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CURSO: TECNOLOGIA EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DISCIPLINA: IRRIGAÇÃO LOCALIZADA ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA Professor: Luiz Alberto Freire Maia Limoeiro do Norte-CE Outubro – 2010 1. S U M Á R I O Página 1. DIMENSIONAMENTO AGRONÔMICO........................................................................2 1.1. Seleção da Evapotrasnpiração potencial-ETo..............................................................2 1.2. Seleção do coeficiente da cultura – KC........................................................................2 1.3. Cálculo da evapotrasnpiração da cultura - ETC...........................................................2 1.4. Cálculo do coeficiente de cobertura - KR.....................................................................2 1.5. Cálculo da evapotrasnpiração da cultura para a irrigação localizada - ETG................2 1.6. Eficiência de aplicação de água pelo sistema - Ef.......................................................3 1.7. Cálculo da lâmina bruta de irrigação - LB...................................................................3 1.8. Volume de água a ser aplicado em cada planta por dia - V.........................................3 1.9. Definição do tipo de emissor(microaspersão ou gotejamento), vazão do emissor e número de emissores por planta nta por dia - V.....................................3 1.10. Cálculo do número de horas de funcionamento por setor por dia – HS....................3 1.11. Cálculo do número de setores do projeto – NS.........................................................4 1.12. Cálculo da área de cada setor – AS...........................................................................4 2. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO...........................................................................5 2.1. Cálculo da linha lateral................................................................................................5 2.2. Cálculo da linha de derivação......................................................................................6 2.3. Cálculo da linha principal............................................................................................7 3. OUTRAS INFORMAÇÕES PARA O DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO...........8 3.1. Equação do emissor....................................................................................................8 3.2. Encontrando a equação do emissor a partir de dois pontos de vazão e pressão..........8 4. CRITÉRIO DE DIMENSIONAMENTO...........................................................................9 5. EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA.................................................................................................................10 2. TECNOLOGIA EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DISCIPLINA: IRRIGAÇÃO LOCALIZADA Prof.: Luiz Alberto Freire Maia ROTEIRO SIMPLIFICADO DE DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA 1 – DIMENSIONAMENTO AGRONÔMICO 1.1 – Seleção da evapotranspiração potencial de referência do mês mais crítico-ETO(mm/dia) 1.2 – Seleção do maior coeficiente da cultura - KC(adimensional) 1.3 – Cálculo da evapotrasnpiração da cultura - ETC(mm/dia) 1.4 – Cálculo do coeficiente de cobertura - KR(adimensional) Obs.: Usado para corrigir a ETC para a irrigação localizada Equação de KELLER e KARMELI(1974) sugerida por VERMEIREN e JOBLING(1980). GC – Porcentagem de área coberta em relação a área total(%) Obs.: KR deve ser no máximo 1. Se GC for maior do que 85%, considerar KR=1. 1.5 – Cálculo da evapotrasnpiração da cultura para a irrigação localizada - ETG(mm/dia) COC KETET .= 85,0 100/GCK R = RCG KETET .= 3. 1.6 – Eficiência de aplicação de água pelo sistema - Ef(%) Considera-se empiricamente: Ef = 90% para microaspersão Ef = 95% para gotejamento 1.7 – Cálculo da lâmina bruta de irrigação - LB(mm/dia) 1.8 – Volume de água a ser aplicado em cada planta por dia - V(litros/planta/dia) E1 – Espaçamento entre linhas de plantio(m); E2 – Espaçamento entre plantas na linha(m). 1.9 – Definição do tipo de emissor(microaspersão ou gotejamento), vazão do emissor e número de emissores por planta 1.10– Cálculo do número de horas de funcionamento por setor por dia – HS(h/dia) QE – Vazão do emissor(l/h); n – Número de emissores colocado por planta. 100/f G B E ET L = 21.. EELV B= nQ VHS E . = 4. 1.11 – Cálculo do número de setores do projeto – NS HT – Horas totais do dia, disponíveis para irrigação(h). 1.12 – Cálculo da área de cada setor – AS AT – Área total à ser irrigada(ha). Obs.: Dependendo do tamanho, topografia e formato da área dos setores, assim como do tipo de emissor escolhido, às vezes se faz necessário sub-dividir os mesmos em parcelas(ou bloco) devido a dificuldade de se conseguir o ajuste da uniformidade de distribuição permitida(10%). HS HTNS = NS ATAS = 5. 2 – DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO 2.1 – Cálculo da linha lateral • Equação utilizada � Darcy-Weisbach com “f” de Blasius hf – Perda de carga na linha lateral(mca); Q – Vazão da linha lateral(l/h); D – Diâmetro interno da linha lateral(mm); F – Fator de Christiansen(1942), de acordo com o Número de saídas(Tabelado); L – Comprimento real da linha lateral(m); LT – Comprimento teórico da linha lateral(m) � para compensar as perdas localizadas; NE – Número de emissores na linha lateral. # - Hidráulica de uma linha lateral em nível: PE Linha Lateral PS PF 0,267hf 0,733hf 0,38L 0,62L FL D Qh Tf ...465,0 75,4 75,1 = ).35,0( ET NLL += 75,4 1 75,1 ...465,0 = f T h FLQD 6. 2.2 – Cálculo da linha de derivação(ou distribuição) • Equação utilizada � Veronese-Datei • Método de cálculo � Trecho a trecho hf – Perda de carga no trecho da derivação(mca); Q – Vazão do trecho da derivação(l/h); D – Diâmetro interno do trecho da derivação(mm); L – Comprimento do trecho da derivação(m). Obs.: 1,05 � 5% de acréscimo para compensar as perdas localizadas das conexões. - Sugestão de tubulação “telescópica” pelo método da velocidade máxima(PIZARRO-1996) Pelo método, sugere-se como padrão uma velocidade máxima de 1,5 m/s nos trechos. Utilizado tubos de PVC LF PN40, teremos: Diâmetro(mm) Vazão Máxima Nominal Interno (m3/h) 35 35,7 5,41 50 48,1 9,81 75 72,5 22,29 100 97,6 40,40 125 120 61,07 150 144 87,94 05,1...355,0 8,4 8,1 L D Qh f = 7. 2.3 – Cálculo da linha principal • Equação utilizada � Hazen-Willians hf – Perda de carga na linha principal(mca); Q – Vazão da linha principal(m3/s); D – Diâmetro da linha principal(m); L – Comprimento da linha principal(m); C – Coeficiente que depende da natureza das paredes e estado de conservação das paredes internas da tubulação(Tabelado).852,1 852,1 87,4 ..646,10 C Q D Lh f = 8. 3 - OUTRAS INFORMAÇÕES PARA O DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO 3.1 - Equação do emissor: Q – Vazão do emissor(l/h); K – Coeficiente de descarga(constante); H – Pressão na entrada do emissor(mca); X – Expoente de descarga. 3.2 – Encontrando a equação do emissor a partir de dois pontos de vazão e pressão: Q1 � H1 e Q2 � H2 ou X = 1,0 � Regime laminar(geralmente vazões pequenas) X = 0,5 � Regime turbulento X = 0,0 � Autocompensante XHKQ .= 2 1 2 1 H HLog Q QLog X = XH QK 1 1 = XH QK 2 2 = 9. 4 – CRITÉRIO DE DIMENSIONAMENTO: No dimensionamento de sistemas de irrigação localizada, são fixadas variações máximas da pressão para uma aplicação uniforme de água. Keller e Karmeli(1975) recomendam que, no dimensionamento de um sistema de irrigação localizada, o critério adotado seja permitir uma variação máxima de 10% na vazão dos emissores funcionando simultaneamente. Segundo Olitta(1976), a perda de carga permissível para produzir esta variação na vazão, dependerá do tipo de emissor e seu regime de fluxo, ou seja, para produzir uma diferença de vazão de 10% dos emissores de regime laminar(x=1), a perda de carga máxima deverá ser da ordem de 10% da pressão de serviço. Nos emissores de fluxo turbulento(x=0,5) está perda de carga máxima sobe para 20% da pressão de serviço. Quanto aos emissores autocompensantes(x=0), teoricamente não há limite quanto a perda de carga. Esse limite é imposto por outros fatores, tais como: faixa de pressão do emissor, classe de pressão da linha lateral e de derivação, etc. 10. EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA 1- Dimensionamento Agronômico; 2 – Dimensionamento Hidráulico; 3 – Relacionar Material. LAYOUT DA ÁREA DADOS: Cultura.................................................: Goiaba Espaçamento........................................: 6,0 x 5,0 m Kc.........................................................: 0,8 % Área coberta.....................................: 80% Eto do mês mais crítico(novembro).....: 200,00 mm/mês Horas máxima de funcionamento/dia...: 16h Sistema de irrigação..............................: Microaspersão Obs.: Usar 1 microaspersor por planta. 700 m 300m Rio Jaguaribe Declividade 0 % Declividade: 0 % 300m Sentido de plantio Aclive de 5m 11. EMISSORES USADOS NA IRRIGAÇÃO LOCALIZADA 1 – GOTEJADOR: 1.1 – Características: • Integrado a linha(“IN-LINE”’); • Sobre a linha(“ON-LINE”) – “De botão”; 12. • Autocompensante; • Não autocompensante; • Anti-drenante; • Anti-sifão; • Anti-raiz; 13. 2 – MICROASPERSORES: 1.1 – Partes componentes: • Ponte � Tipos: Dupla ponte, ponte simples ou sem ponte; 14. • Gancho � Tipos: Com ou sem gancho; • Bocal � Tipos: rosca 3/8” ou rosca p/ microtubo – Diferenciação por cor; • Difusor � Tipos:Bailarina, placa fixa dentada(jet) e placa fixa lisa(nebulização); 15. • Haste(Estaca) � Tipos: Plástica de 30 – 60cm ou metálica: 0,6 – 1,2m; • Microtubo(DI=4-8mm) � 0,6 – 1,0m de comprimento; • Conector para polietileno. 1.2 – Características: • Autocompensante ou não autocompensante; • Quanto a projeção do jato: Bailarina, jet ou nebulizador; • Enroscado na estaca ou no microtubo; • Anti-inseto ou não anti-inseto; 16. 3 – MINIASPERSOR: 1.1 – Características: • Autocompensante; • Não autocompensante; • De bocal � 1 ou 2 bocais; • Bailarina livre; 17. • Bailarina com freio de silicine.
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