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TGP Conceitos PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA, CONEXÃO,CONTINÊNCIA, COMFLITO DE COMPETÊNCIA, PREVENÇÃO, PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO

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PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
Sob o título Das modificações da competência, o Código regula, nos seus artigos 102 a 111, a influência da conexão, da continência e da eleição de foro sobre a fixação da competência em concreto. Igualmente trata dessa modificação em seu artigo 114, ao dispor que ocorrerá a prorrogação da competência se a parte (normalmente o réu - v. art. 304) não opuser a exceção declinatória de foro ou de juízo. Em outras palavras, cuida ele da denominada prorrogação da competência, indicando os casos em que ela se opera ou por força da lei, ou em virtude de ato da parte.
Ao fixar os critérios determinativos da competência territorial, o Código o faz abstratamente, ou seja, prevê critérios para o ajuizamento, em tese, de uma determinada demanda. Assim - e exemplificativamente -, atuam como critérios determinativos, entre outros, o local do domicílio do réu (art. 94), o da situação do imóvel (art. 95), do último domicílio do autor da herança (art. 96), do domicílio da pessoa jurídica de direito público (art. 99) ou do evento (art. 100, V, a).
Esses critérios não serão necessariamente observados, no entanto, pois a conexão, a continência e a eleição de foro, entre outras circunstâncias a seguir examinadas, poderão determinar a fixação, em concreto, da competência de um foro diverso daquele previsto em lei.
Assim, um determinado órgão jurisdicional que seja relativamente incompetente à luz dos critérios do Código poderá, em razão da ocorrência de qualquer dos fenômenos acima aludidos, tornar-se concretamente competente. Pode suceder, ainda, de ações corretamente ajuizadas e processadas perante órgãos competentes pelos critérios legais (enquanto considerados isoladamente), terem o seu processamento deslocado para apenas um desses órgãos (o prevento), objetivando o seu julgamento simultâneo (CPC, art. 105).
Diz-se, então, que se consumou o fenômeno da prorrogação da competência, isto é, um órgão relativamente incompetente tornou-se competente em concreto, ao passo que outro, competente em abstrato, tem sua incompetência agora determinada. Além disso, ocorre também a prorrogação quando se condensa, se consolida em um só órgão jurisdicional a competência exclusiva para o processamento e julgamento de ações que antes competiam a outros órgãos jurisdicionais.
A prorrogação atinge ainda a competência de juízo (sendo ela relativa), conforme deflui, aliás, da própria dicção dos artigos 106 e 111 do diploma processual civil, mais adiante examinados.
Como esclarece CÂNDIDO DINAMARCO, a "prorrogação da competência é modificação desta: o órgão judiciário, ordinariamente incompetente para determinado processo, passa a sê-lo em virtude de algum fenômeno a que o direito dá essa eficácia. Ordinariamente, pertencem-lhe os processos que se situam dentro de determinada esfera (que é a sua competência), mas quando ocorre um desses fenômenos essa esfera se alarga (prorroga-se), para abranger um processo que estava fora. A prorrogação não é, assim, mais um critério para a determinação da esfera de competência dos juízes -, mas um motivo de alteração, em casos concretos, dessa esfera (esse é um ensinamento cediço, quase unânime, da doutrina).” 
(Considere-se, todavia - e sem prejuízo da lição ora transcrita -, que a prorrogação representa um fenômeno visível sob dois enfoques distintos: a) como causa determinante da atribuição de competência a um órgão que até então não a possuía, em detrimento de outro (ou outros) que era, ao menos em abstrato, competente; b) como fator de aglutinação, perante um só órgão competente, da competência de outro (ou de outros) até então competente.
Convém desde logo salientar que o fenômeno ora examinado não terá maior interesse se as ações conexas estiverem sendo processadas perante Justiças diferentes (v.g., estadual e federal), pois nesse caso a competência de uma e outra, por ser absoluta, não estará sujeita a modificação.
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/2924/prorrogacao-da-competencia#ixzz3qROAw2xN
 CONEXÃO
 
“A conexão é o fenômeno processual determinante da reunião de duas ou mais ações, para julgamento em conjunto, a fim de evitar a existência da sentença conflitante, duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir art 103\cpc”
O artigo 103 do Código de Processo Civil dispõe que "reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir".
            Afirma Greco Filho (2007), porém, que não é necessário que seja total a identidade da causa de pedir, pois a moderna doutrina e jurisprudência têm considerado que, também nas hipóteses de identidade parcial da causa de pedir, é possível haver a conexão.
            Didier Júnior (2007) considera três correntes de doutrina a esse respeito:
a teoria tradicional, que postula que o reconhecimento da conexão liga-se à igualdade entre o pedido ou a causa de pedir de duas ou mais ações, teoria essa  adotada pelo Código de Processo Civil; a teoria de Carnelluti, pela qual o reconhecimento da conexão liga-se à identidade de questões existentes em duas ou mais ações. Aqui, assim explana Didier Júnior (2007, p. 125): "Para que demandas sejam havidas por conexas, bastará que ambas sejam sede de discussões acerca de determinadas razões de fato e de direito comuns", e. A teoria materialista, que defende que conexão deva ser reconhecida quando houver identidade da relação jurídica de direito material.
Ainda de acordo com o autor referenciado, a doutrina e a jurisprudência parecem considerar mais a teoria materialista. Mas ele ressalta que:
 
É certo que a solução do problema passa pelo exame da relação jurídica discutida nos processos: se for a mesma, ainda que posta sob perspectivas diversas, há conexão. Mas também há conexão quando dois processos discutem relações jurídicas distintas, mas que estejam vinculadas (por prejudicialidade ou preliminaridade) (DIDIER JÚNIOR, 2007, p. 123).
.
            Já para Nucci (2006), a conexão define-se como a forma de fixação da competência jurisdicional e consiste no vínculo estabelecido entre duas ou mais infrações penais, do qual decorra a necessidade de se efetuar a reunião de processos para julgamento conjunto.
            O artigo 76, do Código de Processo Penal, estabelece que:
A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras; 
 II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
 
            A fundamentação legal do instituto da conexão encontra-se, portanto, no artigo 52, inciso I, da Constituição Federal; nos artigos 108; 117, § 1º; ambos do Código Penal, e nos artigos 69, inciso V; e 76 a 82, todos do Código de Processo Penal.
 
                   CONTINÊNCIA
 “A continência é uma espécie de conexão, com requisitos legais, mais específicos. Ocorre quando duas ou mais ações tem as mesma partes e a mesma causa de pedir, mas o pedido de uma delas engloba a outra. 57\cpc”. No processo civil, como postula o artigo 104 do Código de Processo Civil, "dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras".
            Já o inciso I do artigo 77 do Código de Processo Penal, estabelece que a competência será determinada pela continência quando "duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração".
            O inciso II, do mesmo artigo, dispõe que também poderá ocorrer "no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal".
            Cumpre ressaltar que esse dispositivomenciona os artigos originais do Código Penal, que agora se encontram nos artigos 70 (concurso formal), 73, segunda parte (erro na execução, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, além de atingir a pessoa que queria ofender, também lesiona outra) e 74, segunda parte (quando, por acidente ou erro na execução do crime, além do resultado diverso do pretendido, ocorre também outro).
            Considera Didier Júnior (2007) que a continência entre duas ou mais ações ocorre quando houver identidade das partes e da causa de pedir, e o objeto de uma ação, sendo mais amplo, abranger o das demais (artigo 104 do Código de Processo Civil), e assim se expressa a respeito: "O conceito de continência (...) está contido no conceito de conexão, pois para que haja continência é necessária a identidade de causa de pedir, e se isso ocorre já é o caso de conexão" (DIDIER JR., 2007, p. 123).
             Portanto, é possível concluir que a continência é um tipo de conexão que determina a reunião de processos para seu julgamento em conjunto, a fim de evitar decisões contraditórias.
            A fundamentação legal do instituto de continência encontra-se artigos 102, 104, 105, e 253, inciso I, do Código de Processo Civil, e nos artigos 69, inciso V, 77, 78, 79, 81, e 82, do Código de Processo Penal.
            O artigo 105 do Código de Processo Civil determina que, uma vez configurada a conexão ou continência entre duas ou mais ações, o juiz pode, de ofício ou a requerimento das partes, decidir pela reunião de processos que estejam correndo em separado, para que tenham julgamento simultâneo.
            Já o artigo 106 do Código de Processo Civil define a prevenção do juiz que despachou em primeiro lugar, quando as ações correm em juízos de mesma competência territorial.  Mas se as ações correrem em juízos de competência territorial diferente, a prevenção do juiz definida pelo do artigo 219 do referido diploma legal (prevenção do juiz que preside o processo em que ocorreu a primeira citação válida).
            Percebe-se, portanto, que quando ocorre conexão ou continência, a norma é a reunião dos processos para julgamento simultâneo, ressalvando-se, porém, que pode haver hipóteses em que a reunião será impossível, como, por exemplo, se um dos feitos já foi julgado (Súmula 235 do Superior Tribunal de Justiça) ou se os processos estiverem em instâncias diferentes.
COMFLITO DE COMPETÊNCIA
“ Havendo divergência entre os juízes, quando a competência para o julgamento da demanda, a solução se de mediante levantamento do conflito positivo ou negativo, com suspensão do feito até julgamento final pelo órgão hierarquicamente superir (Salvo atos urgentes, que serão indicados pelo juiz, indicado pelo tribunal, como por eles responsável durante o conflito). Há conflito de competência quando dois ou mais juízes se declaram competentes,
Quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes ou quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos (art. 115). Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes35.
As competências conflitantes podem ser positiva ou negativa, respectivamente, se os juízes se declararem competentes ou incompetentes simultaneamente no mesmo processo, 34 RT 605/30. No mesmo sentido: RJTJSP 103/305; RF 256/246. 35 Súmula nº 59 do STJ.
Pois o objeto deste conflito é uma única ação, diferentemente do caso que ocorre quando, entre dois ou mais juízes, surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos, tratando da existência de conflitos de competência em mais de um processo (art. 115, III do CPC).
Caso o juiz acolha a alegação de litispendência, perempção ou coisa julgada deverá extinguir o processo sem julgar o mérito (art. 267, V do CPC), pois incompetente para julgar processo com partes, objeto e causa de pedir idênticos que se encontra tramitando ou que já fora julgado por outro juízo e ao qual não caiba mais recurso. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz, sendo que o Ministério Público será ouvido em todos os conflitos de competência, mas terá qualidade de parte naqueles que suscitar.
Não pode suscitar conflito de competência a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência, pois a lei processual proíbe a mesma causa ser julgada, simultaneamente, por mais de um órgão competente e, por meio da exceção, a parte já requereu ao juiz que julgue qual o juízo competente para julgar a lide. O conflito de competência não obsta, porém, a que a parte, que não o suscitou, ofereça exceção declinatória do foro, em que requer que a causa não seja julgada pelo foro declinado.
PREVENÇÃO
“É o critério de fixação de competência do juiz que atrairá o julgamento comum das ações conexas ou continentes. Dois são os critérios. Sendo os juízes da mesma competência territorial, prevento é aquele que despachou em 1º grau. Se forem distintas as competências territoriais, se orem distintas, o critero de escolha do juiz prevento é o da citação válida.” A prevenção é determinante de competência, quando ações conexas correm em separado perante juízes que têm a mesma competência territorial, e ocorre em relação ao juiz que despachou primeiro (art. 106). 
O art. 219 do CPC descreve a prevenção: “a citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.” Prevenção, portanto, é o critério para a exclusão dos demais juízos competentes de um mesmo foro ou tribunal (ratione locci).
 Só ocorre na hipótese de competência relativa, prorrogável, e tem por finalidade, também, fixar a competência do juízo forte nos arts. 106 107 e 219 do CPC. 28 A prevenção pode ser determinada entre juízos de comarcas diversas “pela citação válida” (art. 219) ou entre juízos da mesma comarca “por aquele que despachou em primeiro lugar” (art. 106).
PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO
Significa que aquele juiz que no início(Juiz Natural) era competente para julgar a ação, será, em regra, competente até o final do Processo, ou seja, nenhuma alteração de fato ou de direito alterará a competência.
Porém, existem duas exceções a essa perpetuação(Art. 87 CPC), que são:
a)- Se houver supressão de órgão judiciário;
b)- Alteração da competência em razão da matéria – Por força de lei que altere a competência de julgamento de determinada matéria, ou seja,m aquele juiz que julgava uma matéria passou a não mais ter essa competência porque a lei alterou a competência(ex. A competência para julgar ações envolvendo acidente de trabalho era da Justiça Estadual, mas a Emenda Constitucional 45 alterou, determinando que a Competência é da Justiça do Trabalho).

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