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NUTRIÇÃO EM CIRURGIA

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Disciplina de Clínica Cirúrgica
Prof. Marcos A. M. Veiga
NUTRIÇÃO EM CIRURGIA
“ O ALIMENTO SERIA O TEU REMÉDIO” 
hIPÓCRATES
Estado em que há deficiência, excesso ou desequilíbrio de energia, proteínas e outros nutrientes que causam efeitos adversos mensuráveis na estrutura tecidual ou corporal, função orgânica e evolução clínica. 
Definição de desnutrição
Epidemiologia e etiologia
- 50% dos pacientes internados no SUS encontram-se desnutridos de forma moderada e grave;
- 15% apresentam desnutrição de base socioeconômica na admissão;
- 60% dos pacientes vítimas de trauma são desnutridos, sendo 14,7% desnutridos graves.
- O grupo com maior incidência de desnutrição são os portadores de neoplasia.
 desnutrição em pacientes cirúrgicos 
Trauma - hormônios contrarreguladores
 - mediadores e citocínas pró-inflamatórias
 
 reação de fase aguda
 SIRS
 - Diminuição da síntese de albumina
 - Consumo de massa muscular e visceral (fígado e intestinos) 
 - Síndrome de resposta anti-inflamatória compensatória 
 Imunodepressão pós-traumática
O APARELHO DIGESTIVO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES
-MORFOFISIOLOGIA:
	a) SNA;
	b) Grande superfície de absorção;
	c) Circulação êntero-hepática;
	d) Barreira de mucosa;
	e) Fluxo sanguíneo nas vilosidades
FISIOPATOLOGIA DO JEJUM
JEJUM - Glucagon aumenta
 - Reserva de glicogênio diminui HIPÓFISE
 
 GLICONEOGÊNESE ACTH
 SUPRARRENAL
 AMINOÁCIDOS CORTISOL
 (Alanina e Glutamina)
 Mobilização de proteínas musculares - Insulina diminui
 (CATABOLISMO PROTÈICO) - TSH/T3 aumentam
 - Catecolaminas 
JEJUM PROLONGADO E CATABOLISMO PROTÉICO ACELERADO
COSEQUÊNCIAS:
	a) Balanço nitrogenado negativo;
	b) Liberação de mediadores inflamatórios (citocinas);
	c) Lipólise;
	d) Cérebro consume mais corpos cetônicos e menos glicose;
	e) Aumenta a excreção renal de amônia.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
SITUAÇÕES DE RISCO NUTRICIONAL:
	a) Perda de peso maior que 10% em seis meses 
	b) IMC menor que 18,5 kg/m2
	c) Avaliação subjetiva global=C
	d) Albumina sérica menor que 3mg/dl (sem disfunção hepática e renal)
ÍNDICE CATABÓLICO
IC= NUU – [ (0,5 x INGESTA DE PROTEÍNAS x 0,16) + 3]
NUU= nitrogênio ureico na urina de 24 h.
NUU= uréia urinária x 0,47
IC MENOR QUE 5 = catabolismo moderado
IC MAIOR QUE 5 = catabolismo grave
APORTE NUTRICIONAL NO PACIENTE CIRÚRGICO
ENERGIA:
	a) necessidade calórica: 30 – 35 kcal/kg/dia
	b) calorimetria indireta é a melhor forma de conhecer as necessidades energéticas
	c) equação de HARRIS-BENEDICT (gasto energético basal)
HOMENS 66,5 + (13,8 x peso[kg]) + (5 x altura[cm]) – (6,8 x idade[anos])
MULHERES 65,5 + (9,6 x peso[kg]) + (1,7 x altura[cm]) – (4,7 x idade[anos])
	d) glicose, carboidratos e lipídios
APORTE NUTRICIONAL NO PACIENTE CIRÚRGICO
PROTEÍNAS:
	a) necessidade proteica normal: 0,8 a 1,0g/kg/dia
	b) após trauma ou intervenção cirúrgica: 1,2 a 1,5g/kg/dia
VITAMINAS E MINERAIS:
	a) vitaminas A, C, E
	b) minerais Zn e Se
IMUNOMODULADORES:
 a) aminoácidos glutamina, arginina, os nucleotídeos e os ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega-3.
VIAS DE ACESSO PARA NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO ENTERAL:
	a) sonda nasoenteral;
	b) sonda nasogástrica;
	c) gastrostomia;
	d) jejunostomia.
NUTRIÇÃO PARENTERAL:
	a) veia jugular
	b) veia subclávia
	c) veia periférica do membro superior (PICC)
Monitoramento da terapia nutricional
REALIZAR DIARIAMENTE:
	a) observar grau de hidratação;
	b) sinais clínicos de distúrbios hidroeletrolíticos;
	c) edema;
	d) alterações do nível de consciência;
	e) curva térmica;
	d) número de evacuações;
	e) controle de diurese e balanço hídrico.
REALIZAR SEMANALMENTE:
	a) hemograma, dosagem de uréia, creatinina, albumina, TGO, TGP e bilirrubinas.
NUTRIÇÃO ENTERAL
INDICAÇÕES:
	a) impossibilitados de ingestão oral;
	b) distúrbios neurológicos c/ alteração do nível de consciência ou dos movimentos mastigatórios;
	c) anorexia com baixa ingesta oral 
Nutrição parenteral
INDICAÇÕES:
	a) fístulas digestivas de alto débito;
	b) pancreatite na fase aguda;
	c) íleo paralítico prolongado;
	d) síndrome do intestino curto;
	e) quando o trato gastro-intestinal não está tolerando receber todo o aporte calórico-protéico indicado.

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