Buscar

Revista Multidisciplinar Suplemento da Engenharia Civil 18ed

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ISSN: 1808-6969
das Faculdades Integradas
Pitágoras 
EDITORES CIENTÍFICOS RESPONSÁVEIS
Antônio Prates Caldeira
Rosina Maria Turano Mota
CORPO EDITORIAL
Ana Cláudia Chesca - Uniube
Carlos Eduardo Mendes D´Angelis - FIPMoc
Cynara Silde M. Veloso - UNIMONTES - FIPMoc
Dalton Caldeira Rocha - UNIMONTES - FIPMoc
Daniela A. Veloso Popoff - UNIMONTES - FIPMoc
Dorothea Schmidth França - FIPMoc
Fernanda Costa - FIPMoc
Humberto Gabriel Rodrigues - FIPMoc
Josiele Cintia de Souza Rocha - FIPMoc
Layrton Ferreira da Silva - FIPMoc
Leandro Luciano da Silva - FIPMoc
Marcos Vinícius Macedo de Oliveira - FIPMoc
Maria Fernanda Santos Figueiredo Brito - FIPMoc
Marley Garcia Silva - IFB/ Brasília
Marta Verônica V. Leite - UNIMONTES
Pablo Peron de Paula - FIPMoc
Ramon Alves de Oliveira - FIPMoc
Regina Célia Lima Caleiro - UNIMONTES
Roseane Durães Caldeira - FIPMoc
Sheila Abreu Mourão - FIPMoc 
Thaís Cristina Figueiredo Rego - FIPMoc
Sheila Abreu Mourão 
ORGANIZADORES
EDITORA EXECUTIVA
Maria de Fátima Turano
CAPA
Ilimitada Propaganda
ASSESSORIA DE REVISÃO LINGUÍSTICA 
Rosane Bastos
EDITORAÇÃO
Fabrício Rodrigues Leite
IMPRESSÃO
Gráfica Giordani
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA
Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros
Av. Profa. Aída Mainartina Paraíso, 80
Ibituruna - Montes Claros/ MG
CEP: 39.400-082 - Fone/Fax: 38-3214-7100
www.fip-moc.edu.br
É permitida a reprodução de artigos desta revista desde que citada a fonte.
Antônio Carlos Moreira da Costa Júnior
Publicação das 
Montes Claros - Minas Gerais - Brasil
Ano: 11 - n. 18 - Dezembro 2013
Suplemento Especial Engenharia Civil
ISSN 1808-6969
Cursos Integrados Periódicos
Faculdades Integradas Pitágoras
Expediente Sumário
 DIAGNÓSTICO DA DISPOSIÇÃO IRREGULAR DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NAS 
ADJACÊNCIAS DA LINHA FÉRREA DE MONTES CLAROS-
MG 
PEREIRA, Cláudio Henrique Castilho; SILVA, Jairo César; BRITO, 
Jefferson Almeida; AZEVEDO NETO, João Afonso; OLIVEIRA, Thiago; 
ARAÚJO, Vicente Cardoso; COSTA JUNIOR, Antonio Carlos Moreira da
CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL DE ESTUDANTES DE 
ENGENHARIA CIVIL EM RELAÇÃO À NECESSIDADE DE 
GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
MATOS, Pedro Henrique Ramos; CARMO, Vanessa Coelho Nascimento; 
FONSECA, Paulo Augusto Gomes; COSTA, Mateus Froes; MOURÃO, 
Sheila Abreu
CAUSAS DOS ABALOS SÍSMICOS NA CIDADE DE 
MONTES CLAROS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A 
CONSTRUÇÃO CIVIL
SANTOS, Aureo; EVANGELISTA, Frederico; RIBEIRO, Paulo; 
ROBERTO, Patrick; MOURÃO, Sheila Abreu, SILVA, André Fernando
SISTEMA SOLAR PARA AQUECIMENTO DE ÁGUA DO 
CHUVEIRO DE CASAS POPULARES NA CIDADE DE 
JANAÚBA, MINAS GERAIS, BRASIL
OLIVEIRA, Amanda Alves de; MIRANDA, Dalila Alves; BATISTA, Érico 
Mateus; SANTOS, Flávia Thaís Pereira; SILVA, Jenny Efigênia; MOURÃO, 
Sheila Abreu; MOTA, Emerson Batista Ferreira 
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE VETORES NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
BARRETO, Anna Carolina de Sousa; ANDRADE, Maria Eduarda Silva; 
BRAGA, Marianne Rodrigues; GOMES, Melissa Miriam Martins; 
CARDOSO, Silvia Cibelle Silva; LEITE, Thais Cunha; PINHO, Thamires 
Araújo; COSTA JUNIOR, Antonio Carlos Moreira da
ANÁLISE DAS TENSÕES OCORRIDAS EM EDIFICAÇÕES 
SUBMETIDAS A ABALOS SÍSMICOS NO MUNICÍPIO DE 
MONTES CLAROS-MG
MOTA, Alisson Frederico Piranga; SOUZA, Bruna Larissa Freire; XAVIER, 
Érick Samuel Lourenço; SILVA, Fabiano; ALMEIDA, Miguel; BRAGA, 
;
Tatiana Silva; AGUIAR, Thiago Willer Teixeira de ; COSTA JUNIOR, 
Antonio Carlos Moreira da
A METODOLOGIA CIENTÍFICA JUNTO À ENGENHARIA 
CIVIL
MOURÃO, Sheila Abreu; COSTA, Daniele Kennedy Gomes; GERMANO, 
Débora Antunes; OLIVEIRA, Érica Letícia Dourado; SILVA, Moises 
Meireles
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE PONTE DE MACARRÃO
CAMARGO, Cleiton Nogueira; SOARES, Rodney Monteiro
O USO DE FIBRAS DE AÇO COMO REFORÇO DE 
CONCRETO PARA PISOS INDUSTRIAIS
SANTOS, Paulo Eduardo Gomes dos; RUAS, Débora Fernanda; COSTA, 
Márcio José Neres 
REFORÇO E REPAROS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO 
ARMADO
SANTOS, Paulo Eduardo Gomes dos; OLIVEIRA, Isabela Souto; SOUSA, 
Osmano de
REGRAS EDITORIAIS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS 
NA REVISTA MULTIDISCIPLINAR DAS FIPMoc
Artigos de Revisão
Artigos Originais
Editorial
EDITORIAL
COSTA JUNIOR, Antônio Carlos Moreira da
33
26
4
38
11
19
45
50
5
57
77
65
04
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Editorial
EDITORIAL
Coordenador do curso de Engenharia Civil das FIPMoc
COSTA JUNIOR, Antônio Carlos Moreira da 
Expressar-se por escrito, comunicar-se por meio 
da escrita - essas referências, no que tange ao registro 
e divulgação de pesquisas, tornam as publicações no 
suplemento tecnológico da Revista Multidisciplinar 
um desafio instigante, que requer dedicação, 
compromisso, ética e responsabilidade científica por 
parte dos autores.
O suplemento da Revista Multidisciplinar vem 
inovar e, acima de tudo, incentivar os discentes e 
docentes dos cursos das áreas tecnológicas das 
FIPMoc a pesquisar - e, quem sabe, até inovar 
mesmo-, descobrindo ou aprimorando novos 
produtos, serviços ou processos.
Os primeiros passos a formação do alicerce foi 
sacramentada. Diante das atitudes e processos 
formatados, destaca-se a concretização da primeira 
revista destinada especificamente às áreas 
tecnológicas. Procedeu-se à constituição do corpo de 
orientadores docentes, à organização do processo de 
apoio aos discentes pesquisadores, com o objetivo de 
publicarmos nossos trabalhos, frutos das pesquisas e 
projetos acadêmicos de nossa instituição, assim 
como de iniciarmos o processo de construção de uma 
revista própria.
Ao concretizarmos a primeira edição de nosso 
suplemento, torna-se essencial a participação e 
comprometimento de todos os nossos conselheiros 
de nível superior, professores, acadêmicos e 
funcionários, instados a participarem da construção 
e manutenção deste projeto. Com o passar dos 
tempos, esperamos que nossos acadêmicos criem 
conexões entre o ambiente científico da pesquisa e a 
importância de inovar e pesquisar.
Buscamos, assim, proporcionar a nossos leitores 
artigos científicos de revisão bibliográfica, 
experimentação e estudos de caso das diversas áreas 
tecnológicas, apoiando e auxiliando o entendimento 
de situações, casos e patologias ocasionados e 
ligados às áreas tecnológicas.
Este trabalho, uma vez iniciado, deverá resistir 
às intempéries e dificuldades, tendo como base, 
sempre, a importância de pesquisar e inovar. É e será 
sempre assim, requerendo esforço e dedicação de 
todos os envolvidos.
05
DIAGNÓSTICO DA DISPOSIÇÃO IRREGULAR DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NAS ADJACÊNCIAS DA 
LINHA FÉRREA DE MONTES CLAROS-MG 
PEREIRA, Cláudio Henrique Castilho*; SILVA, Jairo César*; BRITO, Jefferson Almeida*; AZEVEDO NETO, João Afonso*; 
OLIVEIRA, Thiago*; ARAÚJO, Vicente Cardoso*; COSTA JUNIOR, Antonio Carlos Moreira da.**
*Curso de Engenharia Civil das FIPMoc; ** Coordenador do curso de Engenharia Civil das FIPMoc
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
RESUMO
A construção civil é o setor que mais cresce em todo o 
país, entretanto o aumento da demanda na área não 
gera apenas desenvolvimento, mas também diversos 
problemas ambientais. O estudo teve como objetivo 
diagnosticar a disposição de resíduos sólidos da 
construção civil nas adjacências da linha férrea em 
Montes Claros-MG. O presente trabalhocontou com 
pesquisas de abordagem bibliográfica e quantitativa, 
com objetivo exploratório. O diagnóstico da região 
foi feito através da pesquisa de campo que abordou 
uma área da linha férrea próximo à Avenida João 
Luiz de Almeida. Registraram-se fotos do ano de 
2011(Fonte: Google Street-View), que mostram a 
existência de entulhos no local. Posteriormente, 
foram tiradas fotos, in loco, no ano de 2013, para 
serem comparadas com as anteriores. O 
procedimento da pesquisa quantitativa consistiu em 
um questionário aplicado a 15 moradores que 
residem próximo à linha férrea, para verificar as 
causas da irregularidade e relatar se houve alguma 
mudança considerável durante o período. Os 
resultados obtidos através do levantamento 
fotográfico foi que, entre os anos de 2011 e 2013, 
constatou-se um aumento em relação à quantidade de 
resíduos. Os resultados extraídos do questionário 
mostram os moradores apontam a falta de 
conscientização como principal responsável pela 
irregularidade no local. Apenas 13% dos moradores 
afirmaram haver mudanças consideráveis, 
destacando a ocorrência do problema na região. 
Assim, torna-se imprescindível a mudança de 
pos tu ra da soc iedade , po i s somente a 
conscientização e a utilização de técnicas 
sustentáveis são medidas capazes de promover o 
desenvolvimento urbano controlado.
Palavras-chave: Problemas ambientais . 
Conscientização.
INTRODUÇÃO
A construção civil é responsável por um alto 
índice de produção de resíduos sólidos que 
envolvem diretamente todo o meio biótico. Cada 
vez mais cresce a demanda em relação à procura de 
novas técnicas que possam suprir a disponibilidade 
dos atuais recursos naturais ou até substituí-los. 
Sendo assim, um dos maiores desafios da 
engenharia moderna consiste na elaboração de 
novas alternativas que visam manter o meio físico e 
biótico equilibrados, satisfazendo ambas as partes. 
Um fator relevante para atender esse requisito está 
ligado ao manejo dos resíduos sólidos oriundos da 
construção civil, bem como sua disposição no meio 
urbano. 
A construção civil é um dos setores 
atualmente que mais geram resíduos sólidos na 
região urbana. Sendo assim, um dos maiores 
06 Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
desafios da temática ambiental é o desenvolvimento 
de técnicas que possibilitem atenuar os impactos 
negativos causados ao meio ambiente, como, por 
exemplo, lotação dos aterros sanitários, e a má 
deposição dos resíduos em geral. 
A grande geração de resíduo de construção civil 
em cidades de grande e médio porte tem sido um 
problema crônico que envolve questões de 
ordem ambiental, social e financeiro, 
principalmente porque grande parte deste 
material gerado normalmente é disposta de 
forma irregular em lugares como vias, rios, 
córregos, terrenos baldios e áreas mananciais. 
Desta forma, descartado ilegalmente, o resíduo 
de construção pode trazer riscos à população em 
função de dois aspectos relevantes: atração de 
transmissores de doenças e entupimento de 
bueiros e assoreamento dos recursos hídricos, 
que implicam no aumento de enchentes nas 
estações chuvosas. (MOTTA; BERNUCCI; 
MOURA, 2004, p. 259) 
A deposição adequada dos resíduos sólidos 
gerados da construção civil é necessária, para que se 
tenha um saneamento e higiene na área urbana. É 
importante, além disso, para evitar vetores de 
doenças transmissíveis, como ratos, moscas e 
mosquitos. A principal preocupação é a escassez de 
áreas adequadas para deposição dos resíduos 
sólidos, pois elas apresentam altos custos e baixa 
disponibilidade. (HORTEGAL; FERREIRA; 
SANT'ANA, 2009)
Resolução nº 307 da CONAMA (2002): 
prescreve que os resíduos de construção que 
podem ser reutilizados ou reciclados para 
produção de agregados são aqueles que se 
enquadram na chamada “Classe A”. Esta 
categoria engloba os resíduos provenientes de: 
(I) construção, demolição, reformas e reparos de 
pavimentação e de outras obras de infraestrutura, 
incluindo solos provenientes de terraplanagem; 
(II) construção, demolição, reformas e reparos 
de edificações tais como componentes 
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas e placas de 
revestimento, etc.), argamassa e concreto; (III) 
processo de fabricação e/ou demolição de peças 
pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, 
meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de 
obras (MOTTA, 2005 apud HORTEGAL; 
FERREIRA; SANT'ANA, 2009, p.4).
 
A utilização dos resíduos de construção e 
demolição em obras de pavimentação mostrou-se 
uma medida viável, considerando a disponibilidade 
e a existência do material e tecnologia de 
reciclagem. Em cidades do Brasil e no exterior, os 
usos de agregados em pavimentos estão 
apresentando resul tados sat isfatór ios e 
interessantes, proporcionando a substituição de 
materiais naturais e/ou não renováveis, 
essencialmente em vias de baixo fluxo de tráfego 
(HORTEGAL; FERREIRA; SANT'ANA, 2009).
O uso de materiais não convencionais em 
pavimentação, a exemplo dos resíduos sólidos 
da construção civil, representa uma alternativa 
de reduzir custos de obras rodoviárias. Além 
disso, essa ação coopera com a redução dos 
impactos ambientais causados pela deposição 
irregular dos resíduos sólidos oriundos da 
construção civil (QUEIROZ; MELO, 2010. 
p.2).
O gerenciamento e o manejo de resíduos é a 
forma adequada de lidar com os resíduos 
produzidos na construção civil, e é importante para 
haver um planejamento de deposição dos resíduos 
gerados, a fim de que possam ser reciclados, quando 
possível, senão jogados em aterros apropriados 
(ALMEIDA, 2010).
O CONAMA é o órgão responsável pelas 
resoluções do manejo dos Resíduos da Construção 
Civil (RCC), empregando leis, regulamentos e 
normas que auxiliam os geradores dos resíduos a 
exercer uma gestão ambiental, ou seja, sustentável, 
na obra realizada (ALMEIDA, 2010).
Devido aos impactos negativos, tem sido 
discutido sobre reciclagem de materiais para 
amenizar a lotação dos aterros, menor utilização de 
energia e recuperar matéria-prima que, de outro 
07Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
modo, seria tirada da natureza (ALMEIDA, 2010).
A deposição adequada dos resíduos é 
importante para atenuar os impactos como, por 
exemplo, lotação de aterros, diminuição da poluição 
do solo, do ar e prevenção de vetores de doenças, 
seguindo as resoluções do CONAMA para o manejo 
desses resíduos. Uma das principais alternativas 
recomendadas que viabilizam o gerenciamento dos 
resíduos sólidos são a triagem, acondicionamento, 
transporte e destinação. Isso tudo, visando à 
preservação e conservação do meio ambiente. A 
coleta seletiva dos resíduos é também um indicador 
que colabora com a deposição e a utilização dos 
materiais, que possam ser reciclados e/ou 
reutilizados.
O referente trabalho tem como objetivo 
diagnosticar a disposição de resíduos sólidos da 
construção na linha férrea em Montes Claros-MG e 
destacar a importância de um gerenciamento desses 
resíduos. É importante o estudo dos impactos que 
são gerados no município de Montes Claros-MG, 
devido ao grande crescimento do setor da construção 
civil, tais como grande utilização de recursos 
naturais, aumento de resíduos que sobram das obras 
e/ou são produzidos na demolição, que necessitam 
de um lugar apropriado para serem depositados. 
MÉTODO
A pesquisaabordou como área de estudo o 
município de Montes Claros, situado no extremo 
norte do estado de Minas Gerais, com uma 
população de 361.915 habitantes e com uma área de 
3.569 km². As principais atividades econômicas da 
cidade estão ligadas ao comércio, indústria e 
agropecuária, segundo dados do IBGE (2010).
O presente trabalho, para alcançar seu 
desiderato, contou com pesquisas de abordagem 
bibliográfica e quantitativa, com objetivo 
exploratório.
Os dados da pesquisa bibliográfica - que 
objetivaram demonstrar a necessidade de sistemas 
de gestão ambiental que mantém o meio físico e 
biótico equilibrado; surgimento de técnicas que 
possam melhor utilizar dos recursos naturais de 
maneira sustentável, além de destacar a importância 
da disposição correta do lixo - foram obtidos em 
livros, artigos técnico-científicos e sites 
especializados.
Em seguida, realizou-se a pesquisa de 
campo. Para tanto, o local de estudo exato foi uma 
das principais avenidas de Montes Claros-MG 
(Avenida João Luiz de Almeida, situada entre os 
Bairros Morrinhos e Vila Guilhermina), que possui, 
em sua adjacência, um longo trecho da linha férrea 
(FIG. 1).
A FIG. 1 retrata a localização do município 
de Montes Claros no estado de Minas Gerais, bem 
como a abrangência urbana abordada na pesquisa 
quantitativa.
 Registraram-se algumas fotos do ano de 
Figura 1- Localização do município de Montes Claros-MG e área da linha férrea abordada na pesquisa
08 Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
2011 referentes ao mês de junho mediante o Google 
Street-View, onde se verificaram entulhos numa área 
com distância menor que 15 metros da linha férrea, 
relatando a existência do problema na região. Logo 
em seguida, foram tiradas fotos in loco, no ano de 
2013, para ser comparada com as anteriores e 
verificar se haveria alguma mudança durante esse 
período.
 Posteriormente, o procedimento da pesquisa 
quantitativa constou de um questionário aplicado a 
quinze moradores que residem próximo à linha férrea 
da Avenida João Luiz de Almeida, com o intuito de 
verificar, através da população, se houve de fato 
melhoria e quais seriam as principais causas 
(carência de órgãos de fiscalização, insuficiência de 
aterros, ausência de conscientização, abrangência 
urbana da linha férrea, dentre outros) apontadas pelos 
moradores, nesse espaço de tempo, como 
responsáveis pela irregularidade dos resíduos 
sólidos nas adjacências da linha férrea.
Finalmente, fez-se uma análise conjunta de 
todas as informações compiladas objetivando relatar 
a existência de problemas, bem como as 
consequências causadas pela disposição irregular 
dos resíduos sólidos, além de demonstrar a 
importância de um plano de gerenciamento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa retratam uma 
comparação feita em Montes Claros-MG entre os 
anos de 2011 e 2013, verificando a distribuição de 
resíduos sólidos oriundos da construção civil. A FIG. 
2 ilustra a disposição irregular de resíduos sólidos na 
adjacência de uma determinada região da linha 
férrea do município, situada numa das principais 
avenidas do município (Avenida João Luiz de 
Almeida, entre os bairros Vila Guilhermina e 
Morrinhos).
A FIG. 2 mostra a distribuição inadequada 
dos resíduos sólidos oriundos da construção civil, 
nas adjacências da linha férrea, entre outros tipos de 
Figura 2- Disposição irregular de resíduos sólidos nas adjacências da linha férrea de Montes Claros-MG 
entre 2011 e 2013 próximo à Avenida João Luiz de Almeida
09Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
resíduos. Primeiramente, as fotos do ano de 2011 
(FIG. 2A) foram adquiridas por intermédio do 
Google Street-View; posteriormente, as fotos do ano 
de 2013 foram tiradas in loco, para efeito de 
comparação. Ao observar as FIG. 2B e C, ressalta-se 
a grande irregularidade em que se encontra o local, 
em relação à disponibilidade de lixo.
 Pode-se notar que houve durante os anos de 
2011 e 2013 um aumento do acúmulo de resíduos, 
comprometendo até mesmo a visualização da linha 
férrea. Além disso, a grande quantidade de lixo pode 
resultar em proliferação de doenças, insetos, ratos, 
baratas, dentre outros problemas. 
Os GRAF. 1 e 2 mostram os resultados do 
questionário aplicado aos moradores da região em 
volta do ponto da linha férrea estudada.
Gráfico 1- Principais causas apontadas pelos 
moradores como responsáveis pela distribuição 
irregular nas adjacências da linha férrea
O GRAF. 1 representa a quantificação das 
causas apontadas pelos moradores para o acúmulo 
de entulho oriundos da construção civil na área. Os 
resultados obtidos foram que 4 moradores apontam 
como responsável pela irregularidade a carência de 
órgãos de fiscalização; 3 pessoas indicam a 
insuficiência de aterros sanitários; 5 a ausência de 
conscientização da população; e 3 apontam a 
abrangência urbana da linha férrea. 
Dos motivos avaliados, o mais significante 
está relacionado à ausência de conscientização da 
3
2
1
0
Q
td
. 
m
o
ra
d
o
re
s
Abrangência
urbana da linha
férrea
Ausência de
conscientização
da população
Insuficiência de
aterros sanitários
Carência de
órgãos de
fiscalização
4
5
6
população em jogar entulhos indevidamente, não 
preservando a região, tornando-se algo cultural ao 
longo do tempo, e que precisa ser mudado.
Gráfico 2- Porcentagem dos moradores que 
apontam alguma diminuição da disposição 
irregular de resíduos sólidos na região entre 2011 
e 2013
O GRAF. 2 representa a porcentagem de 
moradores que dizem haver melhorias em relação à 
distribuição inadequada dos resíduos sólidos ao 
longo da linha férrea entre 2011 e 2013. Os 
resultados extraídos da pesquisa foram que 87% 
dos moradores afirmaram que não houve melhorias 
significativas quanto à distribuição irregular na 
região durante o intervalo de dois anos e apenas 
13% acreditam que ocorreu alguma mudança 
relevante.
A grande porcentagem negativa quanto à 
melhoria da distribuição irregular pode ser 
justificada através das imagens, como visto 
anteriormente, que mostrou um aumento 
considerável em relação ao acúmulo de resíduos e 
lixo durante o período abordado.
Para combater a poluição física/visual do 
local, decorrente de entulhos, será necessário que a 
população se informe das consequências e 
impactos negativos gerados em ações simples e 
ingênuas, muitas vezes um hábito. Os órgãos 
públicos de fiscalização devem atuar coletivamente 
quanto ao problema, tendo a função de informar por 
87%
Sim
Não
13%
10
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
meios de comunicações a necessidade do 
desenvolvimento de princípio de sustentabilidade e 
consciência em cada cidadão. A aplicação de 
sistemas de gestão ambiental também é um fator 
imprescindível, visto que o estabelecimento de 
regras, normas e diretrizes são fundamentais para 
manterem o meio físico e biótico.
CONCLUSÃO
A distribuição irregular dos resíduos sólidos 
é um dos principais problemas urbanos nas grandes 
cidades. O desenvolvimento urbano e o aumento do 
setor de construção civil trouxeram consigo, além do 
progresso, diversos problemas ligados à temática 
ambiental.
A quantidade de lixo que se acumulaao redor 
da linha férrea na cidade de Montes Claros-MG pode 
estar ligada a diversos fatores, como, por exemplo, a 
falta de consciência da população, a grande 
negligência por parte dos órgãos responsáveis pela 
fiscalização, a insuficiência de locais apropriados 
para a deposição dos resíduos (aterros sanitários). 
Grande parte desses lixos e compostos é proveniente 
da construção civil. Esse fator é relevante para o 
aumento desse problema, já que crescimento 
desordenado faz com que hajam diversas 
construções mal planejadas resultando em 
demolições e reformas que geram grande 
quantidade de resíduos sólidos.
A engenharia, juntamente com os órgãos 
fiscalizadores, tem como objetivo a busca de 
soluções para esse problema, mediante a aplicação 
de sistemas de gestão ambiental. Para reverter esse 
quadro, é imprescindível, sobretudo, a mudança de 
postura da sociedade e o comprometimento de todos 
os atores que, direta ou indiretamente utilizam o 
meio ambiente, visto que somente a conscientização 
e a utilização de técnicas sustentáveis são medidas 
capazes de promover o desenvolvimento urbano 
controlado, além de garantir os recursos naturais às 
futuras gerações. 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Renê Felipe de. Manejo e 
Gerenciamento dos Resíduos da Construção 
Civil no Brasil. 2010. Monografia apresentada 
para a obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Ambiental. Faculdades de Ciência 
Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho, Montes 
Claros-MG.
HORTEGAL, Mylane Viana; FERREIRA, Thiago 
Coelho; SANT'ANA, Walter Canales. Utilização 
de agregados resíduos sólidos da construção civil 
para pavimentação em São Luís-MA. Pesquisa 
em Foco, São Luís, v. 17, n. 2, p.60-74, 2009.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística. Montes Claros-MG. Disponível: 
<http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 jun. 
2013.
MOTTA, Rosângela dos Santos; BERNUCCI, 
Liedi Légi Bariani; MOURA, Edson de. Aplicação 
de Agregado Reciclado de Resíduo Sólido da 
Construção Civil em Camadas de Pavimentos. In: 
CONGRESSO DE PESQUISA E ENSINO DE 
TRANSPORTES, 18. Anais... Florianópolis, 
2004. p. 259-269.
QUEIROZ, Bismak Oliveira de; MELO, Ricardo 
Almeida de. Redução de impactos ambientais 
causados por resíduos sólidos oriundos da 
construção civil pelo uso em pavimentação. In: 
CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO 
AMBIENTAL. 1. Anais... Bauru-SP: IBEAS- 
Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais. 2010. 
p. 7.
11
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL DE ESTUDANTES DE 
ENGENHARIA CIVIL EM RELAÇÃO À NECESSIDADE DE 
GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
MATOS, Pedro Henrique Ramos*; CARMO, Vanessa Coelho Nascimento*; FONSECA, Paulo Augusto 
Gomes*; COSTA, Mateus Froes*; MOURÃO, Sheila Abreu**
* Acadêmicos do curso de Engenharia Civil das FIPMoc. **Professora das FIPMoc. Pós doutora em 
Biologia Animal (UFV) e Fitotecnia (Embrapa Milho e Sorgo). Doutora em Fitotecnia (UFV). Mestre em 
Entomologia (UFV). Pós-graduada em Nutrição mineral de Plantas (ESALQ) e Graduada em Engenharia 
Agronômica pela UFV.
RESUMO 
Do ponto de vista ambiental, o problema principal 
dos resíduos sólidos da construção e demolição está 
relacionado aos grandes volumes produzidos e à 
deposição irregular. Os resíduos depositados 
irregularmente causam enchentes, proliferação de 
vetores nocivos à saúde, interdição parcial de vias e 
degradação do ambiente urbano. O trabalho em 
questão tem como objetivo promover ações, entre 
alunos da Engenharia Civil das Faculdades 
Integradas Pitágoras de Montes Claros (FIPMoc), de 
aspectos éticos e sociais, fundamentais para a 
implantação de sistemas de gestão ambiental de 
resíduos sólidos provenientes da construção civil de 
Montes Claros. É classificado por um caráter 
quantitativo e exploratório, porque foi elaborado 
através de pesquisas bibliográficas e de campo. Fez-
se uso de um questionário aplicado aos acadêmicos, 
convites para que os alunos participassem no 
descarte de pilhas e baterias e, por fim, apresentação 
de palestras sobre o tema proposto, no auditório das 
FIPMoc. O trabalho faz a opção pelo método 
dedutivo, procedimento realizado por observações 
diretas. O presente projeto deixa claro que, dos 342 
acadêmicos, grande parte deles mostra-se 
preocupada com a atual situação do meio ambiente, 
interessam-se pelo assunto; entretanto, a maioria diz 
não realizar a coleta seletiva em suas residências. 
Este estudo concluiu serem necessárias ações 
voltadas à conscientização ambiental de estudantes 
de engenharia civil em relação à gestão de resíduos 
sólidos na construção civil. 
Palavras-chave: Reciclagem. Coleta seletiva. 
Degradação ambiental. Meio ambiente. 
INTRODUÇÃO
A preocupação com resíduos de maneira geral 
é relativamente recente no Brasil. Nesse contexto, a 
reciclagem de resíduos de construção encontra-se 
em estágio avançado. Há, atualmente, um forte 
grupo de pessoas, muito ativo no estudo dos 
resíduos de construção, e diversos municípios 
brasileiros já operam, com sucesso, centrais de 
reciclagem do resíduo de construção e demolição. 
Do ponto de vista ambiental, o problema 
principal com esse tipo de resíduo está relacionado 
aos grandes volumes produzidos e à sua deposição 
irregular, a qual por sua vez, é comum na grande 
maioria das cidades. Esses resíduos depositados 
irregularmente causam enchentes, proliferação de 
vetores nocivos à saúde, interdição parcial de vias e 
degradação do ambiente urbano. 
Na gestão dos resíduos sólidos, a 
sustentabilidade ambiental e social se constrói a 
partir de modelos e sistemas integrados, que 
possibilitem tanto a redução do lixo gerado pela 
população, como a reutilização de materiais 
12 Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
descartados e a reciclagem dos materiais que possam 
servir de matéria-prima para a indústria (3R'S – 
reduzir, reciclar e reutilizar), diminuindo o 
desperdício e gerando renda. 
É importante salientar que qualquer que seja o 
método eleito para tratamento do lixo - 
compostagem, incineração, reciclagem, ou 
combinação deles - haverá sempre uma parcela 
maior ou menor de rejeitos, não sendo eliminada, em 
nenhuma das hipóteses, a necessidade de instalação 
de um aterro sanitário. O aterro sanitário é a forma de 
destinação final dos resíduos sólidos que contempla 
os requisitos de proteção ambiental, como 
impermeabilização, coleta e tratamento do chorume, 
coleta e queima dos gases, cobertura periódica do 
lixo com terra ou material inerte (material que não é 
modificado facilmente). Sem essas providências, o 
lixo se torna foco de doenças, insetos e roedores, 
além de causar poluição do ar e das águas 
subterrâneas. 
A segregação dos resíduos na fonte geradora é 
uma chave para a coleta seletiva, pois evita a perda 
de qualidade dos recicláveis e melhora as condições 
de trabalho dos catadores, viabilizando as etapas 
seguintes da reciclagem. É também a etapa que exige 
o apoio da população, que tem de mudar seus hábitos 
no momento do descarte do lixo. 
É cada vez mais visível a existência de 
problemas que necessitam de solução urgente, 
principalmente no meio ambiente urbano, dentre os 
quais tem-se a questão do gerenciamento dos 
resíduos sólidos urbanos gerados nos vários 
processos de produção e consumo. Por exemplo, no 
Brasil, é comum a disposição irregular de entulho,o 
chamado "bota-fora" clandestino, e, por esse motivo, 
esses resíduos são considerados um problema de 
limpeza pública, acarretando em uma série de 
inconveniências para toda a sociedade, tais como: 
altos custos para o sistema de limpeza urbano, 
proliferação de vetores de doenças (dengue, por 
exemplo), enchentes, assoreamento e contaminação 
de cursos d'água, contaminação do solo, erosão, 
obstrução de sistemas de drenagem, poluição visual 
etc. 
Por essa razão, tanto o poder público quanto o 
privado devem estimular a reciclagem. Assim, os 
agregados reciclados podem ser utilizados em 
diversos novos produtos como argamassas, 
concretos e blocos de construção. Por isso, é 
importante segregar os resíduos junto à fonte 
geradora, ou seja, nos próprios canteiros de obra. 
Somente quando não existir a possibilidade de 
reciclá-los é que os resíduos podem ser incinerados 
ou aterrados. É a forma mais econômica de 
reutilização dos resíduos. 
Infelizmente, em Montes Claros - MG, essa 
reutilização não é muito comum, uma vez que as 
pessoas não têm a consciência de sua importância, 
além de não participarem de políticas sociais de 
gestão ambiental, como, por exemplo, o descarte 
correto de pilhas e baterias.
O objetivo desta pesquisa foi promover ações, 
entre alunos da Engenharia Civil das Faculdades 
Integradas Pitágoras de Montes Claros (FIPMoc), 
de aspectos éticos e sociais fundamentais para a 
implantação de sistemas de gestão ambiental de 
resíduos sólidos provenientes da construção civil de 
Montes Claros.
MÉTODO 
O presente trabalho pode ser classificado 
como de caráter quantitativo e exploratório, uma 
vez que foi elaborado mediante pesquisas 
bibliográficas e de campo. Quanto à metodologia, o 
trabalho faz a opção pelo método dedutivo, com 
base em um raciocínio lógico, por meio do qual se 
fez o uso da dedução para obter uma conclusão a 
respeito de determinada premissa. 
Quanto aos procedimentos, este trabalho 
realizou-se por meio de:
- Panfletagem em todas as salas do curso de 
13
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
Engenharia Civil (matutino e noturno) das FIPMoc, 
abordando a importância da coleta seletiva e da 
reciclagem. Na ocasião, também foi feito o convite 
para participação nas palestras, e aplicou-se um 
questionário com as perguntas descritas abaixo. 
QUESTÃO 1. Em relação ao meio ambiente, você se mostra: 
(obs: pode ser marcada mais de uma alternativa). 
( ) Bem informado 
( ) Preocupado 
( ) Atento às ações ambientais 
( ) Curioso em relação ao tema, embora não se envolva 
diretamente 
( ) Indiferente, por achar que o tema não lhe diz respeito 
( ) Despreocupado, deixando que ambientalistas discutam a 
questão 
QUESTÃO 2. Você geralmente faz/utiliza a coleta seletiva? 
( ) Sim ( ) Não 
QUESTÃO 3. Em sua opinião, o tema “meio ambiente” para 
a Engenharia Civil é: 
( ) Muito Importante ( ) Importante ( ) Secundário ( ) Irrelevante 
- Instalação de “ECOPONTOS PARA A COLETA 
DE PILHAS E BATERIAS”, colocados nos 
corredores no prédio principal das FIPMoc. 
- Posteriormente, no dia 07 de maio de 2013, 
realizaram-se três palestras no auditório das 
FIPMoc. A 1ª, intitulada “Apresentação do 
projeto da central de tratamento de resíduos 
sólidos de M. Claros”, foi apresentada pelo 
engenheiro civil, pós-graduado em Engenharia 
Sanitária, Claúdio Pinto Leite - Supervisor da 
Unidade da REVITA Montes Claros. A 2ª palestra 
“Um dia Lote vago no outro Lixão a Céu aberto" e a 
realidade em Montes Claros”, foi apresentada pelo 
Zootecnista, Especialista em Ciências Biológicas, 
Mestre em Agronegócios, Doutor em Zootecnia, 
Prof. Adjunto do ICA/UFMG e, atualmente, 
coordenador dos Grupos: GAS, GEPAM, GEBEA, 
JEA, GEZTO, GERAÇÕES e Presidente do 
Conselho Municipal de Proteção à Vida e Bem-Estar 
Animal – COBEA, Vice-presidente do Conselho 
Municipal Gestor de Resíduos Sólidos – 
COMGERES e Vice-Coordenador do Centro de 
Extensão ICA-UFMG – CENEX, Délcio César 
Cordeiro Rocha. E, por fim, a 3ª palestra, “Gestão 
de Resíduos Sólidos da Construção Civil”, foi 
ministrada pelo Engenheiro Ambiental e de 
Segurança do Trabalho, Italo Bruzeguese Júnior. 
Essas atividades permitiram conscientizar e 
instruir os alunos a respeito da coleta seletiva, 
contribuir para tabulação dos resultados dos 
questionários, possibilitando, entender a opinião dos 
alunos com relação ao tema. O material 
documentado, bem como, as respectivas análises, 
foi organizado em um artigo de pesquisa 
componente do estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O questionário foi respondido por 342 
acadêmicos de Engenharia Civil das FIPMoc. 
Notou-se que os acadêmicos, em sua grande maioria 
- 117 deles (34,2%) – mostram-se preocupados com 
o meio ambiente. E um número mínimo deles - 8 
estudantes (2,33%) - mostra-se indiferente para com 
o assunto (GRAF. 1).
100
80
60
0
1 2 3 4 5 6
2. Preocupado
1. Bem informado
3. Atento às ações ambientais
4. Curioso em relação ao tema
5. Indiferente
6. Despreocupado
Gráfico 1 - Modo como os estudantes se mostram 
para com o meio ambiente
Q
td
. 
a
lu
n
o
s
20
40
120
140
160
180
14 Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
A temática do meio ambiente na Engenharia 
Civil foi considerada muito importante pelos 
acadêmicos arguidos (GRAF. 2), uma vez que 
73,09% dos acadêmicos (250 deles) a consideram, 
assim e apenas 8 deles (2,3%) consideram essa 
temática como irrelevante.
Observou-se que 76,3% dos estudantes (261 
no total) não realizam e não utilizam a coleta seletiva 
em suas casas (GRAF. 3), o que pode ser 
considerado um resultado muito desfavorável.
 
Procedeu-se à instalação de um “ECOPONTO 
PARA A COLETA DE PILHAS E BATERIAS”, 
disponibilizando lixeiras devidamente tampadas em 
ponto estratégico no corredor no prédio principal 
das FIPMoc (FIG. 1), para a deposição de pilhas e 
baterias trazidas de casa pelos estudantes e que 
Gráfico 2 - Opinião dos alunos a respeito da 
importância da temática meio ambiente
100
0
50
Muito
importante
Importante Secundário Irrelevante
150
200
250
Q
td
. 
a
lu
n
o
s
Gráfico 3 - Quantidade de alunos que fazem/ 
utilizam a coleta seletiva
0
Não fazem/utilizam Fazem/utilizam
Q
td
. 
a
lu
n
o
s
50
100
150
200
250
300
seriam posteriormente enviadas aos correios.
Figura1 - Foto do “ecoponto “ instalado para 
coleta de pilhas e baterias nas FIPMoc.
 
O “ecoponto” foi desat ivado pela 
administração das FIPMoc, no dia 01 de outubro, 
devido a não utilização pelos acadêmicos, que não 
depositaram sequer uma pilha ou bateria de celular.
Com relação às palestras cujo tema geral foi à 
discussão sobre o gerenciamento dos resíduos 
sólidos, cerca de 300 acadêmicos das FIPMoc 
compareceram e tiveram pleno envolvimento nelas, 
mostrando-se atentos aos pontos abordados pelos 
três palestrantes.
A questão ambiental deve ser discutida, pois a 
conservação e a recuperação do meio ambiente 
tornou-se um dos maiores desafios a serem 
enfrentados pela humanidade, na busca do 
desenvolvimento sustentável (MOTA, 2003). 
Os resíduos sólidos resultam em uma 
sobrecarga de materiais no ecossistema, os quais não 
podem ser decompostos, ou são degradados com 
extrema lent idão, podendo resul tar em 
consequênciastóxicas aos sistemas biológicos. O 
efeito dessa sobrecarga, com o passar do tempo, 
acaba por atingir a capacidade de suporte dos 
15Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
ecossistemas. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas, 
segundo a NBR 10004 (ABNT, 2004), conceitua os 
resíduos sólidos como materiais nos estados sólido e 
semisólido, que resultam de atividades de origem 
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, 
agrícola, de serviços e de varrição; como também 
todo e qualquer material descartado e indesejável, 
resultante da ciclagem de materiais pelos sistemas 
produtivos humanos.
Os resíduos sólidos podem ser classificados a 
partir de três critérios: por sua natureza física (seco 
ou molhado), por sua composição química (matéria 
orgânica ou inorgânica) e pelos riscos potenciais ao 
meio ambiente (perigosos, inertes e não-inertes) 
(D'ALMEIDA; VILHENA, 1998). 
Dessa forma, é necessário que o tema da 
"problemática ambiental" seja considerado 
relevante e abrangente, devendo tornar-se parte da 
agenda das prefeituras, dos governos municipais e 
federais, de organismos internacionais e nacionais, 
de movimentos sociais e dos setores empresariais, 
em todo o mundo. 
A busca pelo acúmulo de capital era tido como 
uma prioridade, ficando em segundo plano, ou até 
mesmo de lado, o compromisso para com os danos 
causados ao meio ambiente. Porém, outros 
pensamentos começaram a surgir, e a ciência 
moderna passou a defender a sustentabilidade nos 
meios de produção. 
É preciso gerenciar esses resíduos 
adequadamente, para que não acarretem problemas 
ambientais, sanitários, sociais e econômicos, vindo 
a afetar a população. Na maioria dos municípios 
brasileiros, a maior parte desse resíduo é depositada 
em bota-fora clandestino, nas margens de rios e 
córregos ou em terrenos baldios. 
A deposição irregular de entulho, segundo 
Mendes et al. (2004), ocasiona proliferação de 
vetores - que são transmissores de doenças, como a 
dengue; causa entupimento de galerias e bueiros, 
assoreamento de córregos e rios, contaminação de 
águas superficiais e poluição visual. Não obstante, os 
referidos fatores estão, por sua vez, submetidos à 
lógica consumista que move o capitalismo, à 
produção de descartáveis e de tecnologias 
ineficientes em termos de utilização de matérias-
primas. 
Torna-se evidente que a questão ambiental não 
é apenas um modismo passageiro, nem uma 
dramatização de militantes ou cientistas radicais. Por 
isso, a sociologia ambiental assume uma posição 
significativa para estudar as divergências e conflitos 
sobre os diferentes usos da natureza e as causas e a 
extensão dos problemas ambientais (COSTA 
FERREIRA, s.d). 
A indústria da construção civil promove 
diferentes alterações ou impactos no sistema 
ambiental, dentre os quais pode destacar-se a 
utilização de grandes quantidade de recursos 
naturais, a poluição atmosférica, o consumo de 
energia e a geração de resíduos. 
Segundo John (2000), a indústria da 
construção civil consome de 15% a 50% de todos os 
recursos extraídos da natureza. Essa quantidade 
coloca esse setor como o maior consumidor 
individual de recursos naturais. O consumo de 
agregados naturais varia de 1 a 8 t/hab.ano, sendo 6 
t/hab.ano no Reino Unido e 220 milhões de toneladas 
no Brasil, para a confecção de concreto e argamassa. 
De acordo com Zordan (1997), o grande 
consumo de matérias-primas está diretamente ligado 
ao grande desperdício de material que ocorre nos 
empreendimentos, às obras de reparos e às 
adaptações das edificações existentes. Comparando 
a indústria da construção civil com a indústria 
automobilística, outra grande consumidora de 
recursos naturais, conclui-se que a primeira tem um 
consumo de 100 a 200 vezes maior que a segunda. 
A Resolução 307, de 2002, do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 2002), 
estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para 
16
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
a gestão (ambientalmente correta) dos resíduos da 
construção civil, disciplinando as ações necessárias 
à minimização dos impactos (efeitos) ambientais, 
levando em conta a política urbana de pleno 
desenvolvimento da função social das cidades e da 
propriedade urbana. 
Na referida Resolução, é definido que os 
geradores de resíduos da construção civil (entulhos) 
devem ter como objetivo principal a não-geração de 
tais resíduos e, em caráter secundário, a redução, 
reu t i l i zação , rec ic lagem, bem como a 
responsabilidade pela destinação final de tais 
materiais, levando em conta que tais resíduos não 
podem ser dispostos em aterros de resíduos 
domiciliares (resíduos urbanos), em “bota-fora”, 
encostas, corpos de água, lotes vagos, bem como em 
áreas legalmente protegidas por lei (caso, por 
exemplo, dos manguezais e matas) (FIG. 2).
Figura 2 - Lixo e Resíduo de construção civil 
lançado sobre vegetação.
 
 
Fonte: GAEDE, 2008.
 
Para observância dessa exigência da referida 
Resolução, cada município deve obrigatoriamente 
desenvolver e implantar o Plano Municipal de 
Gestão dos Resíduos da Construção Civil. A 
Resolução foi clara ao definir um prazo máximo de 
dezoito meses, contados a partir de 5 de julho de 
2002, para que todos os municípios deixem de fazer 
a disposição de resíduos de construção civil em 
 
aterros domiciliares e em áreas de “bota-fora”, o que 
não ocorre na realidade. Basta olhar os arredores da 
cidade (GAEDE, 2008). 
O Plano de Gerenciamento dos RCD's precisa 
contemplar caracterização dos resíduos; triagem; 
acondicionamento; transporte e destinação, 
conforme indicado no QUADRO. 1.
Quadro 1 – Etapas do Projeto de Gerenciamento 
de Resíduos
 Fonte: Adaptado de Gaede, 2008.
O poder público deve estimular a reciclagem, 
considerando-se o potencial que existe em produzir/ 
fabricar novos materiais/produtos a partir dos 
resíduos sólidos oriundos da indústria da 
construção. Um processo de reciclagem de 
qualidade requer um resíduo de qualidade, o que 
implica segregar os resíduos junto à fonte geradora, 
ou seja, nos próprios canteiros de obra (ANDERE; 
SANTOS s.d). 
Para que esse ciclo da reciclagem se 
estabeleça, é fundamental que o construtor/gerador 
tenha consciência da importância de seu papel nesse 
processo. Primeiro, com relação à adoção de uma 
postura racional e criativa, que facilite a evolução 
das técnicas construtivas e de gestão de recursos 
humanos, viabilizando, assim, a redução de 
diferentes formas de desperdício. Segundo, com 
 
17Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
relação à segregação dos resíduos nos canteiros de 
obra, o que permite assegurar uma maior qualidade 
dos resíduos e reduzir custos de beneficiamento, 
fortalecendo o processo de produção de materiais 
reciclados (ANDERE; SANTOS s.d). 
A educação ambiental (EA) é um fator 
imprescindível ao gerenciamento adequado e 
sustentável dos resíduos sólidos. A EA deve ser 
utilizada como instrumento para a reflexão das 
pessoas no processo de mudança de atitudes em 
relação ao correto descarte do lixo e à valorização do 
meio ambiente (GUSMÃO, et al 2000). 
A essência do processo de gerenciamento de 
resíduos é justamente asensibilização das fontes 
geradoras (consideradas como atores do processo), 
mas não se deve pensar nos seres humanos, 
produtores desses resíduos, apenas como fontes 
geradoras estáticas e, sim, como indivíduos (e grupos 
sociais) dinâmicos. 
A EA aplicada à gestão de resíduos sólidos, 
portanto, deve tratar da mudança de atitudes, de 
forma qualitativa e continuada, mediante um 
processo educacional crítico, conscientizador e 
contextualizado. 
No âmbito pedagógico, deve-se valorizar 
também o conhecimento e o nível de informação 
sobre as questões em estudo (TAVARES; 
MARTINS; GUIMARÃES, 2005). A partir dessa 
perspectiva, deve emergir o objetivo de mudança das 
representações dos indivíduos, proporcionando as 
condições para estabelecer um contato com o 
problema num plano mais significativo. Mediante 
suas relações sociais é que os indivíduos expressam 
suas crenças, valores e representações, construídas 
no grupo.
CONCLUSÃO 
Do ponto de vista ambiental, o problema 
principal com os resíduos da construção está 
relacionado à sua deposição irregular e aos grandes 
volumes produzidos. Esses resíduos depositados 
irregularmente causam enchentes, proliferação de 
vetores nocivos à saúde, interdição parcial de vias e 
degradação do ambiente urbano. Por isso, é 
necessária a implementação de sistemas de gestão 
ambiental, e a conscientização de toda a população 
quanto aos problemas ambientais.
A conservação do meio ambiente tornou-se 
um dos maiores desafios a ser enfrentados pela 
humanidade na busca do desenvolvimento 
sustentável, uma vez que o grande volume de 
resíduos produzidos diariamente, nos mais variados 
campos da construção civil, tornou-se um dos 
principais problemas das administrações 
municipais. Dessa forma, é necessário que o tema da 
"problemática ambiental" seja considerado 
relevante e abrangente, tornando-se parte da agenda 
das prefeituras, dos governos municipais e federais, 
de organismos internacionais e nacionais, de 
movimentos sociais e dos setores empresariais, em 
todo o mundo. 
A busca pelo acúmulo de capital era tido como 
uma prioridade, ficando em segundo plano, ou até 
mesmo de lado, o compromisso para com os danos 
causados ao meio ambiente. Porém, outros 
pensamentos começaram a surgir, e a ciência 
moderna passou a defender a sustentabilidade nos 
meios de produção. 
Este trabalho deixa claro que, dos 342 
acadêmicos, grande parte mostra-se preocupada 
com a atual situação do meio ambiente, interessa-se 
pelo assunto, e a maioria diz não fazer a coleta 
seletiva. É de suma importância a gestão de resíduos 
sólidos na construção civil.
A reutilização, a reciclagem e/ou reuso de 
materiais deve fazer parte das indústrias da 
construção, por se tratar de uma área de rápido 
crescimento. Os benefícios sociais serão muitos. A 
população passa a desfrutar de produtos 
ecologicamente corretos. 
Conclui-se, então, que a evolução do 
18 Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
envolvimento da ciência social no trato da 
problemática ambiental é importante, pois só dessa 
forma tem-se um planeta mais limpo, mais 
sustentável e biologicamente correto.
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS. NBR 10004. Resíduos Sólidos: 
classificação. Rio de Janeiro, 1987. 63p.
BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE – CONAMA. Resolução n. 307, de 
05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios 
e procedimentos para a gestão dos resíduos da 
construção civil. Diário Oficial da República 
Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 136, 17 de 
julho de 2002. Seção 1, p. 95-96. 
CALDERONI, S. Os bilhões perdidos no lixo. 
São Paulo: Humanitas, 2003. 
CONAMA – Conselho Nacional do Meio 
Ambiente.Tel. (61) 317-1433 / 317-1392 
http://www.mma.gov.br/conama
COSTA FERREIRA, Leila da. Ideias para uma 
sociologia da questão ambiental – Teoria social, 
sociologia ambiental e interdisciplinaridade. 
Desenvolvimento e Meio Ambiente, n 10, p. 77-
89, jul/dez. 2004. Editora UFPR. 
D'ALMEIDA, Maria Luiza Otero; VILHENA, 
André (Coord.). Lixo municipal: manual de 
gerenciamento integrado. São Paulo: IPT/ 
CEMPRE, 1998. 
GAEDE, Lia Pompéia Faria. GESTÃO DOS 
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO 
MUNICÍPIO DE VITÓRIA-ES E NORMAS 
EXISTENTES. Monografia apresentada ao Curso 
de Especialização em Construção Civil da Escola 
de Engenharia da UFMG. Julho 2008. p. 74 
GUSMÃO, O. S. et al. Reciclagem artesanal na 
UEFS: estratégia educacional na valorização do 
meio ambiente. In: CONGRESSO NACIONAL 
DE MEIO AMBIENTE NA BAHIA, 2., 2000. 
Salvador. Anais... Salvador: UFBA, 2000. p 56-58. 
JOHN, V. M. Reciclagem de resíduos na 
construção civil: Contribuição para metodologia 
de pesquisa e desenvolvimento. São Paulo, 2000. 
113p. Tese (Livre Docência) – Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo. Departamento de 
Engenharia de Construção Civil. John (2000). 
MENDES, T. A., REZENDE, L. R., OLIVEIRA, 
J. C., GUIMARÃES, R. C., CAMAPUM DE 
CARVALHO, J., VEIGA, R. Parâmetros de uma 
Pista Experimental Executada com Entulho 
Reciclado. In: REUNIÃO ANUAL DE 
PAVIMENTAÇÃO, 35. 2004. Rio de Janeiro. 
Anais... Rio de Janeiro, 2004. 11 p. 
MOTA. Introdução à Engenharia Ambiental. 
Rio de Janeiro: ABES, 2003. 
SANTOS, Harlen Inácio dos; ANDERE, Pedro 
Augusto Ramos. Disposição final de resíduos da 
construção civil. Disponível em: 
http://www.pucgoias.edu.br. Acesso em: 18 de 
março de 2013. Universidade Católica de Goiás. 
Goiânia/GO.
TAVARES, M. G. O.; MARTINS, E. F.; 
GUIMARÃES, G. M. A. A educação ambiental, 
estudo e intervenção do meio. Revista 
Iberoamericana de Educación.2005. Disponível 
em: <http://www.campus-pie.org/revista/>. 
Acesso em: 28 out. 2005. 
 
ZORDAN, S. E. A utilização do entulho como 
agregado na confecção do concreto. 1997. 140p. 
Dissertação de mestrado. Faculdade de Engenharia 
Civil – Universidade Estadual de Campinas. 
Campinas.
19Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
CAUSAS DOS ABALOS SÍSMICOS NA CIDADE DE MONTES 
CLAROS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A CONSTRUÇÃO 
CIVIL
 *Discentes do curso de de Engenharia Civil das FIPMoc; 
SANTOS, Aureo*; EVANGELISTA, Frederico*; RIBEIRO, Paulo; ROBERTO, Patrick*; MOURÃO, Sheila Abreu**, SILVA, 
André Fernando***
**Pós doutora em Biologia Animal (UFV) e Fitotecnia (Embrapa Milho e Sorgo); Doutora em Fitotecnia (UFV); Mestre em 
Entomologia (UFV); Pós-graduada em Nutrição mineral de Plantas (ESALQ) e Graduada em Engenharia Agronômica pela UFV. 
Docente dos cursos de Engenharia Civil Engenharia de Produção das FIPMoc. ***Engenheiro Civil UFOP, Pós-Graduado 
UNIMONTES, e docente do curso de Engenharia Civil das FIPMoc.
RESUMO
Este trabalho apresenta informações sobre tremores 
de terra recorrentes em Montes Claros / MG, suas 
consequências e interferência na segurança de 
estruturas de fundação nas obras de construção Civil. 
A pesquisa visa qualificar e quantificar as regiões 
mais atingidas na cidade de Montes Claros bem como 
estabelecer a relação existente entre os tremores de 
terra e o subsolo da região. Para tanto, realizou-se 
uma revisão bibliográfica sobre o assunto, sendo 
buscadas informações concretas junto aos órgãos 
responsáveis pelo monitoramento e previsão ao 
fenômeno. O resultado dessa análise nos levou à 
conclusão de que é imprescindível uma melhoria na 
qualidadedas edificações existentes na cidade, bem 
como uma rígida atenção à ocupação de áreas, análise 
mais detalhada de solos, normas de construção 
ditadas pelo órgão fiscalizador CREA, defesa civil e 
secretaria de obras do município.
Palavras-chave: Tremores. Fundações. Estruturas.
INTRODUÇÃO
Uma das questões atuais relacionando solos, 
fundações e estruturas em edificações está 
diretamente ligada às variações de resistência, 
durabilidade e segurança. 
Diversas forças atuam em uma estrutura: nos 
pilares, sofrendo compressão e tração; nas vigas, 
sofrendo tração em sua parte superior e compressão 
em sua parte inferior; além do cisalhamento, flexão 
e torção. O concreto resiste muito bem à 
compressão: cerca de dez vezes mais que a tração. O 
aço também possui forte resistência à tração e 
compressão. Da união do concreto com o aço 
obtém-se o concreto armado. (BOTELHO; 
MARCHETTI, 2002, p.7) 
O Engenheiro Civil deve optar por estruturas 
que garantam segurança, economia e conforto em 
seu sistema estrutural de concreto armado; pois são 
grandes as variantes encontradas, seja no projeto 
arquitetônico, na infraestrutura da região, na 
disponibilidade de mão de obra ou de materiais. 
(ALBUQUERQUE, 1998). 
Falhas geológicas na região do norte do 
estado de Minas Gerais são possíveis causadores de 
tremores de terra, principalmente na cidade de 
Montes Claros. 
A cidade foi escolhida como área piloto para 
aplicação das metodologias de análises apoiadas em 
informações atuais e literaturas, para estudos da 
geodinâmica interna do solo e por abordar desafios 
de toda natureza que interferem, de maneira 
20
Artigo Original
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
complexa, nas estruturas de fundações das 
construções locais da região.
Esta pesquisa irá proporcionar-nos uma visão 
geral dos sinistros ocorridos, bem como as 
consequências para as estruturas, relacionadas ao 
subsolo da cidade. Sendo assim, o trabalho visa 
responder ao seguinte questionamento: 
Quais são as consequências dos tremores de 
terra recorrentes em Montes Claros / MG e em suas 
obras de construção civil?
A hipótese que orientou esta pesquisa conduz à 
ideia de que os tremores de terra recorrentes em 
Montes Claros / MG influenciam em obras de 
Construção Civil, diretamente ligadas às estruturas 
de fundação.
CAUSAS DOS ABALOS SÍSMICOS EM 
MONTES CLAROS
Vivemos em um país onde a ocorrência de 
abalos sísmicos poderia ser considerada uma 
exceção, fato que faz com que a maior parte das 
obras de construção existentes no país não leve em 
consideração o aspecto sísmico do local. Como as 
solicitações sísmicas são diferentes das cargas 
acidentais que o engenheiro comumente tem o hábito 
de considerar em suas obras, os métodos de 
dimensionamento tradicionais não conduzem a uma 
construção que seja dimensionada para suportar 
terremotos. Sendo assim, é muito importante para o 
profissional de construções conhecer o 
comportamento sísmico e as variações estruturais 
para que se possam elaborar e avaliar critérios e 
métodos eficazes em prol da segurança. 
Segundo Teixeira (2008, p.32), a superfície 
da Terra está dividida em um conjunto de placas que 
flutuam dinamicamente sobre um manto líquido de 
rocha incandescente, chamado de astenosfera, e a 
movimentação dessas placas dá origem ao que se 
chama de terremoto. 
Os terremotos acontecem quando se libera de 
forma súbita a pressão ou tensão armazenada entre 
as placas tectônicas, as quais são as principais peças 
neste processo dinâmico do interior da Terra.
Um terremoto é um tremor de terra que pode 
durar segundo ou minutos. Ele é provocado por 
movimentos na crosta terrestre, composta por 
enormes placas de rocha (as placas tectônicas). O 
tremor de terra ocasionado por esses movimentos é 
também chamado de "abalo sísmico". Outros 
motivos relacionados ao abalo sísmico são os 
deslocamentos de gases (principalmente metano) e 
atividades vulcânicas.
O alcance e o impacto dos terremotos dependem 
da energia que liberam; seu ponto de origem está 
geralmente localizado em uma profundidade não 
superior a 30 km, sendo denominado foco ou 
hipocentro. O epicentro é o ponto da superfície 
terrestre localizado verticalmente acima do foco; as 
ondas de choque deslocam-se para o exterior do 
epicentro com velocidades distintas em diferentes 
camadas da crosta terrestre.
Essa compressão a que está submetida a Placa 
Sulamericana é a principal responsável pela 
maioria dos abalos sísmicos que ocorrem no 
Nordeste. Estando sobre uma unidade geológica 
muito antiga, mas cheia de falhas, chamada 
Província Borborema, o Nordes te é 
sismologicamente instável. As falhas mais 
extensas e profundas constituem verdadeiras 
zonas de fraqueza da crosta terrestre, que os 
geocientistas chamam astenosfera. (BARROS, 
2010, p.25).
OS DANOS CAUSADOS PELA ONDA DE 
TREMORES DE TERRA EM MONTES 
CLAROS
Há relatos de abalos sísmicos no Brasil desde 
o início do século 20. Segundo informações do 
"Mapa tectônico do Brasil", criado pela 
Universidade Federal de Minas Gerais em nosso 
país, existem 48 falhas, nas quais se concentram as 
ocorrências de terremotos. 
Toda placa é recortada por vários pequenos 
blocos, de várias dimensões. Esses recortes, ou 
falhas, funcionam como uma ferida que não 
21
Artigo Original
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
cicatriza: apesar de serem antigos, podem-se abrir a 
qualquer momento, para liberar energia. Se um bloco 
é recortado e comprimido de um lado e de outro, ele 
rompe onde já existe a fratura. 
Embora grande parte dos sismos brasileiros 
seja de pequena magnitude (4,5 graus na Escala 
Richter), a história tem mostrado que, mesmo em 
"regiões tranquilas" podem acontecer grandes 
terremotos. Apesar de não ser alarmante, o nível de 
sismicidade brasileira precisa ser considerado em 
determinados projetos de engenharia, como centrais 
nucleares, grandes barragens e outras construções de 
grande porte, principalmente nas construções 
situadas nas áreas de maior risco. 
Referidos tremores de terra só começaram a ser 
detectados com precisão a partir de 1968, quando 
foi instalada uma rede mundial de sismologia. 
Brasília foi escolhida para sediar o arranjo 
sismográfico da América do Sul. Existem, 
atualmente, 40 estações sismográficas em todo o 
país, sendo que o aparelho mais potente é o 
mantido pela Universidade de Brasília. 
(BEZERRA, 2011, p.31).
Eventualmente a Universidade de São Paulo 
(USP), através do Instituto Astronômico e Geofísico, 
e a Universidade de Brasília (UnB) realizam 
pesquisas sismológicas na região. 
De acordo com levantamento realizado pelas 
duas universidades - USP e UnB -, em 2012, 
pequenos tremores vêm ocorrendo em Montes 
Claros desde pelo menos 1995, no ano de 2011 os 
tremores aumentaram e culminaram com um tremor 
mais forte em 19 de maio de 2012, que teve 
magnitude 4.0 na escala Richter e assustou a 
população da cidade (FIG. 1).
GEOLOGIA DA REGIÃO
Os dobramentos ocorrem por dissolução e 
deslizamento das massas rochosas e são causados 
pela força da gravidade, ocorrendo em regiões 
suscetíveis de dissolução dos terrenos, como as 
constituídas por rochas calcárias. Esses 
desabamentos produzem tremores bem localizados, 
de pequena importância. 
Figura 1 - Evolução da atividade sísmica sentida em 
Montes Claros
Fonte:Estudo dos tremores de terra em Montes Claros, MG, 
2012. Centro de Sismologia da USP / SIS-UnB.
Para a Engenharia Civil, o reconhecimento do 
afloramento das rochas calcárias e muito importante, 
uma vez que sua presença pode constituir um fator de 
risco, pela eventual presença de cavernas 
subterrâneas, proporcionada pela elevada dissolução 
dos carbonatos.
Os tremores estão próximos a uma escarpa, e 
é possível que essa escarpa represente uma fratura na 
serra. A onda dos tremores se dissipa mais facilmente 
no rochoso e, se há fraturas, isso contribui para que 
essa onda se dissipe, e ocorre, dessa forma, no 
calcário.
Montes Claros é uma cidade construída em 
cima de rochas calcárias - disse o professor da USP, 
Marcelo Assunção, do Departamento de Geofísica da 
Universidade de São Paulo (USP), ao site em.com.
Em estudos recentes na região, foi localizada 
uma falha geológica no município, cuja extensão, de 
três quilômetros, vai da Vila Atlântica até a Serra do 
Mel (também conhecida como Serra da Sapucaia).
ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo compreende a região do 
Norte do estado de Minas Gerais, mais precisamente 
no município de Montes Claros, local da falha BR 47, 
22
Artigo Original
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
conforme figura abaixo (FIG. 2).
Figura 2 - Falha Geológica BR 47 da área de 
estudo, Mapa Neotectônico do Brasil
MÉTODO
A pesquisa foi realizada por meio de um 
levantamento bibliográfico sobre o tema 
apresentado, identificando as principais causas dos 
abalos sísmicos no Brasil, correlacionando com tipo 
de solo predominante na região em estudo e sua 
contribuição para esses tremores, além da 
quantificação e qualificação dos dados fornecidos 
pelo Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar de 
Minas Gerais, que foram tabelados em forma de 
gráficos.
Os dados apresentados pelo 7º BBM foram 
extraídos de relatórios de vistorias realizadas após os 
abalos sísmicos, mediante solicitação ao Centro de 
Comunicação do Batalhão. Os dados foram 
analisados objetivando localizar e quantificar as 
áreas de maior incidência de chamados e os danos 
nas edificações em cada região.
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A TAB. 1, identifica as solicitações de 
vistorias feitas ao Corpo de Bombeiros por bairro de 
Montes Claros. Foram selecionadas, dentre os 
sinistros em Montes Claros, as ocorrências entre 19 
de maio de 2012 a 01 março do corrente ano. Nota-
se que o 1º abalo sísmico motivou o maior número 
de chamados para o Corpo de Bombeiros, devido à 
magnitude do evento que, na escala Richter, 
totalizou 4.0, sendo até agora o maior registrado na 
cidade.
Dentre as 93 vistorias realizadas, 10 
edificações foram interditadas e 04 parcialmente 
interditadas – isolamento de risco. 
Conforme TAB. 1, as edificações atingidas 
variam de 01 a 04 pavimentos, e foram identificados 
danos tais como: Trincas no teto da residência, 
rachaduras em paredes das edificações, rachaduras 
na laje e piso de casas, queda de reboco da laje, 
queda de telhado, rachaduras pelas paredes e laje da 
edificação e rebaixamento de piso.
Gráfico dos bairros mais atingidos
Percebe-se, no GRAF. 1, que as edificações 
localizadas nos bairros Vila Atlântida e Vila Áurea 
registram maiores danos, devido ao número de 
vistorias realizadas nessa região, totalizando 28 
vistorias e 8 interdições. 
Gráfico 1 - Bairros mais atingidos
Fonte: Banco de dados do 7ºBBM-4ªCIAPV-2013
Mapa das localidades mais atingidas
A FIG. 3 identifica os bairros mais atingidos 
pelos abalos sísmicos ocorridos na cidade de 
Montes Claros /MG. Nos bairros Nova Morada e 
Vistorias
Bairros
18
16
14
12
10
8
6
4
4 4 4 4
555
3
A B C D E F G H I J L M N
3
2
12
16
1111
222 2
0
000000 0
Q
u
a
n
ti
d
a
d
e
Interdições
 
Código
 
Bairros
 
Código
 
Bairros
 
Código
 
Bairros
 A
 
Barcelona Park
 
B
 
Centro
 
C
 
Jardim São Geraldo
 
D
 
Maracanã
 
E
 
Morrinhos
 
F
 
Nova Morada
 
G
 
Planalto
 
H
 
Santos Reis
 
I
 
São Judas Tadeu
 
J
 
Vila Atlântida
 
L
 
Vila Aurea
 
M
 
Vila São Francisco de Assis
 
N
 
Vilage do Lago II
 
23
Artigo Original
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Tabela 1 - OCORRÊNCIA DE SINISTROS SIGNIFICATIVOS
 
1º ABALO SÍSMICO
 
2º ABALO SÍSMICO
 
3º ABALO SÍSMICO
 
61 VISTORIAS
 
26 VISTORIAS
 
6 VISTORIAS
 
 
 
VISTORIAS
 
INTERDIÇÃO
 
INTERDIÇÃO 
PARCIAL
 
VÍTIMAS
 
TOTAL
 
93
 
10
 
4
 
3
 
AMAZONAS
 
1
 
0
 
0
 
0
 
BARCELONA PARK
 
5
 
0
 
1
 
0
 
BELA PAISAGEM
 
1
 
1
 
0
 
0
 
CANELAS
 
1
 
0
 
0
 
0
 
CARMELO
 
1
 
0
 
0
 
0
 
CENTRO
 
3
 
0
 
0
 
0
 
CINTRA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
CLARICE ATHAYDE VIEIRA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
CLARINDO LOPES
 
1
 
0
 
0
 
0
 
CONJUNTO HAB. OLGA BENÁRIO
 
1
 
0
 
0
 
0
 
DELFINO MAGALHÃES
 
1
 
0
 
0
 
0
 
DISTRITO INDUSTRIAL
 
1
 
0
 
0
 
0
 
EDGAR PEREIRA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
FUNCIONÁRIOS
 
1
 
0
 
0
 
0
 
JARDIM BRASIL
 
1
 
0
 
0
 
0
 
JARDIM SÃO GERALDO
 
2
 
0
 
0
 
0
 
JK
 
1
 
0
 
0
 
0
 
MAJOR PRATES
 
1
 
0
 
1
 
0
 
MARACANÃ
 
2
 
0
 
0
 
0
 
MARIA CÂNDIDA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
MORRINHOS
 
2
 
0
 
0
 
0
 
NOVA MORADA
 
4
 
0
 
1
 
0
 
NOVO DELFINO
 
1
 
0
 
0
 
0
 
PLANALTO
 
3
 
1
 
0
 
0
 
RENASCENÇA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
RESIDENCIAL MONTE-VERDE
 
1
 
0
 
0
 
0
 
SANTA EUGÊNIA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
SANTA RITA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
SANTOS REIS
 
4
 
0
 
0
 
0
 
SÃO GONÇALO DO ABAETÉ - ZONA RURAL( 26 KM DE 
MONTES CLAROS)
 
1
 
0
 
0
 
0
 
SÃO JUDAS TADEU
 
2
 
0
 
0
 
0
 
SATA RITA I
 
1
 
0
 
0
 
0
 
SUMARÉ
 
1
 
0
 
0
 
0
 
TANCREDO NEVES
 
1
 
0
 
0
 
0
 
VILA ANTÔNO NARCISO
 
1
 
0
 
0
 
0
 
VILA ATLÂNTIDA
 
16
 
3
 
1
 
0
 
VILA ÁUREA
 
12
 
4
 
0
 
3
 
VILA BRASÍLIA
 
1
 
0
 
0
 
0
 
VILA CASTELO BRANCO
 
1
 
0
 
0
 
0
 
VILA SÃO FRANCISCO DE ASSIS
 
5
 
0
 
0
 
0
 
VILAGE DO LAGO II 5 1 0 0 
 
Fonte: Levantamento realizado pelo 7º BBM-4ªCIAPV -2013
24
Artigo Original
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Bela Paisagem, foram realizadas, no total, 05 
vistorias e0 interdições. O percurso de atendimento 
a ocorrências foi de 2,3 Km, como ilustra as setas na 
FIG. 3.
Fonte: http://maps.google.com.br/
CONCLUSÃO
 
Neste trabalho foi observado que os tremores de 
terra danificaram 93 edificações, conforme 
levantamento apresentado pelo Corpo de 
Bombeiros. Os danos apresentados foram aumento 
de deformações existentes, geração de novas 
deformações e, nos casos mais graves, quedas de 
partes das estruturas. 
Baseando-se na pesquisa realizada, pode-se 
avaliar que a influência dos tremores nas estruturas 
de fundações de obras de engenharia civil existe, e o 
cálculo estrutural, principalmente para fundações, 
deverá passar por transformações. A tecnologia e a 
ciência surgem para elevar ao máximo o controle de 
nossas habilidades. 
Q u a n t o à s e d i f i c a ç õ e s e x i s t e n t e s , 
principalmente nas regiões mais atingidas pelos 
sismos, é necessário um levantamento estrutural 
mais específico das moradias, classificá-las 
estruturalmente, relacionando ao grau de risco a que 
estão submetidas, com relatórios conclusivos de um 
Responsável Técnico para adequações estruturais 
nas edificações daquela região.
REFERÊNCIAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas 
Técnicas - NBR- 6120: Cargas para o cálculo de 
estruturas de edificações – Procedimento. ABNT, 
Rio de Janeiro, 1980.
ABNT – Associação Brasileira de Normas 
Técnicas- NBR- 8681: Ações e segurança nas 
estruturas – Procedimento. ABNT, Rio de Janeiro, 
2003.
ABNT – Associação Brasileira de Normas 
Técnicas- NBR-6118: Projetos de Estrutura de 
Concreto – Procedimentos. ABNT, Rio de Janeiro, 
2002.
ASSUMPÇÃO, Marcelo; BARBOSA, José 
Roberto; FARRAPO, Diogo; FILHO, Luis 
Galhardo; FRANÇA, George Sand; HUELSEN, 
Mônica; MOREIRA, Marcelo Fernandes; 
NASCIMENTO, Leandro do; SILVA, 
Francimilton Salustiano. Estudo dos tremores de 
terra de Montes Claros, MG, de 2012. 
Universidade de São Paulo (USP) e Universidade 
de Brasília (UnB). São Paulo. 11 mar. 2013. 
BRADY, Nyle C. Natureza e Propriedade dos 
Solos. 7. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1989.
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e 
suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. 
CONCEIÇÃO, Geo. Abalos sísmicos: Terremotos 
no Brasil. Disponível em: 
<http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/03/por
-muito-tempo-acreditou-se-que-o.html> Acesso 
em: 10 jun. 2013
CORREIA, Paulo de Barros. Origem dos 
terremotos no Nordeste. Disponível em: 
<http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1519-7654201000030000 
8&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 jun. 2013
25Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
Disponível em: http://atibaiatudo.com.br/index. 
php?option=com_content&view=articl e&id= 
248:espeleologo-visita-a-serra-do-mel-e-analisa-
as-causas-dos-tremores&catid=3:brasil& Itemid 
=54, Acesso em 19 jun. 2013.
FUSCO, P.B. Técnica de armar as estruturas de 
concreto. São Paulo: Pini, 1994. 
Google Maps - ©2013 Google. Disponível em: 
<http://maps.google.com.br/> Acesso em: 19 jun. 
2013.
GUERRA, A.J.T.; CUNHA, S.B.da (Org.). 
Geomorfologia: uma atualização de bases e 
conceitos. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
2001. 
LESTUZZI, Pierino. Séismes et construction. 
Laussane: Presses polytechniques etuniversitaires 
romandes, 2008.
LIMA, André (Org). O Direito para o Brasil 
socioambiental. Porto Alegre: Sergio Antônio 
Fabris Editor, 2002.
OLIVEIRA, A.M.S.; BRITO, S.N.A. Geologia de 
Engenharia. São Paulo: ABGE, Oficina de 
Textos, 1998. 
PEREIRA, Marina; ODA, Michelly. Forte tremor 
de terra assusta moradores de Montes Claros. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/mg/grande-
minas/noticia/2012/12/tremor-de-terra-assusta-
moradores-em-montes-claros-nesta-quarta-
feira.html> Acesso em: 10 jun. 2013
26 Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, ano 11, n. 18, dez.2013 - Suplemento da Engenharia Civil.
Artigo Original
SISTEMA SOLAR PARA AQUECIMENTO DE ÁGUA DO 
CHUVEIRO DE CASAS POPULARES NA CIDADE DE 
JANAÚBA, MINAS GERAIS, BRASIL
OLIVEIRA, Amanda Alves de*; MIRANDA, Dalila Alves*; BATISTA, Érico Mateus*; SANTOS, Flávia Thaís Pereira*; 
SILVA, Jenny Efigênia*; MOURÃO, Sheila Abreu**; MOTA, Emerson Batista Ferreira ***
*Discentes do curso de Engenharia Civil das FIPMoc. **Pós doutora em Biologia Animal (UFV) e Fitotecnia (Embrapa Milho e 
Sorgo); Doutora em Fitotecnia (UFV); Mestre em Entomologia (UFV); Pós-graduada em Nutrição mineral de Plantas (ESALQ) 
e Graduada em Engenharia Agronômica pela UFV. Docente dos cursos de Engenharia Civil Engenharia de Produção das 
FIPMoc. ***Orientador: Especialista em Análise Matemática (UNIMONTES), Mestre em Educação Matemática (UAA) e 
Doutorando em Educação Matemática (UAA). Graduado em Matemática pela PUC-MINAS. Professor dos cursos de Engenharia 
Civil, Produção e Mecânica das FIPMoc e do curso de Matemática e Engenharia Civil UNIMONTES. 
RESUMO
O projeto em questão propõe uma reflexão sobre a 
viabilidade da utilização da energia solar para 
aquecimento de água. O público-alvo participante 
deste estudo é formado por adultos, moradores no 
Condomínio Residencial Dona Lindu, na cidade de 
Janaúba-MG, que já possuem em suas residências o 
Sistema de Aquecimento Solar. Tem como suporte a 
pesquisa bibliográfica e a quantitativa de caráter 
exploratório, embasada nas entrevistas escritas, com 
questões objetivas versando sobre assuntos 
referentes às informações técnicas, utilização, pontos 
positivos e negativos do sistema. Formalizaram-se os 
resultados obtidos a fim de que os dados revelem o 
que é ou não realidade, e o que deve ser mantido ou 
modificado, mantendo a imparcialidade, a 
objetividade e o cuidado ético de respeitar a opinião 
do informante. Tendo em vista que a energia solar é 
uma das alternativas mais promissoras na atualidade 
no que se refere à redução de gastos e à 
sustentabilidade, uma vez que defende uma forma 
ecológica de produção de energia, este projeto irá 
colaborar com a sociedade, pois apresentará 
resultados que poderão incentivar a utilização do sol, 
que é uma fonte inesgotável de energia.
P a l a v r a s - c h a v e : E n g e n h a r i a C i v i l . 
Sustentabilidade. Benefício.
INTRODUÇÃO
No atual cenário brasileiro, o uso dos 
aquecedores solares tem-se tornado cada vez mais 
comum e popular, tanto para a classe média como 
para a classe baixa, pois seus benefícios como o 
custo de energia é uma grande vantagem para todos, 
inclusive para o Brasil, que já adquire uma energia, 
alternativa e reduz os gastos.
Em especial no Norte de Minas Gerais, a 
eficiência desse equipamento é ainda maior, pois o 
índice de radiação solar é muito alta; há lugares em 
que a água esquenta tanto que economiza até no gás 
de cozinha. 
A pesquisa tem por objetivo incentivar as 
pessoas a optarem pelo sistema de aquecimento 
solar, que apresenta um custo-benefício 
significativo, ao longo do tempo.
Com isso, deve haver mais informações para 
que ocorra maior interesse na utilização dele. Por 
meio de integrais definidas no cálculo diferencial e 
integral II, é possível calcular o volume da água nos 
vários tipos de reservatórios, e esboçar essa relação 
por meio de gráficos.
Portanto, essa pesquisa não tem como 
objetivo informar, mas também incentivar a 
população a utilizar esse sistema, assim como 
demonstrar a utilização da energia solar para o 
aquecimento da água, em casas populares na cidade 
de Janaúba – MG.
27
Artigo

Outros materiais