos tóxicos estão acabando com as vias fluviais, o aquecimento global está destruindo o ambiente aquático;
Práticas de irrigação estão acabando com o solo e com os níveis de reservatórios;
Tudo que se faz aumenta a crise de água doce global, muitas empresas operam sob o regime “guarda-chuva”
 Essas corporações que operam sob esse regime, fazem os governos retrocederem na legislação ambiental por medo de represalias em tribunais de comércio
 As corporações pagam impostos ou ocultam seus lucros diminuindo a potencial renda dos governos;
 Essas corporações são apoiadas por instituições financeiras e com isso lucrar com a crise da água doce. 
 Com isso, não teremos a chance de salvar o planeta pois, assim vão determinar o uso de acordo com o interesse dessas corporações.
 A utilização da ética empresarial garante que decisões relativas a distribuição de água se centralizem em considerações comerciais sem aspectos ambientais.
 A privatização significa que os recursos de água é baseada em princípios de escassez e maximização de lucro a longo prazo.
 As empresas fazem lobby para reduzir regulamentações ambientais e desregulamentar padrões de água.
Os suprimentos globais comuns de água
A água deve ser entendida como propriedade comum em um mundo onde tudo está privatizado. A água que pertence a todos não é destruída se for controlada por meio de regras;
 A privatização da água por meio de direitos de propriedade não reverterá esta degradação mas a acelerará. Ela deflagrará guerras de água, colocando populações contra populações, regiões contra regiões.
A intendência da água
Em vez de respeitar a maneira como a natureza distribui a água, tentamos domesticá-la e controlar seus sistemas para satisfazer nossas necessidades.
Essa nova ética deve contemplar uma abordagem mais sustentável, eficientes, práticas agrícolas mais amigáveis ao planeta. 
Igualdade de água
Aqueles que são pobres em água moram quase exclusivamente no terceiro mundo.
Aqueles que são ricos em água vivem em nações industrializadas.
E quanto ao argumento humanitário de que, as áreas ricas em água, deveriam compartilhar os suprimentos de água com áreas pobres?
Importar água não seria uma solução desejável para o ecossistema ou as pessoas de regiões com escassez de água.
Ninguém deveria depender de suprimentos estrangeiros.
Também teria que distinguir entre comercialização e compartilhamento da água.
Em uma troca comercial, aqueles que realmente precisam, não a receberiam.
A universalidade da água
Ligada a questão da igualdade da água está a questão dos preços e de como eles afetam o acesso igualitário de água.
Em muitos países ricos em água, ela é obtida gratuitamente e desperdiçada.
Se um valor econômico fosse colocado na água, as pessoas, com certeza, a conservariam. 
Precificação da água
Há preocupações sérias que precisam ser questionadas sobre a precificação da água.
A precificação da água agrava a desigualdade global existente ao acesso a esse recurso.
Sob as regras atuais dos acordos comerciais, a água precificada é considerada uma mercadoria privada.
A precificação da água não fará muito pela sua conservação.
O diálogo sobre a precificação da água é crucial.
Qualquer consideração séria sobre a precificação da água tem que levar em conta três fatores
O abismo da pobreza global;
A água como um direito humano;
E a água na natureza;
A Paz da Água
Em um mundo crescentemente infestado pela escassez da água, o número de conflitos fronteiriços está fadado a aumentar, a menos que os seres humanos percebam que a necessidade de encarar esta ameaça comum é maior do que qualquer diferença entre nós.
A comunidade internacional terá de se unir sob um novo modelo- um que não seja motivado pelo lucro.
Princípios que poderiam formar a base do modo de administração da água
O principio de soberania territorial limitada e integrada, de acordo com o qual todo estado tem direito de usar as águas em seu território em condições que não prejudiquem os interesses dos outros estados.
O principio de uma comunidade de interesses, de acordo com o qual nenhum estado pode usar as águas em seu território sem consultar outros estados para alcançar gerenciamento integrado baseado em cooperação.
O principio do uso justo e razoável, de acordo com o qual cada estado tem direito para usar as águas da bacia compartilhada ganhando a propriedade e o controle de uma parte justa e razoável dos recursos da bacia.
Tão úteis quanto esses primeiros princípios, há várias questões que eles não abordam adequadamente.
Primeiro, a maioria dos acordos internacionais ou binacionais sobre conflito de água são sobre sistemas de água compartilhada disputadas. 
Em segundo lugar, os acordos baseados nesse princípios são feitos entre nações soberanas e são baseados no tipo de acordo que apenas nações soberanas podem resolver.
Em terceiro lugar, usando seus poderes superiores e mecanismos de execução, instituições financeiras e comerciais, têm a capacidade para anular decisões governamentais internacionais sobre a água.
Para salvar nossos reduzidos recursos de água e afastar mais conflitos, todos os níveis de governo e comunidades ao redor do mundo precisam começar a trabalhar juntos, como eles fizeram no passado para reconstruir as comunidades depois da guerra.
Os Dez Princípios
Dez Princípios
1- A água pertence á Terra e a todas as espécies.
2- A água deve ser deixada onde está sempre que possível. 
3- A água deve ser conservada durante todo o tempo.
Abundância e qualidade da água 
4- A água poluída deve ser recuperada.
Foto: Granja Becker
5- A água é mais bem protegida em bacias naturais.
6- A água é um bem público a ser cuidado por todos os níveis de governo.
Ninguém tem o direito de se apropriar ou 
lucrar da água.
7- O acesso a um suprimento adequado de água limpa é um direito básico do ser humano.
8- Os melhores defensores para a água são as comunidades locais e seus cidadãos.
9- O público tem de participar como um parceiro igual ao governo para proteger a água.
10 - As políticas de globalização econômicas não são sustentáveis quanto à água.
Os valores do comércio internacional de
crescimento ilimitado inerentes a globalização 
econômica são INCOMPATÍVEIS com a busca 
para soluções da escassez de água.
A sustentabilidade global somente pode ser alcançada se buscarmos maior auto-suficiência regional, e não menos. Construir nossas economias sobre sistemas de bacias hidrográficas locais é o único modo para integrar politicas ambientais saudáveis com a capacidade produtiva das pessoas e, ao mesmo tempo, proteger nossa água.
Obrigado

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