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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Patricia Rossi Carraro Aula 7 Os aspectos emocionais e socias de dois a seis anos de vida 2 Desenvolvimento Emocional Com o passar dos anos, agregam-se elementos cada vez mais abstratos ao autoconceito, como gostos, aversões, crenças e características de personalidade mais gerais. Esses fundamentos são importantes para a compreensão de noções como as de autoconceito, autoestima e identidade (BEE, 2011). 3 © Anastasia Sushko | Dreamstime.com ID 28275824 3 A aquisição da linguagem é um fator muito importante para o desenvolvimento da personalidade. Ao ouvir repetidamente seu nome em frases: “Como Pedrinho é bonito! O Pedrinho está com fome? Por que o Pedrinho está zangado?”, a criança começa a reconhecer certas sensações, sentimentos e características como suas. (CÓRIA-SABINI, 2010). Desenvolvimento Emocional 4 A partir do segundo ano de vida, o nome adquire significado para a criança e isso a auxilia no estabelecimento da consciência de si mesma. Vários outros fatores, além do nome, servem de apoio à autoidentidade. As roupas, os brinquedos, os objetos de uso pessoal desempenham um papel fundamental nesse processo. 5 © Julián Rovagnati | Dreamstime.com ID 860451 5 Enquanto a criança está nesse processo de descoberta de seus atributos como pessoa, apresenta uma acentuada tendência a opor-se a interferências. Resiste a qualquer coisa que não se harmonize com as ideias e atitudes que adotou. Ex.: violenta oposição ao alimento, às roupas, às ordens, a quase tudo que os pais e adultos desejam que ela faça. br.guiainfantil.com 6 Antes de interagir com seus pares, a criança é muito influenciada por seus pais. Desde o nascimento é submetida a múltiplas regras disciplinares e mesmo antes de falar toma consciência de que possui certas obrigações. Desenvolvimento Emocional 7 © Syda Productions | Dreamstime.com ID 39785014 7 À medida que a criança se desenvolve, ela se torna mais responsável por suas ações. Ela sente agora não só medo de ser descoberta, mas também escuta a voz interior da consciência moral. A partir dessa etapa inicia-se a substituição do controle externo pelo autocontrole. Desenvolvimento Emocional 8 Embora já tenha progredido bastante quanto à autonomia, até os quatro anos de idade a criança é muito dependente de seus pais. Seu desejo de autoafirmação pode colidir com sua necessidade de auxílio para executar tarefas cotidianas, tais como comer, ir para cama, vestir-se, fazer a higiene pessoal e usar o banheiro. Desenvolvimento Emocional 9 Para Cória-Sabini (2010), outro aspecto desenvolvido nesta etapa é a tipificação sexual (estabelecimento dos papéis sociais ligados ao sexo - aprender a se comportar como homem ou mulher). A partir dos três anos de idade a criança começa a demonstrar um grande interesse por questões sexuais. 10 Desenvolvimento Emocional Vídeo 11 Desenvolvimento Social A família, a escola e a sociedade são considerados as primeiras instituições (ambientes) nos quais geralmente ocorre a socialização das crianças, pois exercem papéis fundamentais para o entendimento do processo de desenvolvimento humano. 12 www.colegiomadresavinapetrilli.com.br Segundo Cória-Sabini (2010), na maior parte das atividades lúdicas da criança dos dois aos seis anos de idade predomina a fantasia. No jogo dramático a criança experimenta concretamente os papéis sociais de outras pessoas. Assim ela representa os papéis de mãe, de filho, de herói e de bandido, de piloto, de chofer de caminhão etc. 13 © Irina Kozhemyakina | Dreamstime.com ID 30217383 13 Por volta dos quatro anos de idade aparecem os companheiros imaginários. Eles frequentemente são sentidos pela criança como parte do seu cotidiano. Algumas vezes eles nascem de uma necessidade real da criança. 14 © Lifeontheside | Dreamstime.com ID 33910162 14 Cória-Sabini (2010), a criança gosta de participar dos grupos de crianças mais velhas e, por imitação, começa a querer brincar de acordo com o modelo oferecido por elas. Ela acredita estar participando da brincadeira coletiva; contudo, como não pode colocar-se em pé de igualdade com as demais nem é aceita pelo grupo, ela se isola e passa a brincar sozinha. 15 Em jogos com regras, ela se acredita sempre a vencedora. Paradoxalmente, a criança desta fase é, ao mesmo tempo, muito inovadora, como também, no seu egocentrismo, considera as regras sagradas e intocáveis. 16 Desenvolvimento Social © Hughstoneian | Dreamstime.com ID 13737451 16 A preocupação básica desta fase é o aprimoramento de suas aquisições. Por isso ela não percebe seu isolamento. Os diálogos que ela mantém com os companheiros da mesma idade são raros e não são trocas de opiniões, mas afirmações. 17 Desenvolvimento Social Na maioria das vezes, o que predomina entre crianças da mesma idade, durante as brincadeiras, são os monólogos coletivos. Quando interage com crianças mais velhas ela se limita a solicitar alguma coisa ou a receber ordens. 18 Desenvolvimento Social A partir dos cinco anos de idade, gradativamente se iniciam as brincadeiras ou jogos interativos. Neste caso, o grupo se torna coeso e as regras dos jogos são comuns e respeitadas. 19 Desenvolvimento Social © Subbotina | Dreamstime.com ID: 21370368 19 Referências BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Ática, 2008. BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologia: uma introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. Psicologia do desenvolvimento. 2. ed. São Paulo: Ática, 2010. 20 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Patricia Rossi Carraro Atividade 7 22 Vamos refletir? PAIS X FIGURA: AUTORIDADE; NEGLIGÊNCIA; DITATORIAL; PERMISSIVO. Fique atento! Nesta fase, parentagem com figura de autoridade, combinando bastante afeto, regras claras e comunicação, além de elevadas exigências maturacionais, está associada aos resultados mais positivos. Parentagem negligente está associada aos resultados menos positivos. Dois outros padrões, cada um com efeitos específicos, são o ditatorial e o permissivo. 23
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