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Resumo Competencia

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COMPETÊNCIA
Competência é a delimitação de sua jurisdição. O art. 69 elenca alguns critérios para sua fixação:
Chamada de 
ratione
 
loci
 ou competência 
territorial
.Lugar da infração; 
Domicilio ou residência do réu;
Chamada de 
reatione
 
materiae
 ou competência em razão da 
matéria
.Natureza da infração;
Distribuição;
Conexão ou continência;
Prevenção;
Chamada de 
ratione
 
personae
 ou competência em razão da 
pessoa
.Prerrogativa de função.
É a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma prevista.A competência em razão da PESSOA E DA MATÉRIA são absolutas, pois é de interesse publico, e não apenas das partes. O desrespeito à competência (incompetência absoluta) gera NULIDADE ABSOLUTA, podendo ser alegada e reconhecida a qualquer momento, foro ou instância. A incompetência relativa, é alcançada pela preclusão.
Já a competência em razão TERRITORIAL é relativa, pois, se ela não for alegada pela parte interessada até o momento oportuno da ação penal, ela vai ser prorrogada a competência, sendo válido o julgamento pelo juízo que, em principio, não tinha competência territorial.
	COMPETENCIA ABSOLUTA
	COMPETENCIA RELATIVA
	Em razão da matéria e da pessoa
	Territorial
	Não convalesce e pode ser reconhecida a qualquer tempo
	Considera-se prorrogada se não alegada no prazo da resposta escrita
COMPETENCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
LOCAL DA CONSUMAÇÃO
Considera-se consumado um delito quando, no caso concreto, se reúnem todos os elementos de sua descrição penal. Assim, encontrado o momento da consumação, deve-se observar o local exato de sua ocorrência, de modo que este será o foro competente para o processo e o julgamento da infração.
HOMICIDIO DOLOSO
O homicídio se consuma no local da morte e o julgamento deve ser feito pelo tribunal do júri da comarca onde tal resultado tenha se dado. O crime de homicídio é julgado pelo TRIBUNAL DO JURI na justiça ESTADUAL, salvo se presente alguma circunstancia capaz de modificar a esfera jurisdicional, como, por exemplo, o fato de o crime ter sido cometido contra servidor público federal no exercício das funções, ou ocorrido a bordo de navio ou aeronave, quando o julgamento será feito pelo TRIBUNAL DO JURI na justiça FEDERAL.
O homicídio praticado por um militar contra OUTRO MILITAR é de competência da JUSTIÇA MILITAR, porém, se a vitima for civil (pessoa comum), o julgamento será feito pelo Júri, na JUSTIÇA COMUM. 
A jurisprudência
, entretanto, abriu exceção a esta regra na hipótese se a vitima ser atingida em uma cidade, normalmente pequena, e, posteriormente, levada a um grande centro para o atendimento hospitalar mais a adequado, onde, todavia, acaba morrendo em razão da gravidade dos ferimentos sofridos. 
Em tal hipótese, o julgamento deve
 
se dar no local da ação, pois é lá que o crime produziu seus efeitos perante a coletividade. 
Sendo certo, ainda, que é o local da execução que se encontram as testemunhas do fato que, por sua vez, não podem ser obrigadas a se deslocar a outro local para serem ouvidas no dia do julgamento em Plenário. A ausência destas, portanto poderia prejudicar o julgamento, motivo pelo qual deve se dar no local em que realizados os atos executórios.
HOMICIDIO CULPOSO
Homicídio culposo
 
ou
 
homicídio involuntário
 
ocorre quando uma pessoa mata outra, mas sem que tivesse esta intenção, nem aceitando os riscos que levem à morte da outra; pode ser por
 
negligência
,
 
imperícia
 
ou
 
imprudência
.É quando a conduta culposa se passa em uma cidade e o resultado
 em outra.
Art. 70.  A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar 
a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de 
execução.
Este é julgado pelo JUIZO SINGULAR, não há problema em a ação ser proposta no local do resultado, conforme a regra do art. 70 CPP, e as testemunhas serem ouvidas por carta precatória, o que não provocará qualquer dificuldade para a elaboração da sentença.
Tendo sido a vítima removida para hospital de outro município que não o da ocorrência da infração, não faz o juízo desse incompetente para o processamento do feito. A competência ratione loci é determinada pela localidade da ocorrência da infração, e não pelo local da morte da vitima.
CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO
As hipóteses em que o crime-base ocorre em uma cidade e o resultado agravador, em outra. 
O ladrão aponta a arma para a vítima e roube seu carro, mantendo-a, porém, no porta-malas do veiculo até chegarem próximos a uma represa, já em outra cidade, onde o assaltante desfere tiros a vitima, matando-a. O crime de latrocínio, evidentemente, devera ser apurado nesta ultima localidade.
Nos crimes qualificados pelo resultado, fixa-se a competência no lugar onde ocorreu o evento qualificador, ou seja, onde o resultado morte foi atingido, assim, tendo os corpos das vitimas do latrocínio sido encontrados na comarca X, e havendo indícios de que lá foram executadas, a competência se faz pela regra geral disposta nos art. 69, I e 70, caput do CPP.
Art. 69.  Determinará a competência jurisdicional:
 I - o lugar da infração.
A competência no crime de latrocínio define-se pelo local onde se consumou a infração, incidindo a regra do foro geral, na falta de disposição expressa ditando foro especial. E, sendo tal delito complexo, a consumação verifica-se com o evento morte, devendo a persecução penal ser instaurada no local em que esta ocorreu.
Essa mesma conclusão vale para os crimes:
Aborto qualificado pela lesão grave ou morte;
Lesão corporal seguida de morte;
Extorsão e extorsão mediante sequestro qualificado pela lesão grave ou morte;
Crimes de perigo comum qualificados pelo resultado;
Tortura qualificada pela lesão grave ou morte.
O crime preterdoloso é uma espécie de crime agravado pelo resultado, no qual o agente pratica uma conduta anterior dolosa, e desta decorre um resultado posterior culposo. Há dolo no fato antecedente e culpa no consequente.ROUBO, EXTORSÃO E EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO QUALIFICADO POR MORTE DOLOSA
A doutrina firmou entendimento de que o evento morte que os qualifica pode ter sido provocado de forma dolosa ou culposa. Esses delitos qualificados admitem a forma preterdolosa. A competência é do juízo SINGULAR porque os crimes em tela constam do titulo dos crimes contra o patrimônio. A súmula 603 traz a menção expressa apenas ao latrocínio, porem, aplica-se aos demais delitos em análise, uma vez que a situação é absolutamente a mesma.
Súmula 603 - A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Nesse crime o agente já tem a posse licita do bem alheio e, em determinado momento, resolve que irá dele se apropriar, ou seja, que não irá mais devolvê-lo. Difícil, entretanto, estabelecer o momento exato em que o agente toma essa decisão, o que gera controvérsia quanto ao foro competente.
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
A apropriação indébita é posterior ao reconhecimento da coisa, logo, consuma-se no lugar onde o sujeito ativo inverte a posse, demonstrando intenção de dispor da coisa, ou pela negativa em devolvê-la, e não no local onde deveria restituí-la ao real proprietário.
CRIME DE EMISSÃO DE CHEQUE SEM FUNDOS
A conduta criminosa descrita no tipo penal é emitir cheque sem fundos. Emitir significa colocar o cheque em circulação, entregando-o ao beneficiário. Ocorre que os tribunais superiores, considerando a possibilidade de o emitente estar de boa-fé e, no mesmo dia, depositar os valores correspondentes em sua conta, passaram a decidir que o crime só se consuma quando o cheque é apresentado ao banco sacado e este recusa o pagamento por subsistir a insuficiência de fundos.Com isso, o foro competente será sempre o do local em que está situado o banco sacado, qualquer que tenha sido o local da emissão do cheque sem fundos.
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
 § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
Súmula n. 521 do Supremo Tribunal Federal: “O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado”.
Súmula n. 244 do Superior Tribunal de Justiça: “Compete ao foro local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos”.
CRIME DE ESTELIONATO COMUM COMETIDO MEDIANTE FALSIFICAÇÃO DE CHEQUE
O agente emite cheque de terceiro, fazendo-se passar pelo correntista, falsificando a assinatura deste. A consumação se dá no momento da obtenção da vantagem ilícita, e, por isso, o foro competente é o local em que o cheque foi passado e o agente recebeu os bens.
Súmula n. 48 do Superior Tribunal de Justiça: “Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque”.
CRIMES DE ESTELIONATO MEDIANTE REMESSA BANCÁRIA DE VALORES DE UMA CIDADE PARA OUTRA
É comum que o estelionatário publique anúncio de jornal e consiga enganar pessoas de cidades diversas que, mediante contato telefônico, são convencidas a efetuar depósito na conta do golpista como forma de sinal para concretizar um suposto bom negócio. Assim, o dinheiro sai da conta da vítima na cidade X e entra na conta corrente do estelionatário na cidade Y. Considerando que é pacífico o entendimento de que o estelionato se consuma no momento da obtenção da vantagem pelo agente e não quando a vítima sofre o prejuízo, o foro competente é o do local onde se situa o banco do criminoso, onde o dinheiro passou a estar disponível para saque, ainda que o agente só tenha efetivamente sacado os valores em caixa eletrônico de uma terceira cidade.
FURTO VIA ELETRONICA
Com grande frequência se tem verificado a hipótese de pessoas que subtraem dinheiro de conta corrente alheia por meio da internet ou com cartão bancário clonado. E se a conta fica em uma cidade e o dinheiro é transferido e sacado em caixa eletrônico de outra cidade? O crime de furto se consuma no momento da subtração, ou seja, no instante em que o dinheiro é tirado da conta bancária da vítima, de modo que, ao contrário do que ocorre no estelionato, o foro competente é o do local do banco da vítima.
 
DUPLICATA SIMULADA
Alguns empresários passaram a ter como comportamento costumeiro emitir duplicata simulada, descontá-la no banco para obter capital e, na data do vencimento, pagar, eles próprios, o valor respectivo, sem que o banco e a pessoa apontada como compradora ou prestadora do serviço fique sabendo disso. Em tal caso, não houve prejuízo financeiro efetivo, porém, é óbvio que o empresário lançou mão de um meio fraudulento, qual seja, a elaboração de uma cártula contendo informação falsa. Por essa razão, tipificou-se como crime o simples ato de emitir a duplicata simulada, ainda que disso não decorra prejuízo.
FALSO TESTEMUNHO PRESTADO EM CARTA PRECATÓRIA
O julgamento cabe ao juízo onde foi prestado o depoimento falso, ao juízo deprecado, e não ao do local em que o falso gerará efeitos.
O crime de falso testemunho consuma –se o encerramento do depoimento prestado pela testemunha, quando a mesma profere afirmação falsa, nega ou cala a verdade, razão pela qual, para a sua apuração, sobressai a competência do Juízo do local onde foi prestado o depoimento, sendo irrelevante o fato de ter sido realizado por intermédio de carta precatória.
CRIME DE USO DE PASSAPORTE FALSO
A competência do local onde o passaporte falso foi apresentado para embarque ou desembarque no território nacional, ainda que a falsificação só tenha sido constatada no exterior (no caso de apresentação para embarque).
Súmula 200 do STF - o juízo federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.
CRIME DE DESOBEDIENCIA EM SUA MODALIDADE OMISSIVA
Suponha-se que um juiz da comarca de São Vicente determine a um perito que atua em Santos que realize diligência nesta cidade (Santos) e lhe encaminhe laudo acerca do que foi constatado. O perito, entretanto, não cumpre a determinação. O foro competente é o de Santos onde a perícia deveria ter sido realizada e não de São Vicente onde o laudo deveria produzir efeitos.
CRIME DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO
Caso trate de crime instantâneo, a competência é da justiça federal (onde os produtos ingressaram). Caso seja delito permanente a ação poderá ser proposta onde foi apreendido em razão da prevenção.
Prevenção é um critério de confirmação e manutenção da competência do juiz que conheceu a causa em primeiro lugar, perpetuando a sua jurisdição e excluindo possíveis competências concorrentes de outros juízos.
Sumula 151 STJ: A competência para processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
O foro competente, é onde se deu o fato gerador.
Súmula vinculante nº 24 STF: não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei n. 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”
CRIMES FALIMENTARES
Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes falimentares.
Art. 3º da lei de falências: é competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial da empresa que tenha sede fora do Brasil.
A competência para apurar e julgar crime falimentar é da Justiça Estadual.
INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSICO
Art. 63 da Lei n. 9.099/95, diz que a competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.
GENOCIDIO
É quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso.
Mata membros do grupo;
Causa lesão grave à integridade física ou mental em membros do grupo;
Submete intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de 
ocasionar -lhe
 a destruição física total ou parcial;
Adota medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
Efetua a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.
Em face da conexão, o julgamento em tais casos deve se dar perante o Tribunal do Júri.
P
línio, de moto, aproxima
-se do carro de Marta, que está parado na estrada que liga as cidades de Itu e Salto, e efetua disparos contra ela. A vítima, que ainda estava em Itu, acelera seu carro e depois de 200 metros entra no território de Salto, onde Plínio consegue alcançá-la e efetuar novos disparos. Em tal caso, a tentativa de homicídio será apurada em Salto.
 
 Note–se que, no exemplo acima, o contexto fático era um só, havendo um único crime de tentativa de homicídio a ser apurado, embora o age
nte tenha atirado duas vezes na 
vítima durante a perseguição.CRIMES TENTADOS
Nas hipóteses de tentativa, a competência é firmada pelo local da prática do último ato de execução.
O agente realiza o primeiro ato de execução em uma cidade e, em seguida, passa para o território de outra, onde realiza o último ato de execução, sem que consiga consumar o crime. É claro que, nos termos da lei, a ação penal deve ser proposta nesta última.
Se o sujeito, por exemplo, resolve cometer um estel
ionato,remetendo de Goiânia
 
 
onde mora uma carta a um c
onhecido que reside em 
Pirinópolis
, 
convidando -o a aplicar dinheiro em determinado
 negócio, que, em verdade é uma farsa, mas a 
vítima não cai no golpe ao receber a co
rrespondência, nos parece que o 
foro competente é o de Presidente Prudente, uma v
ez que o último ato de execução 
ocorreu em tal cidade quando a carta foi colocada no
 correio (e não em Marília onde 
foi recebida a carta).O crime continuado em comarcas distintas, estabelece que a ação penal pode ser proposta em qualquer das duas comarcas, devendo, assim, ser utilizado o critério da prevenção para a fixação em uma delas.
CRIMES PERMANENTES NO TERRITORIO DE DUAS OU MAIS COMARCAS
CRIMES A DISTANCIA
CRIMES PRATICADOS FORA DO TERRITORIO NACIONAL
CRIMES COMETIDOS A BORDO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE QUE SE APROXIMA OU SE AFASTA DO TERRITORIO NACIONAL
CRIME PRATICADO EM LOCAL INCERTO NA DIVISA DE DUAS OU MAIS COMARCAS
CRIME PRATICADO EM LOCAL INCERTO NA DIVISA DE DUAS OU MAIS COMARCAS
CRIME PRATICADO EM LOCAL CERTO, HAVENDO INCERTEZA QUANTO A PERTENCER A UMA OU A OUTRA COMARCA
COMPETENCIA PELO DOMICILIO OU RESIDENCIA DO RÉU
Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se á pelo domicílio ou residência do réu. 
Art. 72 CPC – Quando for totalmente ignorado o domicílio do réu.
Domicílio – é o lugar que a pessoa mora com ânimo definitivo.
Residência – é o lugar onde a pessoa mora com ânimo transitório.
REU COM DUAS OU MAIS RESIDENCIAS
Art. 72. Ordenada a citação, ficará suspenso o processo.
§ 1º - A citação do alienante, do proprietário, do possuidor indireto ou do responsável pela indenização far-se-á:
a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 (dez) dias;
b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 (trinta) dias.
A ação pode ser proposta em qualquer dos locais onde o réu tenha residência, devendo ser firmada em uma delas por prevenção.
REU COM RESIDENCIA IGNORADA OU CUJO PARADEIRO É DESCONHECIDO
Será competente o Juiz que primeiro tomar conhecimento formal dos fatos.
Art. 72. Ordenada a citação, ficará suspenso o processo.
§ 2º Não se procedendo à citação no prazo marcado, a ação prosseguirá unicamente em relação ao denunciante.
FORO PELO DOMICILIO DO QUERELADO NOS CRIMES DE AÇÃO PRIVADA EXCLUSIVA
Esta é uma exceção, na ação Privada, a vítima pode optar por dar início ao processo no foro do domicílio/residência do réu, mesmo sendo conhecido o lugar da infração. (Não vale para ação Privada subsidiária da Pública).
COMPETENCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO
Dependendo da espécie do crime, o julgamento poderá ser feito: Justiça Especial (ELEITORAL OU MILITAR) ou comum (ESTADUAL OU FEDERAL)
JUSTIÇA MILITAR
Julga os crimes militares. Os crimes militares podem ser: 
Próprios – Descritos só no Código Penal Militar. 
Impróprios – Descritos no Código Penal Militar, e na Legislação comum.
CRIMES PRATICADOS POR MILITARES, QUE NÃO SE INSEREM NA COMPETENCIA DA JUSTIÇA MILITAR
Os crimes contra a vida de civis cometidos por policiais militares estaduais em serviço são julgados pela Justiça Comum, mais especificamente pelo Tribunal do Juri.
O crime contra a vida de outro militar é de competência da Justiça Castrense (militar).
Ademais, a Justiça Militar julga apenas os crimes militares praticados por militar em serviço. Desse modo, se o militar está de folga ao cometer o crime, responde perante a Justiça Comum.
Importante salientar que a Justiça Militar não julga crimes comuns conexos, ainda que praticados pelo militar em serviço. Por isso, haverá separação de processos se ele praticar, por exemplo, um crime militar juntamente com um crime de abuso de autoridade.
COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA MILITAR
A Justiça Militar possui duas esferas, a estadual e a federal, cada qual com competência própria
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Julga os integrantes das polícias militares dos Estados (incluindo os integrantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Estadual).
Em primeira instância, o julgamento é feito nas Auditorias Militares, pelos juízes de direito (juízes -auditores) ou pelos Conselhos de Justiça. Aos Conselhos de Justiça cabe o julgamento dos demais crimes militares.
Existem os chamados Conselho de Justiça Permanentes para julgar os praças e os Conselhos de Justiça Especiais, organizados quando cometido crime por Oficial da Corporação.
Assim, se um tenente do Estado de São Paulo cometer crime militar no Paraná, será julgado pela Justiça Militar de São Paulo.
 JUSTIÇA MILITAR FEDERAL
Julga os membros das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Em segunda instância o julgamento é feito pelo Superior Tribunal de Justiça Militar. Importante salientar que a competência da Justiça Militar Federal possui ao menos duas peculiaridades que merecem atenção.
- Como o art. 125, § 4º, da Carta Magna, que trata da transferência da competência ao Tribunal do Júri no caso de crime doloso contra a vida de civil, faz menção somente à Justiça Militar Estadual, tem -se entendido que a Justiça Militar Federal continua competente para julgar crimes dolosos contra a vida de civis cometidos por integrantes das Forças Armadas.
- Crimes praticados por civis contra instituições militares federais são julgados pela Justiça Militar Federal, quer tenham sido praticados de forma isolada, quer em concurso com militares.
A Justiça Militar Estadual, por sua vez, não julga civis que cometam crime contra instituições militares. Nesse sentido existe, inclusive, a Súmula n. 53 do Superior Tribunal de Justiça: “compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de crime contra instituições militares.
INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 9.099/95
Ainda que o delito militar tenha pena máxima não superior a 2 anos, mostra -se inviável a proposta de transação penal, ou, ainda que a pena mínima não exceda 1 ano, incabível a suspensão condicional do processo.
JUSTIÇA ELEITORAL
A Justiça Eleitoral julga os crimes eleitorais e seus conexos, nos termos do art. 121 da Constituição Federal, combinado com o art. 109, IV, da Carta Magna, que prevê a exclusão da competência da Justiça Federal quando se tratar de crime eleitoral.
Havendo conexão entre crime eleitoral e crime comum, prevalecerá a competência da justiça especial para o julgamento de ambos.
São delitos relacionados ao processo eleitoral porque, de algum modo, influenciam no direito do voto; na escolha do candidato por parte do eleitor; prejudicam a lisura ou o regular andamento do processo eleitoral etc. 
Caso o delito eleitoral tenha pena máxima não superior a 2 anos, enquadrando-se no conceito de infração de menor potencial ofensivo, a transação penal e demais medidas da Lei n. 9.099/95 serão aplicadas pela Justiça Eleitoral.
Caso ocorram ofensas contra juiz ou promotor eleitoral, ou qualquer outro servidor do cartório eleitoral ou convocado para servir nas eleições (mesários), a competência para julgamento não é da Justiça Eleitoral na medida em que o crime de desacato não é previsto na legislação como delito eleitoral. Assim, considerando que os servidores eleitorais, efetivos ou convocados, bem como os juízes e promotores que acumulam as funções eleitorais, exercem atribuição federal, a competência é da Justiça Federal.
JUSTIÇA FEDERAL
A Justiça Federal e a Estadual são órgãos da chamada Justiça Comum.
CRIMES POLITICOS (art. 109, IV, 1ª parte)
O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu que, para configuração de crime político é necessário, além da motivação e dos objetivos políticos do agente, que tenha havido lesão real ou potencial aos bens jurídicos indicados no art. 1º da Lei de Segurança Nacional (Lei n. 7.170/83) — integridade territorial, soberania nacional, regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito ou a pessoa dos chefes dos Poderes da União.
INFRAÇÕES PENAIS PRATICADAS EM DETRIMENTO DE BENS, SERVIÇOS OU INTERESSE DA UNIÃO, DE SUAS ENTIDADES AUTÁRQUICAS OU EMPRESASPÚBLICAS, EXCLUÍDAS AS CONTRAVENÇÕES E RESSALVADA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR E DA JUSTIÇA ELEITORAL (ART. 109, IV, 2ª PARTE)
Abrange inicialmente crimes contra bens da União. Trata -se da hipótese mais fácil de ser visualizada, pois basta que o agente, por exemplo, danifique objetos no interior de uma universidade federal ou que furte valores de repartição federal etc.
Atingem, por sua vez, interesses da União, exemplificativamente, crimes como os de sonegação de tributo federal.
CRIMES PREVISTOS EM TRATADO OU CONVENÇÃO INTERNACIONAL QUANDO, INICIADA A EXECUÇÃO NO PAÍS, O RESULTADO TENHA OU DEVESSE TER OCORRIDO NO ESTRANGEIRO OU RECIPROCAMENTE (ART. 109, V) 
CASOS DE GRAVE VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS, SE HOUVER NECESSIDADE DE ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS DOS QUAIS O BRASIL SEJA PARTE (ART. 109, V -A)
CRIMES CONTRA ORGANIZAÇÃO DE TRABALHO (ART. 109, VI, 1ª PARTE)
CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO E A ORDEM ECONÔMICA NOS CASOS DETERMINADOS POR LEI (ART. 109, VI, 2ª PARTE)
HABEAS CORPUS, EM MATÉRIA CRIMINAL DE SUA COMPETÊNCIA OU QUANDO O CONSTRANGIMENTO PROVIER DE AUTORIDADE CUJOS ATOS NÃO ESTEJAM DIRETAMENTE SUJEITOS A OUTRA JURISDIÇÃO (ART. 109, VII)
CRIMES COMETIDOS A BORDO DE NAVIO OU AERONAVE, RESSALVADA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR (ART. 109, IX)
CRIMES DE INGRESSO OU PERMANÊNCIA IRREGULAR DE ESTRANGEIRO (ART. 109, X)
PREVENÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
FALAR SOBRE O ITEM 6.5.1
FASES PARA DETERMINAÇÃO DA COMPETENCIA
CONEXÃO E CONTINECIA
HIPOTESES DE CONEXÃO (ART. 76)
CONEXÃO INTERSUBJETIVA (ART. 76, I)

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