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Fluidos Objetivo: aplicação dos fluidos de perfuração, suas propriedades e usos, ensaios e modelos reológicos. 1 – fundamentos 2 – Sistema de fluidos e de perfuração nas sondas 3 – Aditivos, Propriedades e Testes. 4- Princípios da hidráulica plicados aos poços Reologia e modelos reológico seiscentos ou seissentos. Obs: Fluido de perfuração = lama de perfuração = lama de poço = lama = mud. Fluidos - fundamentos 1.1 Definição: Fluido de perfuração é uma mistura líquida ou gasosa para auxiliar a produção e a remoção de cascalhos do processo de perfuração. Meio de transporte para os aditivos e principal componente. Fluido = veículo + aditivo Sólidos ou líquidos misturados ao veículo para alterar as suas propriedades. A concentração de aditivos é em lb/bbl. Fluidos - fundamentos 1.2 Funções do fluido de perfuração: 1–Remover cascalhos 2–Sustentar cascalhos 3–Controlar as pressões das formações 4–Selar formações permeáveis 5–Manter a estabilidade do poço 6–Minimizar dano às formações 7–Resfriar a broca 8–Lubrificar a coluna de perfuração 9–Transmitir energia hidráulica 10–Garantir avaliação das formações 11–Transmitir informações 12–Controlar a corrosão 13 – Facilitar a cimentação e a completarão 14 – Minimizar o impacto ambiental Fluidos - fundamentos 1.2 Funções do fluido de perfuração: 1–Remover cascalhos: carrear os cascalhos até a superfície. São importantes a vazão e a viscosidade. 2–Sustentar cascalhos: com base em propriedades tixotrópicas que em condição estática, se gelificam, mantendo os cascalhos suspensos. Em condição dinâmica o fluido não gelifica. Observação: a concentração de cascalhos pode causar aumento de peso na lama e redução na taxa de perfuração, pois será necessária maior potência para circular a lama. 3–Controlar as pressões das formações: o fluido de perfuração é a primeira barreira de segurança e ele controla a pressão das formações impedindo o influxo para o poço. Fluidos - fundamentos 1.2 Funções do fluido de perfuração: 4–Selar formações permeáveis: o fluido conta com materiais sólidos “inibidores de filtrado” que se acumulam nas paredes permeáveis do poço a medida que o filtrado invade a formação. 5–Manter a estabilidade do poço: a lama equilibra as forças mecânicas e os polímeros/sais evitam a dissolução das formações salinas e o inchamento/dispersão das argilas. Fluido fazendo o tamponamento entre os grãos do arenito Fluidos - fundamentos 1.2 Funções do fluido de perfuração: 6–Minimizar dano às formações: que são causados pela invasão de sólidos finos nos poros da formação, inchamento das argilas, precipitação de sais insolúveis e formação de emulsões. 7–Resfriar a broca: dissipar o calor gerado pelo atrito da broca com as formações de modo a aumentar a vida útil da broca. Fluidos - fundamentos 1.2 Funções do fluido de perfuração: 8–Lubrificar a coluna de perfuração: lubrificação deficiente gera torque e drags mais elevados. A lubrificação diminui o desgaste da coluna. 9–Transmitir energia hidráulica: a energia pode ser usada p/impulsionar o Motor de Fundo. 10–Garantir avaliação das formações: as propriedades dos fluidos não devem interferir nas amostras de calha e perfilagem, também não mascarar traços de óleo/gás provenientes das formações. 11–Transmitir informações: levar os pulsos de pressão dos equipamentos MWD e LWD p/superfície. 12–Controlar a corrosão: se a coluna e o revestimento estiverem em contato com o fluído, e esse c/PH neutro não ocorre corrosão, se não houver gases como (O2, H2S e CO2). Fluidos - fundamentos 1.2 Funções do fluido de perfuração: 13 – Facilitar a cimentação e a completarão: na descida do “casing” a lama deve permanecer fluida, com baixa viscosidade e um limite máximo para a gelificação, de forma a minimizar os aumentos de pressão no fundo (surge) que podem fraturar a formação e induzir perdas. O fluido deve possuir um reboco fino, liso e sem cascalhos. 14 – Minimizar o impacto ambiental: o fluido mais ecologicamente correto ainda é tóxico. Busca-se o uso de aditivos com um mínimo de impacto ambiental para a vida marinha. Fluidos – fundamentos 1.3 Categorias de fluidos de perfuração: Os fluidos são Classificados de acordo com a sua base: •Lamas de base água; •Lamas de base óleo; •Gás. Na base água os sólidos são argilas e colides para fornecer as propriedades de filtração e viscosidade necessárias. Fluidos – fundamentos 1.4 Fluido base não - aquosa Para fluidos de base óleo a variedade se dá no veículo. Além das emulsões de água em parafina, se incluem fluidos de base éster ou olefinas, e fluidos mais grosseiros utilizando c/fluido cuja base é óleo diesel. O principal fluido orgânico utilizado na Petrobras é o BR- MUL, uma emulsão de água salgada em parafina. Fluidos – fundamentos 1.5 Fluido base aquosa Os tipos de fluidos aquosos mais comuns são: Nativo: fluido c/água industrial (doce) ou do mar. É mais simples, só utilizado nas fases iniciais do poço, não inibe o inchamento de argilas. Convencional: c/água industrial, argila e soda cáustica. Usado nas fases iniciais de poços e em tampões viscosos de limpeza do poço antes da descida do revestimento. Salgado Tratado com Amido: os sais servem para inibir o inchamento de argila e o amido para reduzir o filtrado. É utilizado em fases curtas de formações argilosas pouco reativas. Fluidos – fundamentos 1.5 Fluido base aquosa Os tipos de fluido aquoso mais comuns são: Salgado Tratado com Polímeros: utilizam sais e polímeros como aditivos para inibir o inchamento de argilas. São indicados para a perfuração de folhelhos de alta reatividade e são biodegradáveis. Drill-in Fluids: São fluidos específicos para a perfuração de reservatórios. Exemplos de formulação incluem o THIXCARB e o BR- DRILL. Esses fluidos são mais caros, c/potencial de dano pequeno, e, contam c/alto poder de carreamento de sólidos e boa lubricidade, características importantes em poços horizontais. Fluidos –fundamentos 1.5 Quadro comparativo: AQUOSO NÃO-AQUOSO < CUSTO > CUSTO Biodegradável Agressivo ao meio ambiente Preparado no campo Preparado em estações incompressível compressível < lubricidade > lubricidade Solubiliza sais Não solubiliza sais Inibição de argilas por aditivos Inibição depende do veículo descartável reutilizável Fácil detecção de óleo/gás Mais difícil detecção Fluidos 1 – fundamentos 2 – Sistema de fluidos e de perfuração nas sondas 2.1 Sistema de Fluidos 2.2 Bombas 2.3 Capacidade 2.4 Eficiência de Bomba 2.5 Tempo de Retorno 2.6 funções importantes 2.7 Extratores 2.8 Tanque de manobra 2.9 Destino dos cascalhos 3 – Aditivos, Propriedades e Testes. 4 - Princípios da hidráulica plicados aos poços 5 - Reologia e modelos reológicos Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.1 Sistema de Fluidos Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda Exercício n°1: nominar. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.1 Sistema de Fluidos Possibilidades de circulação a) retorno pelo espaço anular: emergindo do poço pela flow line, sendo direcionado p/o sistema de controle de sólidos, passando no tratamento de fluido e voltando ao tanque ativo. b) retorno pela kill e/ou choke. c) circulação reversa: injetando-se pela kill ou choke com retorno pelo interior da coluna. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.2 Bombas: são de 3 tipos BOMBAS CARATERÍSTICAS Bomba de lama responsável pela circulação do fluído. São triplex se possuir 3 pistões de deslocamento positivo (bombeia apenas no sentido do deslocamento do pistão). Duplex c/2 pistões. São movidas a diesel c/partida pneumática ou a eletricidade. Bomba de mistura Utilizadas na adição de produtosquímicos, através de funis por onde o fluído passa c/alta velocidade. Também usa-se na passagem de fluidos entre os tanques. Bomba Booster Utilizada em poços marítimos, para permitir que o riser de perfuração possa ter uma vazão interior maior que ajude na elevação dos cascalhos (pois Riser tem maior diâmetro que o revestimento). Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.2 Bombas de lama - dimensões. Fluidos Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.2 Bombas -> Manifold -> conjunto de válvulas e linhas que introduzem flexibilidade para alterar a direção dos fluxos de fluidos. O fluido pode ser direcionado na sonda através da manipulação de válvulas do manifold. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.3 Capacidade: A capacidade é uma medida de volume por comprimento Cap de tubo (bbl/m) = (D²(in)²)/314 É útil pois permite transformar comprimento de tubulação em volume. D = diâmetro interno em polegadas. Para a capacidade de anular temos: Cap (bbl/m) = ((D²(in)²) - (d²(in)²))/314 D = diâmetro interno do revestimento d = diâmetro externo do tubo dentro do revestimento D. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda Exercício n°2 - Uma coluna de perfuração possui drill Pipes de 5” de diâmetro e ID= 4,276”, e BHA de 8” de diâmetro (ID=3”). Qual o deslocamento do aço por metro na entrada do BHA no poço (é quanto de fluido sairá do poço para entrar esse volume de aço) ? E para o DP? Para o BHA Cap (bbl/m) = ((D²(in)²) - (d²(in)²))/314 Cap=(8²-3²)/314=0,1751 bbl/m, ou seja, se o BHA tiver 200 m, sairá 35,02 bbl. Para o DP Cap (bbl/m) = ((D²(in)²) - (d²(in)²))/314 Cap = (5²- 4,276²)/314=0,02139 bbl/m, ou seja, se o DP entrar 200 m sairá 4,28 bbl do poço Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.3 Capacidade: Exercício n°3 – Idem exercício 2 para uma coluna com o comprimento de 4.000 m de Drill Pipes e 200 m de BHA. Qual o deslocamento de fluido que ocorrerá? Para onde irá esse fluído? Para do DP Cap(bbl/m)=((D²(in)²)-(d²(in)²))/314=(5²-4,276²)/314=0,02139 bbl/m. Disso resulta : 0,02139 X 4000 m = 85,56 bbl Para o BHA Cap (bbl/m) = ((D²(in)²) - (d²(in)²))/314= (8²-3²)/314=0,1751 bbl/m Volume deslocado pelo BHA: 0,1751 X 200 m = 35,02 bbl Conclusão: quando se faz uma manobra nessas condições o poço deverá receber na retirada da coluna o volume de 120,58 bbl e no retorno da coluna para o poço deverá devolver para os tanques da sonda o mesmo volume de 120,58 bbl. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.3 Capacidade: Exercícios n°4: sabendo-se que o BHA de uma coluna de perfuração do exercício anterior, possui 200 m de comprimento, e a coluna estava numa profundidade de 1100 m. Qual o volume de aço retirado quando se removem 1000 m de coluna? 900 m x 0,02139 + 100 m x 0,1751=37 bbl. Qual a conclusão? 1100 m 1000 m Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.3 Capacidade: O cálculo de capacidades também é aplicado p/o cálculo do volume de cimento. Exemplo: Anular Inferior (OD= 17 ½” e ID 13 3/8”) Cap (bbl/m) = ((D²(in)²) - (d²(in)²))/314 Anular da parte azul Cap (bbl/m) = (17,52- 13,9525 2)/314 = 1,59bbl/m Interno da parte azul ((D²(in)²) /314 = 0,620 bbl/m Fundo azul Cap (bbl/m) = (13,9525 2)/314 = 1,26 bbl/m Volume total = 1,59x100 + 0,620x 20 + 1,26x10 = 184 bbl Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.3 Capacidades: O que é manobra “com banho”? É quando na retirada de coluna ocorre dela jorrar fluidos sobre a plataforma no momento que a conexão entre dois tubos é aberta. Isso pode ocorrer porque o fluido não sai da coluna por baixo imediatamente, por diversos motivos, entre eles entupimento dos jatos da broca, viscosidade ou gel excessivo do fluido impedindo que o mesmo escoe pelos jatos da broca, de balanço entre o anular e a parte interna da coluna. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.3 Capacidade: Exercícios n° 5: uma coluna de perfuração toda de drill pipe de 5” de OD e (ID=4,276) em poço revestido de 7” completamente cheio de fluido, estando a coluna no fundo, ao se retirar uma seção da coluna (30 m) com banho, que profundidade descerá o fluido no interior do anular do riser de 21” (ID=19,5”). Qual é o volume de aço que estou tirando do poço? 3 tubo de 5” cheios de fluido. Cap = 5²/314 x 30m = 2,3885 bbl Volume que abaixará no riser com o DP no centro em 1 m é: Cap riser= (19,5²- 5²)/314 = 1,131 bbl/m 1,131 bbl 1 m 2,3885 bbl x x= 2,1 m baixará o nível do riser Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.4 Eficiência de bomba: Eficiência= Q real/Q teórica Q real= V/t V=volume t=tempo Q teórico =Volume da bomba x N N=número de ciclos por unidade de tempo, em STROKES por minuto (1 Stk/m ou spm). Um stoke é um ciclo da bomba, ou seja, numa triplex é o movimento dos 3 pistões fazendo 1 bombeio e, na duplex, é uma ida e uma volta dos 2 pistões. Exemplo de 1 pistão de Bomba duplex. triplex duplex V bomba=“n” pistõesxV pistão V bomba= “n” pistão (V ida +V volta) V pistão = Cap pistão x L V ida = Cap cilindro x L V volta = Cap cilindro – haste x L Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.4 Eficiência de bomba: Exercício n°6: qual o volume de ida (V ida) de bombeio de um pistão de uma bomba duplex de 5” x 14”? V pistão = Cap pistão x L Cap. pistão = ( 5”)²/ 314 = 0,079 bbl/m. Mas o comprimento é só 14”= 0,3556 m V. Pistão = 0,079bbl/m x 0,3556m = 0,02809 bbl. Fluidos – Sistema de fluido de perfuração na sonda Exercício n°7: em quanto tempo uma bomba triplex de 6“ x 12” trabalhando a 60 spm (storkes por minuto) pode transferir 50 bbl de fluido se a sua eficiência for de 97%? Fórmula Eficiência =V real/ V teórico 97% = 50/V teórico. V teórico = 53,14 bbl Q teórico =Volume da bomba x N Triplex-> 6” x 12”. Cap. do pistão = 6²/314=0,1146 bbl/m. Comprimento do pistão é 12”= 0,3048m Então: 0,1146 bbl/m x 0,3048 m = 0,03493 bbll por um movimento de 1 pistão. Como são 3 pistões para dar um stroke, temos: 3 x 0,03493=0,1047 bbl/stroke. Em 1 minuto temos 60 st/min x 0,1047bbl/st = 6,2874 bbl/min. 53,14 bbl/6,2874 bbl/min= 8,4 min ou 8 min e 24 s. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda Exercício n°8: a bomba de uma sonda transferiu 50 bbl de fluido em 8 minutos numa velocidade de bombeio de 70 spm. Sabendo-se que é bomba triplex, de 6” x 12”, calcular a eficiência. Triplex-> 6” x 12”. Cap pistão = 6²/314=0,1146 bbl/m. 12”=0,3048m Cap pistão =0,1146 bbl/m x 0,3048 m =0,03493bbl Como são 3 pistões= 3 x 0,03493bbl=0,1047 bbl/st. Em 1 minuto. 70 spm x 0,1047 =7,329 bbl/min. 8 min x 7,329 bbl/min= 58,63 bbl EF = 50/58,63=0,85 85% Amortecedor de pulsação Para que ele serve? Como ele funciona? Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.5 Tempo de retorno: Ou o tempo de ½ circulação, ou de bottoon’s up é o tempo para uma partícula no fundo de poço chegar a superfície. O tempo de retorno permite uma estimativa do tempo mínimo para uma amostra de rocha cortada chegar à superfície. Isso é importante, pois antes de uma parada da perfuração para uma troca de broca é necessário circular para remover os cascalhos que estão se deslocando para a superfície. Na prática o tempo mínimo de retorno é de ½ circulação mais ¼ de circulação para remoção de cascalhos. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda Exercício n°9: um poço com 3000 m, com riser de 21” (ID=19,5”) revestido com 9 5/8” (ID=8,755”), sendo perfurado p/broca de 8,5”, com mesa rotativa 26 m acima da água e LDA de 1240 m, com coluna de DP 5” e BHA de 8”, utilizando-se de 3 bombas triplex (6”x12”), trabalhando a 60 spm, c/97% de eficiência. Qual será o tempo de retorno esperado para ½ circulação? Dados: Revestimento de 9 5/8” até 2890 m. E DP até 4166 m e BHAde 100 m Fazer o desenho Cap riser: (19,5²-5²)/314=1,13 bbl/m x (1240+26)m= 1432,58 bbl. Cap 9 5/8”= (8,755²-5²)/314=0,1644 bbl/m x(2890)m= 475,37 bbl. Cap anular1= (8,5²-5²)/314= 0,1504bbl/m x 10m = 1,504 bbl. Cap anular 2= (8,5²-8²)/314= 0,02627 bbl/m x 100m = 2,62 bbl. Total =1912,1 bbl Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda Exercício n° 9: V. an = volume do anular = 1912,1 bbl Cap bomba= 6²/314 => c/12’ => Q teórico = 0,1047 bbl/st (vem do exercício 8) EF = Qreal/Q teórico = 0,1047 bbl/st x 0,97 = 0,1015 bbl/st 1 bomba a 60 st/min x 0,1015 bbl/st = 6,09 bbl/min Como são 3 bombas, temos 3 x 6,09= 19,28 bbl/min 1912,1 bbl/19,28 bbl/min = 99 min Fluidos – Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.5 Tempo de retorno: Tipos de circulação: A Circulação direta -> pela coluna. A Circulação reversa -> é injetada pelas linhas de Kill e de ckocke. A reversa com cascalho no poço não é recomendada. Perda de carga. Em toda circulação de fluido ocorre a perda de carga que é resultante do atrito entre o fluido em movimento e as paredes das tubulações. Essa é a perda de carga contínua. Quando o fluido passa pelos orifícios da broca, pelo motor de fundo temos a perda de carga localizada. As perdas de carga no BHA são estimadas por teste de circulação a baixa profundidade. Shallow test. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.6 Funções importantes: O Tec. Químico que é responsável por colocar aditivos no fluído, fazer a mistura e orientar o sondador no uso dos tanques. O Torrista ajuda a organizar a sacaria, medir o peso específico e a viscosidade do fluido. 2.7) Extratores: São todos os equipamentos de superfície que tem por função evitar a mudança de propriedade do fluido, removendo desse todo cascalho e outros elementos que foram adicionados ao fluido pela desagregação das rochas. Os extratores são tanques, peneiras, desaeadores, dessiltadores, desgaseificadores. Fluidos – Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.8 Tanque de manobra (Trip Tanq) Serve para: a) Verificar vazamento do BOP. Fecha-se o BOP e verifica-se se o nível no Trip Tanq aumentou. b) Na retirada da coluna, o volume de aço retirado é reposto pelo Trip Tanq. A linha que traz o fluido para o Trip é chamada de linha de ataque. Gumble box é uma caixa na sonda de distribuição de fluido com várias saídas. Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.9 Destino dos cascalhos. Se os cascalhos estiverem sem contaminação com o fluido de perfuração, eles podem ser lançados no fundo do mar, após passar pelos secadores de cascalho. Giro do cone 800 rpm Fluidos - Sistema de fluido de perfuração na sonda 2.9 Destino dos cascalhos. Esquema dos equipamentos de tratamento de fluidos com ênfase nos cascalhos (poço de terra). Funil de mistura mostrado em slide avante Fluidos 1 – fundamentos 2 – Sistema de fluidos e de perfuração nas sondas 3 – Aditivos e Testes. 3.1 Aditivos; 3.1.1 Veículo; 3.1.2 Viscosidade e tixotropia; 3.1.3 Combate e infiltração; 3.1.4 Inibidores de argila; 3.1.5 Controle de emulsões; 3.1.6 Outros. 4- Propriedades 4.2.1 Peso específico 4.2.2 Viscosidade 4.2.3 Temperatura flow line 4.2.4 GI,GF e G30 4.2.5 Filtrado 4.2.6 Alcalinidade 4.2.7 Salinidade 4.2.8 Retorta 4.2.9Controle de sólidos 4.2.10 Estabilidade das emulsões 4.2.11 Presença de óleo da formação 4.2.12 Outras 5- Princípios da hidráulica plicados aos poços 6- Reologia e modelos reológicos Fluidos - Aditivos 3.1 Aditivos. São quaisquer produtos adicionados ao veículo para desempenhar uma função. Aditivos para fluidos aquosos são específicos para esses. Aditivos que não interagem quimicamente com o fluido podem ser usados em fluidos aquoso e não aquosos. O importante no aditivo é a sua função e princípio ativo, não o nome. Funil de mistura Fluidos Aditivos 3.1.1 Veículo São: água, óleo e emulsões. Função do veículo: servir de meio para os aditivos e de transporte para os cascalhos. Vantagens do uso de emulsões como veículo: a) Fase contínua é óleo, portanto lubrifica; b) Pode-se variar o peso, pois o peso da parafina <peso da água; c) Fase continua apolar reduz a corrosão (polaridade é a capacidade de atrair cargas elétricas – que nas moléculas apolares não ocorre); d) Gotas d’água na emulsão comportam-se como sólidos fechando os poros da rocha. Fluidos - Aditivos 3.1.2 Viscosidade e tixotropia Aditivos viscosos que tem a função de carrear os cascalhos. Exemplo de aditivos que incorporam viscosidade: CMC (aquoso) e Denvergel (não aquoso). Em longas paradas da perfuração a viscosidade não consegue suportar os cascalhos. Para isso usa-se fluidos tixotrópicos, que se transformam em “gel” quando para-se o bombeio. E a lama gelificada se transforma em “fluida” quando se reinicia o bombeio. Exemplo aditivo tixotrópico: goma xantana (aquoso). Modificadores de reologia; são aditivos que podem deixar o fluido mais viscoso em baixas velocidades sem alterar o comportamento em outras condições de fluxo. Dispersantes; diminuem a viscosidade do fluido. Exemplo de aditivo: Poliex 1000 (não aquoso). Fluidos - Aditivos 3.1.3 Combate à infiltração. Temos os seguintes tipos de aditivos com as funções: Aditivo Redutor de filtrado: responsáveis pela formação do reboco com a função de evita da fase aquosa na formação. Exemplo de aditivo: amido (aquoso). Não aquoso não necessita. Obturantes: são partículas solidas com dimensões semelhantes aos poros da rocha. Exemplo de aditivo: soullake (aquoso e não aquoso). Materiais de combate a perda: para locais de grandes perdas. Vão desde aditivos compostos por polímeros até bagaço de cana. Fluidos – Aditivos 3.1.4 Inibidores de argilas: A hidratação de certas argilas leva ao inchamento que resulta na diminuição do diâmetro do poço e podendo prender a coluna de perfuração. Ex: de aditivos p/combater o inchamento das argilas: sais (KCL, NaCL) e polímeros catiônicos (carga positiva). Usando fluidos não aquosos a hidratação é menor. Mas para períodos prolongados pode ocorrer osmose. Então, usa-se a adição de salmouras. Teste de inchamento de argila Fluidos de perfuração 3.1.4.1 – Expansão de argilas Folhelhos são rochas geralmente formadas por quartzo, feldspato, calcita e uma quantidade de argilo-mineirais que ultrapassam a 60%. A presença de argilo-mineirais nos folhelhos é o que pode gerar a instabilidade associada ao inchamento das argilas. Os argilo-mineirais são silicatos hidratados que se apresentam em forma de camadas, constituindo folhas, planos contínuos de tetraedros de Si04 -4 que constituem cerca de 45% dos minerais das rochas sedimentares. Exemplo de estrutura tetraédrica Fluidos de Perfuração 3.1.4.1 - Expansão das argilas Os principais grupos de argilo- minerais são: A estrutura dos óxidos de silicato é tetraédrica (T). A estrutura dos óxidos de alumínio é octaédrica (O). Como as camadas podem compartilhar os átomos de oxigênio, isso pode gerar combinações (T-O) e (T-O-T). Caulinita Esmectita Ilita Clorita (a) (b) (c) (d) (a) Estrutura (T-O) (b) Empilhamento dos duas camadas (T-O) (c) Estrutura (T-O-T) (d) Empilhamento dos duas camadas (T-O -T) Fluidos de perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas Substituição isomórfica: é a substituição de uma cátion por outro de formato semelhante durante a formação do cristal. Normalmente isso altera a carga elétrica do argilo-mineral. Assim, Si+4 pode ser substituído por Al+3, ou ocasionalmente por Fe +3 ou Fe +2. Na figura, temos a associação de camadas de alumínio e sílica, do tipo T-O-T, indicando a substituição de alumínio por magnésio e de sílica por alumínio. Fluidos de Perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas Caulinitaa)Estrutura T-O; b)Pouquíssima substituição isomórfica (eletricamente neutra); c)Devido a estabilidade do arranjo não se expande na presença de água (veículo do fluido); d) A única energia ganha durante a hidratação é o formação de pontes de hidrogênio com a água. Como essa energia é menor que a da ponte de hidrogênio com a caulinita original, essa não se expande; e) portanto, estável. Abaixo, temos uma micrografia de varredura da caulinita na formação. Fluidos de Perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas Esmectita a)Estrutura T-O-T; b)Alta substituição isomórfica; c)Muito instável. Nas folhas tetraédricas pode ocorrer a substituição de sílica por alumínio, nas octaédricas ocorre a substituição de alumínio por magnésio, negativando as cargas. Os cátions hidratados são adsorvidos para compensar, para manter as camadas associadas, mas essa associação é fraca e permite a entrada de água, gerando o inchamento da argila, de acordo com a figura (a) do desenho abaixo. Fluidos de Perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas Ilita a)Estrutura T-O-T; b)Altíssima substituição isomórfica; c)Estável. Na esmectita a substituição se dá nas folhas octaédricas. Na ilita isso ocorre nas folhas tetraédricas e gera alta carga negativa. O cátion neutralizante que predomina é o potássio(K). Mas, a ilita não incha, pois tem baixa troca de cátions. Acredita-se que os cátions(K) estão fixos, deixando os íons externos para permuta. Ver figura (b) do desenho abaixo. Fluidos de Perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas Clorita a) T-O-T b) São argilas bastante estáveis para a perfuração, mas se acidificadas passam a formar géis que danificam o reservatório. c) Diferente da ilita, no lugar do potássio o íon estabilizante é a brucita. Essa substituição gera carga positiva, por essa razão as cloritas não precisam de outros cátions estabilizadores e então não incham. d) Na presença de ÁCIDO, o hidróxido de magnésio é consumido e a estabilidade destruída. Abaixo estrutura da clorita com destaque para a brucita. Fluidos de Perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas Capacidade de troca de cátions A capacidade de troca de cátions (CTC) esta diretamente ligada ao inchamento das argilas. Quanto mais fraca a ligação dos cátions, mas a argila se hidrata e consequentemente mais incha. São dois tipos de expansão: expansão cristalina. A adsorção da água à superfície do cristal. Aumento máximo de volume de 2 vezes. Argilo-mineral CTC (meq/100g) Caulinita 10 - 40 Esmectita 70 - 130 Ilita 10 - 40 Clorita 3 - 15 Fluidos de Perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas O segundo tipo de expansão é a associação das moléculas da água entre camadas estruturais, sendo que, nesse caso a expansão pode chegar até 10 vezes o volume inicial. O Teste MBT, com azul de metileno ao entrar em contato com o argilo- mineral, se for adsorvido não se espalha no papel de filtro. Isso acontece em argilas incháveis. Dessa forma pode-se medir o teor das argilas ativas. No entanto, a esmectita-Na apresenta alto grau de inchamento em relação a esmectita-K e esmectita-Ca, que possuem inchamento moderado. Fluidos de Perfuração 3.1.4.1- Expansão das argilas A inibição de argilas é realizada impedindo a dissociação das camadas do argilo-mineral. Isso pode ser realizado pela adição de cátions mais estáveis nas argilas através do aumento de sais fluidos. Concentração (% em peso de íon) Mont- Na (n° camadas H2O) Mont-K (n° camadas H2O) Mont-Ca (n° camadas H2O) 0,0 32 27 4 0,4 14 2 4 2,0 3 2 4 8,5 2 2 3 10 2 2 3 13 - 1 3 16 - 1 3 Fluidos - Aditivos 3.1.5 Controle de emulsões Usa-se aditivos controladores de emulsões nas seguintes funções: Aditivos Detergentes: são tensoativos (reduzem a tensão superficial. Por ex: entre água e óleo. São também usados para remover o encerramento da broca quando argilas hidratadas aderem na broca. Aditivos Emulsionantes: sem aditivos emulsionantes as gotículas de água tendem a se agrupar se separando da fase orgânica do fluido. Agentes molhantes: usados para aumentar a interação entre o cascalho e o fluido, aumentando o carreamento em fluidos não aquosos. Anti espumantes: servem para inibir a formação de espumas. Fluidos Aditivos 3.1.6 Outros a) Anticorrosivos: p/evitar ataque à coluna de perf. Ex: Tetrahib. b) Seqüestradores de O2-> remover o oxigênio p/reduzir a corrosão. Ex: bissulfito de sódio. c) Seqüestradores de H2S -> remover o H2S pois este fragiliza o aço. Ex: esponja de magnetita. d) Alcalizantes-> controlam o pH, pois em altos pH os polímeros podem precipitar. Ex: Ca(OH)2. e) Lubrificantes-> para poços horizontais quando c/fluido aquoso. f) Adensantes-> para aumentar o peso do fluido. Ex: baritina (Ba SO4) e calcário (CaCO3). Fluidos – Propriedades Fluidos – Propriedades 4.2.1 Massa específica (prop física): A massa específica do fluido em ppg (lb/gal) é medido pelo torrista, com uso de balança (mud balance). Essa medição é fundamental durante a perfuração e deve ser realizada a c/15 minutos. Usa-se a balança dessimétrica ou a pressurizada. Fluido não aquoso face a sua compressibilidade não se usa a balança pressurizada. Fluidos – Propriedades 4.2.1 Massa específica (prop. física): Em inglês o densidade é para nós a massa específica. E densidade em inglês é specific gravity. Exemplo: Em português densidade da água = 1 (adimensional) Em inglês Specfic Gravity da água = 1 (adimensional) Massa específica Peso específico 8,34 lb/gal (lb=lbm) 8,34 lbf/gal 62,4 lb/pé³ 62,4 lbf/pé³ 1,0 Kg/dm³ 1,0 Kgf/dm³ Fluidos – Propriedades 4.2.1 Massa específica: Pesos de produtos que são usados na confecção dos fluidos Material densidade Peso lb/gal Peso lb/bbl água 1,00 8,33 350 Diesel 0,86 7,20 300 bentonita 2,6 21,70 910 Baritina 4,2 35,00 1470 NaCl 2,16 18,00 756 Areia 2,63 21,90 920 CaCl2 1,96 16,30 686 Fluidos – Propriedades Exercício n°10. calcule o volume e a densidade (notação inglesa) de um fluido composto de 25 lb de bentonita, 60 lb de baritina, e 1 bbl de água doce. Equações: (1) volume total ->Vt= V1 + ....+Vn (2) densidade ρi = mi/Vi . Ver slide anterior Vt=V1+V2+V3=1,0bbl+25lb/910(lb/bbl)+60lb/1470(lb/bbl)=1,0683bbl. ρ=(m1+m2+m3)/Vt= (350lb+25lb+60lb)/1,0683bbl=407 lb/bbl, que passando para lb/gal temos 407 lb/bbl x 1 bbl/42 gal = 9,7 lb/gal (densidade em inglês ou massa específica em português). Fluidos – Propriedades Exercício n° 11. Ao contrário do exercício 10. Qual a massa de baritina para obter ρ = 9,7 lb/gal com os dados do exercício 10, sem ser informada a massa de baritina. Vt = V1+V2+V3 = 1,0 +25/910 + mb/1470 ρ=(m1+m2+m3)/Vt=9,7lb/gal=407lb/bbl 407lb/bbl =(1,0 + 25+ mb)/(1,0 +25/910 + mb/1470) 407 +407.25/910 + 407. mb/1470 = 350+25 +mb mb = 59,2 lb Fluidos – Propriedades Exercício n° 12. É necessário aumentar o “peso”, que é massa específica, do fluido pronto de 200 bbl de 11,0 lb/gal para 11,5 lb/gal usando baritina. Ao final o volume não é limitado, ou seja, pode ser acrescido pela introdução de volume de produto químico baritina. Calcule o peso de baritina requerido. Equação p/volume não limitado (3) V2 = V1 (ρB – ρ1)/(ρB – ρ2) massa de baritina (4) mB = (V2 –V1) ρB ρB = massa especifica de baritina (lb/gal) ρ1 = massa específica do fluido atual (lb/gal) ρ2 = massa especifica do fluido final (lb/gal) V2 = volume final (bbl) V1= volume inicial (bbl) V2 = 200 (35,0 – 11)/(35- 11,5) = 204,255 bbl mB = (204,255 – 200) bbl x 35 lb/gal x 42gal/1bbl = 6.255,00 lb Fluidos Propriedades 4.2.2 Viscosidade (prop. física): a)Viscosímetro Marsh: usa-se funil e caneca que é medido pelo torrista a c/15 minutos. Permite comparar a tendência da viscosidade, masnão descreve o comportamento do fluido em cada situação interna ao poço. Fluidos Propriedades 4.2.2 Viscosidade (prop. física): b) Viscosímetro de medição direta: foi projetado para facilitar o cálculo dos parâmetros, através da observação da variação da tensão de cisalhamento e da taxa de cisalhamento. O FANN 35A, é usado para o cálculo dos parâmetros reológicos. Fluidos Propriedades 4.2.2 Viscosidade (prop. física): L 600, L 300, L 200, L 100, L 6 e L 3: são velocidades padrões do viscosímetro FAN com rotor e copo padrão. Quando o fluido é Newtoniano, a viscosidade é uma constante e utiliza-se a seguinte forma de cálculo: µa=300.θN/N . N= número de rotações por minuto (rpm). θN = deflexão da mola lida no dial do aparelho. Se o fluido não for Newtoniano, é caraterizado por dois parâmetros e a viscosidade aparente não é uma constante pois varia com a taxa de deformação. µp = θ600 – θ300 e τ = θ300 - µp µp = viscosidade aparente. θ600 e θ300 = deflexão lida no aparelho a 600 rpm e a 300 rpm. τ = tensão de cisalhamento para o fluido iniciar o deslocamento. Fluidos Propriedades Exercício n°13: uma lama num viscosímetro FAN apresentou no dial o valor 46 para 600 rpm, e 28 no dial para 300 rpm. Calcule a viscosidade plástica e a tenção de cisalhamento para o fluido se deslocar. Verificar se o fluido é Newtoniano. µa=300.θN/N = 300 x 28/300 = 28 cp µa=300.θN/N = 300 x 46/600 = 23 cp Notar que a viscosidade variou. Então o fluido não é Newtoniano. µp = θ600 – θ300 = 46 – 28 = 18 cp τ = θ300 - µp = 28-18 = 10 lbf/100 sq.ft Fluidos Propriedades 4.2.3 Temperatura da flow line (prop. física): No retorno do fluido mede-se a temperatura. A temperatura tem grande influência na viscosidade. Maiores temperaturas reduzem a viscosidade. Se reduz a viscosidade reduz a capacidade de carreamento de cascalhos. Assim, em sondas de LDA profundas, a temperatura de retorno do fluido pode estar abaixo da temperatura do poço, pelo esfriamento na passagem pelo riser o que significa ter menor viscosidade no fundo do poço. Fluidos Propriedades 4.2.4 Força Gel (prop. física): São determinadas no viscosímetro FAM. GI é o gel inicial medido na rotação de 3 rpm do viscosímetro FAM, após 10 segundos com o fluido parado, lido em lb/100ft². GF= gel final, idem mas medido após 10 minutos com o viscosímetro parado, lido em lb/100ft². G30 é o valor após 30 minutos. O gel deve ter bom desempenho gelificante rápido. E crescer lentamente depois. Também, não pode se tornar tão fortemente gelificante que impeça o reinício do bombeio. Fluidos Propriedades 4.2.5 Filtração estática (prop. física): Consiste na medição do volume de filtrado por 30 minutos, em equipamento pressurizado dotado de filtro de papel. A filtração para fluidos aquosos é chamada API (consiste numa célula pressurizada com ar comprimido com 100 psi). Também é medido a espessura do reboco em relação 1/32” (1mm), depois de lavar o excesso de lama. Fluidos Propriedades 4.2.5 Filtração estática (prop. física): Em algumas sondas utilizam cápsulas de CO2 para pressurizar. Filtração ATAP é para fluidos não aquosos. ATAP = Alta temperatura e alta pressão. (500 psi a até 300 F°). Fluidos Propriedades 4.2.5 Filtrado (prop. física): V30=2(V7,5 – Vsp) +Vsp (cm³) V30 = volume de filtrado após 30 min. Vsp= volume de filtrado extrapolando para tempo igual a zero Vsp = V1,0 – ((V7,5-V1,0)/(Ѵt7,5 - Ѵt1)) x Ѵt1 V7,5 e V1,0 = medições de volume de filtrado com 7,5 min e 1 min. Ѵ t1 e Ѵt7,5 = t1 = 1 e t7,5 = 7,5 são os tempos de 1 e de 7,5 minutos em minutos. Fluidos Propriedades 4.2.6 Alcalinidade (propriedade química): São feitas 4 medidas de alcalinidade no intervalo de 24 horas, em fluido aquoso, consistindo de obter o pH, pm, pf e mf. O pH -> é medido em papel indicador. Acima de 8 é alcalino. Obtido por comparação O pm, é o resultado de uma titulação ácida de uma amostra de 1 ml de fluido. Indica a alcalinidade e também a reserva de sólidos representada por Ca(OH)2 ou CaCO3. Para não aquoso. Fluidos Propriedades 4.2.6 Alcalinidade (propriedade química): O pf (não aquosos), é a mesma titulação realizada no filtrado, e indica a quantidade de íons OH livres em solução e confirma o pH. O mf (não aquosos), também é realizado com o filtrado e é feito após a neutralização do mesmo no teste anterior. Adiciona-se alaranjado de metila como indicador e titula-se novamente. Fluidos muito alcalinos em contato com petróleo podem saponificar o petróleo. Fluidos Propriedades 4.2.7 Salinidade (propriedade química): A salinidade impede o inchamentos das argilas em fluidos aquosos. Para medir a salinidade parte-se do pressuposto que os sais em maior concentração no fluido são o NaCl e o KCl. Caso existam outros cloretos em concentração apreciável, deve-se mudar a abordagem de análise. Inicialmente, mede-se a concentração do íon K+. Para isso, precipita-se o excesso de potássio de uma amostra bastante pequena (aprox. 10 mg de potássio) utilizando-se tetrafenilborato de sódio (STPB). A seguir se faz a titulação da solução brometo de cetil trimetil amônio (QAS – CTAB), usando-se azul de metileno como indicador. Essa determinação pode não ser possível se a amostra recolhida contiver mais potássio do que o esperado, se a filtração do precipitado não for bem feita ou se for adicionado excesso de azul de metileno. Fluidos Propriedades 4.2.8 Retorta: Mede-se a proporção de água, óleo e sólidos em um fluido. O fluido é aquecido na retorta até evaporar completamente da amostra. Os vapores são recolhidos em proveta. Mede-se os volumes recuperados de cada fluido. O volume restante é de sólidos. Calcula-se o RSA (razão sintético/água). Uma razão RSA 60/40 de base orgânica significa que a base líquida tem 60% de base orgânica e 40% de base aquosa. Fluidos Propriedades 4.2.9 Controle de sólidos: Teste de teor de areia. O fluido é agitado e lavado. A seguir recolhe- se o material preso num filtro, que pelas características do filtro, ficam pelo diâmetro retidas as partículas da faixa da granulometria da areia. 4.2.10 Estabilidade das emulsões: A estabilidade elétrica é uma medida direta da estabilidade de uma emulsão. Consiste em se utilizar o fluido emulsionado como o meio entre as placas de um capacitor. É medida então a voltagem necessária para se romper o dielétrico e descarregar o capacitor. Quanto mais alta a voltagem, mais estável será a emulsão. Fluidos Propriedades 4.2.11 Presença de óleo da formação . Fluidos Propriedades 4.2.11 Presença de óleo da formação: (p/fluido aquoso) o ensaio de Iridescência Estática (Sheen Test) toma-se amostra do fluido a ser testado para um recipiente c/dimensões padronizadas contendo água do mar em condição estática. Observa-se a superfície do recipiente teste a fim de distinguir sobre a presença ou ausência de óleo da formação na amostra do fluido teste. (p/fluido não aquoso) o método de Extração em Fase Reversa (RPE) foi estabelecido para indicar a presença de óleo de formação em amostras de fluido base não-aquoso. O método baseia-se no fenômeno de fluorescência proveniente de alguns compostos constituintes no óleo cru quando expostos à radiação ultravioleta. Após a extração o fluido resultante é comparado com padrões de qualidade num fluroscópio. Fluidos Propriedades 4.2.12 Outras propriedades: a) Cálcio e magnésio– utilizado para se medir a dureza do fluido, uma vez que um excesso de cálcio livre pode gerar a precipitação de polímeros. b) Magnetita – Medida quando se adiciona esponja de magnetita para combater a presença de H2S no fluido. c) Sulfeto no fluido e no filtrado – Medidos quando se suspeita da presença de influxos de H2S no fluido. Teste padrão em poços com conhecida produção de H2S.d) Catiônico livre – Mede a concentração de polímeros livres no fluido. É medida a espessura do polímero precipitado com sal de Reinecke e comparada com um padrão feito previamente. Fluidos Propriedades Fluidos – Propriedades Hora 00:05 (horas) 06:00 (horas) 14:30 (horas) Profundidade (m) 96 150 275 V. Marsh 65 58 48 L600 60 60 58 L300 30 30 29 L200 25 24 22 L100 18 17 16 L6 8 8 6 L3 6 6 6 Gi/Gf (lb/100 pe2) 8/32 9/26 4/18 Filtrado API (ml) 6,1 5,5 5,3 pH 11,5 11 11 Salinidade (1000 mg/l) 30,0 35,0 38, Sólidos (% vol.) 4,9 4,6 4,2 Fluidos 1 – fundamentos 2 – Sistema de fluidos e de perfuração nas sondas 3 – Aditivos 4 - Propriedades e Testes. 5- Princípios da hidráulica plicados aos poços (passou para hidraulica) 6- Reologia e modelos reológicos Fluidos 6 – Reologia e Princípios da reologia. Reologia é o ramo da Ciência que estuda a deformação e o fluxo da matéria, ou a resposta dos materiais às tensões a que são submetidos. Embora normalmente associemos fluxo aos líquidos. Tensão é uma força por unidade de área. Conforme a orientação da força e da área, a tensão tem componentes normais e cisalhantes ou tangenciais. A tensão normal (σ) é a força perpendicular a uma área dividida por unidade de área. A tensão de cisalhamento (ζ) é a força que age paralelamente a uma área, por unidade de área. Os sólidos elásticos têm sua reologia descrita pela Lei de Hooke, que estabelece a linearidade entre a tensão e a deformação: Fluidos 6 – Modelos reológicos. Fluidos Newtonianos; Modelo de Bingham Modelo de potência Fluido Newtoniano: foi observado por Newton, no experimento em que ele colocou uma placa sobre uma camada de água em um canal retangular e moveu a placa com velocidade constante, observando que a força necessária para isso era também constante, uma vez atingido o regime estacionário. Observou também que essa força era proporcional à área da placa, e inversamente proporcional à espessura da camada de fluido, ou seja: A= área da placa U=velocidade h= altura da placa ao fundo do canal Fluidos 6 – Modelos reológicos. Fluido Newtoniano: F/A = μ U/h-> O termo F/A é a tensão de cisalhamento exercida sobre o fluido. E h=a distancias entre as duas placas da experiência de Newton. O μ é a constante que estabelece a relação de igualdade. Então, podemos dizer que: Ԏ = F/A. O gradiente de velocidade U/h => dU/dy = ϒ -> Isso representa a taxa de cisalhamento. Então : Ԏ = μ x ϒ. Fluidos 6 – Modelos reológicos. Fluido Newtoniano: Exercício n°14: uma placa de 20 cm² está a 1 cm de uma placa estacionária com fluido entre elas. Calcule a viscosidade em centipoise (cp) para o fluido entre as placas, quando uma força de 100 dynes é necessária para mover a placa superior a uma velocidade de 10 cm/s. Ԏ = tensão de cisalhamento necessária para manter o escoamento do fluido. Ԏ = F/A = 100 dyne/20cm² =5 dyne/cm² A taxa é velocidade (U) sobre h = espaçamento entre as placas. ϒ = 10 (cm/s)/ 1 cm = 10 s⁻¹ (ver slide anterior ϒ=U/h) Ԏ = μ ϒ μ = Ԏ/ϒ = 5/10 = 0,5 dyne.s/cm² Fluidos 5 – Modelos reológicos Fluido Newtoniano: Um fluido é dito Newtoniano quando a sua viscosidade só varia em função da TEMPERATURA e da PRESSÃO. No escoamento em regime laminar de um fluido Newtoniano existe uma proporcionalidade entre TENSÃO CISALHANTE e TAXA DE CISALHAMENTO representada pela viscosidade μ. Ԏ = μ x ϒ Ԏ = tensão de cisalhamento necessária para manter o escoamento do fluido. μ = é a viscosidade dinâmica absoluta. ϒ = é a taxa de cisalhamento definida como o deslocamento relativo entre as partículas no fluido. Fluidos 6 – Modelos reológicos Fluido Newtoniano (FN): Uma vez que a viscosidade dinâmica é uma constante, a relação entre ϒ e Ԏ é linear e crescente passando pela origem dos eixos, conforme figura (A). A figura (B) mostra que os FN não apresentam variação da viscosidade quando varia a taxa de cisalhamento. Fluidos 6 – Modelos reológicos Fluido Newtoniano: A Lei de Newton foi a primeira tentativa de descrever que a taxa de cisalhamento que surge em um fluido varia linearmente com a tensão a que ele é submetido, com pressão e temperatura constantes em fluxo laminar Exemplo de fluido Newtoniano: Englobam as substâncias puras, sistemas homogêneos, com baixo peso molecular de até cerca de 5000g/mol, como a água, óleos pouco viscosos, ar, soluções salinas e mel. Fluidos 6 – Modelos reológicos Fluido não Newtonianos: Fluido cuja relação entre a TENSÃO CISALHANTE (Ԏ) e a TAXA DE CISALHAMENTO (ϒ) não é constante se mantida a pressão e temperatura forem constantes em fluxo laminar. μa = Ԏ/ ϒ μa = 300ӨN/N, sendo N em rpm e ӨN lido no dial do viscosímetro Fann 35ª. μa = é a viscosidade aparente que varia em função da taxa (ϒ). São exemplos: dispersões de sólidos em líquidos, emulsões e soluções poliméricas. Assim, os fluidos de perfuração na sua maioria não apresentam comportamento Newtoniano. Fluidos 6 – Modelos reológicos Modelo de Bingham: No modelo de Bingham, os fluidos só entram em fluxo a partir do ponto que a tensão de cisalhamento for superior a um valor mínimo, conhecido como limite de escoamento (ԎL). Nesse modelo abaixo desse limite, comportam-se como sólidos ideais. Ԏ = μp x ϒ + ԎL para Ԏ > ԎL ϒ = 0 para Ԏ < ԎL μp = viscosidade plástica. μp = Ө600 –Ө300 (Visc. Fann 35 A) ԎL = Limite de escoamento ou tensão de cisalhamento mínima para por o fluido em fluxo. ԎL = Ө300 – μp (Visc . Fann 35 A). Fluidos 6 – Modelos reológicos Modelo de Bingham: As figuras mostram a curva de fluxo e a curva da viscosidade no modelo de Bingham, onde: μa = μp + Ԏl/ϒ. Onde: μa = viscosidade aparente do modelo de Bingham. Para elevadas taxas de cisalhamento a viscosidade aparente tende a se igualar a viscosidade plástica. São exemplos de fluidos Binghamianos as dispersões argilosas de bentonita em água. Fluidos 6 – Modelos reológicos Modelo de Potência: não se aplica a todo fluido e tampouco a todo intervalo de cisalhamento, mas um razoável número de fluidos não Newtonianos se comportam assim. Ԏ=Kxϒⁿ onde: K=Índice de consistência, n=Índice de comportamento. Se 0<n<1 são chamados de pseudo plásticos. Se n>1 são dilatantes. Fluidos 6 Modelos reológicos Modelo de Potência: Aplicando logaritmo na equação de potência temos: Log (Ԏ) = log (K) + n log (ϒ) . Ver gráfico a seguir. K-> Representa o afastamento do fluido de um comportamento Newtoniano. Já “n” esta relacionado com resistência do fluido ao escoamento. Fluidos 6 – Modelos reológicos Viscosímetro Fann V.G. Mod 35A: esse equipamento permite a obtenção da viscosidade aparente e plástica, do limite de escoamento dos fluidos de perfuração. Ele apresenta 2 cilindros, o interno estacionário e o externo girante, a uma velocidade constante e pré- estabelecida. A força resultante do araste, função da velocidade e da viscosidade é transmitida ao eixo interno a uma mola de torção que se deflete. Fluidos 6 –Modelos reológicos Viscosímetro Fann V.G. Mod 35ª: a configuração entre diâmetros mais utilizada é R1-B1. São feitos ensaios em 6 rotações diferentes (600, 300, 200, 100, 6 e 3). A deflexão da mola registrada é “Ө”. No exemplo abaixo estão relacionadas taxas de cisalhamento com a rotação do viscosímetro. Viscosímetro Fann 35 A R1B1 Fluidos 5 –Modelos reológicos Fórmulas p/ aplicação através do Viscosímetro Fann V.G. Mod 35ª: Viscosidade pelo modelo de Newton->μ = 300 ӨN/N=> sendo μ = viscosidade do fluido em “cp”. ӨN=leitura em grau das torção da mola. N= velocidade do motor. ϒ=r. dw/dr=5,066N/r, sendo r=raio do cilindro interno(estacionário). Exercício n°15: qual a taxa de cisalhamento de um fluido num viscosímetro 35 A, com raio do copo interno de 1,7245cm, para as velocidade de 600 rpm e 300 rpm se o viscosímetro contém um fluido Newtoniano. ϒ=5,066N/r = 5,066 N/1,7245 = 2,937 N ϒ = 2,937 x (300) = 881 s⁻¹ ϒ = 2,937 x (600) = 1762 s⁻¹ Fluidos 6 – Modelos reológicos Fórmulas p/aplicação através do Viscosímetro Fann V.G. Mod 35ª: r 1 = r = raio do cilindro interno estacionário ou corpo. r2 = raio do rotor externo ou cilindro externo e rotacional. Fluidos 6 – Modelos reológicos Fórmulas p/aplicação através do Viscosímetro Fann V.G. Mod 35ª: Cálculo das propriedades reológicas a partir de ensaios com o viscosímetro Fann 35 A R1B1 FLUIDOS DE POTÊNCIA INDICE DE COM PORTAMENTO INTERIOR DA COLUNA np = 3,32 log (Ө600/Ө300) ESPAÇO ANULAR na = 0,5 log (Ө300/Ө3) INDICE DE CONSISTÊNCIA INTERIOR DA COLUNA Kp=1,067Ө600/(1022ⁿ) ESPAÇO ANULAR Kp = 1,067 Ө300/(511ⁿ) Fluidos Exercício n°16: um viscosímetro Fann contém um fluido de potência, e no dial indica 12 de deflexão da mola com 300 rpm. O dial indica a deflexão de 20 para 600 rpm. Calcule o índice de consistência considerando esse fluido como de potência. Obs: ver as fórmulas(p/aplicação através do Viscosímetro Fann V.G. Mod 35ª) np = 3,32 log (Ө600/Ө300) n = 3,32 log(20/12) = 0,737 (índice de comportamento). Fluido dilatante. K = 510 (12)/511 = 61,8 eq.cp (índice de consistência) Ou K = 0,618 dyne-s /cm² 0,737 0,737 Perfuração Colunas de perfuração 1 – Coluna de perfuração 1.1 Kelly 1.2 DP 1.3 Comando e prisão por pressão diferencial 1.4 WHDP 1.5 Conexões 2 – Acessórios; 3 – Ferramentas de manuseio; 4 – Esforços; 4.1 – Tração; 4.2 – Pressão interna; 4.3 – Colapso/Torção; 4.4 – Esforços conjugados 4.5 - Efeito da Tração no colapso. 4.6 – Flambagem 5 – Projeto de uma coluna de perfuração. Objetivo: dimensionar as colunas de perfuração e conhecer seus componentes básicos, acessórios, ferramentas. Perfuração 1 - Coluna de perfuração Principais funções das Colunas de Perfuração; -Aplicar peso sobre a broca; -Transmitir rotação para a broca; -Conduzir o fluido de perfuração; -Garantir a inclinação e direção do poço. Componentes Básicos: Kelly. Drill Pipe. Heavy Weight e Drill Colar. Acessórios: Subs. Estabilizidores. Jar. Roller Reamer. Alargadores e Amortecedores de choque. Principais Ferramentas: Cunha. Chave de broca. Chave flutuante. Colar de segurança. Kelly Spinner. Iron Roughneck. O BHA é formado por todos os componentes que vão desde a broca até os tubos Heavy Weight ou Hevi-Wate. Perfuração 1.1 Kelly O Kelly transmite torque à coluna de perf. fornecido pela mesa rotativa para a bucha do Kelly. O Kelly é especificado pela API Spec RP7G, item 6 e na Spec 7 seção 3. Segue na fabricação a Norma AISI- 4145-H (41 = cromo molibdênio, 45 = 0,45% de carbono e H = tipo de tempera). Abaixo do Kelly usa- se o Sub de Salvação do Kelly, que evita danos nas roscas do Kelly pelas constantes conexões. Perfuração 1.1 Kelly Para escolha do Kelly deve-se pesquisar na seguinte tabela. Kelly Spinner -> Para facilitar o enroscamento do Kelly. Kelly Cock -> Válvula inserida no Kelly para fechar a coluna em caso de Kick. Perfuração 1.1 Kelly A Kelly Cock Superior é opcional, mas a inferior não. Essas válvulas deverão ser testadas com as seguintes pressões. O Kelly não deve apresentar empenos e o seu centro da seção transversal deve coincidir com o centro geométrico da coluna para evitar desgastes e vibrações no topo da coluna. Pressão de trabalho Mínima Pressão de teste (fonte=SheIl) 5000 psi 10000 psi 10000 psi 15000 psi 15000 psi 22500 psi Perfuração 1.1 – Kelly Exemplos: Kelly de seção quadrada e de seção hexagonal. Perfuração 1.2 Drill Pipe (Tubos de perfuração) São tubos sem costura (ream less) feitos por extrusão, com reforço nas extremidades para permitir a soldagem das juntas (tool joints). As suas principais funções são: a) Transmitir torque e rotação; b) Permitir o fluído de perfuração circular. A normalização está na API SPEC 5A e RP7G. Perfuração 1.2 Drill Pipe (especificação) Na especificação do drill pipe deve constar: Diâmetro nominal externo (OD); Peso nominal; Grau do aço; Reforço (Upset); Comprimento nominal; Desgaste; Características especiais. 1.2.1 diâmetro nominal -> externo varia de 2 3/8” até 6 5/8”. 1.2.2 peso nominal -> é valor usado para identificar o tubo com o Tool Joint (uniões cônicas), é expresso em lb/pé. Com o peso nominal e o OD determina-se o ID e a espessura da parede. Perfuração 1.2 Drill Pipe (especificação) 1.2.3. grau do aço -> determina as tensões de escoamento e de ruptura. Além disso, deve-se passar um gabarito por dentro dos Drill Pipes e retirar aqueles tubos que o gabarito não passou. GRAU DO AÇO ESCOAMENTO RUPTURA Mínimo (psi) Máximo (psi) E75 75.000 105.000 100.000 X-95 95.000 125.000 110.000 G105 105.000 135.000 115.000 S135 135.000 165.000 145.000 Perfuração 1.2 Drill Pipe (exemplo de especificação) Grau do aço E e X – aço carbono AISI 1040 e 1045: • 10 -> aço carbono. • 40 -> 0,4% de carbono. • 45 -> 0,45% de carbono. Grau do aço G e S - AISI 4130 e 4140 • 41 -> aço molibdênio. • 30 -> 0,3% de carbono. • 40 -> 0,4% de carbono . Tool Joint – aço AISI 4137-H • 41 -> aço molibdênio. • 37 -> 0,37% de carbono. • H -> tipo de tempera. Perfuração 1.2 Drill Pipe (especificação) Outros tipos de materiais são alternativos para Drill Pipe, como os compostos reforçados com fibras de carbono, ligas de alumínio e titânio: • Densidade do aço carbono = 7,85 g/cmᶟ • Densidade de ligas não ferrosas = 4,54 g/cmᶟ • Densidade do titânio = 2,78 g/cmᶟ • Densidade de compostos c/fibra de carbono = 1,8 g/cmᶟ. Dessas alternativas somente a de ligas de alumínio tem algum histórico de uso. Os DP de alumínio são opções para poços de grande afastamento, pois reduzem o atrito da coluna na seção horizontal do poço. No entanto, para poços profundo, se houver uma variação de temperatura entre 20°C e 200°C a tensão de escoamento cai até 70%. Perfuração 1.2 Drill Pipe (especificação) 1.2.4. Reforço -> na extremidade do tubo tem objetivo de criar uma área de maior resistência, onde é soldada uma união cônica, minimizando nesse ponto o problema de quebra por fadiga. Esse reforço pode ser: Interno (IU) Internal Upset Externo (EU) External Upset Misto (IEU) Internal - External Upset Perfuração 1.2 Drill Pipe (especificação) 1.2.5. Comprimento nominal -> existem 3 ranges de tubos As roscas das uniões cônicas são padronizadas pelo API, levando em conta o número de fios por polegada, a conicidade em percentual de perfil da rosca. O API adota a forma de “V – NÚMERO”, para a rosca e o número pode significar a largura do dente da rosca ou o raio de entalhe da rosca. RANGES COMPRIMENTO TAMANHO MEDIO RANGE 1 18 A 22 PÉS MÉDIA 20 pés RANGE 2 27 A 32 PÉS Media 30 pés RANGE 3 MEDE 40 Pés Media 40 pés Perfuração 1.2 Drill Pipe (especificação) 1.2.6. desgaste -> redução de espessura Tubo novo é só quando é comprado, assim se o tubo desceu uma vez no poço passa à condição de Premium. No mar é comum utilizar tubos de perfuração até a classe Premium. Em terra, pode-se utilizar a Classe 2 ou mesmo a Classe 3. O Drill Pipe é para ser consumido em operação. CLASSE REDUÇÃO DE ATÉ CÓDIGO FAIXA Novo 0% 1 branca Premium De 0% a20% 2 brancas Classe 2 De 20% a 30% 1 amarela Classe 3 De 30% a 40% 1 laranja Rejeitado >40% 1 vermelha Perfuração 1.2 Drill Pipe (especificação) 1.2.7. Caraterísticas especiais É quando o tubo necessita ser especificado para perfuração em condições não convencionais. Por exemplo, com revestimento interno com resina ou metalurgia especial para suportar o gás sulfídrico(H2S). CONEXÕES Internal Flush (IF) -> ID=ID do tubo, utiliza reforço external Upset, com fluxo pleno. Full Hole (FH) -> ID=ID do tubo, usados com internal upset, menor restrição ao fluxo. Regular -> ID<ID do tubo, sendo incompatível com internal upset, devido a restrição ao fluxo. Perfuração 1.2 Drill Pipe (conexões) As roscas API dos DP não vedam na rosca como ocorre nos tubos de revestimento com a graxa, pois a vedação é conseguida no espelho das caixas e pinos com o torque certo. Por isso aplicar o troque especificado é fundamental para os Drill Pipes. NOME ROSCA API PERFIL INTERNAL FLUSH IF V-0,038R FULL HOLE FH V-0,038 R/V REGULAR REG V-0,04/V Perfuração 1.2 Drill Pipe (conexões) Conexões de Drill Pipes mais comuns. NC=Number Connection, normalizado pelo API a partir de 1968. Perfuração 1.2 Drill Pipe (conexões) Perfuração 1.2 Drill Pipe (conexões) Torque: é importante usar o torque recomendado pelo API nas conexões. O torque excessivo pode resultar em quebra: Da caixa da conexão. Do pino da conexão Do cabo da chave flutuante. Da chave flutuante. O torque insuficiente pode resultar em vedação insuficiente, originando na ocorrência indesejável de lavagem dos fios de rosca (ficam trechos sem fios de rosca) e pode ocorrer soltura da coluna. Perfuração 1.2 Drill pipe (bitolas) Perfuração 1.2 Drill pipe (rupturas) Fadiga: é a causa da maioria das rupturas de DP. A fadiga aparece quando os tubos trabalham fletidos. Ranhuras: os DP possuem ranhuras e sulcos, pela ação das cunhas, revestimentos e transporte. As ranhuras transversais são perigosas pois constituem pontos de concentração de tensão. Corrosão: forma depressões na superfície que facilitam a fadiga. Perfuração 1.2 Drill pipe (recomendações práticas) Não usar cunha para desenroscar tubos. Não usar martelo mas sim marreta de bronze. Evitar o uso de corrente. Evitar utilizar tubos tortos. Evitar torque excessivo. Evitar que trabalhem sob compressão. Usar HW ou trocar posição de DP na coluna. Apoiar em 3 pontos na mesa rotativa através da cunha. Terminado o poço lavar as roscas e aplicar graxa. Fazer inspeção para detectar fissuras. Perfuração 1.3 Comando (DRILL COLAR) Objetivos: • Transmitir peso para a broca. • Circular fluido de perfuração. • Dar rigidez a coluna junto com aos estabilizadores, permitindo controlar a inclinação do poço e o desvio do poço. Na especificação do comando deve constar: 1. Diâmetro nominal externo (OD) em pol.; 2. Diâmetro interno (ID) em pol.; 3. Tipo de conexão; 4. Características especiais (espiralados ou lisos), com ressalto para cunha e elevador. Perfuração 1.3 Comandos (DRILL COLAR) Formas dos Drill Colars: • Lisos • Espiralados (previnem a prisão por pressão diferencial de pressão) • Quadrados (idem), mas são difíceis de pescar. Perfuração 1.3 Comando (DRILL COLAR) O diâmetro externo é escolhido em função do diâmetro do poço e p/ possibilitar pescaria. O ID esta relacionado ao peso do comando. As características especiais é se o comando é do tipo espiralado ou liso, se tem ou não rebaixamento para colocação de cunhas e pescoço para o elevador. Existe um comando especial para poços direcionais chamado de K- Momel, que é feito de material não magnético. Diâmetro externo Limite de escoamento(psi) Tensão de ruptura(psi) 3 1/8“até 6 7/8” 110.000 140.000 De 7” a 10” 100.000 135.000 Perfuração 1.3 Comando (DRILL COLAR) Os comandos são fabricados de ligas de aço 4145-H Cromo Molibdênio forjado e usinado no diâmetro externo, sendo o diâmetro interno perfurado a trepano. São fabricados nos range de 30 a 31 pés, mas em casos específicos podem ter 42 a 43,5 pés. A conexão é usinada no próprio tubo e protegido por uma camada fosfatada. A parte mais frágil é a conexão. Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (prisão por pressão diferencial) Assunto afeto a comandos lisos principalmente Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (prisão por pressão diferencial) poço e = h= espessura do reboco Rt = raio do tubo Rh = raios do poço Perfuração 1.3 Coluna de perfuração - (prisão por pressão diferencial) Exercício n° 1: estimar qual é a força de tração necessária para liberar uma coluna presa por pressão diferencial com os seguintes dados: Dados: Formação permeável = 200 m Sobre pressão ( Pf – Pp) = 500 psi Diâmetro do poço = 8,5“ Diâmetro do comando ou DP= 6,5” Comprimento dos comandos = 180 m Atrito estimado = 0,25 Espessura do reboco = 0,5” 200 180 poço coluna Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (prisão por pressão diferencial) Exercício n° 1: Y = ((8,5/2–0,5)²+(8,5/2-6,5/2)²-(6,5/2)²)/(2x(8,5/2-6,5/2)) = 2,25 2”x” = 2 Ѵ(8,5/2-0,5)² - 2,25² = 6” Calculando “x” pela outra fórmula X = Dt sen arc cos ((Dh-2e)²-Dt²-(Dh-Dt)²)/(2(Dh-Dt)Dt) X =6,5”sen arc cos((8,5-2x0,5)²-6,5²-(8,5-6,5)²/(2(8,5-6,5)6,5) = 6” F atrito = μ x A x ∆P = μ x (2”x” * h) x ∆P F atrito = 0,25x(6”x180(m)/0,3048 (pe) x12”)x 500 = 5.314.960,00n lbf Exercício n°2: repetir o exercício 1 p/a espessura de reboco de 0,5”. Exercício n°3: quais são as principais variáveis que posso alterar para facilitar a liberação da coluna presa por prisão de pressão diferencial? área Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (prisão por pressão diferencial) Exercício n°4: qual o máximo peso de lama a ser usado num poço para que, em caso de prisão por diferencial de pressão a coluna possa ser liberada por tração? Dados: Profundidade da formação permeável = 1200 m Gradiente de pressão de poros em 1200 m = 9 lb/gal Diâmetro do poço = 12,25” Espessura do reboco = 0,5” Espessura do intervalo poroso = 10 pés Coeficiente de atrito = 0,3 Tração disponível para ser aplicada na coluna = 100.000 lbf Diâmetro do comando ou DP= 5” Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (prisão por pressão diferencial) Exercício n° 3: Cálculo da área de contato x =5 sen arccos ((12,25- 2x0,5)²-5²-(12,25-5)²)/(2x(12,25-5)x5) =3,68” A= 3,68 “ x 10 pés x 12“/1pé = 441,6²” Cálculo do diferencial de pressão F atrito = μ x A x ∆P => ∆P= F atrito/(μ x A)= 100.000/(0,3x441,6)= 755 psi Cálculo da máxima pressão hidrostática P max = 0,17 x 9 x 1200 + 755 = 2591 psi Máximo peso da lama ρ max =2591 psi/ (0,17 x 1200) = 12,7 lb/gal Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (prisão por pressão diferencial) Fator de Stickiness indica a percentagem de chance de liberar a coluna. Abaixo de 2,5 as possibilidades são maioress. Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (Prisão por pressão diferencial) técnica de solução p/tubo em “U” Consiste no deslocamento de um fluido leve para o poço, por circulação direta, de forma a permitir um refluxo para uma posição tal, que a redução de pressão hidrostática provoque a liberação da coluna. O fluido leve pode ser: água, n-parafina, óleo diesel, fluido base óleo, ar ou nitrogênio. Deve-se manter no mínimo 50 psi de sobrepressao sobre a formação para evitar kick. coluna anular Perfuração 1.3 Coluna de perfuração (Prisão por pressão diferencial) Exercício n°4: um poço c/3000 m e pressão de poros de 4950 psi, com um fluido de perfuração de 10 lb/gal, supondo que as capacidades do anular o interior do tubo são respectivamente, 0,2 bbl/m e 0,05 bbl/m. Qual o volume de fluido de 8,5 lb/gal a ser injetado pela coluna para se ter no fundo 5000 psi. G poros = 4950/(0,17 x 3000)= 9,7 lb/gal V inj = V final na coluna + V vazio no anular Vi=Vf+Vv Altura do anular com 5000 psi. 5000=0,17x10xHv => Hv = 2941 m. 3000-2941 = 49 m => Vv = 59 m x 0,2 bbl/m = 11,8 bbl Altura na coluna com 5000 psi P=5000 psi = 0,17 x 8,5 x Hf + 0,17 x 10 x (3000-Hf) => Hf=392 m Vf = 392 m x 0,05 bbl/m= 19,6 bbl Vi=Vf+Vv = 19,6 bbl + 11,8 bbl = 31,4 bblPerfuração 1.4 Heavy Weight - Objetivos: •Permitir a circulação de fluídos; •Transmitir rotação; •Promover transição de rigidez; •Peso sobre a broca. •Tipo de aço: o aço do Tool Joint é AISI 4145–H, aço cromo molibdênio. Já no corpo do HW usa-se o aço AISI 4032, aço molibdênio. Perfuração 1.4 Heavy Weight (Especificação) • Diâmetro externo (3 ½” a 5”); • Comprimento nominal (Range II e III); • Grau do aço (marcado no Tool Joint); • Aplicação de material duro: - Tool Joints. - Reforço intermediário. Desgaste: não há normalização. É avaliado pelo usuário. Perfuração 1.4 Heavy Weight (Vantagens) • Menor tempo de manobra que o comando. • Diminui a possibilidade de quebras de DP na zona de transição de esforços. •Aumenta a eficiência de sondas de pequeno porte pela maior agilidade no manuseio de HW do que dos DC. •Nos poços direcionais diminui o atrito, pois tem menor área em contato com as paredes do poço. Perfuração 1.4 Heavy Wheight Tubos HW mais utilizados. Perfuração 1.5 Conexões a) União cônica (API Spec. 7) Facilitam o enroscamento Promovem vedação metal x metal nos ombros; b) Roscas API c) Tipos Integrais (Comandos) Tool Joint (DP e HW) - adição de metal duro; - aumenta a vida útil; - gera maior desgaste no revestimento; IF INTERNAL FLUSH PERFIL V – 0,038/R FH FULL HOLE PERFIL V – 0,038R/V REG REGULAR PERFIL V – 0,040/V-0,05 Perfuração 1.5 Conexões d) Tool Joint: são de dois tipos •Enroscamento a quente (união aquecida e tubo frio); •Soldagem integral (partes aquecidas por indução e enroscamento por rotação e pressão, sem adição de material). Perfuração 1.5 Conexões Ações práticas Colocar protetor de rosca: • tanto no pino como na caixa. Colocar torque adequado nas conexões: • O API lista o torque mínimo necessário; • Colocar o torque entre o mínimo e mais 10%; • Aplicar o torque no ponto certo; • Calibrar a chave hidráulica. Perfuração 1.5 - Conexões Trabalhando na conexão com duas chaves flutuantes. Perfuração 1.5 – Conexão: exemplo da execução de uma conexão Perfuração 1.5 – Conexão: Exercício n° 5: qual o torque para uma conexão de um DP 4 1/2”, 16,6 lb/ft, grau E, rosca EU NC-59 sabendo-se que o OD do Tool Joint é de 6” e o ID é de 3 7/8”? Resposta: existem tabelas que reduzem a resistência a Torção para 60 % do valor dessa, como adequada para aplicar no tool joint. Torque============ Obs. Se fosse OD=6,5”, o valor Seria o mesmo, pois é menor Entre o Box e o Pin. Entra-se com os diâmetros do OD na vertical e ID na horizontal e toma-se o menor valor deles, lido na parte inferior da curva (60%<). Perfuração Índice – Colunas de perfuração 1 – Coluna de perfuração –funções/Conexões/BHA; 2 – Acessórios; 3 – Ferramentas de manuseio; 4 – Esforços; 4.1 – Tração; 4.2 – Pressão interna; 4.3 – Colapso/Torção; 4.4 – Esforços conjugados 4.5 - Efeito da Tração no colapso. 4.6 – Flambagem 5 – Projeto de uma coluna de perfuração. Perfuração 2 Acessórios Apesar de fazerem parte do BHA tem funções específicas na coluna de perfuração e são eles: 2.1) Estabilizadores - Calibre do poço/Rigidez/Afastar comandos da parede. 2.2) Roller Reamer - Escarificador de paredes do poço 2.3) Jar - Soltar a coluna presa. 2.4) Schok Sub 2.5) Os substitutos (Sub’s) - Sub de içamento/Sub de broca/Salvação do Kelly/Cruzamento de roscas/outros. São tubos curtos para essas diversas funções. A falta de sub de broca impede o enroscamento dessa na coluna de perfuração. Perfuração 2 Acessórios 2.1 - Tipos de Estabilizadores. Vistos em poços direcionais São ferramentas que servem para centralizar a coluna de perfuração e manter o calibre do poço. Seu posicionamento é importante na perfuração direcional controlando a inclinação do poço. São de dois tipos: a) Não rotativo; b) Rotativos. c) Os Rotativos podem ser: • De lâminas intercambiáveis • Integrais • Soldadas Perfuração 2 Acessórios 2.2 Escariadores (Roler Reammer) São ferramentas estabilizadoras usadas em formações abrasivas com roletes que conseguem manter o calibre do poço e ainda permitem: a) Incorporar rigidez; b) Afastar comandos da parede; c)Evitar o desgaste da coluna em formações mais duras e abrasivas. Perfuração 2 Acessórios 2.3 Ferramenta de impacto (Jar) O Drilling Jar é utilizado para libertar coluna presa através de impactos ascendentes ou descendentes, transformando a energia elástica da deformação da coluna em energia cinética. Dois usos específicos: Drilling jar e Fishing jar Drilling jar podem ser: a) Mecânico. b) Hidráulico. c) Hidro- mecânico. Perfuração 2 Acessórios 2.3 Ferramenta de impacto (Jar) e posicionamento do (Jar). •O Jar não deve ser colocado em zona frágil da coluna e nem criar uma zona frágil. •O Jar não deve ser posicionado a pequena profundidade (peso insuficiente). •O Jar não deve ser colocado em zona de flutuação de carregamento de tração para compressão. •A força de impacto do Jar equivale a 8 vezes a força colocada sobre ele. •Posicionar o Jar 30 metros acima do ponto mais alto de prisão (estabilizadores, alargadores, etc.). •Posicionar o Jar 30 metros acima de qualquer mudança de área. •O Jar tem um valor mínimo de trava, tanto a tração como a compressão e não se deve ultrapassar em 50%, para evitar o disparo acidental. Perfuração 2 Acessórios 2.3 Ferramenta de impacto (Jar) Disparo do Jar (para cima): a tração de disparo do Jar para cima será o peso da coluna acima do Jar+arraste do poço+tração desejada (overpull). Seqüência do disparo: armar o Jar baixando a coluna acima dele. Tracionar a coluna com o valor calculado. Manter a coluna tracionada até o disparo. Repetir o procedimento até a coluna ser libertada. Disparo do Jar (para baixo) A tração de disparo do Jar para baixo será o peso da coluna acima do Jar - arraste do poço – forca de abertura do mandril do Jar – compressão desejada. Seqüência de disparo: armar o Jar tracionando a coluna sobre ele. Comprimir o Jar tracionado a coluna no valor calculado. Manter a coluna tracionada. Repetir a operação até a liberação da coluna. Perfuração 2 Acessórios 2.3 - Ferramenta de impacto (Jar) Fórmulas: Força de impacto do Jar: Fi = Ajar/(Adc +Ajar) x (Vjar/Vdc) x Tovp Velocidade de contração do DC: Vdc =(Tovp x Vs)/(Adc x E) Ajar = área do Jar Adc= área do Drill Colar Vjar= Velocidade de Jar Vdc= Velocidade de contração do Drill Collar Tovp= Força no Jar (overpull) E = Módulo de elasticidade do DC Vs= Velocidade acústica do som no meio. Perfuração 2 Acessórios: 2.3 Ferramenta de impacto (jar) Fórmulas: Velocidade do martelo do jar Vjar = Vdc x (1 + 2 Σ x λ ) Vjar = Vdc x (1+2 x λ/(1- λ)) Coeficiente de reflexão λ = (α-1)/(α+1) α = Adc/At λ = coeficiente de reflexão n= número de reflexões At = área do tubo de perfuração Adc = área do DC At = área do DP N n=1 n Perfuração 2 Acessórios 2.3 Ferramentas de impacto (Jar) Exercício n°6: Calcule a velocidade do martelo depois da primeira, segunda, terceira, quarta, reflexão e a força de impacto do jar. Dados: DC 8”x 3”, DP 5” x 4,277”, velocidade do som no DC= 16800 pés/s, Overpull = 100.000 lbf e área do Jar = área do DC Área do DC Adc = ∏/4(8²-3²)= 43,197 pol². Velocidade do som no meio (DC) Vdc = Tovp x Vs/(Adc x E) =(100.000x16800)/(43,197x30x10⁶)=1,297pé/s Área do DP At = = ∏/4(5²-4,277²)= 5,268 pol². α = Adc/At = 43,197/5,268= 8,20 λ = (α-1)/(α+1) = (8,20-1)/8,20+1)= 0,7826 Perfuração Exercício n°6 Velocidade do jar Vjar 1 = 1,297 (1+2 x 0,7826)= 3,33 ft/s Vjar 2 = 1,297 (1+2 x 0,7826 x 0,7826²)= 4,92 ft/s Vjar 3 = 1,297 (1+2 x 0,7826 x 0,7826² x 0,7826ᶟ)= 6,16 ft/s Vjar 4 = 1,297 (1+2 x 0,7826x 0,7826² x 0,7826ᶟ x 0,7826⁴)= 7,13 ft/s Vjar = 1,297 (1+2 x 0,7826/1-0,7826)=10,63 ft/s Força de impacto Fi = (43,197/(43,197+43,197) x (Vjar/1,297) x 100.000= Para Vjar=3,33 ft/s -> Fi= 128.373 lbf. Vjar=4,92ft/s -> Fi=189.668 lbf Vjar= 6,16 ft/s -> Fi= 237.471 lbf, Vjar= 7,13 ft/s -> Fi = 274,885 lbf Vjar = 10,63 ft/s -> Fi = 409.792 lbf . Perfuração 2 Acessórios 2.4 Amortecedor de choque (Schok Sub) Objetivo: absorver vibrações produzidas pela broca em formações duras, principalmente brocas PDC ou de insertos. Local de colocação: •Para poços s/tendência de desvio posicionar acima do sub de broca. •Para poços c/pequenas tendências de desvios, posicionar o amortecedor acima do primeiro ou segundo estabilizador. •Para poços com grandes tendências de desvio colocar o amortecedor acima do conjunto estabilizado. Perfuração 2 Acessórios 2.5 Sub’s Sub de içamento: promover um batente p/elevador içar comandos s/pescoço. Sub de salvação do Kelly: proteger a rosca do Kelly. Sub de cruzamento: permitir a conexão entre tubos de diferentes roscas. Sub de broca (CX x CX): conectar a broca com o primeiro equipamento. Perfuração Índice – Colunas de perfuração 1 – Coluna de perfuração –funções/Conexões/BHA; 2 – Acessórios; 3 – Ferramentas de manuseio; 4 – Esforços; 4.1 – Tração; 4.2 – Pressão interna; 4.3 – Colapso/Torção; 4.4 – Esforços conjugados 4.5 - Efeito da Tração no colapso. 4.6 – Flambagem 5 – Projeto de uma coluna de perfuração. Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio São as seguintes: •Chaves flutuantes e hidráulicas; •Iron Roughneck ; •Easy-Torq •Cunha; •Colar de segurança •Kelly Spinner. •As cordas são utilizadas para enroscar tubos, já as chaves flutuantes, mantidas suspensas na plataforma, são usadas para dar torque de aperto ou desaperto nos elementos tubulares. Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Algumas sondas são equipadas com chaves pneumáticas ou hidráulicas, que servem para enroscar ou desenroscar tubos. Mas o torque é dado pela chave flutuante. O Easy-Torq é para aplicar altos valores de torques, podem ser utilizados para apertar e desapertar comandos. Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Em sondas com a Roughneck, essa executa automaticamente os serviços dos plataformistas durante as conexões e desconexões. Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio: Configuração com duas chaves flutuantes na posição 90° (é a situação normal), em duas configurações diferentes: Chave 1 Chave 2 Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Cálculo do torque na conexão: O torque é a força multiplicada pelo tamanho da chave flutuante. T = R x F x sen α. Exercício n°7: determine a tração no torquímetro e a força no cathead, para as duas configurações, sabendo-se que o torque a ser dado é calculado no exercício n°5 (19500 lbf. Ft) e o braço da chave mede 4 ft. R F α Tubo Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Situação 1 C = 19.500 (lbf.ft)/4(ft)= 4875 lbf F = 4875 lbf/2 = 2437,5 lbf Força (F) no Cathead de 2437,5 lbf. Tração no Torquímetro (indicador de tração) de 4875 lbf 4 ft Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Situação 2 R = 19.500(lbf.ft)/4(ft)= 4875 lbf F = C = 4875 lbf/2 = 2437,5 lbf Força co Cathead de 2437,5 lbf. Tração no Torquímetro de 2437,5 lbf. FORÇA Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Cunha: servem para apoiar a coluna na bucha da mesa rotativa na plataforma. São providas de mordentes que se encaixam entre a coluna e a mesa rotativa. a Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Exercício n°8: Qual a máxima tração que a cunha suporta de um DP na mesa rotativa, sendo: DP 5”OD, 19,5 lb/pé grau G, Premium, Rt = 43.6150 lb (isso vem de tração, mais adiante), considere o comprimento da cunha de 1’ = 12” e FS =1,15. Wmax = 436150/( 1,15 x Ѵ1+(5/2)x(2,5/12)x((5/2)x(2,5/12))² ) Wmax = 283.300 lbf. É a máxima tração que essa cunha faz o DP suportar na mesa rotativa sem escorregar a coluna. Colar de segurança: para comandos lisos com a função de prover um batente para cunha caso o comando deslize. Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio Kelly Spinner: Equipamento colocado acima do Kelly, acionado por ar comprimido que permite fazer o Kelly girar nas conexões e desconexões (ver desenho em Kelly). Elevador: ele tem braços presos na Catarina e acompanha o movimento dessa. O Elevador tem a função de agarrar qualquer tubo que seja de OD igual ao ID interno do elevador e permitir a sua colocação na vertical. O elevador tem uma tranca de abertura rápida para facilitar o encaixe ou desencaixe dos tubos. Perfuração 3 – Ferramentas de manuseio A esquerda o elevador puxando uma coluna. A direita o torrista pronto para abrir o elevador e colocar uma seção na vertical junto com as demais. Perfuração Exercícios n°9 1-Informe 4 principais funções da coluna de perfuração? 2-Informe 4 principais componentes da coluna de perfuração? 3-O que deve constar na especificação do tubo de perfuração? 4-Por que tubos de perfuração são fabricados com reforço na extremidade? 5-O que é um tubo de perfuração de classe premium? 6-Qual a parte mais frágil dos tubos de perfuração? 7-Quais as 3 funções do Drill Colar? 8- Por que usar HWDP? 9-Cite 4 tipos de subs? 10-Para que servem os estabilizadores na coluna de perfuração? 11-Qual a função do colar de segurança? 12- Cite 5 ferramentas de manuseio? 13- Quais os tipos de conexões utilizados na coluna de perfuração? Perfuração Índice – Colunas de perfuração 1 – Coluna de perfuração –funções/Conexões/BHA; 2 – Acessórios; 3 – Ferramentas de manuseio; 4 – Esforços; 4.1 – Tração; 4.2 – Pressão interna; 4.3 – Colapso/Torção; 4.4 – Esforços conjugados 4.5 - Efeito da Tração no colapso. 4.6 – Flambagem 5 – Projeto de uma coluna de perfuração. Perfuração 4 – Esforços 4.1 – Tração. Quando a tensão atinge a máxima tensão admissível σE, teremos a resistência a tração do tubo. Ym = Rt/A (Ym = Y = σE = limite de escoamento, Rt = tração máxima e A = área). Rt = ∏/4 x Y x (OD²-ID²) O elemento mais solicitado a tração é o tubo de perfuração (DP), pois deve suportar todo peso próprio da coluna de perfuração, inclusive BHA imersa em fluído, na maior profundidade prevista para o poço. Assim, temos que considerar o empuxo: T = P – E (P = peso próprio da coluna e E= empuxo) Perfuração 4.1 – Tração. Tração = Peso - Empuxo P = ρ (aço) x V (aço) E = ρ(f) x V(deslocado) ρ(aço) = peso específico do aço = 65,44 lb/gal. ρ (f) = peso específico do fluído do poço V (aço) = volume de aço. V (deslocado) = volume de fluído deslocado pelo aço. T =ρ (aço) x V(aço) – ρ(f) x V(aço) = (ρ(aço)- ρ(f))V (1) T = α . P = α .ρ (aço) x V (2) α. ρ (aço) x V = (ρ(aço)- ρ(f))V => α= (1 –(ρ(f))/ρ(aço)). α = (1 –ρ(fluído))/ρ(aço) α = Fator de flutuação Perfuração 4.1 – Tração Independente do fator de flutuação, na resistência a tração é comum ter um outro fator, esse chamado de fator de minoração = 0,9 para o limite de escoamento (Y) trabalhar na região linear do gráfico (tensão x deformação). O fator de segurança varia de 1,25 até 1,6 e temos: R tração = Rt= (Y x A x 0,9)/FS (1,24<FS<1,6). Quando for considerado desgaste no DP sob efeito de tração, aplicar o desgaste no OD. Peso específico do fluído α = Fator de flutuação 8,6 0,862 9 0,862 10 0,847 11 0,832 12 0,817 Perfuração 4.1 – Tração Exercício n°10 – calcular o valor da resistência a tração De um tubo 4 ½ OD=, 16,6 lb/pé, grau E, no ar, com 2t=0,674”, Novo e Premium, FS=1,6. Novo => A = π x (4,52 – 3,8262)/4 = 4,407 pol2 Premium= > Desgaste=> 0,674”x0,8 = 0,5392 0,5392+3,836 =4,365” Premium => A =π x (4,3652 – 3,8262)/4 = 3,468 pol2 Rt n = 75.000 x 4,407
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