Buscar

Resumo_até_Negócio_Jurídico[1]

Prévia do material em texto

Classificação dos Fatos Jurídicos
São fatos jurídicos todos os acontecimentos, eventos que, de forma direta ou indireta, acarretam efeito jurídico. Nesse contexto, admitimos a existência de fatos jurídicos em geral, em sentido amplo, que compreendem tanto os fatos naturais, sem interferência do homem, como os fatos humanos, relacionados com a vontade humana. 
Fatos Jurídicos no sentido lato (amplo): são os acontecimentos dependentes ou não da vontade humana, a que o Direito atribui conseqüências jurídicas. 
Resumo:
Fatos naturais 	a.1) Ordinários
ou fatos Jurídicos estrito sensu (em sentido estrito)	a.2) Extraordinários
	b) Atos Jurídicos lato sensu b.1)Atos Lícitos 	 b.1.1) Ato jurídico stricto sensu
	 Ou Atos jurígenos: 		b.1.2)Negócio Jurídico 
 Decorrentes das ações humanas 	b.1.3) Ato-fato jurídico
 	
	b.2) Atos Ilícitos 
a) Fatos naturais ou fatos jurídicos stricto sensu: Ocorre quando, na composição do suporte fático, encontra-se apenas o evento natural. 
Dividem-se em:
a.1 Ordinários (stricto sensu)– sabe-se que vão ocorrer (previsível). 
 
a.2 Extraordinários (caso fortuito ou força maior) – não podemos prever, estão além da nossa capacidade de previsão (não são previsíveis). 
b) Fatos Humanos ou atos jurídicos lato sensu : decorrem das ações humanas. Caio Mário os denomina de voluntários.
b.1) Lícitas (voluntário) – ocorrem consequências pelos fatos desejados.
b.1.1) Atos jurídicos stricto sensu (em sentido estrito) ou meramente lícitos são atos praticados pelo homem sem intenção direta de causar efeitos jurídicos. 
Sintetizando: o efeito da manifestação da vontade está predeterminado na lei. 
b.1.2) ato-fato jurídico: O suporte fático é composto pelo evento natural, mais a ação humana (ação mais evento). 
	
b.1.3) Negócio Jurídico: é entendido como sendo a declaração de vontade privada destinada a produzir efeitos que o agente pretende e o direito reconhece. 
b.2) Ilícitas (Involuntário) – ocorrem conseqüências pelos fatos que não são desejados, contrários ao ordenamento jurídico.
Aquisição, modificação, defesa, e extinção de direitos.
A aquisição de um direito é a sua conjunção com seu titular.
* Essa aquisição pode ser originária ou derivada.
a) Originária: aquisição feita pelo titular, sem qualquer relacionamento com um titular anterior ao direto a adquirir, tanto porque o direito surge pela primeira vez 
b) Derivada: há relacionamento com o titular antecedente do direito, como é o caso da compra e venda. 
* Pode ser ainda: 
a) gratuita: se não houver qualquer contraprestação
b) onerosa: quando o patrimônio do adquirente enriquece em razão de uma contraprestação.
* Se processa da seguinte forma:
a) aquisição a titulo universal: se o adquirente substitui o seu antecessor na totalidade de seus direitos ou numa quota ideal deles, tanto nos direitos como nas obrigações, como é o caso do herdeiro.
b) aquisição a titulo singular: quando se adquire uma ou várias coisas determinadas, apenas no que concerne aos direitos, como sucede com o legatário, que herda coisa individualizada.
* Quanto ao processo formativo:
a) simples: se o fato gerador da relação jurídica constituir num só ato.
b) complexa: se for necessária a intercorrência simultânea ou sucessiva de mais de um fato.
* Quanto à aquisição infere-se das normas do CC:
a) os direitos podem ser adquiridos por ato do adquirente ou por intermédio de outrem. Assim, se o titular for incapaz, a aquisição de seus direitos opera-se por meio de representação legal, como no caso do poder familiar, da tutela ou curatela. 
b) a pessoa pode adquirir para si, ou para outrem. 
c) os direitos complementares adquiridos e os futuros os cuja aquisição não se acabou de operar, apresentando assim a distinção entre direito atual e futuro.
Direito atual: é o que, tendo sido adquirido, está em condições de ser exercido, por estar incorporado ao patrimônio do adquirente. 
Direito Futuro: são aqueles cuja aquisição ainda não se operou, que não pode ser exercida. Sua realização depende de uma condição ou prazo, pois o direito não se corporificou.
Direito Futuro Deferido: é aquele que conforme a lei há dependência de um ato do próprio sujeito, sua aceitação. 
Direito Futuro não-deferido: sua consolidação se subordina a fatos ou condições falíveis. 
Direito a Termo: é uma situação jurídica perfeita e acabada, apenas subordinada a efeito temporal. 
Direitos Eventuais (Direito incompleto e eventual): direito futuro, uma vez que depende de um acontecimento para se completar.
Direito condicional: difere do eventual, porque já se encontra em situação mais avançada, ou seja, completamente constituído, mas sua eficácia depende do implemento da condição estipulada, de um evento futuro e incerto.
Expectativa de direito: mera possibilidade ou simples esperança de adquirir um direito 
Direitos potestativos: são aqueles que se traduzem numa faculdade ou poder, por ato livre da vontade, e que podem ser exercidos enquanto perdurar uma situação jurídica ou de fato
Porém este direito pode ser:
a) constitutivos: quando, por exemplo, o proprietário de um prédio encravado exerce seu direito de exigir uma passagem para a via pública, constituindo-se uma servidão.
b) modificativo: o que ocorre, por exemplo, quando os cônjuges pedem a modificação do seu regime de bens no casamento (art. 1639, § 2).
. 
Modificação dos Direitos
Tais alterações podem residir nos respectivos titulares ou em seu conteúdo. 
a) Modificação Subjetiva: quando há alteração da pessoa do titular do direito. A modificação quando se altera a pessoa titular do direito. 
b) Modificação Objetiva: é aquela que atinge o objeto da relação jurídica, ora no tocante às qualidades ora no tocante às quantidades do direito. 
Pode ser qualitativa ou quantitativa.
b.1) Modificação objetiva qualitativa: o objeto do direito será alterado sem alterar a essência. 
 b.2) Modificação Objetiva Quantitativa: o direito permanece o mesmo, mas com o acréscimo ou diminuição. 
Defesa dos Direitos
*extrajudicial (clausula penal, arras, fiança, etc.)
* Judicial (ex. interdito proibitório – CPC, art. 932); ação de dano infecto (art. 1280 CC)
Extinção dos Direitos
A extinção dos direitos subordina-se a três ordens de causas: em razão do sujeito, do objeto e do vinculum iuris. 
Dá-se a extinção subjetiva quando o titular do direito não o pode mais exercer. Ex.: morte do filho sem que ele tenha iniciado a ação de investigação de paternidade.
A Extinção objetiva decorre do perecimento do objeto sobre o que versa o direito, se ele perder suas qualidades essenciais (campo invadido pelo mar) ou valor econômico (cédulas recolhidas), se se confundir com outro de modo que se não possa distinguir (confusão, mistura de líquido, comistão, de solidão e adjunção, justaposição de uma coisa a outra), se cair em lugar onde não pode mais ser retirado (anel que cai no mar).
A extinção será em razão do vínculo jurídico naqueles casos em que sobrevive o sujeito e subsiste o objeto, mas falta ao titular o poder de ação para exercer as faculdades jurídicas. Desta classe extintiva são a prescrição e a decadência. Há também, a condição resolutiva e o termo.
.
NEGÓCIO JURÍDICO
2.2 Conceito: 
É entendido como sendo a declaração de vontade privada destinada a produzir efeitos que o agente pretende e o direito reconhece.
Elementos do negócio jurídico
Elementos essenciais:
- indispensáveis a estrutura do negócio jurídico, sem eles o negócio jurídico não existe.– art. 104 CCB/02
Elementos naturais:
- decorrem da própria natureza do ato, sem necessidade de expressa menção.
Elementos acidentais:
 cláusulas acessórias que juntam ao ato negocial para modificar algumdos elementos naturais. 
Plano da existência
		
Manifestação da vontade – pressuposto básico que deve ser exteriorizado de forma expressa, presumida ou tácita.
Forma de manifestação de vontade: - regra: forma livre, determinada pelo art. 107 do CCB/02. 
Idoneidade do objeto – visão adequada do objeto. Ex.: coisa fungível no mútuo, coisa infungível no comodato;
Finalidade negocial – vontade de criar, extinguir, modificar direitos.
Plano da validade
Capacidade do agente – (condição subjetiva) é a capacidade que o sujeito possui para intervir nos negócios jurídicos. 
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável – (condição objetiva). Objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes.
Forma é meio de se exprimir vontade; 
Plano da eficácia
São admitidos e podem produzir efeitos todos os fatos jurídicos lato sensu, inclusive os anuláveis e os ilícitos. 
Síntese:
Planos dos Negócios Jurídicos:
1 – Plano da Existência: são os elementos.
 
2 – Plano da Validade: requisitos – art.104
3 – Plano da Eficácia: quando produz efeitos jurídicos.
Classificação dos negócios jurídicos.
1. Quanto à manifestação de vontade:
1.1. Unilaterais – se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade.
a) receptícios: são os que só geram efeitos no momento em que a outra parte tiver ciência do ato. 
b) não receptícios: o conhecimento pela outra parte da relação é irrelevante. 
1.2. Bilaterais – se aperfeiçoam com a manifestação de vontade, coincidentes sobre o objeto (vontades convergentes), dos dois pólos. 
1.3. Plurilaterais – negócios que envolvem mais de duas partes.
2. quanto ao tempo de seus efeitos:
Inter vivos: efeitos em vida do declarante;
Causa mortis: efeitos após a morte;
3. quanto as vantagens que produz:
3.1. gratuitos – aqueles em que só uma das partes aufere vantagens. 
3.2. onerosos - Cumpre uma prestação para receber outra.
3.3. neutros – possuem natureza não patrimonial e, em regra, se caracterizam pela destinação do bem e estão relacionados a outro negócio de natureza patrimonial.
3.4. bifrontes – são aqueles contratos que podem ser onerosos ou gratuitos, segundo a manifestação de vontade das partes.
4. quanto a formalidade:
4.1. solenes – a lei estabelece uma determinada solenidade (art. 82 do CC). 
4.2. não solenes – negócios de forma livre, não exigida por lei.
5. quanto a existência:	
5.1. principais – têm existência própria.
5.2. acessórios – existência subordinada a do contrato principal.
6. quanto ao exercício de direitos:
6.1. simples – negócios se constituem por ato único.
6.2. complexos – resultam da fusão de vários atos (várias manifestações de vontade) com eficácia independente. 
6.3. coligados – se compõem de vários outros contratos.
 
7. Os negócios jurídicos onerosos podem ser:
7.1. comutativos – Quando as prestações são equivalentes, certas e determinadas.
7.2. aleatórios – dependem de circunstâncias alheias para produzir efeitos. 
8. são negócios jurídicos:
8.1. causais –os que estão vinculados a causa que deve constar do próprio negocio.
8.2. abstratos – (formais) os negócios que tem existência desvinculada de sua causam de sua origem. 
10. quanto ao conteúdo:
10.1. pessoais – são os que se ligam as disposições de família.
10.2. patrimoniais – os que contem um relacionamento com patrimônio. 
11. quanto aos efeitos:
11.1 – constitutivos se sua eficácia opera-se ex nunc.
11.2 – declarativos aqueles em que a eficácia é ex tunc.
Interpretação do negócio jurídico
Conceito: interpretar o negócio jurídico e determinar o sentido que ele deve ter, ou seja, seu conteúdo voluntário. (art. 112, 113 e 114 CC)
�PAGE �7�

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes