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Portugal - Sociologia do Trabalho

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Introdução
O presente trabalho, insere-se na cadeira de Sociologia do Trabalho e pretende como objetivo geral, identificar os vários tipos de Trabalho que ocorrem no mundo, nomeadamente a partir do fim da segunda grande guerra.
Esta exploração analítica procurou contextualizar o “Trabalho” dentro da realidade portuguesa. Um enquadramento histórico do termo e sua emergência. 
O estudo do trabalho é uma das áreas da sociologia que João Freire em sua Sociologia do Trabalho refere como « sendo a sociologia do trabalho um ramo particular da sociologia, podemos então considera-la como uma sociologia especializada, isto é, uma sociologia que se consagra a um objeto mais particularizado, que é o trabalho». (Freire, 2006).
O século XVIII foi assinalado por mudanças, que geraram a necessidade de analisar a sociedade como um novo objeto de estudo. Época marcada por grandes revoltas, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, que alteraram de forma irreversível a forma de viver do homem. A Revolução Industrial conduziu á consolidação do capitalismo, o surgimento do proletariado entre muitas outras mudanças significativas que direcionaram o pensamento moderno para uma linha racional e cientifica que supriu as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum que até então imperavam “Por causa do que você fez, a terra será maldita. Você terá de trabalhar duramente a vida inteira a fim de que a terra produza alimento suficiente para você» (Gênesis: 2,17)
Os objetivos principais do trabalho são a melhoria do padrão de vida e redução da pobreza. Consequentemente, a teoria é usada no design de políticas governamentais que visem rápido crescimento econômico Por isso, tentar estabelecer uma divisão entre progresso (tecnológico) e evolução social não faz sentido: as duas dimensões caminham juntas.
Importa desde o princípio procurar definir o conceito trabalho. À luz de Marx e Engels encontramos: “O Termo trabalho se refere a uma atividade própria do homem. Também outros seres atuam dirigindo suas energias coordenadamente e com uma finalidade determinada. Entretanto, o trabalho propriamente dito, entendido como um
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processo entre a natureza e o homem, é exclusivamente humano. Neste processo, o homem se enfrenta como um poder natural, em palavras de Karl Marx, com a matéria da natureza. A diferença entre a aranha que tece a sua teia e o homem é que este realiza o seu fim na matéria. Ao final do processo do trabalho humano surge um resultado que antes do início do processo já existia na mente do homem. Trabalho, em sentido amplo, é toda a atividade humana que transforma a natureza a partir de certa matéria dada. A palavra deriva do latim "tripaliare", que significa torturar; daí a passou a ideia de sofrer ou esforçar-se e, finalmente, de trabalhar ou agir. O trabalho, em sentido econômico, é toda a atividade desenvolvida pelo homem sobre uma matéria-prima, geralmente com a ajuda de instrumentos, com a finalidade de produzir bens e serviços.» (Shvoong, 2006).
Há inúmeros exemplos de países que tentam priorizar o crescimento econômico em detrimento da evolução social, como o caso do Chile. Sob Pinochet, o Chile adotou políticas de liberalização do mercado que foram muito bem sucedidas, mas eventualmente o sistema político também teve que abrir-se (adoção de eleições democráticas) e ainda há pressões sociais significativas que precisam ser resolvidas. Uma das maiores áreas de estudos do trabalho preocupa-se com o papel das instituições em uma sociedade (e o impacto de fatores como coordenação, confiança, família e religião). A importância das instuições (sistema político, legal, e outras organizações em uma sociedade) para o trabalho é amplamente aceita e estudada por diversas ciencias sociais.
O homem é produtor e produto da sociedade na qual ele realiza seu ser, o trabalho constitui a mediação que permite ao homem esse movimento, capaz de dar o mote ontológico estruturante do homem, que, ao “fazer “faz a si mesmo por meio de perceções sensíveis que lhe dão uma espécie de consciência de si. Para Luckas (1978) o salto essencialmente separatório nos processos de homogeneização não é a mera fabricação de produtos, mas a ação da consciência. Pois os produtos resultam daquilo que já “existia “ na representação do trabalhador. Não se pode caraterizar o conhecimento profissional sem ter em conta o modo como este é aprendido e usado. (Eraut 1996).
Segundo Friedmann no seu Tratado de Sociologia do Trabalho «O trabalho é um denominador comum e uma condição de toda a vida humana em sociedade» (Friedmann, 1973).
Portugal viveu uma época de algum otimismo após o final da segunda guerra
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mundial, e isto porque no espaço de tempo que existiu entre as duas grandes guerras, devido ao fato de ter sido cortado do comércio internacional, e para suprir necessidades, necessariamente houve um incremento da substituição de bens antes importados, como salienta Lains «encontram-se os de produção de cereais e farinha, algumas industrias de base, de substituição de importação, nomeadamente resinas, cortiças e conservas alimentares também sofreram um crescimento. Dado o peso do investimento acumulado naqueles setores, e dada a presumível relação entre as mesmas e a estrutura de vantagens do país ou da procura interna, o crescimento industrial estava inevitavelmente relacionado com os primeiros passos da nova indústria portuguesa.» (Lains, 1994)
Agricultura, sectores A-B da ISIC rev. 3.1; Indústria, C-F; e Serviços, G-Q.
A celeridade do crescimento económico nos anos 60 e princípio dos anos 70 foi, aliás, uma característica comum à maior parte dos países da OCDE.
Produtividade: Conceito vindo desde a teoria clássica, a produtividade de uma economia é função da quantidade da força de trabalho assim como da qualidade do capital humano; do capital físico (equipamento, instalações); recursos naturais e tecnologia. Todos estes fatores determinam a produtividade, definida como produção por homem-hora. Por exemplo, em um país rico, uma pessoa pode produzir muito mais porque teve melhor educação e serviço de saúde (melhor capital humano), e a ferramentas (capital físico e tecnologia).
O aumento económico e a modificação da estrutura produtiva no período compreendido entre os anos 1960 e princípios dos anos 70 em Portugal esteve ligado a ampliação da industrialização o que determinou a multiplicação de mais postos de trabalho e uma notável quebra do papel da agricultura.
A industrialização da economia portuguesa ocorreu em simultâneo com o decréscimo da importância da agricultura na produção nacional. E é motivo de grande controvérsia entre os historiadores o fato da agricultura ter pago ou não uma fatura demasiado alta pela industrialização do país e se isso foi realmente devido a opção clara
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por uma economia industrial. Segundo Edgar Rocha (1979), «o investimento realizado na agricultura entre 1960 e 1973 foi suficiente apenas para substituir a saída de mão-de-obra para as cidades e o estrangeiro, explicando-se assim as razoes do lento crescimento do produto agrícola»
Numa economia que, até aos anos 60, tinha cerca de 50 por cento da população ativa no sector primário, os trabalhos agrícolas representavam a esmagadora maioria das ocupações disponíveis (Martins e Monteiro, 2002). Esta designação encerra inúmeras componentes que remetem para os contextos sociais, culturais, económicos e políticos em que decorre a exploração da terra.
No início dos anos 60 ocorre a expansão da industrialização portuguesa, o aproveitamento das matérias-primas oriundas das ex-colónias é feito através das transformações industriais. Verifica-se então a relação entre trabalho e produção, sendo esta ultima vista «como o ato ou processo através do qual se criam ou elaboram os bens e mercadorias, uteis e próprios para o consumo. A produção aqui tem o sentido de uma industria” transformadora”- que opera o milagre de tornar simples matérias primas em objetos com valorde uso mediante o emprego de certas técnicas e a dissipação de um determinado quantum de trabalho humano.» (Freire,1997)
A atividade industrial promove o desenvolvimento de várias áreas do país criando novos postos de trabalho, riqueza e crescimento urbano. O complexo industrial de Sines, a Área Metropolitana de Lisboa, a região da Marinha Grande, o norte do distrito de Aveiro, a área Metropolitana do Porto e a região do Vale do Ave (Braga, Guimarães, Santo Tirso, Famalicão, São alguns destes polos que por meio da industrialização sofreram melhoramentos, mas onde também verificou-se uma enorme mudança entre os indivíduos, mudanças inerentes `a relação trabalhadores – produção.
 Iniciam-se as industrias pesadas de base e equipamento, (metalurgia, siderurgia nacionais e cimenteiras, a petroquímica, a expansão dos têxteis e do calçado e o aparecimento das primeiras multinacionais e a indústria naval).
Recorrendo a Marx verificamos que: “a indústria moderna nunca considera nem trata como definitiva a forma existente de processo de produção. Sua base técnica é revolucionária, enquanto todos os modos anteriores de produção e com ela as funções dos trabalhadores eram essencialmente conservadoras. Por meio da maquinaria (...) a indústria moderna transforma continuamente a base técnica da produção e com ela as funções dos trabalhadores e as combinações sociais do processo de trabalho. Com isso,
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revoluciona constantemente a divisão do trabalho dentro da sociedade e lança, ininterruptamente, massas de capital e massas de trabalhadores de um ramo de produção para o outro. Exige, por sua natureza, variação do trabalho, isto é, fluidez das funções, mobilidade do trabalhador em todos os sentidos. Entretanto, reproduz em sua forma capitalista a velha divisão do trabalho com suas peculiaridades rígidas (Marx, 1983). 
Transitando do trabalho agrícola, em muitos casos, uma agricultura de subsistência, um vasto grupo da população viu-se perante a necessidade de incorporar diversas aprendizagens ao mesmo tempo em que participavam dum novo processo de entendimento do trabalho. O aperfeiçoamento industrial e a urgência das industrias em potenciar sua rentabilidade com o fim de se tornarem mais eficazes, proveitosas e competitivas, integrando o processo de divisão do trabalho já reconhecido e estudado por Durkheim e Adam Smith com o fracionamento das tarefas e o desempenho das fábricas. De acordo com a linha de pensamento de Adam Smith “ a riqueza das nações seria fruto da organização e divisão do trabalho”. Esse pensamento conduz a Organização Cientifica do Trabalho de Frederick W. Taylor (1856-1915) declarado como o “pai” da racionalização do trabalho industrial.
Taylor verificou que os operários apreendiam uns com os outros por meio da observação. Apurou que esse hábito embora fosse natural entre os operários desenvolvia distintos métodos de execução das mesmas tarefas, alterando instrumentos e ferramentas para a mesma operação. A partir dessas constatações, Taylor criou a Organização Racional do Trabalho, substituindo métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos,
Sendo as máquinas rudimentares e os trabalhadores sem formação, estes embora fossem numerosos, perdiam muito tempo e não tinham grande interesse no aumento da produção.” Taylor intuiu então que os trabalhadores deveriam ser organizados de forma hierarquizada e sistematizada, ou seja, cada trabalhador seria orientado a desenvolver uma atividade específica na produção. O trabalhador deveria ser monitorado por tempo de produção, devendo cumprir o seu trabalho no menor tempo possível e em contra partida e por “compensação” seriam premiados aqueles que sobressaíssem (Santos, 2009).
Taylor de forma prática e direcionada procurava resolver o problema da baixa produtividade- o fator capital. Tinha como foco a eficácia e a rentabilidade. O que
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permite a critica feita por Friedmann em – O Futuro do Trabalho Humano “ «O Taylorismo apreciava todos os problemas da empresa incluindo os problemas humanos de mão de obra, dum ponto de vista exclusivamente técnico» (Friedmann, 1968).
A partir de 1973, o mundo conscientizou-se da sujeição que tinha em relação ao petróleo e, de quem eram os verdadeiros donos deste, ou seja, os países que o produziam e o exportavam. Iniciou-se assim a busca por alternativas e o investimento em novas fontes de energia. 
Utilizamos um conceito amplo de indústria, incluindo no campo das indústrias a Indústria Transformadora, a Indústria Extrativa, a Electricidade, Gás e Água e a Construção. Nesta definição a Indústria corresponde ao chamado setor secundário, que, juntamente com a Agricultura, Silvicultura e Pescas (sector primário) e os Serviços (sector terciário), compõem a actividade económica. 
A semelhança do que ocorreu na maior parte dos países desenvolvidos, o crescimento industrial em Portugal não ocorreu num continuum crescente, embora tenha sido produtivo. O aumento da produtividade é veloz a partir da década de 50, desacelera nos anos 70 e 80 e volta a acelerar nos anos 90.
E por que tratamos de produtividade, é preciso constatar que em muitas indústrias o método conhecido como Fordismo foi e continua a ser aplicado. «Um taylorismo assumido para um conjunto da fábrica tendo por motivação a parte financeira, pois se os encargos suportados pela indústria eram vultosos, era necessário que não ficassem parados, o que levou a ideia de laborar no decurso de sua própria movimentação. As cintas transportadoras, os transportadores mecânicos aéreos e outros dispositivos congéneres passaram a ser um elemento central dos processos produtivos, determinando os lugares e as intervenções dos homens e das máquinas» (Freire,2006)
«Já não se trata apenas do fato do operário ser capaz de produzir mais (taylorismo) o problema (fordista) relaciona-se com o tempo. Aos operários é apenas dada uma opção, “seguem ou não esse ritmo, não lhes sendo possível excede-lo; se não conseguem têm que ser excluídos do sistema “ (Ibidem, 2006).
Mercados em que não há competição não se desenvolvem, e por conseguinte, o empreendedorismo sofre, o consumidor paga . Em mercados em que o Governo protege certas indústrias (como no caso do Brasil e do modelo de substituição de importações), embora tenha havido crescimento econômico, a acumulação de capital não continuou a
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gerar novos investimentos. O Brasil acabou ficando atrás dos Tigres Asiáticos quando insistiu em mercados fechados na década de 70 (quando os asiáticos liberalizaram e priorizaram o comércio internacional).
No gráfico abaixo, mostramos a evolução do PIB per capita dos tigres comparados com a América Latina e o México em particular.
Gráfico Nº 2
Países que insistiram em manter políticas protecionistas (India, China, Vietnam) cresceram mais rápido que países que adotaram políticas ortodoxas (América Latina). A globalização financeira também mostrou sua face na crise asiática, e países como o Brasil aprenderam que restrições à mobilidade do capital financeiro, embora contra a ortodoxia, acabaram por ser positivas e de certa forma protegeram o país na crise de 2008.
Outro paradoxo é que, embora a maior parte dos países em desenvolvimento tenham aberto seus mercados de bens e tenham acesso ao capital internacional, praticamente não existe acesso ao mercado de trabalho nos países ricos. A mobilidade de trabalhadores é geralmente inaceitável nos países desenvolvidos. A globalização ainda não é bem vista em países ricos – a maior parte das pessoas ignoram seus benefícios. 
No caso da União Européia, as dificuldades para convergência são notáveis, especialmente após a crise, o que leva muitos a questionarem os efeitos benéficos da integração, o fortalecimento de modificações substantivas na dinâmica do capitalismo internacional. A globalização dos mercados, sua crescente incorporação, a deslocalização da produção para outros mercados, a multiplicidade e multiplicação de produtos e de serviços, a tendência à conglomeraçãodas empresas, a mudança nas
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formas de competição e a colaboração cimentada em alianças estratégicas entre empresas e em dilatadas redes de subcontratação, a busca de estratégia de elevação da competitividade industrial, através do aumento do uso das tecnologias informacionais e de novos moldes de gestão do trabalho, são alguns dos elementos de indicação das transmutações estruturais que representam a globalização econômica.
O uso do termo qualificação salta para a ribalta e aparece nos mais variados contextos, sendo também questionado se encerraria em si a noção de competência (s). «A qualidade transforma-se em conceito à medida que permite análises do conteúdo do trabalho, da evolução da organização da produção, das avaliações e classificações sociais expressas nas convenções coletivas do funcionamento do mercado de trabalho» (Saglio, 1998)
Um dos problemas levantados encontra-se relacionado à questão dos salários, os sindicatos questionam as disparidades existentes, pois reivindicam salários homogéneos para o mesmo tipo de trabalho.
Um conjunto de normas irá originar a Classificação das Profissões, onde as qualificações ordenadas hierarquicamente definem as regras que regem a trajetória profissional de um assalariado, isto é, o contrato de trabalho, o recrutamento, a remuneração, os níveis e a hierarquia de salários e as promoções.
«Essa noção de qualificação vai conduzir a diversas medidas institucionais, entre as quais as grades de classificação que repousam num compromisso social ao termo do qual são definidos os princípios de relação de duas distribuições hierarquizadas, a dos indivíduos segundo as suas capacidades e a dos empregos aos quais são atribuídas remunerações. Um tal trabalho de formalização e de codificação realiza-se geralmente na escala das normas profissionais, lugar de organização privilegiado pelos empregadores e pelos assalariados na medida em que eles têm acesso, assim à ação politica e social» (Tanguy, 1997)
Existindo um padrão de conteúdos da qualificação - a cada profissão, um posto de trabalho, correspondia também um nível escolar. Essa correspondência existente entre “nível de formação” e nível de qualificação “seria o suporte de uma carreira solida e previsível, que inclusive permitiria o planejamento educacional. Esse foi um dos pilares que apoiou o crescimento no período pós guerra, uma vez adquirido o saber e o “saber-fazer” e uma dada categoria profissional, o trabalhador ali poderia permanecer, sendo a qualificação entendida como um stock de saberes especializados, formais e 
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estáticos.
As modificações tecnológicas, económicas, politicas e culturais surgidas a partir dos anos 70, “o modo de regulação fordista” e as técnicas tayloristas de produção não são suficientes para transpor a crise e inicia-se a transição deste modelo para o chamado “regime de acumulação flexível” (Harvey, 1996).
A mutação de um paradigma a outro é sempre um processo intrincado e contraditório que comprova uma crise, e não uma abolição de um” modelo”, as novas bases tecnológicas inseridas pela nova revolução industrial (microeletrónica, robótica, microbiologia e novas fontes de energia) proporcionam as condições para uma reestruturação produtiva apoiada na referida produção integrada, flexível.
Pelo fato de serem «programáveis e flexíveis, as máquinas baseadas na tecnologia microeletrónica atendem as necessidades do mercado instável, permitem a retomada dos ganhos de produtividade, ao assegurar uma nova economia do tempo e do controle, que permite, por sua vez, otimizar recursos e reduzir drasticamente os tempos de produção» ( Coriat, 1983, 1994; Leite, 1994)
Portugal assistiu nas últimas décadas um fenómeno que em muito influenciou as recomposições sociais, trata-se da feminização do mercado de trabalho. «O reforço da presença feminina em todos os níveis do ensino e da formação profissional; por outro lado , o aumento da vida ativa das mulheres e a passagem para um modelo de atividade mais continuo com menos interrupções por motivos familiares, em parte devido à forte adesão das mulheres com filhos pequenos à atividade económica e à extraordinária quebra da fecundidade; e, finalmente, a progressiva integração das mulheres em profissões das quais eram excluídas» (Ferreira,2010).
Passado o que se denominou “trinta gloriosos anos pós-guerra” e o fim do período fordista, eis que surge a revolução tecnológica da informação e comunicação, o sistema de intensificação abrangeu os ritmos do trabalho, a mudança social., o aumento da incerteza no trabalho e no emprego e a alteração das relações sociais e dos espaços. A feminização dos métodos de emprego foi sendo feita em articulação com outros processamentos que se unem na modificação do estilo como trabalhamos e damos sentido ao ato de trabalhar. «Entre estes processos sobressaem a globalização económica e a constituição das empresas em rede: a individualização e projetificação das sociedades; a precarização do trabalho: a flexibilização dos produtos, das modalidades, de organização do trabalho, dos coletivos funcionais e dos tempos; a
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intensificação do controlo pelos sistemas tecnológicos e pela procura, da responsabilização e da auto exploração» (Ferreira,2010). A feminização foi conjuntamente condicionada e permitida por todos estes processos, não somente em Portugal, mas em todo o mundo, especialmente na Europa.
Entre o grupo de mulheres que trabalham a tempo inteiro, o grupo etário mais representativo é o que compreende as idades 30 a 34 anos (14,1%). No grupo de mulheres que trabalham a tempo parcial, são as mulheres com idades entre os 45 e os 49 anos (13,7%).
Efeitos perversos da Globalização
Como efeito das atuais tendências de globalização econômica e de divisão dos métodos de trabalho, deparamo-nos hoje com novas linhas de reestruturação social com forte impacto na reorganização das classes sociais. Com implicações que incidem simultaneamente em todos os níveis da pirâmide social (elites profissionais, empresariais e institucionais) às camadas mais excluídas e proletarizadas, passando pelos segmentos intermediários das chamadas novas classes médias. Constatamos um significativo agravamento das situações de “atipicidade” laboral, como o trabalho precário, o não cumprimento dos direitos laborais, o tráfico clandestino de mãode-obra (migrações ilegais), o trabalho infantil, a pobreza, o desemprego e o subemprego, etc.
 O crescimento da terceirização implica diretamente na precarização das relações de trabalho e no enfraquecimento do poder de representação da classe trabalhadora, porque reforça as diferenças entre os trabalhadores, o que dificulta a unidade das necessidades e enfraquece a solidariedade de classe. Para Ruosso ”as consequências para os
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trabalhadores são gravíssimas. Entre elas acidentes, mutilações e mortes; aumento da jornada de trabalho, fraudes trabalhistas; alojamentos precários; falta de garantia no emprego (rotatividade); falta de garantia da integridade física e a super exploração”. () Ele afirma que as empresas também saem perdendo através do desgaste da própria imagem, baixa confiabilidade dos serviços, disputas judiciais e passivos trabalhistas e lucros cessantes causados por acidentes e emergências.” 
Essa população mais desfavorecida constitui o que podemos identificar como subclasses, «subclasses, porque, à luz dos indicadores convencionais, não possuem uma posição de classe bem definida, isto é, estão fora ou “abaixo” da classe trabalhadora tradicional. O caso dos trabalhadores migrantes, por exemplo, ilustram bem o efeito perverso da globalização neoliberal e o modo como esta promove novos efeitos “localistas”. Para além das bolsas de pobreza e marginalização que as migrações ilegais ajudam a consolidar, estes setores da força de trabalho transnacional, pode dizer-se, não se globalizaram, antes foram “deslocalizados”, ficando, em geral, mais fixos e territorialmente circunscritos, por vezes, remetidospara uma condição de total dependência e objeto de todo o tipo de pressões.
No topo da pirâmide social, verificamos um constante fluxo de diretores das grandes multinacionais, gestores de topo, funcionários das instituições do Estado, quadros altamente qualificados, dirigentes políticos, cientistas de renome, etc., que constituem uma nova elite socioprofissional e institucional que monopoliza conhecimentos, competências, informação, redes sociais, movendo-se a uma escala planetária. Eles acompanham e se beneficiam da evolução tecnológica como ninguém, viajam em classe executiva, e no mesmo dia mudam de continente e tomam refeições nos melhores restaurantes e hotéis, separados por milhares de quilômetros. Apesar da sua diversidade, esses setores têm em comum privilégios de poder e riqueza, e podem, por assim dizer, ser situados “acima” da estrutura de classes no sentido tradicional, formando, portanto, uma sobre classe global, visto que se posicionam acima da velha classe dominante de base nacional». (Estanque)
De acordo com Giddens, “o pessimista poderá ver na globalização a maneira de destruir as culturas locais, de aumentar as desigualdades do mundo e de piorar a sorte dos empobrecidos. A globalização, dizem alguns, cria um mundo de vencedores e vencidos, minorias que enriquecem rapidamente e maiorias condenadas a uma vida de miséria e desespero”. (Giddens, 2009)
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O desemprego em todo o mundo apresenta neste momento as mais altas taxas de sempre. Um dos principais motivos relacionado a essa crise é a globalização. Desde a utilização de recentes tecnologias, as novas formas de composição empresarial (substituição da mão de obra por máquinas, ou a utilização de uma população mais carente e por isso mesmo, menos exigente). A cada momento, o encerramento de mais postos de trabalho, afeta todos os setores da economia «no setor primário motivado por necessidade de produção em alta escala, e no setor secundário, impulsionado pela necessidade de aumento de produtividade para a crescente competição internacional. Mesmo no setor terciário, atividades e profissões que não agregam valor à perceção do cliente final acerca do produto ou serviço ofertado estão desaparecendo. O desemprego estrutural, um dos grandes males cíclicos do capitalismo volta a cena internacional» “New Unions in the UK: The Vanguard or the Rearguard of the Union Movement?” um dos textos que acompanha este trabalho (Ross, Catharine) não aborda as razões para o declínio do movimento trabalhista no final do século passado (globalização, neo-liberalismo…) e portanto sua análise torna-se superficial uma vez que ignora o contexto econômico do periodo estudado. Além disso, o desempenho dos novos sindicatos deveria ser comparado com o de sindicatos bem estabelecidos se a intenção é de verificar a ‘revitalização’ do setor. 
A proliferação de situações de instabilidade e de incumprimento dos direitos laborais conduzem a diversas situações que afetam não somente a vida laboral do trabalhador, mas a vida na sua totalidade, haja visto que o trabalho é um elemento fundamental na vida de todos nós, como podemos verificar no texto de Castillo e Agulló, La invasion del trabajo en la vida.
As três formas de “integração” laboral que hoje sobressaem, indicam a instabilidade e os fatores de insatisfação do trabalhador perante o trabalho e o emprego: - integração incerta (1): satisfação no trabalho com instabilidade do emprego, como é o caso das empresas em dificuldades, mais ou menos condenadas à redução de efectivos ou ao encerramento; - integração laboral (2): insatisfação no trabalho, mas com estabilidade do emprego, como acontece, por exemplo, em empresas que sofreram reestruturações do sistema produtivo mas permanecem sólidas; - integração desqualificante (3): insatisfação no trabalho com instabilidade do emprego, corresponde à forma mais marcada pela precariedade profissional, como é o caso de muitas empresas multinacionais, onde existe o perigo constante de deslocalização. (Paugam, 2000).
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Mas é imperativo lembrar dos casos onde nem sequer há a contratualização dum vínculo, nomeadamente os que emitem recibos verdes, os temporários, e os trabalhadores clandestinos e ainda os que recorrem à mão de obra infantil. Situação que leva a um maior afastamento e reforçam as situações de precariedade do trabalhador «a socióloga Ilona Kovács (2005), propõe algumas condições para que o mercado de trabalho pudesse caminhar no sentido de uma flexibilidade qualificante. Esta, para se tornar efetiva, teria de combinar um conjunto de requisitos, entre os quais se destacam: i) emprego flexível com opção por um certo modo de vida, justificando horários de trabalho também flexíveis; ii) trabalho altamente qualificado, exigindo aprendizagem contínua; iii) capacidade negocial dos indivíduos com a entidade empregadora; iv) mobilidade no mercado de trabalho entre empresas dentro de condições previamente negociadas; v) que as experiências de instabilidade laboral se tornem crescentemente de flexibilidade transitória, de modo a que cada cidadão (ã) possa a partir delas aceder a uma situação de maior estabilidade e a um emprego mais qualificado; vi) no fundo, seria necessário que as políticas ativas de emprego se orientassem sobretudo para uma flexibilidade qualificante no trabalho.
Jones, Andrew - “Theorizing international youth volunteering: training for global (corporate) work?” concentrou-se nas necessidades de empresas transacionais com relação à preparação de capital humano, mas não focou o porquê destas necessidades. Entre outros fatores, avanços em tecnologias de informação e o rápido crescimento das economias emergentes poderiam ter sido estudados. A abordagem do autor é portanto muito limitada para ser utilizada como base para um novo conceito de trabalho.
Para concluir trancrevemos a mensagem da Caritas para o dia do trabalhador de 2013.
 	Os números divulgados no dia 30 de Abril do corrente ano, pelo Eurostat, indicam que a taxa de desemprego no mês de março em Portugal permaneceu nos 17,5%. “Isto quer dizer que o acesso ao trabalho está a ser negado a muitos cidadãos que vêm assim as suas vidas atiradas para o beco da exclusão social”, assinala a Cáritas, recordando que esta taxa “nunca foi tão elevada como é hoje”.
A mensagem fala num “sentimento de medo” que condiciona os trabalhadores e os leva a “aceitar todas as regras e todas as imposições”. “Não podemos permitir que isto aconteça. Não podemos permitir que ter um emprego, seja ele qual for e em que 
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Condições, se torne uma atitude de resignação”, sustenta a Cáritas.
A organização católica realça que a falta de emprego implica a perda de rendimentos financeiros e também de “estatuto social” numa sociedade que mede “o sucesso em função da capacidade de consumir e produzir riqueza”.“Não é só a falta de trabalho que retira dignidade à vida, é a falta de horizontes e de perspetivas”. 
Muitos portugueses estão a enfrentar “situações que nunca esperariam viver ou ver viver de perto” e é necessário encontrar novas respostas. “Não podemos esperar que os programas e planos de combate ao desemprego sejam hoje os mesmos que eram há 5 anos”.
A Cáritas Portuguesa conclui a mensagem para o Dia do Trabalhador com uma manifestação de solidariedade “a todos os que estão sem trabalho ou o têm, mas não recebem salários”, assegurando a todos que não “cruzará os braços na procura de caminhos que levem Portugal a ser um país de maior justiça social”. (Caritas, 2013).
Procuramos traçar um plano geral do trabalho em diferentes vertentes e a importância deste em Portugal. 
Na maioria dos trabalhos consultados a palavra crise fazia-se presente, embora referisse um período passado, cada vez mais foi sendo feita uma correlação entre competitividade e o crescimento de emprego. 
Foi possível traçar uma destrinça entre o” bom emprego “o que é criado na área mais dinâmica da sociedade e empresas privadas com inovação criadora e o” mau emprego” o do setor público maistradicional e rotineiro.
 Em Portugal, os programas de competitividade das empresas, durante muito tempo foram baseados apenas na produtividade e numa estratégia da contenção salarial, em detrimento de ações mais dinâmicas que utilizassem cada vez mais a especialização, correspondendo desse modo às expectativas dos jovens licenciados.
 Hoje, em pleno seculo XXI, o mundo assiste a uma nova crise, Portugal atravessa talvez um de seus maiores períodos de incerteza.
Uma parte significativa da população não tem trabalho, são pessoas que embora ainda relativamente novas, já não encontram colocação, são jovens licenciados que cada vez mais seguem o caminho da imigração. Além da população mais idosa que vê dia a dia diminuírem os benefícios anteriormente adquiridos.
Tal situação leva-nos a interrogar sobre o que nos trará o futuro.
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Referências bibliográficas
A Bíblia Sagrada, Nova tradução na linguagem de hoje
Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, São Paulo, 2000
A Indústria de Conteúdos em Portugal
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