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Relatório: Aplicação Econômica de Adubos
Os vegetais necessitam de água, ar, luz e sais minerais. Porém, a escassez de nutrientes associada a esses elementos são fatores limitantes para a obtenção da produtividade desejada, visto que afetam diretamente no desenvolvimento das plantas. O desenvolvimento, também, pode ser afetado quando há disponibilidade em excesso de alguns elementos minerais como o Al, Fe e Mn, porque são requeridos em pequenas quantidades pela planta e quando fornecidos em excesso provocam toxidez.
Os nutrientes são divididos em macronutrientes e micronutrientes. Todos eles são importantes para o crescimento das plantas. A deficiência de alguns nutrientes provoca clorose nas folhas, encurtamento de entrenós, amarelecimento, entre outros. Logo, é necessário fazer a correção do solo, pois a deficiência de apenas um nutriente é capaz de prejudicar a produtividade da planta.
Porém, a aplicação de adubos, na maioria das vezes, é realizada pelos agricultores apenas sob orientação de vendedores de casas agropecuárias e a quantidade a serem aplicadas é baseada apenas em conhecimentos empíricos. Sabemos que esta não é a melhor maneira de utilizar adubos, pois além de serem caros podem prejudicar o desenvolvimento de culturas, visto que não se sabe que nutrientes estão presentes no solo, devido que não houve uma análise de solo, e quando estes insumos são aplicados podem comprometer os cultivos, como por exemplo, o excesso de potássio provoca a inibição de Mg, bem como a absorção de K é diminuída pelo excesso de Ca, desta forma é que se emprega mais K em solos que apresentam altos teores de Ca. Portanto, torna-se necessário conhecer a maneira correta de fazer uso desses fertilizantes, de forma a contribuir com o aumento da produtividade, uma vez que a aplicação desse insumo tem como finalidade fornecer nutrientes ao solo para que possam ser absorvidos pelos vegetais.
Antes de fazer uso de adubos é necessário realizar análises do solo para saber se há ausência ou excesso de algum nutriente. Sabemos que somente a partir do resultado dessa análise poderemos recomendar o melhor tipo de adubação a ser aplicado ao solo, aplicando apenas o que é necessário para cada cultura. É importante destacar que para a realização da amostragem de solo de uma propriedade é preciso tomar alguns cuidados que vai desde a divisão das áreas em glebas (de forma a homogeneizar os fatores como topografia, tipo de vegetação, cor e textura do solo), o uso correto dos equipamentos, durante a coleta e até mesmo no envio da amostra ao laboratório. 
Para verificar os nutrientes em deficiência ou excesso na cultura é necessário coletar, também, amostras de tecidos vegetais para análise. Sendo que a parte da planta a ser coletada varia de uma cultura para outra, assim como a época de coleta e o nº de amostras.
Com o resultado da análise do solo em mãos, o profissional da área, seja ele técnico agrícola, engenheiro agrônomo ou florestal, irá interpretar esses resultados e se possível acompanhada com o resultado da parte vegetativa (quando viável), e é de fundamental importância conhecer o histórico da área, o tipo de clima e principalmente a cultura que irá ser implantada, para que seja realizada a recomendação da adubação correta.
No resultado dessa análise consta o pH do solo, este possui uma escala que vai de 0 a 14. Solos com pH abaixo de 7 são considerados ácidos e acima desse valor, solos básicos. Solos com pH entre 4,5 e 5,5 possuem baixa absorção de alguns elementos minerais como o Ca, Mg, N, K, B entre outros, ou seja, reduz a disponibilidade dos nutrientes para a planta. Porém, há elevada absorção de Al, Fe, Mn, Cu e Zn, elevando o teor de toxidez nas plantas. Dependendo da cultura, a primeira atitude a ser adotada, é realizar a correção da acidez.
Essa correção pode ser alcançada através da aplicação de produtos de reação básica aos solos, comumente conhecida como calagem. Os principais produtos usados são os calcários.
Após definir a quantidade do corretivo a ser aplicada ao solo, deve-se observar a qualidade do corretivo. O primeiro aspecto qualitativo do calcário é o total de elementos neutralizantes, são os óxidos de cálcio que indica o poder de neutralização, outro aspecto importante é a reatividade (tamanho das partículas), quanto mais fino for o calcário, maior é o poder de reatividade. Os calcários são classificados em dolomíticos, magnesianos e calcíticos. Se o solo da propriedade avaliada tem deficiência também de Mg e precisa-se corrigi-lo também, o profissional deve usar o dolomítico cujo teor de Mg é maior, mas se foi verificado na análise que o solo já possui um teor suficiente para a nutrição das culturas, usa-se o calcário calcítico, cujo teor de Mg é mais baixo e mais barato. Pois, quanto maior o teor de Mg no calcário maior será o preço do mesmo.
A aplicação do calcário deve ser realizada em duas etapas (uma antes do preparo do solo e a outra depois da aração). O calcário aplicado por etapas fica mais bem distribuído na camada arada, reagindo mais rápido, favorecendo uma melhor absorção dos nutrientes por parte das raízes das plantas. Quando possível, a aplicação deve ser realizada 60 dias antes do plantio porque a reação de neutralização é lenta e depende das condições ambientais. Esse parcelamento da adubação diminui a perda por fatores climáticos. Essa calagem promove o aumento dos teores de Ca e Mg e a disponibilidade de fósforo, além de melhorar as propriedades físicas de alguns solos e neutraliza o Al e o Mn tóxicos. Contudo, em excesso causa a diminuição do K e de alguns micronutrientes.
É de extrema importância o uso de adubos e/ou fertilizantes. Pois, grande parte dos solos brasileiros possui baixa fertilidade, porque foram e são empobrecidos por lixiviações, erosões e intensas atividades agrícolas. 
Atualmente, os adubos mais usados são as fórmulas de NPK, uréia e sulfato de amônio. As adubações químicas são mais eficientes porque fornecem os nutrientes mais rapidamente as plantas. Reconhecemos que a adubação orgânica também é importante devido aumentar a capacidade de manter os nutrientes no solo, principalmente em solos arenosos, mas não recomendamos que esta substitua a adubação mineral. Em grandes áreas esta torna-se inviável, mas para pequenos produtores é uma ótima alternativa de adubação. Ressaltamos mais uma vez, que o objetivo da adubação é o aumento da produtividade.
É importante ressaltar que os adubos devem ser armazenados de modo que não entre em contato com o chão, evitando umidade, e para que não haja a mistura de diferentes adubos.
Recomendamos que para a aplicação de qualquer produto químico, é necessária a utilização de equipamentos de proteção individual, para que não cause prejudique a saúde da pessoa que está desenvolvendo essa prática.

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