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DPC SEMESTRAL 
Legislação Penal Especial 
Gustavo Junqueira 
Data: 21/03/2013 
Aula 7 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1) Lei de drogas - L 11.343/06. 
 
 
LEI DE DROGAS - L. 11.343/2006 
 
TRÁFICO 
 
 Artigo 33: 
 
Insignificância no tráfico: Não cabe. 
 
O tráfico é sempre equiparado a hediondo. 
 
Fixação da Pena: 
 
A pena do tráfico varia de 05 a 15 anos de reclusão e multa. 
 
Lembrar que a lei de drogas tem circunstâncias judiciais preponderantes (Art. 42) àquelas do Art. 59 do CP - 
são elas: 
 
-Natureza; 
-Quantidade da droga; 
-Personalidade; 
-Conduta social. 
 
Após, utiliza-se aquelas previstas no artigo 59 do CP - ATENÇÃO. 
 
 
 Artigo 33, §1º: Condutas equiparadas. 
 
Inciso I - Fala da circulação da matéria-prima, do insumo e do produto químico destinado à preparação de 
drogas (na antiga lei não havia tal abrangência). 
 
“...destinado à preparação de drogas” - não é elemento subjetivo, mas sim objetivo do tipo (Ex: Éter e 
Acetona). 
 
Inciso II - É o cultivo de plantas que se constituem em matéria-prima para a preparação de drogas fora do Art. 
28. 
 
Inciso III - Utilizar / permitir o uso de local ou bem de que tem posse, propriedade, administração, guarda ou 
vigilância para o tráfico ilícito de drogas. 
 
 
2 de 4 
Não importa se a posse é precária, configura o crime (Ex: ‘A’ empresta seu apartamento na praia para ‘B’ 
usufruir para descanso. ‘B’, por sua vez, empresta para terceiro praticar o tráfico. Nesse caso ‘B’ responderá 
pelo inciso III, §1º do Art. 33 - mesmo que alegue que tinha a posse precária do bem). 
 
Trata-se de crime instantâneo, não habitual. 
 
Desnecessária a intenção de lucro. 
 
Abrange bares e restaurantes que permitem dolosamente tal prática. 
 
 
 Artigo 33, §2º: Colaboração ao uso. 
 
É o induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso (na antiga lei configurava tráfico). 
 
A pena é de detenção de 01 a 03 anos e multa, ou seja, cabe suspensão condicional do processo e, em razão 
disso, evidentemente não é equiparado a hediondo. 
 
Prevalece que é necessário ser a conduta dirigida a pessoa determinada - isso se justifica pelo termo “alguém” 
presente no tipo penal (uma letra de música que fale sobre o uso não poderia configurar esse tipo pela 
ausência da destinação a “alguém determinado” - talvez apologia do Art. 287 do CP). 
 
A ADI 4274 esclarece que divulgar opinião pela descriminalização da maconha não configura o crime (a marcha 
da maconha podia reivindicar tão somente a descriminalização da maconha, mas não incitar o incentivo ao 
uso). 
 
Para Vicente Greco é possível o concurso material do §2º do Art. 33 com o caput do Art. 33 (sujeito que induz 
e depois fornece). 
 
 
 Artigo 33, §3º: Uso conjunto / uso compartilhado. 
 
Requisitos do uso compartilhado: 
 
-Oferecer droga; 
-Eventualmente (não pode ser sempre); 
-Sem objetivo de lucro; 
-Para pessoa de seu relacionamento (a lei quis evitar a distribuição aleatória da droga - pode ser uma pessoa 
que virou colega no dia anterior); 
-Para juntos consumirem***. 
 
Trata-se de infração de menor potencial ofensivo em razão da pena de detenção de 06 meses a 01 ano e 
multa, além daquelas do Art. 28. 
 
Peculiaridade da pena: Alta multa de 700 a 1500 dias-multa E penas do Art. 28 cumulativamente. 
 
 
 
 
 
3 de 4 
 Artigo 33, §4º: Diminuição de pena de 1/6 a 2/3 (vedada a conversão em restritiva de direitos - 
INCONSTITUCIONAL). 
 
Requisitos: 
 
-Ser primário e ter bons antecedentes; 
-Não pode pertencer a organização criminosa; 
-Não pode fazer do crime a sua atividade / Não pode se dedicar à atividade criminosa. 
 
Tal diminuição não se destina ao pequeno traficante porque ele se dedica à atividade criminosa, mesmo que 
se imagine que o indivíduo é primário e de bons antecedentes e que não pertença a qualquer organização 
criminosa. 
 
No RHC 103556 o STF entendeu que a quantidade da droga demonstra envolvimento com a organização. 
 
No HC 110551 o STF entendeu que a estrutura logística permite concluir pela organização. 
 
Processos em andamento não configuram maus antecedentes e não afastam tal benesse do §4º, conforme 
Súm. 444 do STJ. 
 
Critérios de diminuição: 
 
Prevalece que quantidade da droga pode ser usada como critério de diminuição. 
 
Atenção: A proibição de converter a pena em restritivas de direitos foi considerada inconstitucional por violar 
a individualização da pena. A resolução nº 5º de 2012 do Senado Federal suspendeu a execução do dispositivo. 
 
Atenção: Mesmo com a redução ainda prevalece o caráter equiparado a hediondo do tráfico. 
 
Em julgamento que envolvia o §4º o pleno do Supremo, em controle difuso de constitucionalidade (sem efeito 
erga omnes), considerou inconstitucional a previsão de regime inicial fechado da lei de crimes hediondos (HC 
111840). 
 
 
Retirada da substância do rol das consideradas droga: 
 
A alteração do complemento da lei penal em branco heterogênea retroage em favor do réu? Depende da 
natureza do complemento: 
 
1 - Se o complemento tem referência temporal, como o preço de mercadoria (é variável), a alteração não 
beneficia o réu. 
 
2 - Se o complemento tem natureza perene (estável), como a substância considerada droga (princípio ativo), a 
mudança retroage em favor do réu. 
 
*Vide HC 94397 do STF para tal diferenciação. 
 
 
 
 
 
 
4 de 4 
 Artigo 34: Circulação de instrumentos. 
 
Fabricar, adquirir, colocar em circulação maquinário, aparelho, instrumento ou objeto destinado a fabricar, 
preparar, produzir ou transformar droga. 
 
Para Vicente Greco o Art. 34 é subsidiário ao Art. 33, pois pune ato preparatório. No entanto, tem prevalecido 
a possibilidade de concurso material entre o artigo 34 e o artigo 33: Não se pode equiparar a reprovação 
daquele que produz (o dono do laboratório) e vende droga com o pequeno traficante, aplicando-se lhes as 
mesmas penas. 
 
É desnecessário que os aparelhos sejam específicos para a preparação, bastando a prova de que no caso 
concreto tinham a proibida finalidade. 
 
Atenção: O Art. 34 é equiparado a hediondo. 
 
 
 Artigo 35: Associação ao tráfico. 
 
ARTIGO 35 DA l 11.343/06 ARTIGO 288 DO CP 
Mín. 02 pessoas Mín. 04 pessoas. 
Associação reiterada OU NÃO (letra da lei). 
O STJ exige estabilidade e permanência, igual 
ao Art. 288 CP - isso não está na lei - Atenção 
à pergunta do concurso 
Associação estável e permanente. 
Computa menores inseridos no grupo 
 
A justificativa para o entendimento contra legem do STJ é histórica: Na antiga lei (L 6.368/76) era necessário 
compatibilizar um tipo com idêntica redação (Art. 14) com uma causa de aumento (Art. 18) do concurso de 
pessoas. O STF então entendeu que o concurso estável e permanente seria crime autônomo e o concurso 
eventual causa de aumento. 
Críticas: A nova lei não traz causa de aumento e permite obediência à literalidade do dispositivo, que alcança o 
concurso estável e também eventual. 
 
Atenção: É pacífico no STJ que o Art. 35 não é equiparado a hediondo - Justificativa: ausência de previsão 
legal. 
 
Parágrafo único do Art. 35: Traz a associação para o financiamento ao tráfico do Art. 36. 
 
 
 Artigo 36: Financiamento ao tráfico. 
 
É o mais grave crime da L 11.343/06 - Pena de 08 a 20 anos de reclusão e 1500 a 4000 dias-multa.

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