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Inclusão e Normalidade na Educação Especial

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Educação Especial
Gabriela Maffei 
Moreira Malagolli
Aula 3
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Inclusão e escola inclusiva
Os conceitos de inclusão e escola inclusiva foram consagrados logo após a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais organizada pela UNESCO, em Salamanca, em junho de 1994..
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www.moodle.ufba.br
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Filosofia
Sócrates, Platão e Aristóteles buscaram, cada um por um prisma, defender a condição intrínseca dos homens e mulheres de serem compostos pela diferença. 
Mas, se somos diferentes, há algo 
 que possamos afirmar que é 
 inerente a todos os seres 
 humanos?
O que é ser normal?
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Norma
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Norma
De acordo com Mir (2004), a palavra norma tem origem etimológica latina e significa esquadro. A normalidade significaria um estado comum e habitual, constituindo-se ainda em um estado ideal, de equilíbrio, sendo que qualquer situação que ameace o estado normal seria considerada uma anomalia. 
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Normalidade
Ballone (2003) destaca três conceitos referentes à normalidade: 
1ª) capacidade de aprender por meio das vivências e experiência e sendo capaz de adaptar-se a um ambiente em transformação.
2ª) capacidade de adaptar-se ao mundo externo, com satisfação, dominando o processo de aculturação.
3ª) capacidade de viver sem medos, angústias e culpas, assumindo sempre a responsabilidade pelas próprias ações. 
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A concepção de normalidade está associada à ideia de adaptação às mudanças.
Alternamos nosso estado, ora normal ora anormal? Há diferença entre o normal e patológico?
Para Durkheim (1983), esses dois estados estão relacionados à oposição entre saúde e doença. O que é doença e o que é considerado saúde?
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Doença
Situação em que está presente a dor e o sofrimento, contudo, alguns estados como a fome, a fadiga são considerados normais, apesar do sofrimento, o que tornam esse critério insuficiente.
Tanto os fenômenos de ordem social quanto biológicos podem ser considerados comuns a toda espécie, sendo encontrados em todos os indivíduos, ou na maioria deles, podendo apresentar variações com um limite muito tênue. 
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Doença
Durkheim (1983, p.118) salienta que, para definir se um fenômeno é considerado normal ou patológico é necessário analisar a sua frequência.
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Normal ou Patológico?
1° Um fato social é normal para um tipo social determinado, considerado em uma fase determinada de desenvolvimento quando se produz na média das sociedades dessa espécie consideradas em uma fase correspondente de desenvolvimento.
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Normal ou Patológico?
2° Os resultados do método precedente podem verificar-se mostrando que a generalidade do fenômeno está ligada às condições da vida coletiva do tipo social considerado.
3° Essa diversificação é necessária quando um fato diz respeito a uma espécie social que ainda não cumpriu uma evolução integral.
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Patologia
É definida como um desvio do que se considera uma normalidade média, a qual é medida pela frequência que esta se apresenta, destacando a importância das condições gerais da vida coletiva, ou seja, as regras, normas, hábitos e valores criados socialmente e que necessitam de processos educativos para serem internalizadas e permitir o ajuste dos sujeitos à sociedade.
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Mas...
Para Canguilhem (1982, p.212), a patologia não é um desvio da média, mas caracterizada por valores determinados pelo próprio ato de viver coletivo. A excepcionalidade não vai se configurar simplesmente por questões biológicas, mas na totalidade humana de um indivíduo que é membro de um grupo social.
A norma é a referência de uma ordem possível, que permite e exige uma contestação (contra norma).
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Exemplo
Indivíduo com astigmatismo. Em uma sociedade agrícola, ele seria considerado normal, contudo, para a marinha e/ou aeronáutica, seria considerado anormal.Além disso, essa norma que torna o indivíduo normal ou patológico muda ao longo do tempo, uma vez que invenções ou novas concepções podem levar variação dessa norma.
Os indivíduos que não se adequam às normas são estigmatizados.
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Estigma
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Estigma
Quem criou o termo estigma foram os gregos, os quais utilizavam tal conceito para evidenciar sinais corporais que eram produzidos nas pessoas com o intuito de marcá-las e evidenciar algo de extraordinário e/ou mau em seu status moral. Os estigmas auxiliariam na identificação de escravos, criminosos, traidores, entre outros. Como afirma Goffman (1988), somos nós, a sociedade, que criamos os critérios que vão considerar quem seria normal ou desviante.
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Sociedade
A sociedade moderna cria as formas de fazer a diferenciação e de forma ambígua e antagônica, não consegue conviver com essas diferenças, gerando a exclusão, identificando-a como sendo individual, portanto, de responsabilidade única e exclusiva do sujeito que se mostra desviante.
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Sociedade
Educação Especial = produto histórico de uma época em que houve o reconhecimento da situação de desigualdade na educação. Assim, grupos de defensores pela igualdade de oportunidades educacionais para todos uniram forças e começaram a se organizar na tentativa de contrabalançar tal injustiça.
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Os limites do modelo médico-psicológico no processo educativo estão em tornar as características relacionadas à deficiência como representativas do aluno como um todo.
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As escolas especiais têm sido alvo de severas críticas, pois impedem que o aluno conviva com pessoas sem deficiências, podendo, assim, retardar o seu desenvolvimento e tornar-se um espaço de exclusão e assistência social, mostrando parecer intolerável conviver com as diferenças, despertando, na sociedade, sentimentos de menos valia nos indivíduos com deficiência por julgá-los incapazes de participarem de contextos sociais.
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O conceito de Necessidades Educacionais Especiais propõe a abolição da classificação em deficiências devido a várias causas: 
 dificuldade em incluir uma determinada criança numa categoria específica, da patologia ou deficiência;
 os estereótipos;
 o baixo nível de expectativas que esse sistema de categorias (deficiência) gera, tanto nos próprios alunos como nos professores e nas escolas. 
Escola = não deve ser um ambiente homogeneizador. Espaço multicultural.
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Referências
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 11-12.
DURKHEIM, E. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Abril Cultural, 2. ed. série Os Pensadores. Seleção de textos de José Arthur Gianotti. Tradução de Carlos Alberto Ribeiro de Moura et AL, 1983.  
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Côrtez, 1996.
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
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Educação Especial
Gabriela Maffei 
Moreira Malagolli
Atividade 3
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Reflexão
A inclusão escolar diz respeito a quais alunos?
Escola = heterogênea, multicultural.
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