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DPC SEMESTRAL 
Legislação Penal Especial 
Gustavo Junqueira 
Data: 29/04/2013 
Aula 13 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1) Estatuto do Desarmamento - L 10.826/03. 
 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - L. 10.826/03 
 
 
Crimes em Espécie: 
 
 
 Artigo 12 - Posse irregular de arma de fogo de uso permitido: 
 
É o crime de posse de arma de fogo. 
 
Trata da posse sem registro. 
 
O tipo traz a conduta de possuir ou manter arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido, na 
residência ou no local de trabalho (responsável legal). 
 
A pena é de detenção de 01 a 03 anos e multa, comportando, portanto, suspensão condicional do processo. 
 
Trata-se de crime doloso, de mera conduta e permanente (flagrante permanente) - portanto dispensa de 
ordem judicial para adentrar no domicílio. É crime de perigo abstrato. 
 
*Para conceitos em geral vide Decretos 3665/2000 e 5123/04 
 
Conceito de arma de fogo: 
 
É aquela que arremessa projéteis empregando a força expansiva da combustão. Normalmente a câmara está 
solidária a um cano que propicia continuidade a combustão, direciona e estabiliza o projétil. 
 
Conceito de munição: 
 
É o artefato completo, pronto para carregamento e disparo. O efeito pode ser ‘destruição’, ‘iluminação’, 
‘ocultamento’, ‘efeito moral’ ou outros efeitos especiais. 
 
Conceito de acessório: 
 
Acessório é o artefato que acoplado a uma arma melhora o desempenho, modifica efeito secundário do tiro 
ou o aspecto visual da arma. 
 
 
 
 
2 de 4 
 
Uso permitido X Uso restrito: 
 
1 - “Uso proibido” é a antiga designação para os produtos ora designados como de “uso restrito”. 
 
2 - “Uso restrito” são os produtos controlados e “uso permitido” são os controlados, mas cuja utilização é 
permitida a pessoas físicas em geral, bem como jurídicas, de acordo com a regulamentação. 
 
Arma obsoleta: 
 
É aquela que não se presta mais ao uso normal, sendo considerada relíquia ou peça de coleção. 
 
Ou seja, não é uma arma de fogo porque não mais expele projéteis mediante força expansiva de combustão. 
 
OBS: O STJ já pacificou que a boleia de caminhão não é “local de trabalho”, nos termos do Art. 12. O registro 
não é suficiente. Assim, sem o porte fica considerada a figura do Art. 14 e não do Art. 12 (Resp 1219901 e HC 
116052 - ambos STJ). 
 
Polêmica: O registro autoriza que o sujeito traga consigo (na cinta) a arma em sua residência? Na doutrina 
prevalece que não, mas na prática sim. 
 
Arma Desmuniciada: 
 
Configura o crime do Art. 12? SIM. 
 
É pacífica a orientação que arma desmuniciada, munição e acessórios isolados configuram o crime (É crime de 
perigo abstrato) - vide AResp 253123 STJ. 
 
Exame pericial: 
 
Prevalece a desnecessidade de perícia (Resp 661798). 
 
Multiplicidade de armas: 
 
Crime único - HC 110800 STJ. 
 
Consumação e tentativa: 
 
Prevalece não ser possível a tentativa, pois o crime seria unisubsistente. 
 
Competência do Art. 12: 
 
A competência é da Justiça Estadual. 
 
Necessidade de mandado de busca e apreensão: 
 
Por ser crime permanente, dispensa a necessidade de mandado de busca e apreensão (HC 227460 STJ). 
 
 
 
 
 
3 de 4 
 Artigo 13 - Omissão de Cautela: 
 
CAPUT: 
 
Envolve a conduta de deixar de observar cautela para impedir que menor de 18 anos ou pessoa portadora de 
deficiência mental se apodere de arma de fogo (a lei não fala em acessório ou munição). 
 
Prevalece que é crime culposo, pois, se doloso, configuraria o verbo “fornecer” do Art. 16. 
 
Prevalece que é crime omissivo impróprio, ou seja, só se consuma se o menor de 18 anos ou portador de 
deficiência mental se apodera da arma. 
 
A quebra de cautela trata de cautelas normais. Se o menor vence barreira inesperada não há crime. 
 
Não importa se a arma é de uso proibido ou permitido. 
 
Prevalece que se omite as cautelas em relação a pessoa inexperiente, configura o Art. 19, §2º da Lei de 
Contravenções Penais. Também tipifica o Art. 19, §2º se omite cautelas para impedir que menor de 18 anos, 
alienado ou pessoa inexperiente se apodere de munição. 
 
Pena: detenção de 01 a 02 anos e multa. 
 
PARÁGRAFO ÚNICO: 
 
Trata da conduta de deixar de registrar ocorrência ou comunicar o extravio de arma de fogo, acessório ou 
munição, em 24 horas, o proprietário ou diretor de empresa de segurança ou transporte de valores. 
 
Pela lei, o prazo de 24 horas inicia-se a partir do fato (adotar essa em 1ª fase). 
 
Prevalece na doutrina que, para evitar a responsabilidade objetiva, as 24 horas devem ser contatas da ciência 
do fato. 
 
Prevalece que o parágrafo único é crime omissivo próprio e pode ser doloso ou culposo. 
 
É possível transação penal e não cabe tentativa (isso porque é crime omissivo próprio). 
 
 
 Artigo 14 - Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido: 
 
O crime do Art. 14 é a posse, o porte ou a circulação indevida de arma de fogo, acessório ou munição de uso 
permitido. 
 
Pena de 02 a 04 anos, ou seja, não cabe suspensão condicional do processo. 
 
Assim como o tráfico de drogas, trata-se de tipo misto alternativo. 
 
Arma desmuniciada: 
 
Da mesma forma, configura o crime o porte ilegal da arma de fogo de uso permitido desmuniciada (HC 95073 
STJ). 
 
4 de 4 
 
Prevalece que o Art. 19 da Lei de Contravenções Penais continua em vigor para armas que não as de fogo (por 
exemplo, as armas brancas). 
 
“Pronto uso”: 
 
Não é mais exigida a possibilidade de “pronto uso”. A arma desmontada ou transportada no porta-malas 
configura o crime. 
 
Multiplicidade de armas: 
 
Porte de mais uma arma configura crime único. 
 
Roubo e homicídio e porte de arma: 
 
O roubo e o homicídio absorvem o porte de arma, se no mesmo contexto fático. Da mesma forma, a legítima 
defesa. No entanto, a posse ulterior da arma configura o crime autônomo do Art. 14. 
 
Furto e porte / Receptação e porte: 
 
Aqui prevalece que responderá em concurso material de crimes (Resp 1133986 STJ). 
 
Competência: 
 
A competência é da Justiça Estadual. 
 
Fiança: 
 
A ADIN 3112 declarou inconstitucional a inafiançabilidade para o Art. 14. 
 
Exame pericial: 
 
Prevalece a desnecessidade de perícia (HC 216842 w HC 248568). 
 
Concurso de pessoas: 
 
É possível o concurso de pessoas. 
 
Venda: 
 
O verbo “vender” não está previsto, mas prevalece que configura pelo “fornecer”. 
 
Se habitual, configura crime próprio. 
 
Lei Maria da Penha: 
 
A L 11.340/06 prevê, no Art. 22, inciso I, a suspensão da posse ou restrição do porte de armas como medida 
protetiva de urgência que obrigam o agressor.

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